Destaques

sexta-feira, abril 18, 2008

Paulo Henrique Amorim e a "conciliação nacional"

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Embora suspeito pra falar, vale a pena dar uma lida na entrevista que o jornalista Paulo Henrique Amorim concedeu à revista Fórum de abril. Sem muitos dedos, ele falou das relações de Daniel Dantas com o meio político também da fusão da Brasil Telecom com a Oi. Para ele, a negociação será a “grande conciliação nacional” envolvendo PT e PSDB. Alguns trechos abaixo:

A BrOI
Temo que a operação de criação da BrOi seja a consubstanciação, aquele quadro do Napoleão sendo coroado, que está na igreja de Notre Dame. O quadro começa a ser pintado a partir do momento em que o Luciano Coutinho, presidente do BNDES, assina o empréstimo para o Carlos Jereissati e o Sérgio Andrade comprarem a Brasil Telecom, sem botar um tostão. Nesse momento, será feita a grande conciliação nacional, os fundos e o Citibank renunciam a toda ação que moveram na Justiça contra o Daniel Dantas. O governo Lula põe para dentro a corrupção do Dantas e do governo FHC, limpa a pedra e resolve esse problema botando o dinheiro do BNDES nas mãos desses dois subempresários, já que eles compraram a Telemar sem gastar também.

Sou repórter

Não estou mais interessado em discutir política, economia, essas coisas mais sensíveis na televisão. A televisão brasileira não é o espaço mais apropriado para isso e quando se faz, se faz mal feito. É a Miriam Leitão, William Waack, Arnaldo Jabor, Alexandre Garcia, esses “grandes” jornalistas que fazem a televisão brasileira. Então, não quero mais tratar disso na televisão. Ali, faço parte do Domingo Espetacular e sou repórter, como fui no Fantástico por seis anos em Nova Iorque, de onde fazia matérias que não tinham nada a ver com política. Cobria incêndio, crime, enchente, guerra civil... Sou repórter, porque esse pessoal que está aí, Reinaldo Azevedo, Diogo Mainardi, que acham que são jornalistas, não sabem cobrir uma batida de trânsito na esquina. Se mandar cobrir, chegam na redação com informações inverídicas e incompletas. Por isso não trato com esses camaradas, eles não são da minha profissão. Eles vendem a opinião deles. E não troco minha opinião por nada

Privatização

A privatização é o que define o processo da Nova República no regime pós-militar, é a metástase da corrupção no Brasil. O Daniel Dantas é o maior símbolo, herói e beneficiário desse processo que corrompeu o PSDB, o PFL e o PT. Ele corrompeu o PSDB, financiou a filha do Serra e ele é a grana que está no duto do Valerioduto. Que o procurador-geral da República não procurou e que o ministro Joaquim Barbosa não achou. A grana do Valerioduto veio de onde? Dá em árvore ou o Valério era maluco e colocava dinheiro dele no esquema? Ele era um lavador de dinheiro e ninguém quer dizer isso.

Daniel Dantas

Tenho uma luta com Dantas há muito tempo, há muito tempo eu percebo que ele é especial. Mas um dia a gente vai se encontrar no despenhadeiro. Ele grampeou a mim, a minha mulher e a minha filha. Soube disso pela Polícia Federal. Essa conta ele vai acertar comigo. Ele vai acertar comigo. Nós vamos ter um encontro no despenhadeiro e vamos acertar essa conta. No plano privado.

Veja também: Daniel Dantas na cadeia.

quinta-feira, abril 17, 2008

Corinthians: Acabou a paciência

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A derrota do Corinthians por 3 a 1, ontem, contra o Goiás acabou com minha fase de trégua com Mano Menezes e seus comandados. O Timão jogou assustadoramente mal contra um Goiás não muito superior, num jogo bastante esquecível.

Mano está tentando há algum tempo jogar num 4-4-2, com André Santos de volta à lateral-esquerda. Ontem fez nova tentativa, dessa vez num pretenso losango no meio, com Nilton de cabeça de área e Diogo Rincón perto dos atacantes, à frente de Bóvio e Fabinho. Dentinho e Herrera, pela mobilidade, ajudariam na armação. O time é defensivo e feito para tentar puxar contra-ataques, válido para jogo fora de casa. Na prática, o tal Diogo sumiu do jogo, especialmente no segundo tempo, e a armação ficava praticamente só a cargo de Bóvio e Fabinho, dois jogadores de refinada técnica.

O Goiás veio bem armado, com um tal Evandro no meio iniciando as jogadas e Paulo Baier em sua tradicional função de peladeiro, aparecendo em todos os lados da intermediária ofensiva. Jogou melhor e conseguiu controlar o jogo, apertando o Corinthians no primeiro tempo e esperando o rival no segundo, com o placar já em 2 a 0.

O Corinthians se segurou na defesa até levar o primeiro gol, numa cobrança de sorte de Paulo Baier de uma falta que não existiu. Aí, André Santos teve que ir à frente e, como não tinha ninguém no meio para jogar com ele, acabou afunilando e tentando armar o jogo. Estava criado o buraco na defesa, que Nilton não conseguiu cobrir e que o Goiás aproveitou na jogada do segundo gol, em que um cruzamento desviado na zaga caiu no pé do cabra. Aconteceu parecido naquele Goiás e Corinthians do final do Brasileiro passado, que praticamente selou o rebaixamento alvinegro.

O Goiás então recua e passa a segurar o placar, coisa fácil, uma vez que o poder ofensivo do Corinthians é praticamente nulo, especialmente após a saída de Dentinho. O Timão ainda diminui, em gol de ombro/braço de Diogo (o comentarista falou ombro, eu achei esquisito, mas não consegui ter certeza) e ensaia uma empolgação, mas toma o terceiro e a ducha de água fria.

Dá pra reverter em São Paulo? Até que dá, mas é difícil. O Goiás sabe se denfender e o Corinthians não sabe atacar. A tristeza é o jogo mal jogado, apresentando problemas que já estavam na derrota para o Noroeste. Falta jogador no Parque São Jorge, isso é certo. Não dá para achar normal Bóvio armar jogo (acho questionável achar normal ele entrar em campo...). A diretoria, que prometia reforços de peso já voltou atrás: só um, e nacional, que da Europa o salário é alto. Estão contratados Douglas (ex-São Caetano), Wellington Saci (?) e Eduardo Ramos (?) e parece que Elias, da Ponte, vem. Será que resolve?

Databusão

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Essas discussões flagradas na rua são melhores que qualquer polêmica de blog.

Em um percurso de no máximo um quilômetro, entre a Avenida Sumaré e o Terminal Barra Funda, um tiozinho de seus 70 anos e o motorista do busão conseguiram discutir temas e mais temas polêmicos sobre nosso futebol. Ok, o trânsito ajudou para a abundância de assuntos.

Os diálogos não são fidedignos, mas a intenção de cada um deles certamente está preservada.

Tiozinho: Imagina isso aqui no domingo (estávamos passando perto do Parque Antartica)...
Motora: Pois é, ainda bem que vou estar de folga.
T: Não dá, não cabe esse jogo aqui não.
M: Pois é.
T:Eu acho que dá São Paulo.
M: Ia ser bom. Não sou são-paulino, mas acho que eles ganham.
T: Mas pode dar Palmeiras também. Eles vão estar mordidos.
M: É, porque falam que o outro jogo foi roubado.
T: É, falam que foi de mão. Mas agora não adianta, o juiz deu, acabou. Mas agora eu torço para quem jogar melhor.
M: Não adianta torcer pra esses caras.
T: Não tem mais bom futebol agora.
M: Tem gente na várzea que joga melhor que esses caras.
T: Tem mesmo.
M: E eu não acredito mais em futebol também. Parece que é tudo combinado, pra um ou outro ganhar. Eles já entram em campo sabendo quem tem que ganhar.
T: É, desde aquela Copa, parece que é tudo arranjado.
M: A de 98, né? Eu acho também. Agora, a gente vê, quando tem pênalti, o goleiro conversando com o batedor, parece que eles estão combinando de que lado um vai bater pro outro pegar.
T: É...
M: Não sei se sou eu que fica imaginando essas coisas...
T: Não, parece mesmo...
M: É uma roubalheira da Federação, que diz quem tem que ganhar.
T: Não tenho mais fé não...

Cachaça motivou escolha do mascote do Náutico

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O Clube Náutico Capibaribe, de Recife (PE), que completou 107 anos de fundação no dia 7 de abril, tem uma história curiosa sobre seu mascote, o Timbu (Didelphis albiventris) (foto) - marsupial brasileiro que é primo do canguru e facilmente encontrado na Zona da Mata de Pernambuco e na região Sudeste. Diz a lenda que, em 19 de agosto de 1934, durante um jogo entre Náutico e América no campo da Jaqueira, na capital pernambucana, caiu uma chuva muito forte. No intervalo, devido à falta de condições do vestiário, o técnico do Náutico preferiu conversar com os atletas no centro do gramado. Nesse momento, um dirigente teria levado para os jogadores uma garrafa de conhaque, para agüentar o frio. A torcida adversária percebeu e passou a gritar "Timbu, timbu!", pois o animal tem fama de apreciar bebida alcoólica. Mas a provocação não deu resultado e o Náutico venceu o América por 3 a 1, com conhaque e tudo. Ao saírem de campo, os jogadores foram dar o troco na torcida adversária, gritando "Timbu 3 a 1, timbu 3 a 1!". Após este jogo, o bicho virou mascote oficial do clube. E até foi criado um bloco, o Timbu Coroado, que sai aos domingos de Carnaval, da sede do Náutico, e percorre o bairro dos Aflitos. Duas das torcidas do clube são a Canáutico e Naucoólicos.

Santos épico

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 "De tudo, o que valeu foi a vontade" . Foi assim o zagueiro Fabão, ao fim da partida, resumiu a verdadeira batalha que ocorreu Vila Belmiro na noite de ontem.

As dificuldades não eram poucas para o Santos. Com um grupo já limitado tecnicamente, dos 25 atletas inscritos no torneio, Leão não podia contar com Felipe, Adaílton e Adriano, todos contundidos; além de Dênis e Alemão, com problemas contratuais; e Sebástian Pinto, dispensado. Nenhum grande jogador, mas a falta deles limita reduz mais as alternativas táticas do time.

Em Oruro, o Chivas só precisava vencer o desmotivado San Jose, e torcer para o Santos não ganhar. E era isso que acontecia aos 37 minutos do primeiro tempo. Mesmo com um volume muito maior de jogo que o Cúcuta, na única finalização do time colombiano, Henry faz um golaço de falta aos 22 minutos.

Molina sente o que seria uma contusão logo no início. Pede pra ficar, mas parece não ter condições. O time pressiona, tem posse de bola, mas não cria chances. O Cúcuta defendia com duas linhas de quatro. Chute de fora, pega em algum defensor. Cruzamentos na área, e estava lá uma cabeça adversária tirando.

Segundo tempo. Sai Tabata, entra o argentino Trípodi. O Chivas já vence por dois a zero. Com dois minutos, a fumaça dos sinalizadores interrompe a partida. Depois, a partida é quase uma repetição do primeiro tempo. Mas Wesley parece mais solto, Kléber Pereira começa a aparecer mais. A torcida acompanha o time.

E, à medida que o tempo passa, cada jogador santista parece dois. O esforço de um Betão improvisado como lateral direito, de um Marcinho Guerreiro se desdobrando no mano a mano contra atletas bem mais habilidosos que ele. Todos correm atrás da bola como se aquilo valesse, de fato, a vida de cada um. Mas cada um lutava por si, pelos outros companheiros e pelos torcedores, os que estavam na Vila e os que sofriam à distância.

Era impossível não se emocionar. Achei a certa altura que teria um ataque cardíaco. Lavei o rosto, andei. Mas não era possível deixar de se envolver com aqueles que viviam um drama típico do futebol que parece reproduzir ali a vida de qualquer um. Naquele momento, cada atleta que se doava no gramado era como se fosse um amigo meu ou um familiar. Sofria por todos e não deixava de pensar: vocês merecem.

E o gol veio. Wesley fez linda jogada, serviu Kléber Pereira que virou e empatou. Eram 23 minutos. O clima ainda é tenso. Quatro minutos depois, Domingos se estranha com Henry, que dá um tapa em Betão. Domingos e Henry são expulsos. Betão volta a ser só zagueiro e o incansável Molina vira lateral. Leão, que quase bate no bandeira que dedurou uma suposta agressão do zagueiro santista expulso, também é excluído. Mais drama.

O Chivas faz o terceiro gol e o San Jose tem um a menos. Em Oruro, fatura liquidada. O Santos precisa vencer. Aos 33, Urbano entra sozinho pelo lado direito da área. Olho pra trás do gol. Ali estão estampados nas bandeiras os rostos de ídolos eternos do Santos. Pelé, Pepe, Coutinho, Gilmar, o técnico Lula... E Fábio Costa faz um milagre. No rebote, Betão é providencial e também salva. A bola ainda é do Cúcuta, mas James Castro chuta pra fora. Nada me tira da cabeça que a bola procurou aqueles com quem ela sempre teve intimidade, que estavam atrás da trave santista.

Aos 43, Kléber Pereira tenta fazer um cruzamento. Ou uma finalização. O certo é que a bola bate no travessão. No rebote, o argentino Trípodi fuzila. É o gol da classificação. A torcida explode. Não aguento, desabo e choro. Não de alegria, nem de tristeza. É alívio. Alívio.

Oito minutos de acréscimo. Molina, que havia sangrado em um choque com o goleiro colombiano, joga com uma proteção no rosto. É o retrato do time.

Das arquibancadas, a torcida canta o hino. "Nascer, viver, e no Santos morrer. É um orgulho que nem todos podem ter". Nunca os versos foram tão verdadeiros. Verdadeiramente, um jogo de Libertadores. Daquele que só os grandes sabem fazer.

quarta-feira, abril 16, 2008

Pra tomar um mé - literalmente

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Reportagem de Glauco Araújo, do G1, aborda a produção artesanal de uma cerveja a base de mel na cidade de Igarassu (PE). Isso mesmo: tomar um mé, agora, não nos remeterá obrigatoriamente à cachaça. O mel de abelha, na produção da Melina, substitui a cevada na fermentação. Por enquanto, somente 200 litros são fabricados por semana pela agroindústria Delícias da Roça, de propriedade do casal Selma e Francisco das Chagas Carvalho. "A cerveja que produzimos é resultante da fermentação de trigo e de mel, muito conhecida e consumida pelos Celtas no século 4. Estudamos muito para chegar até aqui. Sabemos como fabricar a cerveja dessa maneira e acreditamos que fazer uma bebida com essa marca histórica seja importante para a nossa cultura", observou a psicóloga Selma ao repórter. "Com espuma mais espessa, coloração amarela mais clara, a cerveja de mel possui média graduação alcoólica", relatou Araújo. "A maneira como é produzida faz com que a bebida deixe um pouco de borra no fundo da garrafa, que é conhecida na região de Igarassu como pé", completou. Não sou diabético. Logo, experimentaria sim.

Contas de bar, saideiras, calculadoras e moedinhas

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Sei que o combinado é não reproduzir emeios, mas acho que alguns trechos de uma mensagem que recebi até cabem aqui, como o lance do bar. Deixo claro que a intenção não é reproduzir chavões ou reduções machistas, apenas notar sutilmente que tudo tem um fundo de observação e veracidade, até mesmo o besteirol. O texto versa sobre possíveis diferenças de hábitos e/ou comportamentos entre homens e mulheres:

No bar, quatro homens pedem a conta e jogam na mesa R$ 20,00 cada um, mesmo que o rateio seja de R$ 12,50 cada. Logo, o troco será convertido em saideiras. Quando quatro mulheres recebem sua conta, surgem várias calculadoras e todas procuram pelas moedinhas exatas dentro da bolsa.

Na locadora, a mulher procura um filme em que uma só pessoa morre, bem devagarinho, e de preferência por amor. Um homem considera um bom filme aquele em que muita gente morre bem depressa, se possível com rajadas de metralhadora e grandes explosões.

No comércio, um homem pagará R$ 2,00 por um item que vale R$ 1,00, mas que ele realmente precisa. Uma mulher pagará R$ 1,00 por um item que vale R$ 2,00, mas que ela não precisa para nada e que nunca terá a menor utilidade.

Matrimônio: uma mulher costuma se casar esperando que o homem mude, mas ele não muda. Já um homem casa-se esperando que a mulher não mude. Mas ela muda.

Em casa, uma mulher tem a última palavra na discussão. Por definição, qualquer coisa que um homem disser depois disso já será outra discussão.

Londres nega recursos para campeonato mundial de futebol gay

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Deu no MixBrasil

O prefeito de Londres negou patrocínio ao Campeonato Mundial da Associação de Futebol Gay e Lésbico, realizado em agosto, na capital inglesa. Ken Livingstone, também se recusou a assinar a carta de apoio à candidatura da Associação para subvenção ao fundo de loteria, outra frente de arrecadação de 30 mil libras para a liga buscado pela entidade.

Livingstone é membro do partido trabalhista, do ex-primeiro ministro Tony Blair e do atual, Gordon Brown. Ele está em plena campanha de reeleição, com ameaça de perder o cargo, já que as pesquisas do Guardian/ICM mostram empate técnico com o deputado conservador Boris Johnson. O pleito ocorre em 1º de maio.

A surpresa explica-se ainda, porque Livingstone chegou a publicar uma carta de apoio ao evento no site da competição. "Como prefeito de Londres, estou comprometido na luta por igualdade para lésbicas e gays e enfrentando a homofobia", escreveu. "O campeonato da IGLFA estará ao lado da Parada do Orgulho e da Comunicada Rally, da Parada Soho, do mês da história GLBT, do dia internacional contra a homofobia e do Festival de Filmes Gays&Lésbicos de Londres fazendo nossa cidade um dos centros da cultura gay no Reino Unidio e uma das capitais gays do mundo", arrematou.

Os integrantes da Associação Internacional de Futebol Gay e Lésbico (International Gay and Lesbian Football Association, IGLFA em inglês) acreditam que, mesmo assim, o evento vai acontecer. "Ken Livingstone está dispondo de bilhões de libras para mega eventos corporativos, como as Olimpíadas de 2012, mas não pode dar poucas mil libras para ajudar a celebrar o campeonato de futebol gay", declarou Peter Tatchell, do grupo de direitos humanos GLBT OutRage!.

"Londres teve a honra de ser escolhida para receber o Campeonato, mas o prefeito está se recusando a apoiá-lo", completou.

Em 2007, campeonato semelhante foi organizado na Argentina. Na ocasião, constava que não há exigência de que os atletas sejam gays.

O "inseticida social" da PM

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"A PM é o melhor inseticida contra a dengue. Conhece aquele produto, [inseticida] SBP? Tem o SBPM. Não fica mosquito nenhum em pé. A PM é o melhor inseticida social". Foi com essa declaração, rindo, que o comandante de Policiamento da Capital, coronel Marcus Jardim, definiu o resultado da operação policial que matou nove supostos traficantes durante incursão do Bope (Batalhão de Operações Especiais) na Vila Cruzeiro, zona norte do Rio de Janeiro.

De acordo com reprotagem da Folha de S. Paulo, um dos objetivos era destruir barricadas feitas pelo tráfico, que estariam impedindo moradores de levar familiares a hospitais para tratar de doenças como a dengue. Daí veio a infeliz comparação do coronel, que ainda disse ao jornal: "Amanhã [hoje] o pau na vagabundagem continua". E "alertou" na seqüência: "Quem quiser se render - e deve se render - é preso. Aqueles que resistiram de maneira injusta à atuação da PM, aconteceu o que aconteceu [foram mortos]".

Mas se Jardim quer facilitar o acesso dos moradores a hospitais, no mês passado afirmou que iria dificultar que as pessoas chegassem aos bailes funk, que ele define como "reunião de vagabundos". À época, confessou: "não tenho poder para proibir esses bailes, mas posso dificultar sua realização", falando da intenção de promover batidas no entorno dos locais antes do início dos bailes, para abordar e revistar os freqüentadores

O mesmo coronel já havia aparecido na mídia em novembro do ano passado, quando "presenteou" o relator especial da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Execuções Arbitrárias, Sumárias ou Extra-Judiciais, Philip Alston, com uma réplica do Caveirão (foto), veículo blindado da PM que faz incursões nas favelas cariocas. A justificativa dada ao Jornal do Brasil, por conta do presente, foi a seguinte: "Ele [Alston] ficou extremamente surpreso com o presente. Tem a questão das tradições culturais de povos, de etnias. Por exemplo, o nascimento de Jesus Cristo quando os reis magos levaram especiarias como incenso."

Na entrevista, Jardim utiliza argumento parecido com o do Capitão Nascimento, personagem do filme Tropa de Elite, de que se vive na cidade um estado de guerra. "O que nós vivemos é uma guerra urbana. O guerreiro tem que se defender. Os que são contra a utilização do blindado, com todo o respeito, dão a conotação de que não estão familiarizados com a situação ou envolvidos com coisas escusas. É inconcebível ver um policial morrer. O blindado permite se chegar ao objetivo. Quem não gosta do Caveirão gosta de maconha. Quem não gosta do Caveirão, gosta de cocaína."

Democracia é isso aí.

Há (quase) 37 anos, direto do túnel do tempo...

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Na polêmica sobre o gol de mão de Adriano no clássico de domingo, muitos recuperaram a história de outro prejuízo alviverde, há quase 37 anos. Vale relembrar: em 27 de junho de 1971, mais de 103 mil pessoas pagaram ingresso para ver a decisão do Campeonato Paulista entre São Paulo e Palmeiras, no Morumbi. O Tricolor abriu o placar logo aos 6 minutos de jogo, com Toninho Guerreiro. Precisando da vitória, o Palmeiras partiu com tudo para o ataque. Aos 22 minutos do segundo tempo, um cruzamento da direita encontrou Leivinha à frente da marca do pênalti. O atacante cabeceou forte e mandou a bola para o fundo das redes. Porém, o árbitro Armando Marques anulou o gol, dizendo que havia sido marcado com a mão. Como mostra a imagem acima, além de não ter usado as mãos, Leivinha ainda teve a camisa puxada, na área, pelo são-paulino Edson Cegonha. Mesmo que o juiz tivesse validado o gol, o empate ainda garantia o título para o Tricolor. Mas os palmeirenses dizem que, com a vibração, o time teria ido pra cima e conquistado a virada e o caneco. Tudo bem, só que, aí, ficamos só na hipótese. Outro dia, na TV Gazeta, um jornalista (não me lembro quem) afirmou que, em 1974, durante uma excursão da seleção brasileira na Europa, Armando Marques teria se aproximado de Leivinha e confessado que errou e que o gol foi legal. Se fez isso, é muita cara-de-pau...

Erramos. Blogue coletivo tem disso

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Post retirado do ar.




Erramos

O Futepoca é um blogue coletivo feito a muitas mãos. Não dá pra calcular exatamente quantas são, porque parte delas (mãos) estão ocupadas carregando copos. Cada um dos autores tem suas senhas de acesso e suas idéias e publica o que quer. A edição coletiva dos demais é feita depois que o texto foi pro ar. Isso porque, embriagados ou sóbrios, todos estão sujeitos a lapsos e erros. A respeito desse fato, pode-ser ler uma entrevista no parceiro Cervejas do Mundo, concedida pelo Marcão, por e-mail, em que ele explica isso na quarta pergunta.

Foi o que aconteceu na manhã desta quarta-feira, 16, quando Gerardo publicou comentários sobre uma "eleição" promovida dentro de uma campanha publicitária sobre o melhor jogador do mundo. Argentino, Gerardo se surpreendeu com o artigo do editor de Esporte da Folha Online, Eduardo Vieira da Costa, porque desconhecia o "concorrente" brasileiro.

O Futepoca não publica posts pagos (leia mais) nem promovidos por campanhas de marketing, pagos ou não.

Leia-se, portanto, erramos. O Futepoca pede desculpas aos leitores.

por Futepoca

terça-feira, abril 15, 2008

Aquecimento global prejudica cerveja, mas não vodka

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Conforme postei outro dia, o "aquecimento global vai aumentar o preço da cerveja", pois, segundo Jim Salinger, especialista meio ambiental do Instituto de Água e Pesquisa Meteorológica da Nova Zelândia, as áreas secas onde existem vastas plantações de cevada receberão cada vez menos chuva. Porém, há sempre males que vêm para o bem: no Canadá, a indústria de bebidas NLC (Newfoundland and Labrador Liquor Corporation) resolveu produzir vodka com água proveniente de pedaços de iceberg! No site www.icebergvodka.com, uma voz de mulher anuncia que "há 12 mil anos, a neve era totalmente pura, e agora, depois de congelada e compactada em paredes glaciais, pode ser retirada tão pura quanto antes". Claro, é tudo marketing. Mas que para os manguaças o aquecimento global tem lado bom e ruim, isso tem...

Mais um lance polêmico: Adriano agarrado na área

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Os lances duvidosos - e os nem tanto - do clássico entre São Paulo e Palmeiras parecem não ter fim. A novidade é o vídeo acima, que mostra Adriano tendo sua camisa puxada por Léo Lima antes de marcar o contestado primeiro gol do Tricolor. Confira.

Tipos de cerveja 6 - As Belgian Ale

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Com raízes que remontam ao século 18, as Belgian Ale atingiram o auge no final da 2ª Guerra Mundial. Na Europa, é considerado um tipo de cerveja para todas as ocasiões, ao contrário das Belgian Strong Ales, suas "parentes". "Nas Belgian Ale nada deve ser muito pronunciado: o equilíbrio entre os diversos elementos é a chave do sucesso", explica Bruno Aquino, do site CdM (www.cervejasdomundo.com). O produto pode ir de um amarelo dourado até à cor de cobre, com boa presença de frutas, malte e especiarias, tanto no aroma como no sabor. Têm espuma branca, cremosa e não muito duradoura. Exemplos são a Palm Speciale, a Vieux-Temps e a Ommegang Rare Vos (foto).

Vanderlei, o vidente

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Egolatria, de acordo com definição do dicionário Houaiss: amor exagerado pelo próprio eu; culto de si mesmo; egotismo. Esse prêmbulo é necessário para avaliar a declaração do treinador Vanderlei Luxemburgo, após a derrota do Palmeiras para o São Paulo, no domingo. Na coletiva, foi questionado a respeito de Kléber não ter cumprimentado Denílson, que entrou em seu lugar. Daí, o "vidente" justificou a substituição com essa:

- Eu pensei que poderia ter um pênalti, como aconteceu, e o Alex teria de ficar para bater. Por isso, saiu o Kléber.

Pobre Palmeiras que depende de um jogador só para cobrar... pênaltis! Mas bem aventurado seja por ter um treinador que consegue prever o que vai acontecer na partida, na linha do inesquecível Valter Mercado (foto). E olha que o Robério de Ogum nem anda mais com Luxa...

Pedreiro enterra camisa no estádio do rival

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Não é futebol, mas imagina se fosse: Um pedreiro, identificado pela Associated Press como sendo Gino Castignoli, enterrou uma camisa do Boston Red Sox, time de beisebal (esse desconhecido) dos EUA nas obras do estádio do New York Yankees para dar ao rival na liga nacional estadunidense. A mandinga foi descoberta e a camisa desenterrada será enviada para Boston junto com uma outra de um ídolo dos Yankees, onde serão vendidas num leilão beneficente.

(com informações do Estadão)

segunda-feira, abril 14, 2008

Siglas e nomes que não gostaríamos de usar

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Em São Bernardo do Campo (SP), a prefeitura criou uma secretaria que, pelo nome, ficará difícil o cidadão entender o que faz ou para o que serve: Secretaria Especial de Coordenação e Assessoramento Governamental. Mas o melhor (ou pior) é a sigla: SECAG.

Ps.: Em Diadema (SP), na mesma região, há um programa municipal de nome, digamos, não muito feliz: "SE TOCA MULHER".

Salsicha na manguaça disponível no Bar do Vavá

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Ao estômago (e fígado) de quem interessar possa: deixei no freezer do Bar do Vavá (rua Fradique Coutinho, 390, Pinheiros, São Paulo), aos cuidados do João e para quem quiser experimentar, uma vasilha fechada com cerca de meio quilo da "Salsicha curtida na manguaça", mais recente invenção do chef Marcos Xinef aqui para o Futepoca. Como fiz e levei pra lá no sábado (12/04), acredito que a vodka tenha curtido ainda mais o negócio. Aos incautos: a mistura é forte e é aconselhável comer com pão (há uma padaria em frente ao simpático buteco). Sobre a "salsicha na manguaça", só o que posso dizer é que foi a primeira vez na vida que fiquei de pileque só com um alimento, antes de beber qualquer coisa. E não fui só eu...

Péssima arbitragem também em Minas

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Se o Paulo César foi decisivo para a vitória Sampaulina, lá em Minas o Alício Pena Júnior e os auxiliares também aprontaram...

No jogo do Galo contra o Tupi, deixou de marcar pênalti claro para o Atlético logo no início do jogo. Estava do lado da jogada e não teve coragem. Na seqüência, falta para o Tupi e gol...

O Galo empatou com um pênalti, que foi, mas foi menos pênalti que o primeiro, passou à frente num golaço coletivo de troca de passes e gol de cabeça do "gigante" Danilinho (1,64 metro) e poderia ir para o intervalo com 3 a 1 se o bandeirinha não inventasse de marcar impedimento em gol contra.

O lateral do Galo cruzou, antes de a bola chegar num jogador do Atlético impedido o zagueiro do Tupi cortou para dentro do gol. Nunca vi anulação por impedimento em gol contra...

Depois ainda marcou impedimento do Danilinho, que não foi, depois de ele ter driblado o goleiro e estar sozinho na frente da meta.

Ou seja, o que era para ficar 4 a 1, virou 2 a 2, com um gol de fora da área do Tupi e só não foi pior porque brilhou a estrela do atacante Renan, de 18 anos, que entrou e desempatou.

No outro jogo das semifinais, no Mineirão, o Cruzeiro fez 4 a 1 no Ituiutaba, mas cedeu o empate em 4 a 4 em bobeiras de sua defesa.

Deve dar Atlético e Cruzeiro nas finais, até porque têm a vantagem do empate nos jogos decisivos, mas é bom ficar de barbas de molho e não bobear o próximo final de semana...

Olho no lance!

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O primeiro gol do clássico foi mão na bola. Indiscutível. No festival da cara-de-pau, o próprio Adriano reconheceu (mas disse que a bola bateu "só um pouquinho" em sua mão), o juiz Paulo César Oliveira admitiu (mas interpretou que "não houve intenção") e o técnico da seleção brasileira de vôlei feminino, José Roberto Guimarães, até elogiou o atleta são-paulino pelo grau de dificuldade da jogada (juro por Deus, isso aconteceu na Record News!). Pelos vários ângulos da TV, o soco na bola é nítido.

Portanto, o lance, capital para definição da primeira partida entre São Paulo e Palmeiras, pelas semifinais do Paulistão, é ponto passivo de discussão: o gol foi ilegal e o juiz errou. Mas o pior é que também pairam suspeitas sobre o segundo gol de Adriano. Nos flagrantes desse post, do fotógrafo Antonio Ledes (exclusivos para o Futepoca), o momento exato em que o jogador passa por Pierre e chuta para o fundo das redes de Marcos, logo no início da segunda etapa. Confesso que tenho dúvidas. O que acham? Foi falta ou jogo de corpo?

domingo, abril 13, 2008

Conhecidos na festa

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Sexta fui na festa de inauguração da nova sede dos Bancários de ABC. Estava lotado de personalidades da política, figuras destacadas do ambiente sindical, e vários jornalistas famosos, entre eles o senhor da foto, o Marcão claro! E eu como bom paparazzi que sou, não ia deixar passar a oportunidade de fotografar uma "celebridade" da imprensa local. Sucesso a Rita e todos os camaradas do sindicato, a sede esta um show. Parabéns!

sábado, abril 12, 2008

Atlético (PR), rádios e a experiência de Santa Catarina

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Ainda sobre a intenção do Atlético (PR) em cobrar das emissoras de rádio para utilizarem as cabines de transmissão da Arena da Baixada, é bom lembrar que em Santa Catarina já houve um precedente nesse sentido. Porém, com duas diferenças fundamentais: primeiro, os clubes estavam unidos na peleja, não era uma iniciativa individual; segundo, a exigência para o uso de cabines e acesso ao gramado era a inserção de 900 comerciais por clube nos intervalos. Esse termo, na prática uma permuta, facilitava a vida das menores que já têm como prática isso para vender seus espaços de valor reduzido. Já as grandes estariam pagando de forma direta.

Para explicar mais da experiência de Santa Catarina, o Futepoca conversou com o jornalista Marcos Castiel, do blog do Castiel, que faz a cobertura do futebol do estado. Confira abaixo:

Futepoca - Na sua opinião, o que motivou a Associação de Clubes de Futebol Profissional de Santa Catarina a tentar trocar espaços comerciais em troca do uso das cabines de rádio?

Marcos Castiel - Esta é uma questão comercial, por um lado; um jogo de poder, de outro. A Associação de Clubes antecipa, de forma abrupta, uma questão que será bastante polêmica num futuro próximo. A relação da mídia com os clubes é uma via de mão dupla, as rádios não vivem sem os clubes, os clubes precisam das rádios. Se houver radicalismo, ambos perdem. Em princípio, é uma atitude que prejudica, ou "amarra", as rádios de menor poder aquisitivo e que, num futuro, pode intensificar o monopólio da informação e concentrá-la em mãos de emissoras mais poderosas.

Todos sabemos que em uma Copa do Mundo, por exemplo, a cobertura, no caso da TV, só é feita por quem compra - e por muito dinheiro - a exclusividade no seu país. Ou, no caso das rádios e jornais, por quem já tem tradição na cobertura, que conquistou, no caso das rádios, sua cadeira cativa. No futuro, o acesso também será cobrado. No caso brasileiro, no entanto, o rádio tem um cunho social, já que a característica de nosso torcedor/consumidor é distintinta do europeu.

Portanto, o monopólio nesta área seria, na conjuntura brasileira, um perigo. Do ponto de vista comercial, o valor agregado de uma transmissão esportiva é muito maior que o simples aluguel de uma cabine. Ronaldinho Gaúcho tem o "gordo" de seus proventos na mídia e não no salário. Assim é o retorno para os clubes, com espaços diários nas rádios. Já imaginou se perdessem tal espaço?. Acho que esta medida, em grandes eventos, seria um filtro, por exemplo, na cobertura de uma final. No cotidiano, vai voltar-se contra o clube.

Futepoca - A questão acabou na Justiça. Houve tentativa de acordo entre as partes? Como está a situação hoje?

Castiel - Houve um acordo anterior à Justiça, em que cada grupo encontrou sua solução para o início da competição. Até hoje, é veiculado nas rádios da Capital pequenas inserções de mídia dos clubes. Não sei os detalhes, mas as emissoras menores aceitaram os termos, as de maior porte negociaram uma fórmula de inserção menos abrangente do que a inicialmente proposta. Preciso contatar o corpo jurídico de ambas as partes para saber detalhes da ação para fazer uma resposta mais fundamentada sobre como está a situação hoje. Até onde sei, há uma liminar favorável às emissoras até julgamento do mérito, mas fico devendo uma resposta mais consistente.

Futepoca - Em média, quantas emissoras fazem transmissão dos jogos do Campeonato Catarinense? Que tipo de prejuízo as emissoras menores poderiam ter com a exigência dos clubes?

Castiel - Na Capital, são três emissoras de rádio, duas AM e uma FM. Em Criciúma, três emissoras AM. Em Joinville, duas emissoras AM. Nas demais regiões, em geral, são duas emissoras (Tubarão, Lages, Chapecó, Itajaí). Nos municípios menores, geralmente uma rádio cobre (Ibirama, Jaraguá do Sul etc). O prejuízo não é formal, no momento. A troca é por mídia. No futuro, estas rádios menores, que não puderem pagar, ficariam alijadas da cobertura, assim como seus ouvintes perderiam o democrático poder de escolha.

Futepoca - Houve uma divisão entre as emissoras grandes e as menores?

Castiel - Houve divisão entre as emissoras. Se houvesse união e ninguém transmitisse os jogos, imagine o prejuízo para os clubes em termos de mídia. Mas imediatamente as rádios menores aceitaram as condições. Não sei as condições com precisão no interior, mas, na Capital, Guarujá e CBN/Diário não aceitaram a medida e, por pouco, não transmitiram os jogos da primeira rodada.

Futepoca - Baseado na experiência de Santa Catarina, você acha que a iniciativa do Atlético Paranaense vai ser exitosa?

Castiel - A iniciativa do Atlético é ousada. Nem certa, nem errada, mas radical. Será fruto, com certeza, de iniciativa judicial pela Associação Brasileira de Emissoras de Rádio. E, conforme, o que ficar definido, pode reverter contra o clube em forma de boicote, já que a iniciativa é individual e, não, coletiva, como em SC. Nesse caso, o clube sairia perdendo, e muito, sem sua exposição na mídia em nível nacional.

sexta-feira, abril 11, 2008

Pseudo-esquerda

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Em evento na Alesp (Assembléia Legislativa de São Paulo) contra a legalização do aborto, a ex-senadora Heloísa Helena (PSol) é flagrada de braços dados com o deputado estadual Orlando Morando (PSDB). Esse parlamentar é o mesmo que declarou em entrevista ao site de notícias G1, em novembro do ano passado, que considerava a sessão solene do orgulho gay, realizada na Alesp naquele mês, "uma vergonha". E se posicionou a favor do pedido de cassação do mandato do colega Carlos Gianazzi, promotor do evento. Detalhe: Gianazzi é do PSol, partido presidido por...Heloísa Helena. Frase lapidar do pensamento "liberal" de Morando, na época: "Pode ser que tenha parlamentares que se sintam à vontade de apoiar (o evento comemorativo do orgulho gay), por fazerem parte do movimento".

Atlético-PR inova mais uma vez...

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... resta saber se pra bem ou pra mal.

Ontem, o rubro-negro do Paraná divulgou para a imprensa que passaria a cobrar das emissoras de rádio interessadas em transmitir jogos do clube na Arena da Baixada. O valor? "Míseros" R$ 15 mil reais por transmissão, a partir da estréia do clube no Campeonato Brasileiro. Para todos os 38 jogos do clube na Série A, os interessados podem fechar um pacote a módicos R$ 456 mil.

A justificativa do clube é essencialmente financeira. Alegam dirigentes do Furacão que as emissoras usam instalações e nome do clube sem dar nenhum retorno em dinheiro - e, se as TVs precisam pagar para transmitir, então o mesmo deveria ser cobrado das emissoras de rádio. Há quem ache que a medida até valorizará o trabalho dos radialistas, já que espantará emissoras menores e, por consequência, trará anúncios mais polpudos às que tiverem condições de bancar a cota estipulada pelo Atlético.

Os radialistas curitibanos, como esperado, rejeitaram a medida. Dizem que o valor é inviável e que, na avaliação deles, o principal prejudicado na história será o torcedor atleticano sem dinheiro para ver o jogo "pessoalmente" ou nos pay-per-views da vida, que ficará sem opções para curtir a partida no seu radinho.

Falando para a Gazeta do Povo, Marcelo Ortiz, da rádio curitibana Banda B, traçou o seguinte paralelo: “pagamos US$ 70 mil dólares (cerca de R$ 118 mil) pelas transmissões da última Copa do Mundo, e foi por toda competição, por um evento e todos os jogos inclusos. Isso pra você ver como está completamente fora de questão esse preço pedido pelo Atlético”.

Vale lembrar que a medida também vale para rádios de outros estados que porventura iriam até a Arena da Baixada para narrar jogos de clubes de suas localidades contra o Atlético-PR.

No Brasil, nenhum clube age dessa forma. E não sei qual o procedimento dos times do exterior para as transmissões radiofônicas.

Confesso que até agora não consegui formar opinião conclusiva sobre o fato. Acho viável o Atlético querer ganhar algum dinheiro em cima das transmissões, tal qual se faz com as TVs - que, lembrando, pagam aos clubes o que é hoje uma das suas principais fontes de renda. Mas o valor é sem-noção demais.

Faço um prognóstico, mais um chute do que qualquer outra coisa. Acredito que o Atlético vai manter a idéia, mas com um valor muito mais camarada do que esse inicialmente proposto. Como toda negociação, aliás.

E se isso vingar, preparem-se para uma avalanche que deve ser repetida por todos os clubes, ao menos os maiores.

Apenas os paulistas balançam na Libertadores

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O final da quinta rodada na primeira fase da Libertadores deixou três clubes brasileiros já classificados. Cruzeiro, Flamengo e Fluminense agora se preocupam em assegurar uma melhor posição entre os primeiros colocados dos grupos, o que garante a vantagem de jogar a segunda partida em casa.

O time mineiro é por enquanto o de melhor campanha no torneio, com 11 pontos, mas vai enfrentar a altitude na última partida contra o Real Potosí. Ainda assim, tem tudo pra vencer, conquistando o direito de pegar nas oitavas o segundo colocado com menor pontuação. O que, a bem da verdade, é algo lotérico, já que esse posto pode ser ocupado, por exemplo, pelo Boca Juniors, que não vai conseguir avançar para a fase seguinte sem uma vitória por no mínimo dois gols de diferença sobre o União Maracaibo, em casa. A depender do resultado da partida entre Atlas e Colo Colo, será obrigado até a fazer mais que isso.

Já os cariocas decidem seus destinos em casa. Vantagem para o Flamengo, que vai pegar o fraquíssimo Coronel Bolognesi no Maracanã, o que deve lhe garantir o primeiro lugar do grupo. Já o Fluminense enfrenta a LDU que, assim como o Fluminense, tem dez pontos, embora com saldo de gols pior. Um empate deixa o time de Renato Gaúcho na liderança, mas a vitória pode até fazer com que ele seja o melhor clube da primeira fase.

São Paulo e Santos

As derrotas fora de casa, se não tiraram São Paulo e Santos da zona de classificação de seus respectivos grupos, jogaram pressão sobre os times que jogam em seus estádios sua sorte na Libertadores.

O São Paulo ainda tem chances de ser o primeiro colocado do grupo, bastando vencer o Atlético de Medellin no Morumbi. Mesmo o empate pode classificar o Tricolor, só que na segunda posição, desde que o Audax Italiano não vença o já desclassificado Sportivo Luqueño no Paraguai. A questão é se o time de Muricy vai conseguir embalar no torneio. Ontem, voltou a demonstrar o futebol sem sal que o caracteriza na temporada, emplacou alguns contra-ataques no segundo tempo, Adriano perdeu um gol incrível, mas a defesa entregou. Em especial, André Dias, o lento zagueiro que não me acostumo a ver como titular em um time como o São Paulo.

Já o Santos fez um dos piores primeiros tempos de sua história recente contra o Chivas, em Guadalajara. O esquema de três zagueiros de Leão, aliado a atuações tenebrosas de jogadores como Dênis, por pouco não fizeram a equipe tomar uma goleada antes do intervalo. 2 a 1 ficou barato e na segunda etapa o Chivas fez de tudo pra entregar a partida, mas o Alvinegro não aceitou. Agora, o time tem que vencer o Cúcuta na Vila Belmiro, embora também possa se classificar até com derrota, desde que o Chivas não vença o San José, nos 3.700 metros de Oruro.

As campanhas contrastantes dos paulistas com os demais brasileiros pode forçar um confronto verde-amarelo já nas oitavas de final. O Santos, sem possibilidade de ser primeiro do seu grupo, é um forte candidato a topar Cruzeiro, Flamengo ou Fluminense, podendo até mesmo cruzar o São Paulo, se este ficar em primeiro. Se o Tricolor paulista ficar em segundo, até dois cruzamentos entre brasileiros pode acontecer.

E fica a questão pros palpiteiros de plantão: qual brasileiro vai mais longe na Libertadores?

quinta-feira, abril 10, 2008

Tipos de cerveja 5 - As Baltic Porter

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No século 18, muitas fábricas da Inglaterra faziam produtos mais fortes destinados especificamente à exportação, tendo como principal mercado os países ao redor do Mar Báltico - hoje, Dinamarca, Suécia, Finlândia, Rússia, Estônia, Letônia, Lituânia, Polônia e Alemanha. As chamadas Baltic Porter derivam basicamente das Porter inglesas, mas têm algumas influências das Russian Imperial Stouts, pelo que, por vezes, podem ser identificadas como Imperial Porters. No início, as Porters eram bem mais fortes do que hoje, ultrapassando os 7% de teor álcoolico. "É um estilo muito complexo, especialmente o sabor, com presença de chocolate e malte torrado, elaborado com lúpulo continental e malte de Viena ou de Munique", comenta Bruno Aquino, do site Cervejas do Mundo (www.cervejasdomundo.com). Exemplos das Baltic são a finlandesa Koff Porter, a russa Baltika 6 Porter (foto) e a sueca Carnegie Porter.

Cresce o coronelismo eletrônico no Brasil

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Contrariandoa Constituição Federal, 271 políticos brasileiros são sócios ou diretores de emissoras de televisão e rádio, de acordo com dados divulgados pelo Instituto de Estudos e Pesquisas em Comunicação. É claro que os números se referem apenas aos políticos que têm vínculo direto e oficial com as emissoras e não estão contabilizadas as relações informais e indiretas, como o uso de laranjas e parentes. De acordo com a pesquisa, são 147 prefeitos, 48 deputados federais, 20 senadores, 55 deputados estaduais e 1 governador. Os prefeitos preferem as rádios, por permitir maior proximidade com a população, seja por meio da administração da emissora ou pelo controle de sua programação. "Assim eles garantem suas bases eleitorais", comenta o pesquisador James Gorgen. Já os senadores e deputados aparecem como donos de tevês e emissoras de FM, que têm uma abrangência maior. O coronelismo eletrônico continua concentrado, principalmente, no Nordeste.

OItavas da Copa do Brasil

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Para variar os últimos posts, vamos falar um pouquinho de futebol na Copa do Brasil, já que os santistas não se animaram a comentar a Libertadores hoje...

A CBF fez o sorteio hoje dos jogos das oitavas de final, veja a próxima rodada:

Jogos de ida

Goiás x Corinthians

Palmeiras x Sport

Náutico x Atlético Mineiro

São Caetano x Atlético Goianiense

Portuguesa x Botafogo

Vasco x Criciúma

Paraná x Internacional

Corinthians/AL x Juventude


Interessante que agora o campeonato começa a afunilar, com jogos interessantes como Palmeiras e Sport, Goiás versus Corinthians (repeteco da disputa contra o rebaixamento, cuide-se Parque São Jorge) e Portuguesa e Botafogo, para ficar apenas nos embates entre times da primeira divisão...

Para finalizar, e a graça da Copa BR é exatamente essa, já ficaram pelo caminho Grêmio, Coritiba e Atlético Paranaense, derrotados por times como Atlético (GO), São Caetano e Corinthians (AL).

Vamos fazer bolão para ver qual grande cai nas oitavas?

Uma forma inusitada de propaganda política

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A atriz pornô italiana Milly D'Abbraccio, arranjou uma forma inusitada de propaganda eleitoral. Candidata a vereador em Roma, ela espalhou sete mil cartazes pela cidade com uma foto dos seus glúteos, estampando a frase "Basta com essas caras de bunda na política". Caso eleita, a recém-política defenderá a criação de uma "cidade do amor" em Roma.

D' Abraccio, 44 anos, sustenta que os cartazes são um incentivo para que os eleitores, que irão às urnas em 13 e 14 de abril, votem em "rostos novos". Ela reconhece que o Partido Socialista, pelo qual é candidata, não gostou nada da tática, entretanto, ciosa das prioridades de campanha, atesta que evitou colar cartazes na área do Vaticano "para não causar polêmicas".

Não é a primeira vez que uma atriz pornô se envolve na política italiana. Cicciolina (Ilona Staller) elegeu-se parlamentar pelo distrito de Lazio em 1987, mas sua estratégia era ainda mais "explícita". Em diversos eventos aparecia com os seios à mostra. Hoje, não ocupa mais cargos públicos, mas mesmo assim segue ativa em sua luta pelo meio ambiente e a favor da liberdade sexual, incluindo o direito ao sexo nas prisões. Levanta a bandeira da legalização das drogas, contra censura de qualquer tipo e milita a favor da educação sexual nas escolas.

No Brasil também tem

Em terras tupiniquins, já tivemos também casos semelhantes. Em 1988, a atriz pornô Makerley Reis, conhecida como "Cicciolina do Bexiga", tirou a blusa e mostrou os seios durante uma conferência de Leonel Brizola na sede paulista da OAB - SP. Assim, estava lançada sua candidatura à Câmara dos Vereadores da capital paulista pelo PMDB. Não logrou êxito.

Nas eleições municipais de 2004, Edivânia Matias Ferreira, conhecida como Débora Soft (foto), foi candidata a vereador em Fortaleza (CE). Atriz de shows eróticos, elegeu-se com mais de 11 mil votos e tinha como lema "Vote com prazer e sem preconceito".

PS: A tarja preta no cartaz foi providenciada por este blogue, já que trata-se de um espaço de família. O site oficial da candidata, no qual apresenta suas "propostas" está aqui.

Torcidas que reúnem cachaceiros militantes

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No site Papo de Homem (www.papodehomem.com.br), já alertei em um texto que "Futebol e boca seca não combinam", em protesto contra a ridícula proibição da venda de cerveja dentro dos estádios paulistas. Não adianta nada: o povo já entra no estádio completamente encachaçado e os manguaças mais criativos conseguem até beber durante a partida, por exemplo, com pedaços de gelo em saquinhos plásticos feitos com cachaça e groselha, que passam por inocentes "sorvetes". Outra prova de que a medida é totalmente inócua e inútil são as torcidas que reúnem, assumidamente, pinguços militantes da causa. São dezenas (quiçá centenas) espalhadas pelo país. Uma das mais célebres é a Fla Manguaça, do Flamengo.

No Rio tem também a Bohemios da Força e a Bonde Cirrose, do Vasco, e a Botachoop, do Botafogo. Aliás, chopp é o que não falta: Coringão Chopp (do Corinthians), Torcida Alcoolizada Galo Chopp (do CRB de Alagoas), Burrão Chopp (Taubaté-SP), Ramalhão Choop (Santo André-SP) e Ceará Chopp são algumas delas. Por falar em Ceará, o Nordeste tem torcidas com nomes bem criativos, como a Canaleão, do Fortaleza, e a Naucoólicos e Canáutico, do pernambucano Náutico. A Ponte Preta, de Campinas (SP), tem a torcida Macacachaça, em alusão à sua mascote. No Sul, tem a Coxaceiros, do Coritiba, e a BEC Manguaça, do Blumenau Esporte Clube, entre muitas outras.

Conheci recentemente um integrante da TEPC (Torcida Embebedada Porca Cachaça), do Palmeiras. "Não me lembro de ter assistido um jogo do Verdão sóbrio", confessa Michel. As filiais da torcida foram divididas em 18 "tonéis" espalhados pelo Brasil. No estatuto, além da recomendação de não consumir Schin, consta a seguinte observação: "Não confie em pessoas que passam mais de uma semana sem beber. Não se pode acreditar em camelos". Uma das diversões desses torcedores é o chamado "suco gami": compram um garrafão de 20 litros de água, jogam metade do líquido fora, misturam ki-suco na água que restou e completam com vodka; depois, botam o garrafão com a mistura no bebedouro, para gelar. Bebe-se tudo antes de ir ao estádio...

quarta-feira, abril 09, 2008

Seleção Feminina convocada para buscar Olimpíada

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As 18 jogadoras que vão à China disputar com Gana uma vaga para as olimpíadas de Pequim (a mais contestada de todos os tempos) , no dia 18 de abril, foram convocadas hoje pelo técnico Jorge Barcellos. O grupo está treinando na Granja Comary. As "estrangeiras" Cristiane, Daniela Alves, Marta, Renata Costa e Rosana se juntam ao grupo na Europa.

A partida? Bom, deve ser uma baba. O Brasil deve voltar com a vaga na bagagem.

As convocadas são:

Goleiras: Bárbara e Maravilha

Zagueiras: Aline Pellegrino, Mônica, Renata Costa e Tânia Maranhão

Laterais: Danielle, Maycon e Rosana

Meio-campistas: Daniela Alves, Ester, Formiga e Francielle

Atacantes: Fabiana, Grazielle, Marta, Maurine e Cristiane

Palmeiras ganha a briga

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A polêmica futebolística mais chata dos últimos tempos está, aparentemente, resolvida. O Palmeiras conseguiu convencer o pessoal que decide (Federação Paulista e Polícia Militar) a fazer o segundo jogo das semi finais do Paulista contra o São Paulo no Parque Antártica. Serão vendidos apenas 20 mil ingressos. (detalhe: o Ministério Público continua contra a realização do jogo no Palestra).

Não sei o que mudou, mas parece que agora todo mundo acredita que há segurança no local. Mas já não teve um Palmeiras x São Paulo lá no ano passado, sem problemas de segurança, catzo?

Enfim, o que importa é que cada time faz um jogo em sua casa. Nada mais óbvio.

Sobre o jogo em si, me chamou atenção a frase do Muricy hoje: "Não vamos disputar o clássico, vamos só jogar." Normalmente isso é frase de efeito para jogar a responsabilidade para o adversário, mas nesse caso o Muricy deve acreditar piamente nela. Eu acredito.

Repeat after me: "ka-SHA-sa"; "kye-peer-EEN-yah"

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Tá no New York Times desta quarta-feira, 9, mas a indicação é da eminência ruiva do Futepoca, Brunna. As cachaças que se espalham e tomam conta dos Estados Unidos ganharam destaque. As marcas envelhecidas em tonéis de alumínio Pitu e 51 são as primeiras do mercado. De baixa qualidade, diz o jornal, são vendidas a preços cinco vezes mais caros. E eles ensinam o novaiorquino moderninho a pronunciar o nome da bebida e o do drink mais famoso preparado com a marvada: "ka-SHA-sa" e "kye-peer-EEN-yah"

A terceira no ranking estadunidense é a Leblon, uma chambirra for export lançada em 2005 que tem, em seu site, uma foto de origem incerta de um canavial às margens da baía da Guanabara. Ainda na animação de abertura, há fotos de moças de biquini e barbados de calção florido. Só abriu aqui o site em inglês, enquanto o endereço brasileiro estava fora do ar.

Reprodução

Canavial a beira-mar?

O crescimento do mercado gringo parte de 100 mil litros em 1998 para 647 mil em 2007. O repórter ouviu um degustador a categoria da "ka-sha-sa" está em sua "infância" diante do potencial que os 20 tipos de madeiras para envelhecimento (sem contar cascas e sementes) propiciam ao espírito do destilado. O tal do Mr. Belic veio ao Brasil e provou, segundo suas próprias estimativas, 800 marcas diferentes. A gente chega lá?

Em "O fascínio da cachaça se espalha pelos EUA a partir do Brasil", Seth Kugel escreve de Barra Mansa, interior do Rio de Janeiro, onde ele conheceu os alambiques e tonéis de madeira da Rochinha, onde entrevistou Antonio Rocha.

Reprodução

Na foto, Antonio Rocha, de Barra Mansa, na página do NYT

Por anos a produção das terras da família Rocha foi engarrafada por outras marcas. "Até 1990, cachaça não tinha valor. As que vendiam eram as que anunciavam; as de qualidade não anunciavam. Era só no boca-a-boca", conta. A precisão das datas não vem ao caso, mas foi nessa época que o seu Rocha resolveu começar a envelhecer sua produção por cinco a doze anos.

E Kugel fecha a nota mostrando o seu Rocha como homem do campo, que, quando criança, preferia "brincar" no trator a jogar videogame e assistir à televisão.

Os links em inglês, parte 1 e parte 2

Pé redondo na cozinha - "A grande invenção"

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Marcos Xinef

Londres, 2001. Chego a um hotel meia-boca perto da Oxford Street (foto), sobrevivente de quase 12 horas de vôo. Meu primeiro ato: assaltar o frigobar. Só depois de virar duas latas de cerveja bem gelada, resolvi consultar o cardápio. Aí, o susto. Cada lata consumida custava cerca de R$ 20! Recorri, então, ao famoso jeitinho brasileiro. Tomei banho e fui ao mercado, onde cada lata (similar às consumidas) custava cerca de R$ 3,50. Comprei uma caixa com 8 unidades e mais alguma coisa para comer. Peguei alho e cebolinha em conservas, salsicha branca, pão e uma garrafa de vodka.

Voltando ao hotel, repus no frigobar as duas latas de R$ 3,50, para não pagar R$ 40, e tentei encaixar o resto. Problema: as cervejas não iam gelar nunca no pequeno refrigerador lotado. Olhei o termômetro do ambiente, que marcava -1ºC, observei o quarto e a janela. Ao abri-la, o ar gelado entrou. Coloquei a vodka e as cervejas no parapeito, por fora, fechei a janela e aguardei cinco minutos. A primeira lata que abri já estava estupidamente gelada. Foi aí que nasceu a grande invenção: a "janeladeira"!

E não menos interessante foi o lanche. Em um copo longo de uísque, coloquei a salsicha picada, o alho e a cebola em conserva, e enchi de vodka. Senhores, após duas horas curtindo, comi com pão. Uma delícia! Voltando ao Brasil, aperfeiçoei a receita etílica:

SALSICHA CURTIDA NA MANGUAÇA

Ingredientes:
2 salsichas brancas
1 colher de sopa de salsinha picada
1 colher de sopa de alho picado
1 colher de sopa de cebola picada
suco de dois limões
vodka
uma pitada de sal

Preparo:
Pique as salsichas em cubos de 1 cm e coloque em uma vasilha. Junte a cebola, o alho e a salsinha, o suco de dois limões, sal e misture bem. Cubra com vodka. Coloque na geladeira por quatro horas, para curtir, e sirva com pão. Observação: a mesma receita pode ser feita, em substituição à salsicha, com qualquer tipo de carne crua.

Até a próxima! E um aviso: cuidado com a coordenação motora, após a décima lata de cerveja, ao usar "janeladeiras" acima do piso térreo...



*Marcos Xinef é chef internacional de cozinha, gaúcho, torcedor fanático do Inter de Porto Alegre e socialista convicto. Regularmente, publica no Futepoca receitas que tenham bebidas alcóolicas entre seus ingredientes.

Marketing viral "predador" envolve mais empresas

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Dando seqüência ao post "O 'marketing viral' e a Nike", publicado pelo Futepoca em 29 de fevereiro, mais denúncias de campanha de divulgação disfarçada de opinião espontânea, mediante possível compensação financeira (e/ou algum tipo de vantagem), surgem no mercado. O colega jornalista Emerson Lopes Silva nos repassa o seguinte email enviado a todos os integrantes do fórum de discussão do qual participa no orkut:

"Há alguns dias, membros da comunidade RELAÇÕES PÚBLICAS, no orkut, estranharam a postagem de mensagens por uma moça chamada Raquel, que dizia estar encantada com a campanha de reposicionamento da TAM. Raquel, que se dizia estudante de comunicação na Cásper, havia postado a mesma mensagem – mas com palavras diferentes, em outras comunidades de Relações Públicas, sempre incluindo comentários elogiosos à empresa. Além disso, acompanhava a discussão e interagia com aqueles que respondiam ao tópico criado por ela para tratar do assunto. Novamente, sempre mantendo o foco nos elogios à empresa.

Desconfiando do comportamento, fizemos uma pesquisa básica no orkut e descobrimos que o mesmo perfil havia postado o mesmo tipo de mensagem em mais de 75 comunidades, tendo sido a grande maioria dos posts no mesmo dia. As comunidades tratavam, além de relações públicas, também de publicidade, turismo, hotelaria, viagens, aviação, mochileiros, aeroportos e a própria TAM. Obviamente, tratava-se de uma campanha de divulgação disfarçada de opinião espontânea.

A visita às comunidades onde Raquel postou fez surgir novas informações. Outros perfis se repetiam nos tópicos onde a discussão se seguia. Visitas a esses outros perfis demonstraram que, tal como a Raquel, também eram falsos e usados para ajudar a criar uma esfera artificial de aprovação da campanha. 'Patrícia' e 'Naty' eram outros dois personagens dessa história. A partir disso foi fácil visitar as comunidades desses perfis e descobrir comportamentos semelhantes com relação a outros produtos e empresas.

A mesma história se repete, mas com outros perfis, com relação ao blog do George Foreman Grill, Johnnie Walker, Smirnoff, o blog da Samsung, o blog da Nike. É triste constatar essa prática anti-ética de divulgação por parte de grandes empresas. Simular opiniões, forçar um clima favorável à sua marca, enganando os internautas que pensam estar ouvindo opiniões sinceras. Das 6 empresas citadas, pelo menos 3 (TAM, Smirnoff e Johnnie Walker), pelo que pudemos ver até o momento, são clientes do mesmo grupo de comunicação, o Newcomm (empresas Y&R e Wunderman, principalmente). O blog da Samsung foi criado pela RIOT, a mesma agência envolvida na polêmica recente do caso da Nike (denunciado pelo Futepoca).

Infelizmente sabemos que é quase impossível monitorar esse tipo de prática, que ocorre não apenas no orkut, mas nas diversas ferramentas de redes sociais que existem hoje na internet. Apesar disso, preocupamo-nos com uma comunicação ética e contamos com a colaboração de todos os membros das redes sociais, divulgando esses acontecimentos, para evitar que essa prática se dissemine. Em tempo: estamos tentando contato com algumas das empresas citadas para verificar suas opiniões sobre esses fatos."


A comunidade termina a mensagem listando os links do orkut relacionados ao assunto, alertando que muitos já podem ter sido apagados. Para não estender ainda mais esse extenso post, reproduzo esses endereços no espaço de comentários. Além dessa comunidade de discussão sobre relações públicas, a denúncia do Futepoca envolvendo a Nike repercutiu também, recentemente, no diário esportivo Lance! e no caderno de Informática da Folha de S.Paulo. Como resumiu Glauco Faria, em post de 14 de março, "se a blogosfera quiser ser tratada como uma mídia responsável, deve se preocupar e discutir sua relação com a publicidade". Continuamos atentos.

terça-feira, abril 08, 2008

Mesa de pebolim (totó) repaginada se inspira em Pelé

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Em São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Minas Gerais é pebolim. No Nordeste, é totó. Em Portugal é matraquilhos. No Rio Grande do Sul, segundo fontes, é Fla-Flu. O jogo que alude ao futebol com bonecos presos a eixos movimentados desesperadamente por dois ou quatro jogadores – quase sempre sob efeitos de álcool, pelo menos quando a mesa está no bar ou no centro acadêmico da faculdade – ganhou uma versão repaginada. É o que será exibido na Semana do Design de Milão, de 16 a 21 de abril deste ano.

Duas empresas, GRO design e Tim modelmakers. Eles montaram um exemplar para o evento na Itália com bonecos prateados e deram o nome de "Beautiful game", em alusão ao futebol e à biografia de Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, em que trata de marketing esportivo (Uma bela jogada).

Veja as fotos:

Fotos: Divulgação: Eleventhegame.com









Do ponto de vista da aparência da mesa, a inspiração foram os estádios de futebol todos traços modernos e sofisticados arquitetonicamente falando (embora eu não saiba exatamente o que isso signifique.

As mesas não estão à venda nem tem planos de produção em série. Mas os fabricantes querem expô-la em todo canto que puderem depois do evento de Milão.

Mais informações, clique aqui. A indicação foi do parceiro Fábio.

Liverpool e Chelsea fazem primeira semifinal da Liga dos Campeões

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Pelo menos um time inglês já está garantido na final da Liga dos Campeões. Liverpool e Chelsea repetem a semifinal da última edição do torneio. Naquela ocasião, o clube da terra dos Beatles levou vantagem e foi vice do Milan, em uma revanche da memorável final de 2005.

O Fenerbahçe tentou, ensaiou uma pressão no segundo tempo contra o Chelsea, mas, em desvantagem, tomou o segundo gol que praticamente apagou o ímpeto turco. O time pelo qual muita gente estava torcendo por ter Zico no comando e mais uma plêiade de brasileiros no plantel (Roberto Carlos, Edu Dracena, Aurélio, Deivid, Alex e os "quase brasileiros" Lugano e Maldonado) conseguiu sua melhor campanha na história da Champions League, um feito. Mas surpresa seria o Chelsea não reverter a desvantagem da primeira partida.

No mais, deu para os torcedores de cá matarem saudades de seus ídolos, ou ex-ídolos, e ver que pouca coisa mudou. Alex, pro bem e pro mal, continua sendo referência na equipe, como era nos tempos de Palmeiras e Cruzeiro. O uruguaio Lugano continua reclamando de forma acintosa contra os árbitros, como quando jogava no Tricolor paulista. Desta feita, a vítima foi o árbitro Herbert Fandel, alemão, que provavelmente não entendeu lhufas. Sorte do delicado e gentil zagueiro, embora sua expressão usual de psicótico quando esbraveja não deixe dúvidas quanto a suas intenções...

Na outra peleja, o Liverpool, em casa, tomou um gol do Arsenal aos 12 do primeiro tempo. Parece que foi esta a chave da vitória que viria mais tarde. Sua torcida começou a entoar "You'll never walk alone", música que ficou célebre no empate contra o Milan, na final de 2005. Na ocasião, o Milan virou o primeiro tempo vencendo por três a zero, sofreu três gols e o Liverpool foi campeão na disputa de pênaltis.

Hoje, o empate veio aos 30 minutos e a virada aos 24 do segundo tempo. O Arsenal ainda igualou de novo, mas o Liverpool voltou à frente dois minutos depois. Fez o quarto pra brindar sua torcida, que voltou à cantoria no final do jogo. Agora, o clube inglês tenta sua oitava final de Liga dos Campeões (são cinco títulos e dois vice-campeonatos), a terceira nos quatro últimos anos. Um desempenho muito melhor do que tem alcançado na Liga Inglesa.

Aquecimento global vai aumentar o preço da cerveja

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Essa vem da agência espanhola EFE: segundo Jim Salinger (foto), especialista meio ambiental do Instituto de Água e Pesquisa Meteorológica da Nova Zelândia, o aquecimento global vai aumentar o preço da cerveja nos próximos 30 anos. Segundo um estudo do cientista divulgado hoje, a mudança climática prejudicará a produção de cevada, ingrediente essencial da bebida. Salinger diz que as áreas secas da Austrália e Nova Zelândia, onde existem vastas plantações do cereal, receberão cada vez menos chuva. "Nesse caso, os pubs terão de deixar de servir cerveja ou ela será muito mais cara", sentencia o manguaça, que especulou que a situação obrigará a indústria a buscar formas alternativas de obter a bebida (biocombustível?). De qualquer forma, é muito bom notar que a ciência começa a estabelecer problemas prioritários para a raça humana!

Domingos: "Jogo duro mesmo"

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O diário Lance! entrevistou o zagueiro Domingos, do Santos. Emérito rebatedor, ou o tal do "zagueiro-zagueiro", o atleta de 22 anos, 1,81, 80 quilos reconhece o estilo "duro", mas diz não ser desleal. Abaixo, o pensamento vivo de Domingos:

Sem brincadeira
Eu não posso brincar ali na defesa. Tenho que jogar duro. Nunca fui desleal na minha vida. Mas eu jogo duro mesmo.

Uso o meu melhor

Acho que eu uso o que tenho de melhor, que é a minha força física. Apesar disso, sou um zagueiro que tomo poucos cartões amarelos. É só ver os números (Quatro cartões amarelos e um vermelho em 16 jogos na temporada até agora).

Incompreendido

Às vezes quem é da imprensa não entende muito bem. Os torcedores que falam comigo na rua me cumprimentam, falam que eu jogo sem frescura. Comigo não tem frescura em campo mesmo. Mas nos últimos anos, eu só trabalhei com técnicos de ponta. Basta analisar: Vanderlei Luxemburgo (duas vezes), Mano Menezes e agora Leão. E com todos eu joguei.

Estilo europeu

No Brasil, qualquer coisa é falta. Se você encosta no adversário e ele cai, o juiz marca falta. Acho que precisavam ver mais a arbitragem nos campeonatos italiano, inglês... é completamente diferente. Lá eles não páram o jogo por qualquer motivo. Aqui, qualquer coisa que acontece em campo a partida pára.

Homem abusa do álcool três vezes mais que mulher

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O Vigitel (Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), projeto do Ministério da Saúde em parceria com o Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas da USP (Universidade de São Paulo), apontou que a ingestão abusiva de álcool é três vezes maior entre os homens (27,2%) do que entre as mulheres (9,3%). O consumo abusivo de bebidas alcoólicas (considerado mais de cinco doses para homens e mais de quatro para mulheres - só não me perguntem doses do que) foi de 17,5%. E após a bebedeira, ao decidir se conseguem dirigir um veículo ou não, eles também são mais irresponsáveis (4%) que elas (0,3%). No geral, o consumo abusivo de bebidas alcoólicas seguido de direção é considerado baixo, apenas 2%. Ou tem muito manguaça mentindo por aí...

segunda-feira, abril 07, 2008

Vampeta tetra-rebaixado e Souza a caminho

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Mesmo afastado do elenco do Juventus para a partida contra o São Paulo - por "opção técnica", segundo o técnico José Carlos Fescina, ou pelo estigma de pé-frio, na realidade dos fatos -, o veterano meio-campista Vampeta acumulou no domingo o quarto rebaixamento de sua carreira, dessa vez para a Série A-2 do Campeonato Paulista. Nos últimos quatro anos, o falastrão conseguiu a façanha de ser rebaixado para a Série B do Campeonato Brasileiro três vezes, pelo Vitória (2004), Brasiliense (2005) e Corinthians (2007). A ironia do destino é que, no momento, o seu "desafeto" Souza, ex-São Paulo, está na zona de rebaixamento do Campeonato Francês com o Paris Saint Germain. Será que o Corinthians não quer unir os dois em seu elenco?

Os incomodados que fundem outro partido

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Essa é a proposta política de Heloísa Helena (foto), a queridinha da imprensalona brasileira para vociferar discursos contra o Lula, o PT, o José Dirceu, o Chávez e o que mais a pauta da Folha e da Veja estiver precisando. Durante megaevento de filiação de 127 pessoas ao PSol na Câmara de São Bernardo do Campo (SP), no domingo, a presidente da sigla foi bem objetiva:

"-Nenhum partido é dono da bandeira dos trabalhadores. O PT traiu as nossas reivindicações e, por isso, a gente fundou outro partido. Se acontecer de os companheiros do PSol se venderem para o capital e traírem os trabalhadores, a gente funda outro partido".

Tradução livre: se a bola não for minha, eu tiro o time de campo.

Ps.: Assediada por "fãs" para posar para dezenas de fotos, Heloísa Helena foi questionada por um repórter, em tom de brincadeira (um tanto séria), se isso não daria munição ao PT para acusá-la de stalinismo/ culto à imagem. Resposta da líder psolista: "-É mesmo. Dizem que a foto rouba a alma das pessoas". E continuou posando.

Tipos de cerveja 4 - As American Strong Ale

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Esse tipo engloba uma grande quantidade de cervejas, todas fabricadas nos Estados Unidos e com volume alcoólico superior a 7%. Muitas delas são parecidas com as English Strong Ale, apesar de, habitualmente, possuirem maior teor de lúpulo. "Independentemente das suas origens e características, são no seu todo cervejas fortes, com grande presença de malte, lúpulo e, obviamente, álcool", comenta Bruno Aquino, do site www.cervejasdomundo.com. Ele recomenda, para quem tiver acesso, a Oggis Hop Whompus, a Oaked Arrogant Bastard Ale (à esquerda) e a Bear Republic Hop Rod Rye Ale (à direita).

Mais sobre o futebol mineiro

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Na última rodada da primeira fase, poucas surpresas. Cruzeiro, Tupi e Galo já estavam classificados e ficaram nessa ordem porque o Atlético, inexplicavelmente, perdeu para o Guarani de Divinópolis mais ou menos em casa. O jogo foi no Independência, já que o Mineirão estava alugado para um show de axé. Na última vaga deu Ituiutaba.

A curiosidade é que o Galo não perdeu para nenhum dos classificados (ganhou de 3 a 0 do Tupi e de 2 a 0 do Ituiutaba), mas entregou jogo, por exemplo, para o rebaixado Ipatinga.

Mas vamos ao que interessa, o time do Cruzeiro é favorito e demonstrou isso mais uma vez vencendo o Tupi, em Juiz de Fora, de virada por dois a um.

O Galo, no dia em que o Geninho resolveu jogar com três zagueiro, tomou 3 a 2 do Guarani de Divinópolis, com grande atuação do "craque" Jajá. Um atacante rápido jogando nas costas de três zagueiros lentos e um goleiro num mal dia ajudam a explicar. Sem contar a burrice do técnico, que vê isso e não muda...

As semifinais começam nos próximos sábado e domingo, com Cruzeiro e Ituiutaba e Galo versus Tupi, mas ainda não estão definidas quem joga em que dia.

Sobre o rebaixamento do Ipatinga, a surpresa é para quem não acompanha o campeonato mineiro. Deve-se muito à soberba de seu presidente, Itair Machado, que acha que é grande, demite o técnico que levou o time à primeira divisão com poucas rodadas do mineiro e sai contratando um monte de jogador de uma hora para outra...

Mas há um fato que precisa ser investigado. O Villa Nova denunciou que o Ipatinga fechou contrato com o melhor atacante do Villa com cláusula para que ele não jogasse a partida final contra o Tigre. E que o goleiro recebeu proposta de R$ 15 mil para "facilitar" e impedir o rebaixamento do time do Vale do Aço.

Nada adiantou, o Villa ganhou, mas as denúncias devem ser apuradas. Se o Villa foi leviano nas denúncias, deve pagar por isso. Mas se o Ipatinga realmente tentou subornar tem de ser punido pesadamente.

Qual estádio pras finais do Paulistão? Polêmica que já nasce cansada...

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A Federação Paulista de Futebol (FPF) vetou o Palestra Itália para as finais do campeonato paulista. O primeiro jogo das semifinais entre São Paulo e Palmeiras será no próximo domingo, às 16h, no estádio do Morumbi. A segunda partida ainda não tem local definido, mas especula-se que exista uma preferência pela casa do São Paulo, enquanto o Verdão tenta levar o jogo para o interior do estado.

A decisão do Conselho Arbitral da FPF estaria baseada em pareceres da Polícia Militar e do Ministério Público. Curioso é que essa polêmica já veio à tona no ano passado. Com Santos e São Paulo nas semis, iniciou-se uma discussão sobre onde os times jogariam. Pacaembu e Morumbi foram os estádios escolhidos pela Federação que, como agora, detém os mandos de jogo da etapa derradeira do Paulistão.

À época dessa polêmica em 2007, o Marcão escreveu aqui: Por que os clubes concordam e depois chiam? Se no ano passado o Santos não pôde jogar com o Bragantino - que já mandou final de Brasileiro em seu estádio, com capacidade pra 12 mil pessoas - na Vila Belmiro, por que seria diferente agora? Coerente. Ainda que eu discorde, os clubes que tratem de pedir a mudança no regulamento pra 2009, se assim quiserem. Ou então parem de fazer chacrinha pra suas torcidas.

Ronaldo Nazário é o mais gordo da história

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Mais um título mundial para o futebol brasileiro: o jornal inglês The Sun fez um ranking dos jogadores mais gordos da história e, no topo, está Ronaldo Nazário. A lista foi feita pelos jornalistas do próprio tablóide (o que dá a medida da objetividade e precisão científica do trabalho). "Existe uma visão mais engraçada no esporte profissional que um jogador de futebol carregando um pneu extra em torno de sua cintura? Mesmo no mundo de hoje, de estrelas magras, ainda há alguns jogadores volumosos enchendo as principais Ligas", diz a matéria do The Sun. A lista completa tem ainda Ferenc Puskas, John Harston, Tomas Brolin, Andy Reid, Neil Ruddock, Neville Southall, Jan Molby, Micky Quinn e William Foulke - tirando Puskas e Brolin, não faço idéia de quem sejam os outros cidadãos. Jornalismo objetivo é isso aí!

LEIA TAMBÉM: Ronaldo se envolve em confusão com travestis.

Um time pequeno na final. Corinthians desclassificado

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O Santos ajudou, mas o Corinthians não "quis". Ou melhor, o Noroeste não deixou. Uma virada sobre a outra e 3 a 2 para o Norusca, em Bauru. O Santos saiu na frente, tomou a virada e empatou. Mas não deixar a Ponte Preta ganhar não tirou da macaca a classificação.

Agora, o Corinthians tem que convencer a torcida de que ter mais tempo para se preparar para o nacional vale a pena. Preparação para a Série B. Mano Menezes e o time estão lá para isso. Começaram a temporada indo mais longe do que se imaginava, mas não o bastante para a torcida deixar de ser motivo de troça.

Vitorioso em Itu, o Guaratinguetá é o rival do time campineiro, com vantagem de dois empates. Ou seja, um time pequeno, de fora da capital, estará na finalíssima.

Clássico
Do outro lado, a vantagem é do Palmeiras, que passou pelo Barueri, na Arena, por 3 a 0. Marcos pegou pênalti no movimentado começo de segundo tempo, em que saíram dois gols do vencedor e um expulso do derrotado. Todas informações da ficha técnica. O Verdão segue para Atibaia fazer o tradicional retiro do treinador Vanderlei Luxemburgo. É fase final e, como manda Juarez Soares, é quando se vê quem tem mais garrafa vazia para vender.

O adversário do segundo colocado é o São Paulo. Os 3 a 1 sobre o Juventus rebaixaram o Moleque Travesso, recém desclassificado da Copa do Brasil. Rogério Ceni, a cara do São Paulo, fezo segundo em sua milésima partida com a camisa do clube. Foi na segunda cobrança de um pênalti, a única vez em que vi um bandeira sinalizar que o goleiro se adiantou sem que o cidadão tivesse cometido a infração. Quer dizer, o goleiro juventino nada fez que justificasse a segunda chance ao tricolor. É comum acontecer o contrário, o goleiro se adianta e o árbitro nem quer saber. A choradeira contra a arbitragem rendeu dividendos?

Depois das polêmicas no clássico, a pressão sobre o trio de preto vai ser dose. O diretor que quer ser vereador já retomou as provocações levantando as mesmas questões de sempre sobre o Parque Antártica. Ele não sai da mídia. O movimento dos sãopaulinos deve contar ainda com o tom "eles são favoritos" no jogo de nervos. Minha torcida é para que o Luxemburgo não fale abobrinha e ponha o time para ganhar.

domingo, abril 06, 2008

Fim-de-semana de rebaixamentos importantes

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Além da definição dos classificados no Paulistão, o fim-de-semana teve outro evento de relevância para o mundo do futebol. O rebaixamento de três clubes que chama a atenção pela grandeza e pelo inusitado dos acontecimentos.

Em Minas, o Ipatinga foi para a segunda divisão. Caso o clube tivesse sido rebaixado antes de 2005, a notícia não chamaria a atenção. Mas a grandeza que o clube acumulou nos últimos anos - campeão mineiro em 2005, vice em 2006 e vice da Série B nacional no ano passado - faz com que o rebaixamento tenha um quê de absurdo. Principalmente porque daqui a algumas semanas o Brasileirão começa e o Ipatinga estará enfrentando Santos, Internacional, Flamengo e companhia. Bizarro: um time na segunda divisão de Minas e na primeira nacional. A não ser que um milagre aconteça, o Ipatinga tem tudo para fazer uma campanha de dar inveja à do América de Natal no ano passado.

Falando em América, o tradicionalíssimo América do Rio, lendário "campeão de 13, 16 e 22", time de José Trajano, do hino mais bonito do Brasil e etc. foi pro buraco. Mesmo vencendo o Friburguense pela última rodada da fase inicial da Taça Rio, o Diabo foi rebaixado, juntamente com o debutante Cardoso Moreira. A queda interrompe um período de ligeira ascensão do clube que, mesmo longe de repetir seus anos dourados do século passado, havia voltado a fazer algum barulho - em 2006, há dois anos, o América foi vice-campeão da Taça Guanabara. Agora vai lá pra Segundona, onde também está o Bangu, outro cuja tradição não condiz com o estágio atual.

A terceira queda consumada no fim-de-semana foi a do Juventus, em São Paulo. O time grená não tem as conquistas passadas do América nem as recentes do Ipatinga, mas sempre merece respeito - principalmente pela aura simpática que carrega, sempre relacionada à colônia italiana de São Paulo e à mítica Rua Javari. Se bem que cair não é novidade para o Moleque Travesso. Mas nunca é legal, claro.

Ah, teve outra queda importante também no futebol paulista. Não nesse fim de semana, mas cabe o registro. Falo da Internacional de Limeira, rebaixada à Série A3 do Paulistão. Sim, isso mesmo, a eterna campeã paulista de 1986 vai jogar a terceira divisão no ano que vem. A campanha da Inter chega a ser risível: em 19 jogos, uma única vitória, seis empates e 12 derrotas.

Vai ser difícil levantar o moral da Internacional...

20 anos sem Enéas

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O programa Grandes Momentos do Esporte, da TV Cultura, recuperou neste domingo um especial de 1996 sobre Enéas Camargo (foto), grande ídolo da Portuguesa de Desportos e com passagem por Bologna e Palmeiras, que morreu em um acidente de carro em 1988, aos 33 anos, quando defendia os últimos trocados pelo Central de Cotia. Em minha infância, era um dos jogadores que mais temia quando o São Paulo tinha de encarar o Palmeiras. Rápido, driblador, goleador. Mas, também, foi precursor desse tipo de atleta que não gosta de treinar, que "dorme" em campo e que adora a noite, a bebida e as mulheres.
Conta Sílvio Moredo, ex-diretor da Lusa, que, durante uma partida contra o Santa Cruz, em Recife, Enéas fez de tudo para ser substituído ainda no primeiro tempo. Cinco minutos após descer para o vestiário, já estava na arquibancada de banho tomado e acompanhado por três garotas. "Ele tinha combinado com elas antes da partida. Dei-lhe um sermão no ônibus", diz Moredo. Badeco, ex-colega na Portuguesa, ressalta que as melhores qualidades de Enéas eram o drible curto e a capacidade de advinhar o principal defeito de seus marcadores quando partia em direção ao gol. Assim, sempre driblava em cima da "perna ruim" do adversário.
"Eu dizia que ele devia explorar mais esse potencial, mas nunca gostou de treinar. Ele respondia: '-Ah, deixa pra lá. Vamo tomar uma cervejinha!'. E ia mesmo", lembra Badeco, rindo. Pois, quando conseguiu ir para a Itália, em 1980, Enéas se viu privado de todas as facilidades e fez as malas em menos de um ano, mesmo com proposta vantajosa da Udinese. Decisão errada: assinou às pressas com o Palmeiras, que passava por um dos piores períodos de vacas magras. Quando saiu do Parque Antarctica, em 1984, perambulou por uma série de times pequenos, numa triste decadência. Mesmo assim, marcou época. E merece a lembrança e a homenagem.