Destaques

sábado, abril 12, 2008

Atlético (PR), rádios e a experiência de Santa Catarina

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Ainda sobre a intenção do Atlético (PR) em cobrar das emissoras de rádio para utilizarem as cabines de transmissão da Arena da Baixada, é bom lembrar que em Santa Catarina já houve um precedente nesse sentido. Porém, com duas diferenças fundamentais: primeiro, os clubes estavam unidos na peleja, não era uma iniciativa individual; segundo, a exigência para o uso de cabines e acesso ao gramado era a inserção de 900 comerciais por clube nos intervalos. Esse termo, na prática uma permuta, facilitava a vida das menores que já têm como prática isso para vender seus espaços de valor reduzido. Já as grandes estariam pagando de forma direta.

Para explicar mais da experiência de Santa Catarina, o Futepoca conversou com o jornalista Marcos Castiel, do blog do Castiel, que faz a cobertura do futebol do estado. Confira abaixo:

Futepoca - Na sua opinião, o que motivou a Associação de Clubes de Futebol Profissional de Santa Catarina a tentar trocar espaços comerciais em troca do uso das cabines de rádio?

Marcos Castiel - Esta é uma questão comercial, por um lado; um jogo de poder, de outro. A Associação de Clubes antecipa, de forma abrupta, uma questão que será bastante polêmica num futuro próximo. A relação da mídia com os clubes é uma via de mão dupla, as rádios não vivem sem os clubes, os clubes precisam das rádios. Se houver radicalismo, ambos perdem. Em princípio, é uma atitude que prejudica, ou "amarra", as rádios de menor poder aquisitivo e que, num futuro, pode intensificar o monopólio da informação e concentrá-la em mãos de emissoras mais poderosas.

Todos sabemos que em uma Copa do Mundo, por exemplo, a cobertura, no caso da TV, só é feita por quem compra - e por muito dinheiro - a exclusividade no seu país. Ou, no caso das rádios e jornais, por quem já tem tradição na cobertura, que conquistou, no caso das rádios, sua cadeira cativa. No futuro, o acesso também será cobrado. No caso brasileiro, no entanto, o rádio tem um cunho social, já que a característica de nosso torcedor/consumidor é distintinta do europeu.

Portanto, o monopólio nesta área seria, na conjuntura brasileira, um perigo. Do ponto de vista comercial, o valor agregado de uma transmissão esportiva é muito maior que o simples aluguel de uma cabine. Ronaldinho Gaúcho tem o "gordo" de seus proventos na mídia e não no salário. Assim é o retorno para os clubes, com espaços diários nas rádios. Já imaginou se perdessem tal espaço?. Acho que esta medida, em grandes eventos, seria um filtro, por exemplo, na cobertura de uma final. No cotidiano, vai voltar-se contra o clube.

Futepoca - A questão acabou na Justiça. Houve tentativa de acordo entre as partes? Como está a situação hoje?

Castiel - Houve um acordo anterior à Justiça, em que cada grupo encontrou sua solução para o início da competição. Até hoje, é veiculado nas rádios da Capital pequenas inserções de mídia dos clubes. Não sei os detalhes, mas as emissoras menores aceitaram os termos, as de maior porte negociaram uma fórmula de inserção menos abrangente do que a inicialmente proposta. Preciso contatar o corpo jurídico de ambas as partes para saber detalhes da ação para fazer uma resposta mais fundamentada sobre como está a situação hoje. Até onde sei, há uma liminar favorável às emissoras até julgamento do mérito, mas fico devendo uma resposta mais consistente.

Futepoca - Em média, quantas emissoras fazem transmissão dos jogos do Campeonato Catarinense? Que tipo de prejuízo as emissoras menores poderiam ter com a exigência dos clubes?

Castiel - Na Capital, são três emissoras de rádio, duas AM e uma FM. Em Criciúma, três emissoras AM. Em Joinville, duas emissoras AM. Nas demais regiões, em geral, são duas emissoras (Tubarão, Lages, Chapecó, Itajaí). Nos municípios menores, geralmente uma rádio cobre (Ibirama, Jaraguá do Sul etc). O prejuízo não é formal, no momento. A troca é por mídia. No futuro, estas rádios menores, que não puderem pagar, ficariam alijadas da cobertura, assim como seus ouvintes perderiam o democrático poder de escolha.

Futepoca - Houve uma divisão entre as emissoras grandes e as menores?

Castiel - Houve divisão entre as emissoras. Se houvesse união e ninguém transmitisse os jogos, imagine o prejuízo para os clubes em termos de mídia. Mas imediatamente as rádios menores aceitaram as condições. Não sei as condições com precisão no interior, mas, na Capital, Guarujá e CBN/Diário não aceitaram a medida e, por pouco, não transmitiram os jogos da primeira rodada.

Futepoca - Baseado na experiência de Santa Catarina, você acha que a iniciativa do Atlético Paranaense vai ser exitosa?

Castiel - A iniciativa do Atlético é ousada. Nem certa, nem errada, mas radical. Será fruto, com certeza, de iniciativa judicial pela Associação Brasileira de Emissoras de Rádio. E, conforme, o que ficar definido, pode reverter contra o clube em forma de boicote, já que a iniciativa é individual e, não, coletiva, como em SC. Nesse caso, o clube sairia perdendo, e muito, sem sua exposição na mídia em nível nacional.

sexta-feira, abril 11, 2008

Pseudo-esquerda

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Em evento na Alesp (Assembléia Legislativa de São Paulo) contra a legalização do aborto, a ex-senadora Heloísa Helena (PSol) é flagrada de braços dados com o deputado estadual Orlando Morando (PSDB). Esse parlamentar é o mesmo que declarou em entrevista ao site de notícias G1, em novembro do ano passado, que considerava a sessão solene do orgulho gay, realizada na Alesp naquele mês, "uma vergonha". E se posicionou a favor do pedido de cassação do mandato do colega Carlos Gianazzi, promotor do evento. Detalhe: Gianazzi é do PSol, partido presidido por...Heloísa Helena. Frase lapidar do pensamento "liberal" de Morando, na época: "Pode ser que tenha parlamentares que se sintam à vontade de apoiar (o evento comemorativo do orgulho gay), por fazerem parte do movimento".

Atlético-PR inova mais uma vez...

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... resta saber se pra bem ou pra mal.

Ontem, o rubro-negro do Paraná divulgou para a imprensa que passaria a cobrar das emissoras de rádio interessadas em transmitir jogos do clube na Arena da Baixada. O valor? "Míseros" R$ 15 mil reais por transmissão, a partir da estréia do clube no Campeonato Brasileiro. Para todos os 38 jogos do clube na Série A, os interessados podem fechar um pacote a módicos R$ 456 mil.

A justificativa do clube é essencialmente financeira. Alegam dirigentes do Furacão que as emissoras usam instalações e nome do clube sem dar nenhum retorno em dinheiro - e, se as TVs precisam pagar para transmitir, então o mesmo deveria ser cobrado das emissoras de rádio. Há quem ache que a medida até valorizará o trabalho dos radialistas, já que espantará emissoras menores e, por consequência, trará anúncios mais polpudos às que tiverem condições de bancar a cota estipulada pelo Atlético.

Os radialistas curitibanos, como esperado, rejeitaram a medida. Dizem que o valor é inviável e que, na avaliação deles, o principal prejudicado na história será o torcedor atleticano sem dinheiro para ver o jogo "pessoalmente" ou nos pay-per-views da vida, que ficará sem opções para curtir a partida no seu radinho.

Falando para a Gazeta do Povo, Marcelo Ortiz, da rádio curitibana Banda B, traçou o seguinte paralelo: “pagamos US$ 70 mil dólares (cerca de R$ 118 mil) pelas transmissões da última Copa do Mundo, e foi por toda competição, por um evento e todos os jogos inclusos. Isso pra você ver como está completamente fora de questão esse preço pedido pelo Atlético”.

Vale lembrar que a medida também vale para rádios de outros estados que porventura iriam até a Arena da Baixada para narrar jogos de clubes de suas localidades contra o Atlético-PR.

No Brasil, nenhum clube age dessa forma. E não sei qual o procedimento dos times do exterior para as transmissões radiofônicas.

Confesso que até agora não consegui formar opinião conclusiva sobre o fato. Acho viável o Atlético querer ganhar algum dinheiro em cima das transmissões, tal qual se faz com as TVs - que, lembrando, pagam aos clubes o que é hoje uma das suas principais fontes de renda. Mas o valor é sem-noção demais.

Faço um prognóstico, mais um chute do que qualquer outra coisa. Acredito que o Atlético vai manter a idéia, mas com um valor muito mais camarada do que esse inicialmente proposto. Como toda negociação, aliás.

E se isso vingar, preparem-se para uma avalanche que deve ser repetida por todos os clubes, ao menos os maiores.

Apenas os paulistas balançam na Libertadores

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O final da quinta rodada na primeira fase da Libertadores deixou três clubes brasileiros já classificados. Cruzeiro, Flamengo e Fluminense agora se preocupam em assegurar uma melhor posição entre os primeiros colocados dos grupos, o que garante a vantagem de jogar a segunda partida em casa.

O time mineiro é por enquanto o de melhor campanha no torneio, com 11 pontos, mas vai enfrentar a altitude na última partida contra o Real Potosí. Ainda assim, tem tudo pra vencer, conquistando o direito de pegar nas oitavas o segundo colocado com menor pontuação. O que, a bem da verdade, é algo lotérico, já que esse posto pode ser ocupado, por exemplo, pelo Boca Juniors, que não vai conseguir avançar para a fase seguinte sem uma vitória por no mínimo dois gols de diferença sobre o União Maracaibo, em casa. A depender do resultado da partida entre Atlas e Colo Colo, será obrigado até a fazer mais que isso.

Já os cariocas decidem seus destinos em casa. Vantagem para o Flamengo, que vai pegar o fraquíssimo Coronel Bolognesi no Maracanã, o que deve lhe garantir o primeiro lugar do grupo. Já o Fluminense enfrenta a LDU que, assim como o Fluminense, tem dez pontos, embora com saldo de gols pior. Um empate deixa o time de Renato Gaúcho na liderança, mas a vitória pode até fazer com que ele seja o melhor clube da primeira fase.

São Paulo e Santos

As derrotas fora de casa, se não tiraram São Paulo e Santos da zona de classificação de seus respectivos grupos, jogaram pressão sobre os times que jogam em seus estádios sua sorte na Libertadores.

O São Paulo ainda tem chances de ser o primeiro colocado do grupo, bastando vencer o Atlético de Medellin no Morumbi. Mesmo o empate pode classificar o Tricolor, só que na segunda posição, desde que o Audax Italiano não vença o já desclassificado Sportivo Luqueño no Paraguai. A questão é se o time de Muricy vai conseguir embalar no torneio. Ontem, voltou a demonstrar o futebol sem sal que o caracteriza na temporada, emplacou alguns contra-ataques no segundo tempo, Adriano perdeu um gol incrível, mas a defesa entregou. Em especial, André Dias, o lento zagueiro que não me acostumo a ver como titular em um time como o São Paulo.

Já o Santos fez um dos piores primeiros tempos de sua história recente contra o Chivas, em Guadalajara. O esquema de três zagueiros de Leão, aliado a atuações tenebrosas de jogadores como Dênis, por pouco não fizeram a equipe tomar uma goleada antes do intervalo. 2 a 1 ficou barato e na segunda etapa o Chivas fez de tudo pra entregar a partida, mas o Alvinegro não aceitou. Agora, o time tem que vencer o Cúcuta na Vila Belmiro, embora também possa se classificar até com derrota, desde que o Chivas não vença o San José, nos 3.700 metros de Oruro.

As campanhas contrastantes dos paulistas com os demais brasileiros pode forçar um confronto verde-amarelo já nas oitavas de final. O Santos, sem possibilidade de ser primeiro do seu grupo, é um forte candidato a topar Cruzeiro, Flamengo ou Fluminense, podendo até mesmo cruzar o São Paulo, se este ficar em primeiro. Se o Tricolor paulista ficar em segundo, até dois cruzamentos entre brasileiros pode acontecer.

E fica a questão pros palpiteiros de plantão: qual brasileiro vai mais longe na Libertadores?

quinta-feira, abril 10, 2008

Tipos de cerveja 5 - As Baltic Porter

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No século 18, muitas fábricas da Inglaterra faziam produtos mais fortes destinados especificamente à exportação, tendo como principal mercado os países ao redor do Mar Báltico - hoje, Dinamarca, Suécia, Finlândia, Rússia, Estônia, Letônia, Lituânia, Polônia e Alemanha. As chamadas Baltic Porter derivam basicamente das Porter inglesas, mas têm algumas influências das Russian Imperial Stouts, pelo que, por vezes, podem ser identificadas como Imperial Porters. No início, as Porters eram bem mais fortes do que hoje, ultrapassando os 7% de teor álcoolico. "É um estilo muito complexo, especialmente o sabor, com presença de chocolate e malte torrado, elaborado com lúpulo continental e malte de Viena ou de Munique", comenta Bruno Aquino, do site Cervejas do Mundo (www.cervejasdomundo.com). Exemplos das Baltic são a finlandesa Koff Porter, a russa Baltika 6 Porter (foto) e a sueca Carnegie Porter.

Cresce o coronelismo eletrônico no Brasil

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Contrariandoa Constituição Federal, 271 políticos brasileiros são sócios ou diretores de emissoras de televisão e rádio, de acordo com dados divulgados pelo Instituto de Estudos e Pesquisas em Comunicação. É claro que os números se referem apenas aos políticos que têm vínculo direto e oficial com as emissoras e não estão contabilizadas as relações informais e indiretas, como o uso de laranjas e parentes. De acordo com a pesquisa, são 147 prefeitos, 48 deputados federais, 20 senadores, 55 deputados estaduais e 1 governador. Os prefeitos preferem as rádios, por permitir maior proximidade com a população, seja por meio da administração da emissora ou pelo controle de sua programação. "Assim eles garantem suas bases eleitorais", comenta o pesquisador James Gorgen. Já os senadores e deputados aparecem como donos de tevês e emissoras de FM, que têm uma abrangência maior. O coronelismo eletrônico continua concentrado, principalmente, no Nordeste.

OItavas da Copa do Brasil

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Para variar os últimos posts, vamos falar um pouquinho de futebol na Copa do Brasil, já que os santistas não se animaram a comentar a Libertadores hoje...

A CBF fez o sorteio hoje dos jogos das oitavas de final, veja a próxima rodada:

Jogos de ida

Goiás x Corinthians

Palmeiras x Sport

Náutico x Atlético Mineiro

São Caetano x Atlético Goianiense

Portuguesa x Botafogo

Vasco x Criciúma

Paraná x Internacional

Corinthians/AL x Juventude


Interessante que agora o campeonato começa a afunilar, com jogos interessantes como Palmeiras e Sport, Goiás versus Corinthians (repeteco da disputa contra o rebaixamento, cuide-se Parque São Jorge) e Portuguesa e Botafogo, para ficar apenas nos embates entre times da primeira divisão...

Para finalizar, e a graça da Copa BR é exatamente essa, já ficaram pelo caminho Grêmio, Coritiba e Atlético Paranaense, derrotados por times como Atlético (GO), São Caetano e Corinthians (AL).

Vamos fazer bolão para ver qual grande cai nas oitavas?

Uma forma inusitada de propaganda política

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A atriz pornô italiana Milly D'Abbraccio, arranjou uma forma inusitada de propaganda eleitoral. Candidata a vereador em Roma, ela espalhou sete mil cartazes pela cidade com uma foto dos seus glúteos, estampando a frase "Basta com essas caras de bunda na política". Caso eleita, a recém-política defenderá a criação de uma "cidade do amor" em Roma.

D' Abraccio, 44 anos, sustenta que os cartazes são um incentivo para que os eleitores, que irão às urnas em 13 e 14 de abril, votem em "rostos novos". Ela reconhece que o Partido Socialista, pelo qual é candidata, não gostou nada da tática, entretanto, ciosa das prioridades de campanha, atesta que evitou colar cartazes na área do Vaticano "para não causar polêmicas".

Não é a primeira vez que uma atriz pornô se envolve na política italiana. Cicciolina (Ilona Staller) elegeu-se parlamentar pelo distrito de Lazio em 1987, mas sua estratégia era ainda mais "explícita". Em diversos eventos aparecia com os seios à mostra. Hoje, não ocupa mais cargos públicos, mas mesmo assim segue ativa em sua luta pelo meio ambiente e a favor da liberdade sexual, incluindo o direito ao sexo nas prisões. Levanta a bandeira da legalização das drogas, contra censura de qualquer tipo e milita a favor da educação sexual nas escolas.

No Brasil também tem

Em terras tupiniquins, já tivemos também casos semelhantes. Em 1988, a atriz pornô Makerley Reis, conhecida como "Cicciolina do Bexiga", tirou a blusa e mostrou os seios durante uma conferência de Leonel Brizola na sede paulista da OAB - SP. Assim, estava lançada sua candidatura à Câmara dos Vereadores da capital paulista pelo PMDB. Não logrou êxito.

Nas eleições municipais de 2004, Edivânia Matias Ferreira, conhecida como Débora Soft (foto), foi candidata a vereador em Fortaleza (CE). Atriz de shows eróticos, elegeu-se com mais de 11 mil votos e tinha como lema "Vote com prazer e sem preconceito".

PS: A tarja preta no cartaz foi providenciada por este blogue, já que trata-se de um espaço de família. O site oficial da candidata, no qual apresenta suas "propostas" está aqui.

Torcidas que reúnem cachaceiros militantes

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No site Papo de Homem (www.papodehomem.com.br), já alertei em um texto que "Futebol e boca seca não combinam", em protesto contra a ridícula proibição da venda de cerveja dentro dos estádios paulistas. Não adianta nada: o povo já entra no estádio completamente encachaçado e os manguaças mais criativos conseguem até beber durante a partida, por exemplo, com pedaços de gelo em saquinhos plásticos feitos com cachaça e groselha, que passam por inocentes "sorvetes". Outra prova de que a medida é totalmente inócua e inútil são as torcidas que reúnem, assumidamente, pinguços militantes da causa. São dezenas (quiçá centenas) espalhadas pelo país. Uma das mais célebres é a Fla Manguaça, do Flamengo.

No Rio tem também a Bohemios da Força e a Bonde Cirrose, do Vasco, e a Botachoop, do Botafogo. Aliás, chopp é o que não falta: Coringão Chopp (do Corinthians), Torcida Alcoolizada Galo Chopp (do CRB de Alagoas), Burrão Chopp (Taubaté-SP), Ramalhão Choop (Santo André-SP) e Ceará Chopp são algumas delas. Por falar em Ceará, o Nordeste tem torcidas com nomes bem criativos, como a Canaleão, do Fortaleza, e a Naucoólicos e Canáutico, do pernambucano Náutico. A Ponte Preta, de Campinas (SP), tem a torcida Macacachaça, em alusão à sua mascote. No Sul, tem a Coxaceiros, do Coritiba, e a BEC Manguaça, do Blumenau Esporte Clube, entre muitas outras.

Conheci recentemente um integrante da TEPC (Torcida Embebedada Porca Cachaça), do Palmeiras. "Não me lembro de ter assistido um jogo do Verdão sóbrio", confessa Michel. As filiais da torcida foram divididas em 18 "tonéis" espalhados pelo Brasil. No estatuto, além da recomendação de não consumir Schin, consta a seguinte observação: "Não confie em pessoas que passam mais de uma semana sem beber. Não se pode acreditar em camelos". Uma das diversões desses torcedores é o chamado "suco gami": compram um garrafão de 20 litros de água, jogam metade do líquido fora, misturam ki-suco na água que restou e completam com vodka; depois, botam o garrafão com a mistura no bebedouro, para gelar. Bebe-se tudo antes de ir ao estádio...

quarta-feira, abril 09, 2008

Seleção Feminina convocada para buscar Olimpíada

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As 18 jogadoras que vão à China disputar com Gana uma vaga para as olimpíadas de Pequim (a mais contestada de todos os tempos) , no dia 18 de abril, foram convocadas hoje pelo técnico Jorge Barcellos. O grupo está treinando na Granja Comary. As "estrangeiras" Cristiane, Daniela Alves, Marta, Renata Costa e Rosana se juntam ao grupo na Europa.

A partida? Bom, deve ser uma baba. O Brasil deve voltar com a vaga na bagagem.

As convocadas são:

Goleiras: Bárbara e Maravilha

Zagueiras: Aline Pellegrino, Mônica, Renata Costa e Tânia Maranhão

Laterais: Danielle, Maycon e Rosana

Meio-campistas: Daniela Alves, Ester, Formiga e Francielle

Atacantes: Fabiana, Grazielle, Marta, Maurine e Cristiane

Palmeiras ganha a briga

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A polêmica futebolística mais chata dos últimos tempos está, aparentemente, resolvida. O Palmeiras conseguiu convencer o pessoal que decide (Federação Paulista e Polícia Militar) a fazer o segundo jogo das semi finais do Paulista contra o São Paulo no Parque Antártica. Serão vendidos apenas 20 mil ingressos. (detalhe: o Ministério Público continua contra a realização do jogo no Palestra).

Não sei o que mudou, mas parece que agora todo mundo acredita que há segurança no local. Mas já não teve um Palmeiras x São Paulo lá no ano passado, sem problemas de segurança, catzo?

Enfim, o que importa é que cada time faz um jogo em sua casa. Nada mais óbvio.

Sobre o jogo em si, me chamou atenção a frase do Muricy hoje: "Não vamos disputar o clássico, vamos só jogar." Normalmente isso é frase de efeito para jogar a responsabilidade para o adversário, mas nesse caso o Muricy deve acreditar piamente nela. Eu acredito.

Repeat after me: "ka-SHA-sa"; "kye-peer-EEN-yah"

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Tá no New York Times desta quarta-feira, 9, mas a indicação é da eminência ruiva do Futepoca, Brunna. As cachaças que se espalham e tomam conta dos Estados Unidos ganharam destaque. As marcas envelhecidas em tonéis de alumínio Pitu e 51 são as primeiras do mercado. De baixa qualidade, diz o jornal, são vendidas a preços cinco vezes mais caros. E eles ensinam o novaiorquino moderninho a pronunciar o nome da bebida e o do drink mais famoso preparado com a marvada: "ka-SHA-sa" e "kye-peer-EEN-yah"

A terceira no ranking estadunidense é a Leblon, uma chambirra for export lançada em 2005 que tem, em seu site, uma foto de origem incerta de um canavial às margens da baía da Guanabara. Ainda na animação de abertura, há fotos de moças de biquini e barbados de calção florido. Só abriu aqui o site em inglês, enquanto o endereço brasileiro estava fora do ar.

Reprodução

Canavial a beira-mar?

O crescimento do mercado gringo parte de 100 mil litros em 1998 para 647 mil em 2007. O repórter ouviu um degustador a categoria da "ka-sha-sa" está em sua "infância" diante do potencial que os 20 tipos de madeiras para envelhecimento (sem contar cascas e sementes) propiciam ao espírito do destilado. O tal do Mr. Belic veio ao Brasil e provou, segundo suas próprias estimativas, 800 marcas diferentes. A gente chega lá?

Em "O fascínio da cachaça se espalha pelos EUA a partir do Brasil", Seth Kugel escreve de Barra Mansa, interior do Rio de Janeiro, onde ele conheceu os alambiques e tonéis de madeira da Rochinha, onde entrevistou Antonio Rocha.

Reprodução

Na foto, Antonio Rocha, de Barra Mansa, na página do NYT

Por anos a produção das terras da família Rocha foi engarrafada por outras marcas. "Até 1990, cachaça não tinha valor. As que vendiam eram as que anunciavam; as de qualidade não anunciavam. Era só no boca-a-boca", conta. A precisão das datas não vem ao caso, mas foi nessa época que o seu Rocha resolveu começar a envelhecer sua produção por cinco a doze anos.

E Kugel fecha a nota mostrando o seu Rocha como homem do campo, que, quando criança, preferia "brincar" no trator a jogar videogame e assistir à televisão.

Os links em inglês, parte 1 e parte 2

Pé redondo na cozinha - "A grande invenção"

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Marcos Xinef

Londres, 2001. Chego a um hotel meia-boca perto da Oxford Street (foto), sobrevivente de quase 12 horas de vôo. Meu primeiro ato: assaltar o frigobar. Só depois de virar duas latas de cerveja bem gelada, resolvi consultar o cardápio. Aí, o susto. Cada lata consumida custava cerca de R$ 20! Recorri, então, ao famoso jeitinho brasileiro. Tomei banho e fui ao mercado, onde cada lata (similar às consumidas) custava cerca de R$ 3,50. Comprei uma caixa com 8 unidades e mais alguma coisa para comer. Peguei alho e cebolinha em conservas, salsicha branca, pão e uma garrafa de vodka.

Voltando ao hotel, repus no frigobar as duas latas de R$ 3,50, para não pagar R$ 40, e tentei encaixar o resto. Problema: as cervejas não iam gelar nunca no pequeno refrigerador lotado. Olhei o termômetro do ambiente, que marcava -1ºC, observei o quarto e a janela. Ao abri-la, o ar gelado entrou. Coloquei a vodka e as cervejas no parapeito, por fora, fechei a janela e aguardei cinco minutos. A primeira lata que abri já estava estupidamente gelada. Foi aí que nasceu a grande invenção: a "janeladeira"!

E não menos interessante foi o lanche. Em um copo longo de uísque, coloquei a salsicha picada, o alho e a cebola em conserva, e enchi de vodka. Senhores, após duas horas curtindo, comi com pão. Uma delícia! Voltando ao Brasil, aperfeiçoei a receita etílica:

SALSICHA CURTIDA NA MANGUAÇA

Ingredientes:
2 salsichas brancas
1 colher de sopa de salsinha picada
1 colher de sopa de alho picado
1 colher de sopa de cebola picada
suco de dois limões
vodka
uma pitada de sal

Preparo:
Pique as salsichas em cubos de 1 cm e coloque em uma vasilha. Junte a cebola, o alho e a salsinha, o suco de dois limões, sal e misture bem. Cubra com vodka. Coloque na geladeira por quatro horas, para curtir, e sirva com pão. Observação: a mesma receita pode ser feita, em substituição à salsicha, com qualquer tipo de carne crua.

Até a próxima! E um aviso: cuidado com a coordenação motora, após a décima lata de cerveja, ao usar "janeladeiras" acima do piso térreo...



*Marcos Xinef é chef internacional de cozinha, gaúcho, torcedor fanático do Inter de Porto Alegre e socialista convicto. Regularmente, publica no Futepoca receitas que tenham bebidas alcóolicas entre seus ingredientes.

Marketing viral "predador" envolve mais empresas

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Dando seqüência ao post "O 'marketing viral' e a Nike", publicado pelo Futepoca em 29 de fevereiro, mais denúncias de campanha de divulgação disfarçada de opinião espontânea, mediante possível compensação financeira (e/ou algum tipo de vantagem), surgem no mercado. O colega jornalista Emerson Lopes Silva nos repassa o seguinte email enviado a todos os integrantes do fórum de discussão do qual participa no orkut:

"Há alguns dias, membros da comunidade RELAÇÕES PÚBLICAS, no orkut, estranharam a postagem de mensagens por uma moça chamada Raquel, que dizia estar encantada com a campanha de reposicionamento da TAM. Raquel, que se dizia estudante de comunicação na Cásper, havia postado a mesma mensagem – mas com palavras diferentes, em outras comunidades de Relações Públicas, sempre incluindo comentários elogiosos à empresa. Além disso, acompanhava a discussão e interagia com aqueles que respondiam ao tópico criado por ela para tratar do assunto. Novamente, sempre mantendo o foco nos elogios à empresa.

Desconfiando do comportamento, fizemos uma pesquisa básica no orkut e descobrimos que o mesmo perfil havia postado o mesmo tipo de mensagem em mais de 75 comunidades, tendo sido a grande maioria dos posts no mesmo dia. As comunidades tratavam, além de relações públicas, também de publicidade, turismo, hotelaria, viagens, aviação, mochileiros, aeroportos e a própria TAM. Obviamente, tratava-se de uma campanha de divulgação disfarçada de opinião espontânea.

A visita às comunidades onde Raquel postou fez surgir novas informações. Outros perfis se repetiam nos tópicos onde a discussão se seguia. Visitas a esses outros perfis demonstraram que, tal como a Raquel, também eram falsos e usados para ajudar a criar uma esfera artificial de aprovação da campanha. 'Patrícia' e 'Naty' eram outros dois personagens dessa história. A partir disso foi fácil visitar as comunidades desses perfis e descobrir comportamentos semelhantes com relação a outros produtos e empresas.

A mesma história se repete, mas com outros perfis, com relação ao blog do George Foreman Grill, Johnnie Walker, Smirnoff, o blog da Samsung, o blog da Nike. É triste constatar essa prática anti-ética de divulgação por parte de grandes empresas. Simular opiniões, forçar um clima favorável à sua marca, enganando os internautas que pensam estar ouvindo opiniões sinceras. Das 6 empresas citadas, pelo menos 3 (TAM, Smirnoff e Johnnie Walker), pelo que pudemos ver até o momento, são clientes do mesmo grupo de comunicação, o Newcomm (empresas Y&R e Wunderman, principalmente). O blog da Samsung foi criado pela RIOT, a mesma agência envolvida na polêmica recente do caso da Nike (denunciado pelo Futepoca).

Infelizmente sabemos que é quase impossível monitorar esse tipo de prática, que ocorre não apenas no orkut, mas nas diversas ferramentas de redes sociais que existem hoje na internet. Apesar disso, preocupamo-nos com uma comunicação ética e contamos com a colaboração de todos os membros das redes sociais, divulgando esses acontecimentos, para evitar que essa prática se dissemine. Em tempo: estamos tentando contato com algumas das empresas citadas para verificar suas opiniões sobre esses fatos."


A comunidade termina a mensagem listando os links do orkut relacionados ao assunto, alertando que muitos já podem ter sido apagados. Para não estender ainda mais esse extenso post, reproduzo esses endereços no espaço de comentários. Além dessa comunidade de discussão sobre relações públicas, a denúncia do Futepoca envolvendo a Nike repercutiu também, recentemente, no diário esportivo Lance! e no caderno de Informática da Folha de S.Paulo. Como resumiu Glauco Faria, em post de 14 de março, "se a blogosfera quiser ser tratada como uma mídia responsável, deve se preocupar e discutir sua relação com a publicidade". Continuamos atentos.

terça-feira, abril 08, 2008

Mesa de pebolim (totó) repaginada se inspira em Pelé

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Em São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Minas Gerais é pebolim. No Nordeste, é totó. Em Portugal é matraquilhos. No Rio Grande do Sul, segundo fontes, é Fla-Flu. O jogo que alude ao futebol com bonecos presos a eixos movimentados desesperadamente por dois ou quatro jogadores – quase sempre sob efeitos de álcool, pelo menos quando a mesa está no bar ou no centro acadêmico da faculdade – ganhou uma versão repaginada. É o que será exibido na Semana do Design de Milão, de 16 a 21 de abril deste ano.

Duas empresas, GRO design e Tim modelmakers. Eles montaram um exemplar para o evento na Itália com bonecos prateados e deram o nome de "Beautiful game", em alusão ao futebol e à biografia de Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, em que trata de marketing esportivo (Uma bela jogada).

Veja as fotos:

Fotos: Divulgação: Eleventhegame.com









Do ponto de vista da aparência da mesa, a inspiração foram os estádios de futebol todos traços modernos e sofisticados arquitetonicamente falando (embora eu não saiba exatamente o que isso signifique.

As mesas não estão à venda nem tem planos de produção em série. Mas os fabricantes querem expô-la em todo canto que puderem depois do evento de Milão.

Mais informações, clique aqui. A indicação foi do parceiro Fábio.

Liverpool e Chelsea fazem primeira semifinal da Liga dos Campeões

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Pelo menos um time inglês já está garantido na final da Liga dos Campeões. Liverpool e Chelsea repetem a semifinal da última edição do torneio. Naquela ocasião, o clube da terra dos Beatles levou vantagem e foi vice do Milan, em uma revanche da memorável final de 2005.

O Fenerbahçe tentou, ensaiou uma pressão no segundo tempo contra o Chelsea, mas, em desvantagem, tomou o segundo gol que praticamente apagou o ímpeto turco. O time pelo qual muita gente estava torcendo por ter Zico no comando e mais uma plêiade de brasileiros no plantel (Roberto Carlos, Edu Dracena, Aurélio, Deivid, Alex e os "quase brasileiros" Lugano e Maldonado) conseguiu sua melhor campanha na história da Champions League, um feito. Mas surpresa seria o Chelsea não reverter a desvantagem da primeira partida.

No mais, deu para os torcedores de cá matarem saudades de seus ídolos, ou ex-ídolos, e ver que pouca coisa mudou. Alex, pro bem e pro mal, continua sendo referência na equipe, como era nos tempos de Palmeiras e Cruzeiro. O uruguaio Lugano continua reclamando de forma acintosa contra os árbitros, como quando jogava no Tricolor paulista. Desta feita, a vítima foi o árbitro Herbert Fandel, alemão, que provavelmente não entendeu lhufas. Sorte do delicado e gentil zagueiro, embora sua expressão usual de psicótico quando esbraveja não deixe dúvidas quanto a suas intenções...

Na outra peleja, o Liverpool, em casa, tomou um gol do Arsenal aos 12 do primeiro tempo. Parece que foi esta a chave da vitória que viria mais tarde. Sua torcida começou a entoar "You'll never walk alone", música que ficou célebre no empate contra o Milan, na final de 2005. Na ocasião, o Milan virou o primeiro tempo vencendo por três a zero, sofreu três gols e o Liverpool foi campeão na disputa de pênaltis.

Hoje, o empate veio aos 30 minutos e a virada aos 24 do segundo tempo. O Arsenal ainda igualou de novo, mas o Liverpool voltou à frente dois minutos depois. Fez o quarto pra brindar sua torcida, que voltou à cantoria no final do jogo. Agora, o clube inglês tenta sua oitava final de Liga dos Campeões (são cinco títulos e dois vice-campeonatos), a terceira nos quatro últimos anos. Um desempenho muito melhor do que tem alcançado na Liga Inglesa.

Aquecimento global vai aumentar o preço da cerveja

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Essa vem da agência espanhola EFE: segundo Jim Salinger (foto), especialista meio ambiental do Instituto de Água e Pesquisa Meteorológica da Nova Zelândia, o aquecimento global vai aumentar o preço da cerveja nos próximos 30 anos. Segundo um estudo do cientista divulgado hoje, a mudança climática prejudicará a produção de cevada, ingrediente essencial da bebida. Salinger diz que as áreas secas da Austrália e Nova Zelândia, onde existem vastas plantações do cereal, receberão cada vez menos chuva. "Nesse caso, os pubs terão de deixar de servir cerveja ou ela será muito mais cara", sentencia o manguaça, que especulou que a situação obrigará a indústria a buscar formas alternativas de obter a bebida (biocombustível?). De qualquer forma, é muito bom notar que a ciência começa a estabelecer problemas prioritários para a raça humana!

Domingos: "Jogo duro mesmo"

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O diário Lance! entrevistou o zagueiro Domingos, do Santos. Emérito rebatedor, ou o tal do "zagueiro-zagueiro", o atleta de 22 anos, 1,81, 80 quilos reconhece o estilo "duro", mas diz não ser desleal. Abaixo, o pensamento vivo de Domingos:

Sem brincadeira
Eu não posso brincar ali na defesa. Tenho que jogar duro. Nunca fui desleal na minha vida. Mas eu jogo duro mesmo.

Uso o meu melhor

Acho que eu uso o que tenho de melhor, que é a minha força física. Apesar disso, sou um zagueiro que tomo poucos cartões amarelos. É só ver os números (Quatro cartões amarelos e um vermelho em 16 jogos na temporada até agora).

Incompreendido

Às vezes quem é da imprensa não entende muito bem. Os torcedores que falam comigo na rua me cumprimentam, falam que eu jogo sem frescura. Comigo não tem frescura em campo mesmo. Mas nos últimos anos, eu só trabalhei com técnicos de ponta. Basta analisar: Vanderlei Luxemburgo (duas vezes), Mano Menezes e agora Leão. E com todos eu joguei.

Estilo europeu

No Brasil, qualquer coisa é falta. Se você encosta no adversário e ele cai, o juiz marca falta. Acho que precisavam ver mais a arbitragem nos campeonatos italiano, inglês... é completamente diferente. Lá eles não páram o jogo por qualquer motivo. Aqui, qualquer coisa que acontece em campo a partida pára.

Homem abusa do álcool três vezes mais que mulher

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O Vigitel (Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), projeto do Ministério da Saúde em parceria com o Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas da USP (Universidade de São Paulo), apontou que a ingestão abusiva de álcool é três vezes maior entre os homens (27,2%) do que entre as mulheres (9,3%). O consumo abusivo de bebidas alcoólicas (considerado mais de cinco doses para homens e mais de quatro para mulheres - só não me perguntem doses do que) foi de 17,5%. E após a bebedeira, ao decidir se conseguem dirigir um veículo ou não, eles também são mais irresponsáveis (4%) que elas (0,3%). No geral, o consumo abusivo de bebidas alcoólicas seguido de direção é considerado baixo, apenas 2%. Ou tem muito manguaça mentindo por aí...

segunda-feira, abril 07, 2008

Vampeta tetra-rebaixado e Souza a caminho

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Mesmo afastado do elenco do Juventus para a partida contra o São Paulo - por "opção técnica", segundo o técnico José Carlos Fescina, ou pelo estigma de pé-frio, na realidade dos fatos -, o veterano meio-campista Vampeta acumulou no domingo o quarto rebaixamento de sua carreira, dessa vez para a Série A-2 do Campeonato Paulista. Nos últimos quatro anos, o falastrão conseguiu a façanha de ser rebaixado para a Série B do Campeonato Brasileiro três vezes, pelo Vitória (2004), Brasiliense (2005) e Corinthians (2007). A ironia do destino é que, no momento, o seu "desafeto" Souza, ex-São Paulo, está na zona de rebaixamento do Campeonato Francês com o Paris Saint Germain. Será que o Corinthians não quer unir os dois em seu elenco?

Os incomodados que fundem outro partido

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Essa é a proposta política de Heloísa Helena (foto), a queridinha da imprensalona brasileira para vociferar discursos contra o Lula, o PT, o José Dirceu, o Chávez e o que mais a pauta da Folha e da Veja estiver precisando. Durante megaevento de filiação de 127 pessoas ao PSol na Câmara de São Bernardo do Campo (SP), no domingo, a presidente da sigla foi bem objetiva:

"-Nenhum partido é dono da bandeira dos trabalhadores. O PT traiu as nossas reivindicações e, por isso, a gente fundou outro partido. Se acontecer de os companheiros do PSol se venderem para o capital e traírem os trabalhadores, a gente funda outro partido".

Tradução livre: se a bola não for minha, eu tiro o time de campo.

Ps.: Assediada por "fãs" para posar para dezenas de fotos, Heloísa Helena foi questionada por um repórter, em tom de brincadeira (um tanto séria), se isso não daria munição ao PT para acusá-la de stalinismo/ culto à imagem. Resposta da líder psolista: "-É mesmo. Dizem que a foto rouba a alma das pessoas". E continuou posando.

Tipos de cerveja 4 - As American Strong Ale

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Esse tipo engloba uma grande quantidade de cervejas, todas fabricadas nos Estados Unidos e com volume alcoólico superior a 7%. Muitas delas são parecidas com as English Strong Ale, apesar de, habitualmente, possuirem maior teor de lúpulo. "Independentemente das suas origens e características, são no seu todo cervejas fortes, com grande presença de malte, lúpulo e, obviamente, álcool", comenta Bruno Aquino, do site www.cervejasdomundo.com. Ele recomenda, para quem tiver acesso, a Oggis Hop Whompus, a Oaked Arrogant Bastard Ale (à esquerda) e a Bear Republic Hop Rod Rye Ale (à direita).

Mais sobre o futebol mineiro

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Na última rodada da primeira fase, poucas surpresas. Cruzeiro, Tupi e Galo já estavam classificados e ficaram nessa ordem porque o Atlético, inexplicavelmente, perdeu para o Guarani de Divinópolis mais ou menos em casa. O jogo foi no Independência, já que o Mineirão estava alugado para um show de axé. Na última vaga deu Ituiutaba.

A curiosidade é que o Galo não perdeu para nenhum dos classificados (ganhou de 3 a 0 do Tupi e de 2 a 0 do Ituiutaba), mas entregou jogo, por exemplo, para o rebaixado Ipatinga.

Mas vamos ao que interessa, o time do Cruzeiro é favorito e demonstrou isso mais uma vez vencendo o Tupi, em Juiz de Fora, de virada por dois a um.

O Galo, no dia em que o Geninho resolveu jogar com três zagueiro, tomou 3 a 2 do Guarani de Divinópolis, com grande atuação do "craque" Jajá. Um atacante rápido jogando nas costas de três zagueiros lentos e um goleiro num mal dia ajudam a explicar. Sem contar a burrice do técnico, que vê isso e não muda...

As semifinais começam nos próximos sábado e domingo, com Cruzeiro e Ituiutaba e Galo versus Tupi, mas ainda não estão definidas quem joga em que dia.

Sobre o rebaixamento do Ipatinga, a surpresa é para quem não acompanha o campeonato mineiro. Deve-se muito à soberba de seu presidente, Itair Machado, que acha que é grande, demite o técnico que levou o time à primeira divisão com poucas rodadas do mineiro e sai contratando um monte de jogador de uma hora para outra...

Mas há um fato que precisa ser investigado. O Villa Nova denunciou que o Ipatinga fechou contrato com o melhor atacante do Villa com cláusula para que ele não jogasse a partida final contra o Tigre. E que o goleiro recebeu proposta de R$ 15 mil para "facilitar" e impedir o rebaixamento do time do Vale do Aço.

Nada adiantou, o Villa ganhou, mas as denúncias devem ser apuradas. Se o Villa foi leviano nas denúncias, deve pagar por isso. Mas se o Ipatinga realmente tentou subornar tem de ser punido pesadamente.

Qual estádio pras finais do Paulistão? Polêmica que já nasce cansada...

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A Federação Paulista de Futebol (FPF) vetou o Palestra Itália para as finais do campeonato paulista. O primeiro jogo das semifinais entre São Paulo e Palmeiras será no próximo domingo, às 16h, no estádio do Morumbi. A segunda partida ainda não tem local definido, mas especula-se que exista uma preferência pela casa do São Paulo, enquanto o Verdão tenta levar o jogo para o interior do estado.

A decisão do Conselho Arbitral da FPF estaria baseada em pareceres da Polícia Militar e do Ministério Público. Curioso é que essa polêmica já veio à tona no ano passado. Com Santos e São Paulo nas semis, iniciou-se uma discussão sobre onde os times jogariam. Pacaembu e Morumbi foram os estádios escolhidos pela Federação que, como agora, detém os mandos de jogo da etapa derradeira do Paulistão.

À época dessa polêmica em 2007, o Marcão escreveu aqui: Por que os clubes concordam e depois chiam? Se no ano passado o Santos não pôde jogar com o Bragantino - que já mandou final de Brasileiro em seu estádio, com capacidade pra 12 mil pessoas - na Vila Belmiro, por que seria diferente agora? Coerente. Ainda que eu discorde, os clubes que tratem de pedir a mudança no regulamento pra 2009, se assim quiserem. Ou então parem de fazer chacrinha pra suas torcidas.

Ronaldo Nazário é o mais gordo da história

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Mais um título mundial para o futebol brasileiro: o jornal inglês The Sun fez um ranking dos jogadores mais gordos da história e, no topo, está Ronaldo Nazário. A lista foi feita pelos jornalistas do próprio tablóide (o que dá a medida da objetividade e precisão científica do trabalho). "Existe uma visão mais engraçada no esporte profissional que um jogador de futebol carregando um pneu extra em torno de sua cintura? Mesmo no mundo de hoje, de estrelas magras, ainda há alguns jogadores volumosos enchendo as principais Ligas", diz a matéria do The Sun. A lista completa tem ainda Ferenc Puskas, John Harston, Tomas Brolin, Andy Reid, Neil Ruddock, Neville Southall, Jan Molby, Micky Quinn e William Foulke - tirando Puskas e Brolin, não faço idéia de quem sejam os outros cidadãos. Jornalismo objetivo é isso aí!

LEIA TAMBÉM: Ronaldo se envolve em confusão com travestis.

Um time pequeno na final. Corinthians desclassificado

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O Santos ajudou, mas o Corinthians não "quis". Ou melhor, o Noroeste não deixou. Uma virada sobre a outra e 3 a 2 para o Norusca, em Bauru. O Santos saiu na frente, tomou a virada e empatou. Mas não deixar a Ponte Preta ganhar não tirou da macaca a classificação.

Agora, o Corinthians tem que convencer a torcida de que ter mais tempo para se preparar para o nacional vale a pena. Preparação para a Série B. Mano Menezes e o time estão lá para isso. Começaram a temporada indo mais longe do que se imaginava, mas não o bastante para a torcida deixar de ser motivo de troça.

Vitorioso em Itu, o Guaratinguetá é o rival do time campineiro, com vantagem de dois empates. Ou seja, um time pequeno, de fora da capital, estará na finalíssima.

Clássico
Do outro lado, a vantagem é do Palmeiras, que passou pelo Barueri, na Arena, por 3 a 0. Marcos pegou pênalti no movimentado começo de segundo tempo, em que saíram dois gols do vencedor e um expulso do derrotado. Todas informações da ficha técnica. O Verdão segue para Atibaia fazer o tradicional retiro do treinador Vanderlei Luxemburgo. É fase final e, como manda Juarez Soares, é quando se vê quem tem mais garrafa vazia para vender.

O adversário do segundo colocado é o São Paulo. Os 3 a 1 sobre o Juventus rebaixaram o Moleque Travesso, recém desclassificado da Copa do Brasil. Rogério Ceni, a cara do São Paulo, fezo segundo em sua milésima partida com a camisa do clube. Foi na segunda cobrança de um pênalti, a única vez em que vi um bandeira sinalizar que o goleiro se adiantou sem que o cidadão tivesse cometido a infração. Quer dizer, o goleiro juventino nada fez que justificasse a segunda chance ao tricolor. É comum acontecer o contrário, o goleiro se adianta e o árbitro nem quer saber. A choradeira contra a arbitragem rendeu dividendos?

Depois das polêmicas no clássico, a pressão sobre o trio de preto vai ser dose. O diretor que quer ser vereador já retomou as provocações levantando as mesmas questões de sempre sobre o Parque Antártica. Ele não sai da mídia. O movimento dos sãopaulinos deve contar ainda com o tom "eles são favoritos" no jogo de nervos. Minha torcida é para que o Luxemburgo não fale abobrinha e ponha o time para ganhar.

domingo, abril 06, 2008

Fim-de-semana de rebaixamentos importantes

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Além da definição dos classificados no Paulistão, o fim-de-semana teve outro evento de relevância para o mundo do futebol. O rebaixamento de três clubes que chama a atenção pela grandeza e pelo inusitado dos acontecimentos.

Em Minas, o Ipatinga foi para a segunda divisão. Caso o clube tivesse sido rebaixado antes de 2005, a notícia não chamaria a atenção. Mas a grandeza que o clube acumulou nos últimos anos - campeão mineiro em 2005, vice em 2006 e vice da Série B nacional no ano passado - faz com que o rebaixamento tenha um quê de absurdo. Principalmente porque daqui a algumas semanas o Brasileirão começa e o Ipatinga estará enfrentando Santos, Internacional, Flamengo e companhia. Bizarro: um time na segunda divisão de Minas e na primeira nacional. A não ser que um milagre aconteça, o Ipatinga tem tudo para fazer uma campanha de dar inveja à do América de Natal no ano passado.

Falando em América, o tradicionalíssimo América do Rio, lendário "campeão de 13, 16 e 22", time de José Trajano, do hino mais bonito do Brasil e etc. foi pro buraco. Mesmo vencendo o Friburguense pela última rodada da fase inicial da Taça Rio, o Diabo foi rebaixado, juntamente com o debutante Cardoso Moreira. A queda interrompe um período de ligeira ascensão do clube que, mesmo longe de repetir seus anos dourados do século passado, havia voltado a fazer algum barulho - em 2006, há dois anos, o América foi vice-campeão da Taça Guanabara. Agora vai lá pra Segundona, onde também está o Bangu, outro cuja tradição não condiz com o estágio atual.

A terceira queda consumada no fim-de-semana foi a do Juventus, em São Paulo. O time grená não tem as conquistas passadas do América nem as recentes do Ipatinga, mas sempre merece respeito - principalmente pela aura simpática que carrega, sempre relacionada à colônia italiana de São Paulo e à mítica Rua Javari. Se bem que cair não é novidade para o Moleque Travesso. Mas nunca é legal, claro.

Ah, teve outra queda importante também no futebol paulista. Não nesse fim de semana, mas cabe o registro. Falo da Internacional de Limeira, rebaixada à Série A3 do Paulistão. Sim, isso mesmo, a eterna campeã paulista de 1986 vai jogar a terceira divisão no ano que vem. A campanha da Inter chega a ser risível: em 19 jogos, uma única vitória, seis empates e 12 derrotas.

Vai ser difícil levantar o moral da Internacional...

20 anos sem Enéas

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O programa Grandes Momentos do Esporte, da TV Cultura, recuperou neste domingo um especial de 1996 sobre Enéas Camargo (foto), grande ídolo da Portuguesa de Desportos e com passagem por Bologna e Palmeiras, que morreu em um acidente de carro em 1988, aos 33 anos, quando defendia os últimos trocados pelo Central de Cotia. Em minha infância, era um dos jogadores que mais temia quando o São Paulo tinha de encarar o Palmeiras. Rápido, driblador, goleador. Mas, também, foi precursor desse tipo de atleta que não gosta de treinar, que "dorme" em campo e que adora a noite, a bebida e as mulheres.
Conta Sílvio Moredo, ex-diretor da Lusa, que, durante uma partida contra o Santa Cruz, em Recife, Enéas fez de tudo para ser substituído ainda no primeiro tempo. Cinco minutos após descer para o vestiário, já estava na arquibancada de banho tomado e acompanhado por três garotas. "Ele tinha combinado com elas antes da partida. Dei-lhe um sermão no ônibus", diz Moredo. Badeco, ex-colega na Portuguesa, ressalta que as melhores qualidades de Enéas eram o drible curto e a capacidade de advinhar o principal defeito de seus marcadores quando partia em direção ao gol. Assim, sempre driblava em cima da "perna ruim" do adversário.
"Eu dizia que ele devia explorar mais esse potencial, mas nunca gostou de treinar. Ele respondia: '-Ah, deixa pra lá. Vamo tomar uma cervejinha!'. E ia mesmo", lembra Badeco, rindo. Pois, quando conseguiu ir para a Itália, em 1980, Enéas se viu privado de todas as facilidades e fez as malas em menos de um ano, mesmo com proposta vantajosa da Udinese. Decisão errada: assinou às pressas com o Palmeiras, que passava por um dos piores períodos de vacas magras. Quando saiu do Parque Antarctica, em 1984, perambulou por uma série de times pequenos, numa triste decadência. Mesmo assim, marcou época. E merece a lembrança e a homenagem.

sexta-feira, abril 04, 2008

DEM cobra a conta de José Serra

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Mais um episódio do imbróglio que está rachando o PSDB paulista e comprometendo a aliança, já tradicional, entre democratas e tucanos. O líder do DEM na câmara municipal, Carlos Apolinário, divulgou uma carta aberta em que cobra do governador paulista José Serra um posicionamento mais firme em relação à disposição de Geraldo Alckmin em sair candidato a prefeito de São Paulo.

Kassab e Alckmin, provavelmente adversários nas eleições de 2008

A mesma carta, ou um "genérico" da mesma, teria sido entregue também ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, na semana passada, no sentido de "sensibilizar" as figuras mais importantes do partido a formarem chapa com os demos. Claro, com Kassab na cabeça de chapa.

Apolinário diz que "o prefeito tem sido extremamente leal a Vossa Excelência [José Serra] e demonstrado humildade. Quando lhe perguntam se é candidato a prefeito, ele sempre diz que gostaria de ser candidato, mas coloca como prioridade a aliança entre os dois partidos", mas ressalta "nós democratas acompanharemos qualquer decisão que for tomada pelo ilustre prefeito Gilberto Kassab. Porém, se ele não for tratado com a dignidade e a consideração que merece, será muito difícil estarmos juntos no primeiro ou no segundo turno das próximas eleições."

A carta é uma reação às especulações sobre o futuro de Gilberto Kassab. Tucanos teriam soprado para jornalistas que o atual prefeito não se candidataria à reeleição e seria secretário de José Serra para, em 2010, ser candidato a senador. Os demos acham que isso é um tratamento "desrespeitoso" e o evangélico Apolinário adverte: "Quero lembrar-lhe que, na Bíblia, no livro de Provérbios, está escrito: um amigo ofendido é pior do que segurar um cão pelo rabo."

Cobra criada

O episódio é mais um da tumultuada relação entre Serra e Alckmin, uma disputa interna onde o ex-governador vem levando vantagem. Em 2004, quando candidato a prefeito, o ex-ministro da Saúde patinava nas pesquisas, empatado tecnicamente com Marta Suplicy (PT) e Paulo Maluf (PP). O então governador, dono de alta popularidade, entrou no circuito e a campanha focou praticamente o tempo inteiro na relação quase simbiótica que seria estabelecida entre prefeitura e governo do estado. Serra venceu, mas ficou devedor de Alckmin.

Em 2006, Alckmin aparecia nas pesquisas sempre atrás de Serra. Em algumas, tinha quase metade das intenções de voto de seu adversário interno. Manobrou, cobrou a conta, impôs seu nome aos caciques do partido utilizando a máquina estadual, tanto do governo quanto do partido. Afinal, o que é o PSDB (e, em certa medida, o PT também), senão uma agremiação essencialmente paulista? Tornou-se candidato, mas não contou com o apoio do já eleito José Serra no segundo turno.

Agora, repete a mesma trajetória de Serra em 2004. Derrotado na eleição presidencial, quer tentar a prefeitura. Mas Kassab e os demos, acostumados a serem coadjuvantes dos tucanos, não querem largar o osso. E ao governador também não itneressa o fortalecimento de Alckmin que é, em boa medida, também o fortalecimento de Aécio Neves na futura disputa pela vaga do partido para a corrida presidencial de 2010.

Na prática, Kassab embaralha as cartas da histórica aliança. Cresceu, saiu da sombra a que parecia condenado e conquistou parte da classe média, com projetos com o Cidade Limpa e uma disposição de estar sempre na mídia quando a situação aperta. Foi o primeiro a comparecer na tragédia do buraco do metrô, que sequer era responsabilidade sua, enquanto Serra se escondia e Alckmin sequer deu as caras. Segue uma cartilha à la César Maia, mesmo sem o carisma do prefeito carioca.

Não vai ser fácil acomodar tantos interesses. De perto, Marta pavimenta a sua volta. De longe, Aécio ri à toa.

Acidente, que acidente? Gol e Tam entre melhor empresa em governança corporativa.

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A IR Global Rating divulgou (em PDF), na segunda-feira, 31, o 10º ranking das melhores práticas de governança empresarial da América Latina, a saber, melhor relação com o investidor (RI em português, IR em inglês). No Brasil a Gol é a quarta e a TAM a quinta. O período avaliado na edição 2008 do prêmio é o ano anterior.

Em 29 de setembro de 2006, o Boeing 737-800 com destino a Manaus (AM) no vôo 1907 da Gol caiu em Mato Grosso. Fora do período do estudo. Em 18 de julho de 2007, o Airbus 320 do vôo 3054 da TAM não conseguiu fazer o pouso em Congonhas, bateu num depósito da própria empresa. Dentro do escopo da IRGR. No triste compto de vítimas fatais, 154 e 199.

O prêmio avalia a transparência de divulgação de balanços na internet, divulgação financeira e práticas administrativas. Investidores votam nesses quesitos e ainda nas políticas de relação com o investidor.

Ainda bem que eu não entendo nada de práticas de governança corporativa.

Dois dias antes da divulgação do relatório, sem haver relação direta com o relatório gringo, parentes e amigos das vítimas dos dois vôos fizeram protestos em três aeroportos. A cobertura é do site www.associacaovoo1907.com. Clique aqui. O último boletim sobre a assistência da Tam a "suas" vítimas está aqui. Na página da Gol, não encontrei.

Reprodução


Na seção de RI da Gol, a busca para as palavras "1907" e "acidente" resultam em zero resultados. No da TAM, a palavra "acidente" traz dois retornos. "Fatores de Risco", de 19 de junho de 2007, com informações gerais que não teriam quase nada de mórbido não fosse um mês antes do acidente. O segundo, "Diretrizes éticas", saiu em 1º de setembro de 2007, e traz o termo relacionado a segurança do trabalho e riscos ambientais.

quinta-feira, abril 03, 2008

As múmias tocam seus próprios discos

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Sempre simpatizei com os manguaças pró-ativos, ou seja, aqueles que decidem tirar a bunda da mesa do bar (às vezes) para fazer ou criar alguma coisa - de preferência, uma coisa bizarra ou impagável. Admiro, principalmente, os que têm pendores artísticos, como o Mussum, o Paulo César Peréio, o Raul Seixas, a Maysa, Vinicius de Moraes, enfim, dezenas deles. Ano passado, fiz um post sobre a Amy Winehouse, cantora inglesa que gosta de entortar o caneco. Pois então, outros desses manguaças "criativos" fundaram há 20 anos, em San Francisco (EUA), a banda The Mummies (As Múmias).

Era uma banda punk de garagem formanda por Trent Ruane (órgão e vocais), Maz Kattuah (baixo), Larry Winther (guitarra) e Russell Quan (bateria). Mas o inusitado é que, apropriadamente, eles sempre ensaiaram e se apresentaram vestidos de múmia, como comprovam as fotos desse post. Por gravadoras de fundo de quintal, como a Hangman, a Telstar e a Pinup, lançaram vários compactos no início dos anos 1990, até que decidiram compilar tudo em um LP.

O bizarro é que, para isso, ligaram um microfone em frente a uma vitrola velha e fizeram a gravação pondo para tocar todos os compactos que tinham lançado, batizando a tosca coletânea como "The Mummies play their own records" ("As Múmias tocam seus próprios discos"). Cumprindo o pacto - ou "maldição da múmia", como convencionaram chamar - de que a banda acabaria assim que recebesse o convite de uma grande gravadora, puseram fim à diversão no Ano Novo de 1992.

Vitórias fácil, média e difícil

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Primeiro a fácil. Palmeiras venceu por 5 a 1 o Central de Pernambuco pela Copa do Brasil e assegurou vaga na próxima fase da competição sem necessidade de partida de volta. Martinez entrou bem, Kléber, suspenso no Paulista, voltou com gol e se repetem as conclusões fáceis: o Verdão tem um bom elenco e está rendendo bem. Está acertado dentro de campo, eu arriscaria. O risco está em enfrentar outro time montado para parar o esquema de Luxemburgo. No papel, é para essas emergências que serve o elenco, para dar opções.

Segundo, a média. Enquanto isso, no Rio de Janeiro, Thiago Neves cobrou duas faltas para os dois gols do Fluminense na vitória sobre o Libertad do Paraguai. Está na segunda fase. Além do meia que chegou a se envolver em um rolo de pré-contrato com o Palmeiras, o tricolor das Laranjeiras tem ainda o meia argentino Conca que, segundo o Tostão, joga mais do que é notado.

Por fim, a difícil. Gol aos 49 do segundo tempo em um chuverinho de Jorge Wagner para um gol de Adriano. Vitória simples sobre o Sportivo Luqueño. Se colocar dois para marcar essas bolas alçadas à área, metade das jogadas de gol acabam?

Outras vitórias
Grêmio e Botafogo perderam na Copa do Brasil nos jogos fora de casa. Vão ter que tentar reverter em casa. Venceram River do Piauí e Atlético de Goiás. Roger, ex-Adriane Galisteu, ex-chinelinho, fez o de honra dos gaúcho. O Náutico (PE) bateu o Juventus por 3 a 0 e se classificou na partida de volta. O Moleque Travesso havia vencido na rua Javari por 2 a 0. A Lusa bateu o Volta Redonda por 2 a 0.

Muito mais legal do que a Copa dos Campeões.

quarta-feira, abril 02, 2008

Lula: mais popular que futebol e cerveja no Brasil

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Fantástico o exercício de comparação do blogue Opiniões-Sérgio Telles sobre a dimensão da popularidade de 73% do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo pesquisa CNT/Sensus divulgada em março. Vamos às conclusões:

1 - Lula é mais popular que o futebol
Considerando dados de pesquisa CNT/Sensus de outubro do ano passado, 67,3% gostam ao menos um pouco de futebol, ou seja, menos do que os que aprovam o presidente. Mas Telles vai além: "Uma pesquisa do atual DEMo (ex-PFL), no meio do ano passado, aponta que o PT é preferido por 28,2% da população, mais do que a soma das 2 maiores torcidas brasileiras. Ou seja, melhor que dizer 'vai contar só pra torcida do Flamengo', é falar 'vou contar para os que preferem o PT'. Enfim, Lula é mais popular que o futebol e o PT mais popular que Flamengo e Corinthians somados".

2 - Lula é mais popular que a cerveja
Segundo o 1º Levantamento Nacional sobre os Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira, 48% se declararam abstêmios, ou seja, não consomem qualquer bebida alcoólica. Dos demais 52%, cerveja ou chopp são consumidos por 61% desses. Ou seja, apenas 31,7% da população bebem cerveja. "Conclui-se que o governo Lula é muito mais preferido que cerveja pelos brasileiros", sentencia Sérgio Telles.

3 - Lula é mais popular que o catolicismo
Em pesquisa do DataFolha de maio do ano passado, 64% dos brasileiros se declararam católicos (praticantes ou não). "Logo, conclui-se que Lula é mais popular que a Igreja Católica no Brasil", diz Telles.

4 - Lula é mais popular que o Carnaval
Pesquisa CNT/Sensus feita recentemente apontava que apenas 41,2% dos brasileiros gostam da festa. Telles novamente: "Lula e seu governo são amplamente mais populares que o Carnaval".

5 - Lula é quase tão popular quanto sexo
Pesquisa de Bem-Estar Mundial da Durex, de 2006, diz que 76% dos brasileiros são sexualmente ativos. Segundo a mesma pesquisa, por coincidência ("e apenas isso", frisa Telles), o mesmo índice dos que não aprovam Lula (27%) é o dos que têm falta de libido e também de homens com dificuldades de ereção. "Outra coincidência", observa Telles, "é que os especialistas em sexologia sempre apontam que 30% das mulheres costumam não conseguir orgasmo de nenhuma maneira, também o mesmo percentual das que não aprovam Lula neste segmento da população".

Alguém imagina essa série de comparações como capa da Veja?

Central de Caruaru, injustamente desconhecido

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Hoje o Palmeiras entra em campo pela Copa do Brasil contra o Central de Caruaru. A expectativa de torcida e atletas alvi-verdes é vencer por dois gols de diferença para despachar logo o adversário e prosseguir na competição.


O Central de Caruaru é um time pouco conhecido dos brasileiros em geral. Muitos que vêem o adversário de hoje do Palmeiras logo o tratam como mais um dos times pequenos que povoam as primeiras fases da Copa do Brasil. Mas a história registra que a "patativa", como o time é chamado, quase disputou a elite do futebol nacional - e nos anos 1990, quando a primeira divisão já era mais séria e sem critérios de acesso ligados aos campeonatos estaduais.

Foi em 1995. Naquele ano, o Central foi o quarto colocado na Série B do Brasileiro. Ficou apenas atrás dos paranaenses Atlético e Coritiba, campeão e vice, respectivamente, que conseguiram o acesso, e do também eliminado Mogi Mirim.

A Série B daqueles tempos nada tinha a ver com os pontos corridos atuais. Os 24 times dividiam-se em quatro grupos com seis equipes cada. Na primeira fase, todos jogavam contra todos nos seus grupos, avançando os quatro melhores de cada chave. Segunda e terceira tinham formatos semelhantes: times divididos em grupos de quatro equipes cada com os dois melhores sendo classificados. Até a quarta e derradeira etapa, o quadrangular final, quando os quatro times jogavam entre si e os dois melhores garantiam acesso para a Série A do ano seguinte.

Nesse bolo todo, o que surpreende na campanha do Central é que o time foi passando de fase sem nunca empolgar. Na primeira, foi o pior entre os quatro classificados (Santa Cruz, Desportiva e Sergipe); na segunda, só avançou porque superou o Santa Cruz em gols marcados, e na terceira precisou de uma vitória épica fora de casa contra o Sergipe para superar o Bangu e chegar na fase decisiva.

E no quadrangular o coitado do Central tomou ferro. Só somou três pontos nos seis jogos - obtidos ao vencer o Coritiba em casa, num resultado que acabou custando o título aos alviverdes.

Em 1996, o Central ficou entre os últimos da Série B e teria sido rebaixado - teria, porque a virada de mesa que beneficiou Flu e Bragantino na primeira se estendeu à segunda divisão e o time jogou a Série B em 1997. E, tal qual o Fluminense, foi rebaixado de novo. Dessa vez, para nunca mais voltar à Segundona.

2007 foi um ano bom para o clube, quando obteve o vice-campeonato pernambucano e a consequente vaga na Copa do Brasil. Hoje enfrenta o Palmeiras na busca de surpreender de novo. Quem sabe o jogo contra o alviverde não vira o estímulo para que o Central volte aos seus tempos de glória?

O passeio do Santos, Molina, Quiñones e a altitude

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Quando o Santos foi derrotado pelo Bolívar na altitude de La Paz, em 2003, fui até uma sinuca no bairro de Pinheiros, em São Paulo, onde o gerente era... boliviano. Figura sempre simpática, não tirou sarro da vitória por 4 a 3, e vaticinou: "Aqui, a gente perde". Não perderam somente, tomaram uma "ensacada" de 6 a 0.

Lembrei do boliviano quando o Peixe perdeu para o San Jose, nos mais de 3.700 metros de altitude em Oruro. Prejudicado por um pênalti não marcado no fim da partida, nem assim me incomodei com o placar e pensei: "Aqui, a gente goleia". Foi um 7 a 0, maior goleada do torneio, mas contra uma equipe que é pra lá de fraca tecnicamente. Mesmo assim, foram estes bolivianos que empataram com o quarto da Libertadores de 2007, o Cúcuta, fora de casa. O que mostra um pouco do sofrível nível do torneio continental.

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Sem a altitude, o San Jose seria... pior que o Rio Claro, primeiro rebaixado no campeonato paulista. Pelo menos é o que pensa o treinador do Santos, Emérson Leão. E não deve ser só ele que avalia desta forma, a equipe da Bolívia é de fato muito inferior a times medianos de cá. Daí fica clara a influência da altitude no resultado da partida de ida. E isso se deu não só pelos efeitos "reais", como também pelos psicológicos, já que imprensa e até mesmo comissões técnicas fazem da altitude uma fantasma talvez muito maior do que já seja.

Ainda assim, continuo contra a proibição ou limitação de partidas internacionais na altitude. Nada justifica que um time não possa jogar em seu lugar de origem. Que os calendários sejam modificados para que as equipes possam se adaptar à altitude, até porque outros fatores como gramados esburacados (quantos já não se contundiram por conta disso?), lugares com altas temperaturas e estádios sem segurança também são deveras insalubres e não merecem a atenção especial da Fifa.

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Os bolivianos já sabiam que a chance de derrota era enorme, e nos sites do país apostavam nas duas partidas que irão fazer em casa, contra Chivas e Cúcuta, para se classificar. Mas não esperavam um 7 a 0. O blog do San Jose é taxativo: Santos maltrata San Jose em goleada inusual.

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Molina fez quatro gols e participou de outros lances importantes. Não é craque, mas lembra os antigos camisas dez que não existem mais, aquele armador que consegue chegar à frente e finalizar. Esses estão em extinção e no Brasil, com exceção de Thiago Neves, do Fluminense, não me lembro de nenhum outro meia com essas características.

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Eram 31 minutos do segundo tempo quando anotei aquela que eu achava ser a jogada da noite. Passe forte da esquerda para Quiñones, que havia entrado há pouco. E ele... matou a bola! Sim, ele matou a bola! Emocionei-me com tal destreza de um atleta que mal conseguia andar sem tropeçar na mesma em outras ocasiões.

Pra calar de vez minha boca, fez o sexto gol. Não estava difícil, de fato.

Tipos de cerveja 3 - As American Pale Ale

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Dando seqüencia à classificação do site Cervejas do Mundo (www.cervejasdomundo.com), falamos hoje das American Pale Ale. São cervejas que vão desde o amarelo dourado até à cor de cobre, com estilo definido pelo lúpulo de origem estadunidense. Esse produto transmite, na maioria das vezes, forte aroma à cerveja, além de uma relativa acidez. As American Pale Ale se encaixam perfeitamente no american way of life: são consideradas um ótimo acompanhamento para pizzas e hambúrgueres (fosse no Bar do Vavá, acompanhariam o X-Elvis e o Churrasco com Queijo e Dentes Inteiros de Alho). Mas também vão bem com sushi e saladas. As dicas para degustação: Three Floyds Alpha King, Flying Dog Doggie Style Classic Pale Ale (foto) e DuClaw Venom Pale Ale. Vale lembrar que as cervejas Ale têm processo de alta fermentação (ou "fermentação a quente"), que realça os sabores mais complexos, frutados e "lupulados" da bebida. Por isso, são cervejas mais encorpadas e vigorosas. Mesmo assim, podem variar muito de uma marca para outra, com características que vão desde o doce ao amargo, entre as mais claras ou escuras.

Carona

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Armando Nogueira, em coluna no Lance! de hoje, comete uma inconfidência de 50 anos. Segundo ele, na noite de 29 de junho de 1958, quando o Brasil foi campeão mundial pela primeira vez, na Suécia, houve uma grande festa no hotel em que a seleção estava hospedada. Nogueira diz que cada jogador estava devidamente acompanhado por uma "loura do porte de seu merecimento". Quando ele se aproximou de Moacir (foto), meia do Flamengo e reserva no mundial, o jogador agarrou sua loura e sussurrou no ouvido do jornalista: "-Armando, me chama de Pelé! Me chama de Pelé!".

terça-feira, abril 01, 2008

Manchester e Barça saem na frente na Liga dos Campeões

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Hoje foram disputadas as duas primeiras partidas das quartas-de-final da Liga dos Campeões da Europa, a Champions League, e Manchester United e Barcelona conseguiram duas importantes vitórias fora de seus domínios.

A qualidade técnica falou mais alto no confronto entre o time inglês e a Roma, no estádio Olímpico. Nos dois momentos em que o clube italiano parecia ser superior à esquadra britância, Cristiano Ronaldo, no primeiro tempo, e Wayne Rooney, no segundo, mataram qualquer pretensão da equipe da casa. O gol deixa o atacante português na artilharia da competição, com sete gols. E ele também ocupa o primeiro posto entre os goleadores do campeonato inglês, a Premier League, com 26 tentos. Fez a diferença no domingo, na sensacional vitória sobre o Aston Villa (confira aqui o gol de letra, o passe de calcanhar e as outras duas assistências) e hoje marcou de novo. Tem tudo para chegar ao final do ano como o melhor do planeta.

Já o Barcelona, que enfrentou o Schalke-04 na Alemanha, contou com a precisão do jovem Bojan, novidade no time na partida de hoje. Com 17 anos, o espanhol de ascendência sérvia tornou-se o segundo jogador mais jovem a marcar na Liga dos Campeões, superado somente pelo atacante ganês Peter Ofori-Quaye, que em 1997 marcou pelo Olympiakos com 17 anos também, mas era menos de um mês mais novo que Bojan.

No próximo dia 9, o Manchester pega a Roma em Old Trafford, e o Barcelona recebe o Schalke no Camp Nou.

Bonito, muito bonito

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O fato não é recente, mas merece registro. Durante solenidade oficial em São Bernardo do Campo (SP), crianças de um bairro carente faziam batuque com latas e outros materiais recicláveis. Nisso, um assessor especial da Prefeitura vira para um jornalista e comenta:

"Olha só que bonito! Eles moram no meio do lixo e arrumaram um jeito de fazer música com isso!"

De fato, a consciência do assessor sobre as condições de moradia daquela população é muito comovente. Como se fosse um fato imutável, natural. E a Prefeitura não tivesse nada com isso...

segunda-feira, março 31, 2008

Richards: proibição da bebedeira arruinou América

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Depois de confessar que cheirou as cinzas do próprio pai, de negar isso e reafirmar a bizarrice, o eterno guitarrista dos Rolling Stones, Keith Richards (foto) , volta a criar polêmica. Em entrevista ao jornal inglês The Sun, o stone assumiu fumar maconha em tempo integral. "Mandei muita fumaça para minha cabeça. Eu fumo maconha o tempo todo", assumiu. “Mas essa é minha erva benigna. É só isso que eu consumo. Mas, sim, eu fumo, e consigo um haxixe do bom". O guitarrista está trabalhando em sua autobiografia e, de acordo com o jornal, vem enfrentando "problemas". "Não consigo nem me lembrar do que aconteceu ontem. E já que eu não tive um diário, tem sido um pouco difícil", lamentou o siderado Richards. Em agosto de 2007, o músico comeu seus próprios cigarros em um show em Londres, em protesto contra a lei que proíbe fumar em locais fechados. "É um atraso, porque você tem que congelar suas bolas para acender um cigarro, precisa ir lá fora. É cruel. É uma besteira social e politicamente correta. Mas eles vão superar isso. É como aquela vez em que tentaram proibir a bebedeira. Veja o que aconteceu. Isso arruinou a América", sentenciou.

Dois garotos e um certo fim de semana de 1957

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Música lembra Beatles, que lembra John Lennon. Futebol lembra seleção brasileira, que lembra Pelé. O que poucos sabem, porém, é que esses dois ícones do século passado, principalmente nos anos 1960, têm muitos pontos em comum. Para começar, ambos são librianos e quase da mesma idade: John Winston Lennon nasceu em 9 de outubro de 1940, em Liverpool, Inglaterra, e, exatamente duas semanas depois, no dia 23, veio ao mundo Edson Arantes do Nascimento, em Três Corações (MG), Brasil. Mas a maior coincidência aconteceria 16 anos e nove meses mais tarde.

No sábado, 6 de julho de 1957, a igreja de Woolton, em Liverpool, foi palco de um encontro crucial para história da música. Naquela tarde, Lennon se apresentou no local com sua banda The Quarrymen, formada por ele com amigos de escola. Tocavam rock and roll no ritmo do skiflle, um jazz-caipira-acelerado. Na platéia, um outro adolescente observava com interesse: James Paul McCartney, 15 anos recém-completos. Ele achava que tocava melhor que qualquer um no palco, mas estava impressionado por John já ter uma banda - e liderá-la. Após o show, Pete Shotton, um amigo comum, os apresentou. Os Beatles nasceram ali.

No dia seguinte, domingo, 7 de julho, o Brasil enfrentou a Argentina no Rio de Janeiro, então capital federal, pela Copa Roca de Futebol (extinto torneio disputado entre os dois países). No segundo tempo, perdendo por 1 a 0, o técnico brasileiro Sylvio Pirillo decidiu substituir o atacante Del Vecchio por um menino de 16 anos, Pelé. Poucos minutos depois, ele empatou a partida. Apesar de a Argentina ter marcado novamente e vencido por 2 a 1, aquele jogo marcou a estréia do futuro Rei do Futebol pela seleção brasileira. Ali, naquele domingo de julho, Pelé começou a pavimentar seu caminho rumo ao título mundial na Copa da Suécia, menos de um ano depois, quando teve início seu reinado.

No alto, John Lennon com os Quarrymen no sábado, em Liverpool. Acima, Pelé marcando seu primeiro gol pelo Brasil no domingo, no Rio de Janeiro.

Secar os secadores. De camarote

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O Parmerista fala de mentalidade de campeão. O Mondo Palmeiras reproduz nota da assessoria de imprensa verde sobre o aproveitamento de Luxemburgo no comando da equipe em toda história´do clube, 69% das 277 partidas. Fabian Chacur fala ainda do golaço de Valdívia e da boa atuação de Denilson, mas pede para segurar o já ganhou. O Terceira Via Verdão mostra em dados que o meia chileno é o melhor do time. E o Observatório Verde diz que o Lance! inverteu a notícia na definição da capa de sábado sobre a possível venda do atleta no meio do ano.

Um almoço de sábado em casa me impediu de sequer escutar no rádio a maior parte do jogo. Acompanhei pelos gritos da vizinhança. No final, ouvi até uma ponta de "olé", vindo do Palestra Itália. Para não recorrer à prática de comentar sem ter assistido, fiz o clipping da mídia palestrina.

É confortável assistir à última rodada de camarote. Ao lado do Guaratinguetá.

É desagradável ver os secadores trabalhando tanto. Até negando que estejam secando. Claro que é inevitável, mas quem sabe eu inauguro uma nova modalidade de secagem, uma voltada aos adversários secadores.

Como já reconheci que Luxemburgo montou um time bom com peças boas – além de reabilitar Léo Lima – me sinto tranquilo para cobrar dele que as ressalvas ao treinador sejam definitivamente caladas com o título. Sem já ganhou. É um problema não gostar do estilo pessoal de um técnico bom e cheio de sorte (segundo uma das máximas do próprio, a sorte ajuda quem trabalha...).

Vamos fazer chicha de maíz (pinga de milho)

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Marcos Xinef

Aproveitando que ninguém ainda se animou a produzir a polêmica pinga de abacaxi com receita de Mouzar Benedito, fui atrás de uma bebida com produção mais simples, que repercutiu favoravelmente na última coluna "Pé redondo na cozinha", do chef Marcos Xinef: a chicha de maíz (pinga de milho). Chicha é a designação espanhola para qualquer variedade de beberagem fermentada, que pode ser feita de raiz de mandioca, milho ou frutas, entre outras coisas. Às vezes, no processo rudimentar, o produto é mastigado antes de ser posto para fermentar. Porém, como tal prática não colabora muito para a questão higiênica (e é mesmo nojenta, para falar português claro), a receita que trago aqui, a partir de pesquisas na internet e orientações do chef Xinef, dispensa tal procedimento.

PARA PRODUZIR 1 LITRO DE CHICHA

Ingredientes
500 gramas de grão de milho verde
1 litro de água mineral ou filtrada
300 gramas de açúcar

Modo de preparo
Compre uma dúzia de espigas de milho verde ou o suficiente para que, depois de raspadas, rendam 500 gramas do grão. Pegue uma panela grande e bote pra ferver, por umas duas horas, um litro de água, 300 gramas de açúcar e o milho. Arrume um balde que possa ser fechado hermeticamente, como o da foto abaixo, e feche a mistura ali por um período de 3 a 4 dias, quando estará pronta para consumo.


Para produzir mais que um litro, é só multiplicar as medidas dos ingredientes na proporção. Que tal produzirmos uma "Chicha Futepoca"?






Marcos Xinef é chef de cozinha e socialista convicto. Semanalmente, publica receitas que tenham bebidas alcóolicas entre seus ingredientes no Futepoca.

O destino do Corinthians nas mãos (e nos pés) do Santos

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E o time da Vila Belmiro não conseguiu a sua sexta vitória consecutiva, ficando de fora do G-4 de forma definitiva. O empate em 1 a 1 com o Rio Claro só serviu pra sacramentear o rebaixamento do clube do interior. A reação espetacular do Santos no campeonato foi digna de nota, mas também tardia, já que mesmo que tivesse vencido no sábado e superasse a Ponte na Vila, o Peixe provavelmente ficaria de fora do G-4, pois ainda dependeria de insucessos de Barueri e Corinthians.

Agora, o destino do time do Parque São Jorge está com o Santos. Não basta ao Corinthians derrotar o Noroeste, fora de casa. Ele precisa contar com a ajuda do Alvinegro Praiano, que tem que arrancar um empate na Vila pra ajudar o Timão. A questão que vai ser discutida até cansar os ouvidos é: qual o esforço que o Santos vai fazer pra vencer o clube campineiro?

Sem papas na língua, o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, foi claro e sugeriu até uma "mala preta" para o Santos, observando, entretanto, que o clube não possui dinheiro para isso. "Seria até a favor [do incentivo ao rival]. Mas na situação em que estamos não dá para falar nisso" afirmou o cartola, que disse que está difícil fechar as contas do mês no clube. "Todo mundo sabe que essas coisas existem no futebol. Se sobrar [dinheiro], não sou hipócrita", disse à Folha de São Paulo.

Já o treinador Mano Menezes, que nesta temporada lidera o ranking de choro à frente de Luxemburgo, Muricy e Leão, apelou ao "profissionalismo" do comandante santista, a quem o Corinthians deveria dinheiro por sua passagem anterior no clube. "Não costumo julgar outros profissionais pela sua trajetória. Mas sempre se vale disso. E a trajetória do Leão é séria. Ele classificou o Cruzeiro quando dirigia o Atlético-MG", declarou Mano ao mesmo periódico, recordando a vitória do Atlético-MG sobre o Palmeiras, em 2007, que deu a vaga na Libertadores ao rival azul-celeste.

A imprensa vai bater, vai exigir o tal "profissionalismo" do Santos, mas o óbvio é o time entrar com os reservas. Não se trata de descaso, mas sim de cuidar dos próprios interesses que, a esta altura, se resumem a Libertadores. Depois da partida contra a Ponte Preta, na quarta, o time tem um duro compromisso contra o Chivas Guadalajara, no México. Alguém colocaria os titulares em uma partida sem importância três dias antes, contando com o desgaste de uma viagem longa?

Agora, aguardem, leitores. Com pouco assunto, a mídia esportiva vai bater o tempo todo nessa tecla, e façam as contas de quantos jornalistas/comentaristas repetirão a cantilena de que o Santos tem que encarar uma partida, sem motivação, e com outra importante a seguir, como se fosse uma decisão. Triste vai ser se, cedendo a pressões talvez originadas de um prédio próximo à estação Barra Funda, em São Paulo, a diretoria e o treinador possam ceder e escalar a equipe titular.

Tipos de cerveja 2 - As Amber Ale

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Dando seqüência à série sobre tipos de cerveja do mundo inteiro, destacamos as Amber Ale, que podem variar entre produtos caramelizados e outros com bom equilíbrio entre malte e lúpulo. São habitualmente cervejas não muito complexas e que, devido a isso, podem acompanhar bem quase todo o tipo de receitas gastronômicas. Contudo, algumas versões apresentam forte teor de malte e baixa presença de lúpulo, o que as torna pouco equilibradas - deste modo, não aconselhadas para receitas tendencialmente doces. De resto, vão bem como acompanhamento de sanduíches, pizas, churrascos e comida mexicana. Na avaliação do site Cervejas do Mundo, a diferença entre uma Amber Ale de qualidade e uma American Pale reside no fato da primeira poder ter um carácter mais escuro, devido ao malte utilizado, e menos lúpulo. Para quem conseguir encontrar, experimente a Mac and Jacks African Amber Ale, a New Belgium Fat Tire ou a Tröegs HopBack Amber Ale (foto).