Destaques

quarta-feira, agosto 13, 2008

Segundo pastor, Xuxa vendeu a alma ao diabo

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Caros leitores, eis que alguém vem fazer uma revelação divina: a apresentadora Xuxa Meneguel é adoradora de satanás. É o que garante o “polêmico” pastor brasileiro radicado em Los Angeles Josue Yrion. Segundo ele, “estamos brincando com coisas sérias”, ao se referir a inúmeras figuras aparentemente inocentes do universo infantil e que possuem estreita relação com o diabo.

Yrion foi destaque no site noticioso de duvidosa reputação na Argentina MinutoUno e repercutiu também no ex-todo poderoso soviético Pravda. Tudo porque muitos hermanos estão recebendo hoje por e-mail o vídeo no YouTube do fervoroso seguidor de Deus pregando contra a Rainha dos Baixinhos, que foi publicado na verdade em fevereiro de 2007. O nome Xuxa, de acordo com ele, "é o nome de dois demônios brasileiros, O-xu e Ori-xá"*.

No vídeo, Yrion, em um “inglesol” (mistura de inglês com a língua de Cervantes), denuncia que Xuxa vendeu sua alma ao capeta por cem milhões de dólares e que doa seu rubro sangue duas vezes por ano para a igreja de Satanás em São Francisco. Ele não revela se conseguiu essas informações com o próprio coisa ruim, que teria tido um rompante de sinceridade, diferentemente de seu concorrente Daniel Dantas, que teima em ficar calado**.

Mas quem acha que apenas a brasileira está aliada ao anjo caído do céu, peca (arre!) pela ingenuidade. Outras figuras aparentemente inocentes do imaginário infanto-juvenil fazem propaganda subversiva. Homem Aranha, que forma os chifres do cramulhão quando lança suas teias (?) é outro agente das forças malignas. Assim como os Simpsons, o boneco bizarro Barney (que teria inclusive assassinado uma criança) e personagens Disney.

Portanto, cuidado com o que seu filho anda brincando. Ou mais cuidado ainda com as igrejas que você freqüenta...

*Oxu, no candomblé, faz a intermediação entre o iniciado e seu orixá, a divindade da religião.
**A outros órgãos de imprensa, a assessoria da apresentadora se negou a responder ao pastor, o que mostra um pingo de bom senso. Procurado, Daniel Dantas não comentou as acusações.

O maior de todos

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Michael Phelps está quase lá. Faltam apenas 3 das 8 provas em que o americano é favorito ao ouro em Pequim. Das cinco primeiras, venceu todas. Mesmo que perca todas as provas daqui em diante, ele já é o maior atleta da história dos Jogos Olímpicos modernos, com 11 ouros.


A única prova em que Phelps foi ameaçado foi o revezamento 4x100 livre, a disputa mais emocionante na natação até aqui. A equipe da França liderava com vantagem de 0,8 segundos até a última virada, mas o último nadador dos EUA, Jason Lezak,conseguiu uma recuperação que parecia impossível e ganhou a prova na última braçada. Foi sensacional. Phelps comemorou essa medalha mais do que todas as outras.

Comecei a Olimpíada torcendo um pouco contra o Phelps. Mas não dá mais. Agora eu quero mais é que ele bata todos os recordes mesmo. Pelo menos estou presenciando um momento historico.

Amor antigo, mas duradouro

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Quando ninguém mais se lembrava do velho volante Vampeta (os três V são involuntários), eis que o meia alagoano Souza (foto) ressucita a memória do desafeto baiano na mídia. Jogando hoje pelo Grêmio e referindo-se ao clássico gaúcho que será disputado pela Copa Sul-Americana, o ex-são-paulino disse que não tem mote para provocar os rivais. "Se o Vampeta jogasse no Internacional, ainda dava. Mas ele está lá no cafundó do Judas", argumentou, resgatando uma - tola e - velha polêmica entre os dois.

Há poucos meses, quando ainda jogava pelo Paris Saint-Germain, Souza já havia cutucado Vampeta durante visita aos ex-colegas tricolores no CT da Barra Funda, em São Paulo: "O Vampeta já derrubou tantos times que ninguém está sentindo muita falta dele. Os times estão querendo distância do Vampeta, pois sabem que se quiser cair, é só chamar o Velho Vamp", provocou, referindo-se à sina de rebaixamentos do "inimigo". Pra mim, essa fixação é amor enrustido - e antigo. Mas fiquei curioso, pois pesquisei e não achei: em qual "cafundó do Judas" o Vampeta está? Ele ainda joga?

Interesses da coletividade ou das empresas?

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O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes (foto), adiantou ontem que pretende concluir ainda neste ano a votação do mérito da Adin (Ação de Inconstitucionalidade) contra a lei seca, segundo integrantes da Frente Parlamentar do Trânsito Seguro. O ministro estaria preocupado com "interesses da coletividade". Mas digamos que seja uma "coletividade privada": a constitucionalidade foi questionada pela Abrasel (Associação Brasileira de Restaurantes e Empresas de Entretenimento). A lei pune quem dirige com qualquer quantidade de álcool no sangue e impede a venda de bebidas nas áreas rurais de rodovias federais.

terça-feira, agosto 12, 2008

No butiquim da Política - O grande debate

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Debate. O pior da campanha política começou. Tanto se fala. Tanto se reúnem as equipes dos candidatos à prefeitura. Tanto se faz exigências, que distraidamente a gente começa, sem perceber, a acreditar. Vamos tomar um banho de civilidade. Tanto se toca em comportamentos éticos, tanto se fala em respeito aos oponentes, tanto se diz sobre a autoridade dos entrevistados, que a gente esquece que, entra campanha, sai campanha, com pompas de moralidade, e nada acontece.

O debate deveria ter respeito pelo eleitor, sim o eleitor. Os candidatos fazem uso do marketing, estão preocupadas apenas em se beneficiarem do espetáculo. Veste-se o apresentador de autoridade. A empresa está salva. O esclarecimento à opinião pública até pode acontecer. A beleza plástica. Os cabelos, os ternos, os vestidos ficaram bem, está tudo em harmonia com o cenário. A produção está perfeita, diz o diretor do debate. O espetáculo vai começar. Vamos ao debate, instrumento maior da democracia. Vamos nos arrumar nas cadeiras.

As informações começam a surgir, o debate vai trazer esclarecimentos, é o que se presume. Agora vamos construir mais um pilar da democracia. Ledo engano. Com o modelo de debate que aí está, o desrespeito ao eleitor começou. Cada candidato, polidamente, e não poderia ser diferente, fala o que bem entende. Todos olhamos perplexos as sandices. Nem pra papo de boteco serve. Butiquim que é butiquim, nas conversas, tem viagens e imaginações à vontade sobre ações factíveis. Mentira é inadmissível. O papo rola. Alguém observa: parece que eles tomaram todas. O outro completa: "-Não, é que eles não têm respeito nem por eles próprios".

"-Mas sabe que a rapaziada tem razão?", penso com meus botões. Debate pelo debate não esclarece. Afinal, debate político presume esclarecimento aos eleitores. Nossa democracia tem costas largas, aceita espetáculo como esclarecimento. Deixemos os "tantos". Aliás, no butiquim não temos que achar nada, temos que lembrar da primeira frase do samba de Noel Rosa e Vadico, Feitio de Oração que diz: "Quem acha vive se perdendo...".
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*Clóvis Messias é dirigente do Comitê de Imprensa da Assembléia Legislativa de São Paulo e escreve semanalmente para o Futepoca.

Aí vem o desespero.... machucando o coração

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Sacada do blog do Peixe-Palhaço... impagável.

Nota: depois de contratar um reserva do Vitória (Bida), outro do Palmeiras (Wendel), Marcelo Teixeira tenta um do São Paulo (Jeancarlos). Vamos bem.

Vem aí a coluna "Me esquerda que eu gosto!"

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De vez em quando, nós, do coletivo Futepoca, somos acusados de ser "de esquerda". Tudo bem que, de certa forma, já assumimos isso no Quem escreve: "Na política, sem tanta homogeneidade, todos pendem para a esquerda". Mas também não somos assim tão panfletários, radicais ou intransigentes. Prova disso é que estrearemos amanhã uma nova coluna de política, a "Me esquerda que eu gosto!". O responsável será o jornalista - e corintiano - Diego Sartorato, 22 anos (foto). Ele já filiou-se ao PCdoB, trabalha para o PT e simpatiza com o PCO, mas gosta mesmo é de discordar de todos eles. "O problema da esquerda brasileira é a má companhia", sentencia Sartorato. "A que governa chegou lá com uma coligação balaio-de-gato embaixo do braço. A que faz oposição, vira e mexe, se une com tucanos, demos e outros bichos esquisitos. E a que tá de fora de tudo resolveu não ter companhia nenhuma. Ou seja: cada um na sua, enquanto a direita se une pra estar em todas", completa. Nosso novo colunista nasceu em São Bernardo do Campo (SP), berço político do presidente Lula, e formou-se na Universidade Metodista. Em sua região, trabalhou no ABC Repórter, no Diário do Grande ABC e no ABCD Maior, além de atuar como voluntário no jornal do Grito dos Excluídos, no Vozes da Saúde Mental e no informativo da creche Fraterno. Atualmente, é assessor de campanha eleitoral em Santo André (SP) e tenta viabilizar um projeto de Ponto de Mídia Livre no ABC. Diego, assim batizado por ter nascido durante a Copa do México, na qual brilhou Maradona, tem características "vermelhas" insuspeitas: gosta de vodca Zvonka, está tentando aprender o idioma russo e aprova as curvas da tenista Maria Sharapova. É daqueles ateus praticantes. "Mas não como criancinhas", rebate, sem muita convicção.

segunda-feira, agosto 11, 2008

Grandes emoções no handebol feminino

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Até agora, o jogo mais emocionante em esportes coletivos que contaram com a presença do Brasil foi a partida contra a Hungria, no handebol feminino, disputada na madrugada de hoje. Claro que o massacre da seleção feminina de vôlei contra a Rússia, uma das favoritas, foi o resultado mais comemorado, mas o jogo das meninas do hand foi épico.

Com uma atuação esplendorosa da central Anita Görbicz (à direita), a seleção húngara conseguiu terminar o primeiro tempo com 5 gols de vantagem, 17 a 12. Parecia tudo perdido e restaria às brasileiras apenas diminuir a diferença do placar desfavorável. Mas o treinador espanhol Juan Oliver acreditou e adotou o sistema 3-3, com uma marcação mais agressiva. Aí apareceu a estrela da brasileira Duda Amorim (abaixo, à esquerda), artilheira da equipe na partida e logo veio o empate em 17, algo impensável segundo as circunstâncias.

Daí pra frente, o Brasil permaneceu sempre atrás no placar, empatando de quando em quando. Mas, a três minutos do final, passou a frente e chegou a abrir vantagem de dois gols. Uma tensão anormal até o fim e, no último segundo, a Hungria conseguiu empatar em 28 a 28. Sabor de vitória para elas, mas o empate mostrou que a seleção tem potencial e pode até surpreender se conseguir manter o alto nível da partida de hoje.

As húngaras foram vice-campeãs olímpicas em 2000 em uma modalidade onde o domínio europeu é mais que evidente. Das 30 medalhas distribuídas até hoje no masculino apenas uma foi para um país de fora do continente: Coréia do Sul em 1988. Porém, é no feminino que as sul-coreanas mostram mais força. São dois ouros (1988 e 1992) e três pratas, incluindo a última edição dos Jogos, quando foram derrotadas na final pela Dinamarca (atual tricampeã mas que não conseguiu vaga para Pequim). E as orientais estão no grupo do Brasil junto com a Rússia, atual campeã mundial.

O grupo brasileiro é complicado, mas dá pra pensar em ficar entre as quatro classificados e pelo menos repetir a colocação de Atenas, sétimo lugar.

Corinthians perde e vê liderança ameaçada

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O Corinthians foi derrotado no sábado pelo Vila Nova, time de Túlio Maravilha, por 2 a 1. O artilheiro, no entanto, não fez nenhum.

O Timão jogou mais ou menos bem no primeiro tempo, criando algumas chances de gol e pressionando, principalmente no início. Cedeu espaço a partir de uns 20 minutos e o time goiano equilibrou o jogo, abrindo o placar aos 33 min. com Alex Oliveira.

No segundo tempo, o Corinthians voltou com Denis no lugar de Carlos Alberto e Saci no lugar de Eduardo Ramos. O empate saiu em chute de fora da área de Douglas, logo aos 3 minutos.

Mano Menezes resolveu mexer de novo, não sei se para tentar jogar no contra-ataque, e tirou Herrera para a entrada de Diogo Rincón. O time perdeu em ofensividade (o argentino vinha fazendo boa partida) e passou a ser pressionado pelo Vila Nova.

Aos 30 minutos, Wellington Saci se machucou. Como as substituições já tinham acabado, teve de ficar fazendo número em campo. O Corinthians se defendeu quanto pode, mas tomou o gol de Pedro Júnior aos 43 minutos.

Felipe ainda fez uma bela lambança numa saída do gol sem sentido, quando dividiu com o zagueiro William e meteu a mão na bola fora da área, sendo expulso de forma tosca. Com isso, não pega o Avaí, adversário dessa terça, bem como Fabinho, que recebeu o terceiro amarelo, e Saci, machucado. Quem vencer leva o título simbólico de campeão do primeiro turno e uma vantangem sobre o rival na briga pelo título. Pedreira.

Ketleyn faz história

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A primeira medalha brasileira nos Jogos de Pequim, bronze conquistado pela peso leve Ketleyn Quadros, significou a quebra de dois tabus: foi a primeira conquista feminina do judô nacional em Olimpíadas e também a primeira medalha individual conquistada por uma mulher brasileira. De quebra, com a medalha de Leandro Guilheiro, o judô empatou provisoriamente com a vela como o esporte que mais deu medalhas olímpicas ao Brasil, 14.
EFE
Ketleyn, que não estava na lista dos favoritos a medalhas, surpreendeu o país. Com apenas 20 anos, tem a promessa de várias Olimpíadas pela frente. Que seja o começo de uma bela caminhada olímpica. E tomara que seu sucesso inspire as brasileiras favoritas - Jade Barbosa, Mauren Maggi, Fabiana Murer e até Daiane dos Santos - a também subir no pódio.

F-Mais Umas - Quando papai saiu para pilotar

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CHICO SILVA*

Amigos e amigas, volto a ocupar esse nobre espaço. Ainda pegando carona no Dia dos Pais, lanço aqui um desafio para os meus cinco leitores (seriam tantos assim?): gostaria de saber qual é, na opinião de vocês, a melhor dupla de pilotos pai e filho da história da Fórmula 1. Obviamente, os critérios de avaliação são subjetivos. É geneticamente impossível compará-los utilizando os métodos convencionais, pois correram em épocas diferentes e com carros muito distintos. Filho do melhor piloto brasileiro de todos os tempos, Nelsinho Piquet é o 13º herdeiro a seguir as aceleradas do seu genitor. O primeiro a ter algum sucesso foi o alemão Hans-Joachim Stuck (acima). Nos anos 1970, o filho do lendário Hans Von Stuck, um mito das corridas de montanha e piloto dos primórdios da F-1, até conseguiu alguns pódios. Mas ficou a léguas do seu velho.

Outro que ficou longe do pai foi David Brabham (à esquerda), filho do tricampeão Jack Brabham. Nos anos 1990, David fez duas temporadas, uma pela equipe que leva seu sobrenome (e que foi fundada por seu pai), e outra pela Simtek, que ficou macabramente famosa por ser a equipe de Roland Ratzemberger, o austríaco que foi deste para algum lugar na véspera do acidente fatal de Ayrton Senna, em Ímola, 1994. Melhor sorte tiveram Jacques Villeuneuve (abaixo) e Damon Hill, respectivamente filhos do maluco genial Gilles Villeneuve e do inglês bicampeão mundial Graham Hill. Villeneuve e Hill Junior foram campeões do mundo ao volante da Willians nos anos 1990. Hill, inclusive, é até hoje o único campeão filho de campeão do mundo da história da F-1. Este colunista torce para que Nelsinho seja o sócio número 2 deste restritíssimo clube e aproveita a ocasião para fazer um brinde aos pais, pilotos ou não, que visitam esse blogue.

Abaixo, seguem mais alguns exemplos dessa parceria que ultrapassa os limites da relação entre pai e filho. Antes de terminar, peço para que não deixem de votar na sua dupla favorita. Até a próxima.

Wilson e Cristian Fittipaldi
Mario e Michael Andretti
Keke e Nico Rosberg
Satoru e Kazuki Nakajima

*Chico Silva é jornalista, wilderista (fanático por Billy Wilder) e nelson-piquetista. Em futebol, 60% santista, 40% timbu pernambucano. Bebe bem e escreve semanalmente a coluna F-Mais Umas para o Futepoca.

Retranca à queijo suíço

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No jogo do Palmeiras, quem se deu bem foi o Botafogo. O time de Vanderlei Luxemburgo voltou a praticar uma retranca ao jogar fora de casa. Mas retranca que deixa Zé Carlos livre para cabecear no cruzamento preciso de Jorge Henrique, não resolve. Isso porque Gustavo, o zagueiro titular, voltou para compor a defesa com Jeci.

A maldade do título, raiva de torcedor, é só por isso.

Foto: Almare


O Botafogo conquista sua quarta vitória consecutiva após a fase negra que teve com Geninho. Curioso é que Leandro Guerreiro, volante, foi substituído pelo autor do gol, que é meia, o que pôs a estrela solitária mais para frente.

O gol saiu aos 34 do segundo tempo. Os visitantes fingiram que iam tentar o empate, mas bem pouco efetivos.

Evandro, que foi bem contra o Vitória, foi substituído por Diego Souza, mas deve voltar a jogar contra o Coritiba, porque Valdívia tomou o terceiro cartão amarelo por reclamação. É a terceira partida de ausência motivada por cartões amarelos.

Nada carrinhos nem palavras nas atuações do chileno. Como foi convocado por Bielsia para a seleção vermelha para amistoso contra a Turquia – e deve ser mantido para as eliminatórias – o meia pode ficar três semanas ou até um mês.

Mas no meio de semana tem o Vasco, pela Sul-Americana.

Meio título
No primeiro fim de semana de competições em Pequim, houve festa no estádio do Grêmio. A goleada sobre o Atlético garante o primeiro turno para o tricolor gaúcho.

O Cruzeiro perdeu para a Lusa, o que abre cinco pontos de vantagem para o líder. O terceiro, Palmeiras, está a sete pontos.

cinco meses, quem apostasse no Grêmio estaria acreditando em zebra. Até quando ela dura?

Hoje, meu palpite é de que não acaba tão cedo. Os primeiros jogos do segundo turno são, em casa, o São Paulo, no Maracanã, o Flamengo e, nos Aflitos, o Náutico. Com quatro e sete pontos de vantagem à frente dos rivais.

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Corrigido às 17h do dia 11

sexta-feira, agosto 08, 2008

Tipos de cerveja 13 - As Irish Red Ale

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As ales vermelhas da Irlanda são cervejas suaves, equilibradas e leves. A um início adocicado, segue-se o sabor típico do malte e um fim com cereais torrados, o que lhe dá um gosto meio seco. Estas características podem ser acentuadas e, em consequência, adulteradas, caso a cerveja seja servida muito fria. "A sua cor avermelhada é obtida através da junção de malte de cevada, sendo que por vezes se utiliza milho, arroz ou mesmo açucar para suavizar o produto final", diz Bruno Aquino, do site Cervejas do Mundo. Nas Irish Red Ale, a presença de gás não é elevada, bem como a do álcool: entre 4% e 6% ABV. Eventualmente, poderá surgir um exemplar mais forte, mas esse será mesmo a excepção à regra. Para experimentar: Boulevard Irish Ale, Kilkenny e Beamish Red Irish Ale (foto).

O encontro de Lula com a elite no Morumbi

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O livro Sem medo de ser feliz (Scritta Oficina Editorial) é imperdível pra quem quer lembrar ou conhecer o que foi a campanha presidencial de Lula em 1989, talvez a mais emocionante da história política recente. Além de imagens fantásticas, o livro traz um depoimento do então assessor de imprensa de Lula, Ricardo Kotscho, e uma entrevista com o candidato derrotado feita em fevereiro de 1990.

Quando questionado a respeito de qual teria sido o pior momento de toda a campanha, lia e esperava que a resposta do do petista fosse relativa ao depoimento pago de Miriam Cordeiro, sua ex-namorada, que patrocinou um sujo episódio no programa eleitoral de Fernando Collor. Mas, para minha surpresa, o pior momento de Lula aconteceu em um estádio de futebol.

Na véspera da votação do segundo turno, havia a final do Brasileiro entre São Paulo e Vasco, no Morumbi. Kotscho sugeriu a Lula que fosse assistir à final in loco, para aproveitar a cobertura da mídia e tentar desfazer o clima de terrorismo patrocinado pelo adversário, cujos correligionários espalhavam os piores boatos possíveis sobre o PT e seu candidato. As “acusações” iam desde futuros fechamentos de igrejas evangélicas que seriam realizados pelo barbudo até a atribuição de culpa ao partido pelo seqüestro de Abílio Diniz.

“Estávamos num dia tranquilo, eu tinha uma coletiva no sindicato, fomos tomar cerveja com os aposentados, num clima muito festivo. Aí seguimos para o Morumbi. Ah, minha gente, foi a coisa mais degradante que aconteceu na minha vida!”, contou Lula.
Kotscho descreve assim o momento:

Acontece que as cabines de rádio e TV ficam nas cadeiras cativas do Morumbi, o covil do que há de mais reacionário no país. Nem deu para ouvir a torcida do Vasco e parte da torcida do São Paulo cantando o “Sem medo de ser feliz” nas arquibancadas quando souberam da sua presença no estádio. Aos urros, histéricos, os elegantes senhores da mais fina sociedade paulistana reagiram como animais diante da passagem de Lula, dando uma idéia do que seriam capazes de fazer em caso de vitória da Frente Brasil Popular. Chegaram até a cantar o Hino Nacional, junto com as palavras de ordem de Collor, mas só com algumas estrofes, já que esqueceram a letra, e voltaram a gritar palavrões com todos os preconceitos de classe imagináveis. (...)
Devido ao horário, as cenas de collorismo explícito do Morumbi tiveram quase repercussão nenhuma na imprensa, mas calaram fundo na já abalada alma do candidato, habituado a ser aclamado e não vaiado por onde passara nos últimos dias, semanas e meses.


Curiosamente, quando perguntado sobre o melhor momento daquela campanha, Lula responde: “Eu me lembro especialmente do dia em que aquele povo todo começou a cantar no Rio de Janeiro, ainda no primeiro turno. Foi a primeira vez que cantaram “olê, olê, olê, olá...” Foi um negócio fantástico”. O canto era uma adaptação de um grito usual da torcida do Flamengo à época. Ali, o futebol jogou a seu favor.

Em tempo: no segundo turno, Lula teve no estado do Rio de Janeiro 63,79% dos votos contra 23,69% de Collor, a maior diferença conquistada a favor de um dos dois candidatos naquela eleição. Já em São Paulo, Collor teve 50,11% dos votos contra 36,43% do petista. Os senhores do Morumbi riram à toa.

Por um Santos mais democrático

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Como às vezes as pessoas se deixam enganar por fases generosas e não vêem o desastre se instalando logo ali, na crise se consegue mais visibilidade para questionar e propor mudanças. E é isso que a Associação Resgate Santista, movimento de oposição à atual diretoria do Santos, está fazendo.

A entidade lançou um manifesto e circula um abaixo-assinado não para exigir a renúncia ou coisa que o valha do presidente Marcelo Teixeira, mas sim mudanças no estatuto que revertam o que foi feito em 2003, quando o atual mandatário praticamente garantiu um salvo-conduto para a eternidade.

Entre os pontos reivindicados estão mecanismos que garantem uma maior participação dos santistas, assegurando também mais transparência à gestão. São eles:

- Instauração da proporcionalidade no Conselho Deliberativo (hoje quem vence a eleição fica com 100% das cadeiras do Conselho).
- Fim das reeleições ininterruptas, com a possibilidade a penas uma reeleição.
- Restabelecimento do direito do sócio votar após um ano de contribuição (era assim antes da mudança estatutária de 2003).
- Possibilitar um local de votação na Subsede do Santos em São Paulo (apesar de alguns não conseguirem ver, o Santos é mundial. Menos provincianismo seria excelente).
- Candidato à presidência não precisa ter passagens pelo Conselho (bastaria que o candidato tivesse o mínimo de dez anos como associado do Santos).

Quem quiser assinar, acesse o manifesto aqui. Santistas, manifestem-se e façam com que a campanha Marcelo Eterno seja apenas a piada que projetamos ser quando a lançamos e não uma triste realidade.

Mais da previsível desgraça santista:
Leão cai
Mas não era culpa do Leão?
Mas não era culpa do Leão? II
Os garotos não merecem ser sacrificados
O Santos nunca foi tão desanimador

Um 3 a 0 chuvoso, mas bem jogado

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A rodada foi positiva para o Palmeiras, que venceu em casa e abriu quatro pontos sobre o quarto colocado. Os 3 a 0 diante do Vitória, no Palestra Itália, mostraram o time jogando bem. Os dois primeiros gols saíram de jogadas de bola parada, um escanteio e uma falta. Mas o time foi bem, disposto e com gana. Vibrante, para o Terceira Via Verdão.

Um detalhe importante é que Evandro entrou jogando na meia com Diego Souza. A presença dele na cobrança de escanteios e armação de jogo deu um ritmo bom para o time. Outro destaque foi Sandro Silva, volante ex-Mirassol, pelo segundo gol no Brasileirão, uma jogada de quem sabe do ofício. Claro que ninguém vai esperar lances assim todo jogo.

É curioso que Jumar e Sandro Silva eram a dupla de volantes reserva até que Pierre e Martinez se contundissem. Viraram titulares.



Valdívia
Valdívia, atento e participante, atuou mais avançado, como atacante. Começou o jogo para avisar que estava em "uma noite daquelas", na avaliação do Parmerista. Foi de jogador de área o gol de cabeça que abriu o marcador no primeiro tempo, sem marcação, depois de cobrança de escanteio pela esquerda, depois de desvio de Alex Mineiro. Em cobrança de falta, também de cabeça, saiu o segundo, do artilheiro Alex Mineiro.

A enxurrada de gols de cabeça no campeonato mostra que a arma do time continua a ser a boa chegada dos laterias. A sequência de vitórias indica que, até agora, só o São Paulo conseguiu aproveitar a fragilidade na marcação nas costas do Leandro, lateral-esquerdo.

Leitura labial
Vai ver que o Léo Lima estava pensando nisso quando, emocionado de entrar no jogo, que se enganou. Falou para o quarto árbitro que quem ia sair era o Leandro e não o Evandro. Numa leitura labial revelada pelo manguaça na padaria hoje de manhã, o Luxemburgo teria dito:

– Vai lá e entra no lugar do "...andro"

O jogador fica em dúvida, mas tenta deduzir com base nas próximas instruções do treinador. Mais atento, ele ouve:

– Você vai ficar mais atrás, pra pegar o cara que tá caindo pela esquerda, nas costas do "...andro".

O jogador concluiu o que concluiu, fazer o quê? Ou será que o manguaça da padoca já tava calibrado?

Vitória
Acompanhei o jogo pelo rádio, e o que me chamou atenção foi ver o time com Adriano, atacante, no lugar do lateral Marco Aurélio. Jogando como visitante, perdendo por 2 a 0, em vez de recuar para tentar surpreender no contrataque, Vagner Mancini queria ver sangue. Fiquei pensando que é por isso que, mesmo com um ponto a menos do que o São Paulo, tem uma vitória a mais. Mas é o menor saldo de gols entre os 8 primeiros.

Da série: candidatos poupados pela mídia

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Em entrevista à rádio Bandeirantes ontem pela manhã, o prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Gilberto Kassab, do DEM (à direita, sempre), destacou uma pesquisa feita pelo Ibope segundo a qual 90% da população avaliaram como "ótimo" o funcionamento das Amas (Assistência Médica Ambulatorial). Questionado sobre se a população teria conhecimento desses dados, o prefeito lascou, sem dó: "uma coisa é a opinião da população usuária do sistema e outra, a parcela de formadores de opiniões, qualificados e inteligentes". Fosse candidato pelo PT, a imprensalona teria manchetado em seis colunas, hoje: "Kassab chama população de burra e desqualificada". Mas como é "democrata", silêncio. Bater nas declarações da Marta Suplicy é sempre mais apropriado.

Quem escreve

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O Futepoca – Futebol, Política e Cachaça tem o nobre objetivo de unir esses três temas que, na prática, já fazem parte de qualquer discussão de boteco no Brasil. Ou seja, apenas ampliamos o alcance do balcão. A ideia é basicamente jogar conversa fora, mas com focos definidos. Fiquem à vontade para colaborar. Afinal, futebol e política, ao contrário do que alguns dizem, se discutem sim. Quanto à cachaça, sempre é melhor bebê-la.

O Futepoca é produzido por um conjunto de oito jornalistas e diversos colaboradores que discutem os temas do site. Inegavelmente, o futebol participa com 70% da produção, seguido pela política, com uns 20%, e pela cachaça, com os outros 10%. Tudo com margem de erro de uns 10 pontos percentuais.

Do ponto de vista da cachaça, na mesa do bar, há mais cerveja do que o destilado de cana. Na política, sem tanta homogeneidade, todos pendem para a esquerda. No quesito futebol, é preciso conhecer os autores para avaliar quem está de que lado:

Anselmo Massad

palmeirense, jornalista e barbudo. Por pressão dos comparsas, se vê obrigado a editar o conteúdo de Ana Paula Oliveira e outros temas espinhosos.

Brunna Rosa

palmeirense, jornalista-socióloga, mas o que tem orgulho mesmo é de ter se viciado em futebol com os barbudos (outros nem tanto) que subscrevem no Futepoca. Já a cachaça, o mérito não é tanto deles.

Frédi

atleticano (mineiro), jornalista. Toma menos cachaça que o resto dos futepoquenses, seca times de cor azul e promete um dia escrever mais.

Glauco Faria

santista (de camisa e de nascimento), jornalista. Tem simpatia pela Portuguesa Santista e pelo São Vicente, mas não tolera o Jabaquara.

Marcão Palhares

são-paulino, jornalista e, às vezes, torcedor do Clube Atlético Taquaritinga (CAT). Não tem vícios. Só fuma quando bebe. No cassino clandestino.

Maurício Ayer

corintiano, maestro do “Coro de Casagrandes” do Futepoca e compositor oficial do blogue.

Nicolau Soares

corintiano, maloqueiro, sofredor, jornalista e de esquerda. Gosta de futebol ofensivo e cinema, prefere meias habilidosos a atacantes, e acredita em intervenções do Estado na economia.

Thalita

são-paulina e jornalista, tem uma queda pela Portuguesa. Segundo dizem, seria disparado o mais macho entre os barbados que fazem o Futepoca. Mas ela não comenta boatos desse tipo.

Colaboradores

Carmem Machado (eminência parda)
Aírton Goes
Bruno Aquino
Chico Silva
Clóvis Messias
Diego Sartorato
Edu Maretti
Gerardo Lazzari
Leticia Perez
Luciano Tasso
Marcelo Peron
Marcos Xinef
Moriti Neto
Mouzar Benedito
Rodrigo Garcia

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    quinta-feira, agosto 07, 2008

    Espírito de Série B

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    "Emerson Leão chegou à conclusão definitiva de que sair do Santos era o melhor caminho quando ouviu do presidente do Conselho Deliberativo santista, José da Costa Teixeira, que não havia mesmo dinheiro para nada.

    'Mas, então, vamos jogar só para não cair?', Leão perguntou.

    'Exatamente, para não cair', foi a resposta."

    O diálogo acima foi reproduzido pela imprensa e já mostrava o que seria o resto da temporada para o Santos. O clube não estava disposto a investir em contratações, até porque não podia. Estava, sim, louco pra vender. Mas os compradores não surgiram, os contratos de gaveta fizeram com que diversos atletas saíssem sem qualquer compensação financeira para o Santos e a situação foi ficando desesperadora.

    Veio Cuca. O time contratou. Incrivelmente, a diretoria passou a negociar redução de salários com dois jogadores que chegaram há menos de um mês. O atacante Cuevas aceitou, parece que Roberto Brum não. Havia quem acreditasse que o volante sairia por deficiência técnica, já que jogou (e mal) somente 20 minutos desde que chegou na Vila. Mas está claro que se ele topar ganhar menos, pode ficar. É como um reconhecimento tácito da diretoria: "olha, você é ruim, mas se a gente gastar menos com você, pode ficar aí. Não tem ninguém mesmo." Dá pra imaginar como é trabalhar em um lugar assim, não?

    Ontem, no intervalo do jogo, Marcelo Oliveira colocou um jogador de marcação para corrigir o buraco no lado esquerdo da sua defesa. Cuca fez o mesmo. Olhou pro banco e só viu Hudson para a posição. Colocou o atleta na "máquina de moer garotos" que o time se tornou. E ele jogou mal. O time perdeu poder ofensivo e a retaguarda continuou frágil. O técnico mexeu mais na equipe, acabou com o esquema de três zagueiros, alterou o que pôde. Nada mais podia fazer. Perdeu-se. Já havia se perdido tempos atrás, quando aceitou as imposições do elenco, quando abriu mão de concentrar os jogadores por pedido de Fábio Costa, quando aceitou ser insultado e nada fez.

    Petkovic falou após o jogo: "Nós aproveitamos os erros deles". Foi isso. Houve um time que mereceu perder. Qualquer que fosse o adversário, venceria só se aproveitando do sem-número de falhas do Alvinegro, principalmente no segundo tempo. Um arremedo de equipe em que nenhum jogador se aproxima do outro para receber, onde nenhuma das jogadas ensaiadas de Cuca, e que resultavam em gols no Botafogo, é executada. Um bando desorganizado onde o "capitão" Kléber, o pior passador do Brasileirão, não consegue acertar uma, UMA só cobrança de falta. E não é de hoje. Não é de ontem. É assim há tempos. Justo ele, cujo pai reclamou que seu nome era cogitado como "moeda de troca" com o São Paulo. Parece que no Morumbi há dirigentes um pouco mais espertos e ninguém quis ver o jogador com a camisa tricolor.

    O elenco tem poucas opções desde o começo do ano e isso não vai mudar. Nenhum treinador de ponta vai querer treinar o Santos. Sobrem os refugos e as apostas. Mas só Luxemburgo deverá dizer por telefone ao presidente (sic) quem deve ser o escolhido para penar com o time durante o segundo turno. E o pobre torcedor, impulsionado pela paixão, vai à Vila ver o clube fazer história pelo avesso.

    O Santos não precisa cair pra Série B. Já joga como se lá estivesse.

    Mais da previsível desgraça santista:
    Leão cai
    Mas não era culpa do Leão?
    Mas não era culpa do Leão? II
    Os garotos não merecem ser sacrificados
    O Santos nunca foi tão desanimador

    Pé redondo na cozinha - A ocasião turbina a refeição

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    MARCOS XINEF*

    Estava na casa da minha namorada quando apareceu um pernambucano baixinho, com o cabelo parecido com o do Xitãozinho e mais ou menos 50% mamado. Foi logo se apresentando: "-Prazer, eu sou Aldo, tio da Ana". Cumprimentei de volta e, como já estava cozinhando, ele foi logo perguntando o que estava saindo dali. Respondi prontamente que ia fazer uma vaca atolada (foto abaixo). "-Fica aí pra almoçar", convidei. "-Quer beber alguma coisa?", ofereci, em seguida (com a nítida sensação de ter perguntado a um macaco se queria banana).


    Abri uma cerveja pro cabra, mas ele olhou para estante e disse: "-E esse rum aí?". Diante de um profissional, falei para que ficasse à vontade. Conversa vai, conversa vem, perguntei onde ele trabalhava. Respondeu que é controlador de qualidade de eletrodomésticos. Fiquei com medo de perguntar a marca do produto....

    A comida estava pronta e ele já tinha entornado nove latas de cerveja e meia garrafa de rum. Sentamos, nos servimos e o tio Aldo já estava 90% turbinado. Como bom bêbado, bateu no copo de rum com a mão e virou a manguaça dentro do prato. Mesmo assim, continuo a comer, matou a bóia e serviu-se novamente, dessa vez regando a comida espontaneamente com o rum. Pensei comigo: "-Vou testar essa receita na semana que vem". Não é que deu certo? Então, lá vai:

    VACA ATOLADA AO RUM BY TIO ALDO

    Ingredientes
    2kg de costela
    1 kg de mandioca
    ½ xícara de chá de óleo
    ½ xícara de chá de cebola picada
    ½ xícara de chá de salsinha picada
    ½ xícara de chá de pimentão picado
    1 colher de sopa de alho picado
    300ml de rum
    sal a gosto

    Modo de Preparo
    Refogue os temperos no óleo, depois coloque a costela e refogue salpicando o sal. Adicione a mandioca e complete a panela com água. Deixe ferver na pressão por 20 minutos. Desligue, coloque o rum e ferva na pressão por mais 20 minutos. Sirva com arroz branco e feijão.


    Boa manguaça - digo, refeição - e até o próximo Pé redondo na cozinha!



    *Marcos Xinef é chef internacional de cozinha, gaúcho, torcedor fanático do Inter de Porto Alegre e socialista convicto. Regularmente, publica no Futepoca receitas que tenham bebidas alcoólicas entre seus ingredientes.

    A pedra de 2008

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    De vez em quando, o São Paulo arranja uma pedra no sapato que não sai de lá em toda a temporada. Em 2002, o Corinthians deitou e rolou nos jogos contra o São Paulo, e não foram poucos. Em 2006, o time não ganhava do Internacional nem por decreto. Nesse ano, esse time parece ser o Fluminense (ou seria o Washington em particular?). Depois de eliminar o rival paulista na Libertadores, o Flu, instalado na zona de rebaixamento do Brasileiro desde a primeira rodada, venceu o São Paulo por 3 a 1 no Maracanã, mesmo com desfalques e e a polêmica em torno do caso Dodô.

    Não que dê para comparar o time de 2006 com o atual. O de dois anos atrás era muito melhor, o que dá contornos mais nítidos a essa dificuldade com um só adversário. Nessa temporada, o time tem estado irregular demais para falar que o problema é só o Fluminense. Mas não dá para negar que fica uma marca. No returno, não importa a posição dos clubes na tabela, todo mundo vai lembrar que o Fluminense só se deu bem em cima do São Paulo. Todas as matérias vão falar de revanche, do quanto vai ser importante ganhar.



    E o jogo de ontem não começou com essa cara. Os dois times jogavam de igual para igual, mas a partida estava com cara do oxo. Duas chances não muito claras de gol para cada um dos lados e só. Já no segundo tempo o São Paulo voltou com força, criou mais e logo aos 3 minutos abriu o placar, com Hugo. Foi o que precisou para o Fluminense reagir. Washington empatou de pênalti (e deve ter saído pensando "por que diabos não bati assim contra a LDU?"), virou depois de receber a bola sozinho na área e fuzilar Rogério e ainda teve tempo para sacramentar no final, com um gol meio atabalhoado, com zaga, goleiro e atacante juntos quase dentro do gol. De quabra, ainda fica a idéia de que o São Paulo ressucitou o Fluminense. Que tristeza!

    Muricy Ramalho saiu irritadíssiomo com o time, com toda a razão. Depois de levar o empate o São Paulo apagou em campo. Ninguém mais corria, o número de passes errados aumentou demais. O Éder Luis, coitado, até tentava, mas além de não ter companhia, não tem bala para resolver sozinho.

    Nesse campeonato de irregularidade, não dá para achar que tudo está ruim para o Tricolor. Mesmo com a derrota, o time só sai da zona de classificação para a Libertadores se o Vitória conseguir um ponto contra o Cruzeiro. E mesmo que isso aconteça, a queda vai ser de apenas uma posição (valeu Flamengo!). Mas esse ano, classificar para a Libertadores parece ser o único objetivo realmente plausível.

    Para o outro Tricolor também nada está perdido. Mais uma vitória e o Fluminense deve sair da zona do rebaixamento. Se bobear, daqui a pouco o time vai aparecer na parte de cima da tabela.

    quarta-feira, agosto 06, 2008

    Futepoca leva você ao cinema

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    Na próxima sexta-feira (8), estréia o novo filme de Zé do Caixão, Encarnação do Demônio, terceira parte da trilogia iniciada com À meia-noite levarei sua alma e Esta noite encarnarei no teu cadáver. E o Futepoca vai entregar um par de ingressos para um leitor.

    É a Promoção Pé na Cova.

    Para concorrer, basta responder à pergunta:

    Qual a cena mais assutadora que você já viu no futebol?






    Clique aqui para responder.

    Os ingressos uma cortesia da Gullane Filmes e são válidos de segunda a quinta-feira para qualquer cinema do país em que o filme estiver passando, exceto o Cinemark Iguatemi (São Paulo), Grupo Araújo (confira as salas aqui), Grupo Estação (Rio de Janeiro) e salas vips do Cinemark Cidade Jardim (São Paulo).

    Confira aqui o que o diretor José Mojica Marins fala a respeito de Encarnação do Demônio para o Futepoca.

    Cenas que só vemos no buteco

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    Quarta-feira, tempo carregado de chuva e eu traçando uma costela gaúcha no Minhoca's, buteco assim apelidado depois que um anelídeo dessa nomenclatura foi visto boiando na tigela de feijão. De repente, chega ao recinto um casal sobrecarregado de sacolas. Caixas e mais caixas com jogo de panela, ventilador, escorredor de prato, secador de cabelo, rádio-relógio, brinquedos, o escambau. Devem ter aproveitado algum crediário de loja popular para dar um grau no ecossistema doméstico.

    - E aí, queridão, o que vai ser? - intima o garçon, mostrando intimidade com o esbaforido chefe de família.

    - Manda uma feijoada completa - ordena ele, sério, tentando provar para a esposa que não é habitué no referido buteco.


    Mas o garçon destrói a dissimulação com a frase fatídica:

    - Posso trazer a gelada de sempre?

    A esposa direciona aquele olhar calibre 38, cano longo, para o marido, como que advinhando por telepatia: "-Ah, seu manguaça! É aqui que você deixa metade do pagamento todo mês, não é, cachorro? E depois passa o tempo todo, na loja, reclamando que eu gasto muito!".

    Na saia justa, o cônjuge responde ao solícito - mas inconveniente - garçon:

    - Não, não, deixa a cerveja pra lá. Tô tomando remédio. Traz um guaraná.

    Passa o tempo, feijoada vem, refrigerante vai, o casal faz as pazes comentando a utilidade dos produtos para cada setor do sagrado lar (não tem nada que deixe uma patroa mais feliz do que fazer compras). Meia hora depois, aparece um parente que, como combinado previamente, trouxe a surrada Brasília pra fazer o carreto dos novos bens domésticos. E a mulher aproveita e segue junto, de carona, sorrindo para o bem comportado marido (leia-se: endividado e sóbrio), que pagará a feijoada e voltará ao batente.

    Mas não passa nem 10 minutos depois que a esposa sumiu com o parente e aquele mundaréu de sacolas e o cidadão grita para o garçon:

    - Agora sim, pode trazer a gelada. Meu remédio já foi embora!

    Estréia mezzo a mezzo

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    Começou há pouco o torneio olímpico de futebol feminino. E logo no primeiro jogo da Seleção Brasileira, uma pedreira: o adversário foi a Alemanha. Esse mesmo confronto decidiu no ano passado o Mundial, com vitória para as alemãs por 2 a 0, apesar do domínio brasileiro na maior parte do jogo.

    Desta vez, a partida,que terminou empatada sem gols, foi um pouco diferente. O primeiro tempo do Brasil, com exceção de um cruzamento perfeito de Marta para a cabeçada desajeitada e para fora de Cristiane, foi para se esquecer. O time só conseguia sair de trás com ligação direta, chutão até não poder mais. E, até onde posso me lembrar, nenhum desses lançamentos foi dominado na frente. Mas até aí, a Alemanha também não conseguia se impor. Foram apenas duas chances claras de gol: um cabeceio de Smisek no travessão e um chute cruzado de Printz que passou muito perto.

    Na volta para o segundo tempo, a seleção parecia mais confiante. A Alemanha ainda começou melhor, mas a partir dos 20 minutos o Brasil passou a dominar e criou ótimas chances de gol. As melhores foram com Renata Costa, em um cabeceio no travessão, e com Marta, em um contra-ataque sensacional, que terminou com uma finalização ruim.

    No fim, foi uma boa estréia. O importante é que o Brasil teve muito cuidado na defesa, se expondo o mínimo possível ao seu principal adversário. Sem bobeadas na defesa, o time ganha confiança para chegar longe no torneio.

    Os próximos adversários do time são Coréia do Norte (sábado às 8h45) e Nigéria (terça-feira, 6h).

    Outros resultados:
    China 2 x 1 Suécia
    Argentina 1 x 2 Canadá
    Nigéria 0 x 1 Coréia do Norte
    Noruega 2 x 0 EUA
    Japão 2 x 2 Nova Zelândia

    terça-feira, agosto 05, 2008

    Piti

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    Posso não saber da missa um terço, mas o que foi noticiado até agora em relação ao pedido de dispensa do Dodô para a partida contra o São Paulo nessa quarta-feira dá conta de um piti sem tamanho.

    O jogador foi informado por Renato Gaúcho, depois do treino, que começaria o jogo no banco de reservas. Depois disso pediu para ser dispensado do jogo, pois precisava "se recondicionar psicológica e fisicamente."

    Vale lembrar que no segundo jogo das quartas-de-final da Libertadores, também contra o São Paulo, Dodô também pediu para começar de fora, como informou o próprio Renato Gaúcho antes da partida.

    O que leva um jogador a tomar essa atitude? O time está rondando a lanterna desde o começo do campeonato, o cara foi autor de gols importantes na temporada, inclusive entrando no segundo tempo no jogo supracitado. É um doa atletas mais experientes do time. Aí vai e dá uma afinada dessas. Não dá para entender.

    São Paulo

    Já que logo alguém vai cobrar, vou falar um pouquinho do São Paulo. Não vi o jogo do final de semana, mas acredito quando dizem que os dois gol de André Lima foram marcados em impedimento. Pois é, não acho bonito. E nem adianta falar que não fez diferença, já que terminou 4 a 0, porque foram os dois primeiros gols. Fazer o que?

    Amanhã, contra o Flu, a obrigação é ganhar. Se logo depois da viagem de Hernanes, Alex Silva, Thiago Neves e Thiago Silva para a Seleção Olímpica os dois times estavam desfalcados de maneira parecida, agora o São Paulo está com uma vantagem enorme, já que inscreveu dois zagueiros e um atacante na competição. Mas do jeito que o time está irregular... estou dando uma de Regina Duarte. Tenho medo. Muito medo.

    A história do vereador que não teve voto

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    Deu no G1 a incrível história de Armando Dias Teixeira, que assumiu uma cadeira de vereador na cidade de Queimada Nova (PI) sem ter tido sequer um voto. Ele foi beneficiado pela cassação de Gildemar José Neto por infidelidade partidária, já que o mesmo foi eleito pelo PDT e depois migrou para o PTB. Armando, do PR, conta que não esperava ter sucesso no pleito e, por isso, acabou votando em outro candidato da coligação que tinha mais chances, sendo que sua mulher também não lhe deu o voto.

    A história remete à outra ocorrida também no Piauí. Em junho a cidade de Pau D' Arco do Piauí empossou a Carmem Lúcia Portela Santos (PSB) como vereadora, mesmo tendo recebido apenas um voto. Ela obteve a vaga em função da cassação do mandato do vereador Miguel Abreu do Nascimento, também por infidelidade partidária - foi eleito pelo PSDB e migrou para o PC do B.

    Carmem também ficou célebre por questionar o fato do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter computado somente um voto para ela, apesar do seu marido ter garantido que lhe prestigiou na urna. "Ele me assegura que votou em mim. Meu marido é um homem que já tem até mestrado em medicina veterinária pela Universidade Federal do Piauí, é um homem culto, e não consigo entender porque não saíram, pelo menos, a certeza desses dois votos, o meu e o dele."Seria uma outra versão de “infidelidade partidária”?

    As cassações ocorreram por causa da decisão do TSE que deliberou que os mandatos obtidos nas eleições pelo sistema proporcional (deputados estaduais, federais e vereadores) pertencem aos partidos políticos e/ou às coligações e não aos candidatos eleitos. Até maio, 368 vereadores já haviam sido cassados.

    Outro caso curioso do Piauí ocorreu em Barro Duro. O vereador Nonatinho também foi cassado por ter trocado de partido, mas a dúvida era sobre quem assumiria o lugar dele, o primeiro suplente do partido ou da coligação. Isso porque os suplentes do seu partido, o PSDB, também foram para outras agremiações. O TRE decidiu que o cargo pertencia à coligação e o pastor Evandro (PTB) assumiu a vereança.

    É preciso falar mais sobre o Grêmio

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    A exigência é do leitor Luiz Cesar: "Um site sobre futebol que não fala sobre o Líder do Campeonato, tem alguma coisa errada". É, Luiz, precisamos falar sobre o Grêmio.

    O tricolor gaúcho pode faturar o primeiro turno antecipadamente caso vença o lanterna Ipatinga, no Olímpico, nesta quarta-feira, 6, e o Cruzeiro, segundo colocado, tropece. A ironia é que o adversário dos azuis de Minas Gerais é o Colorado, arqui-rival do Grêmio. Vai ter gremista torcendo pro Inter? "Capaz", me responderia o gaúcho.

    Se não contar com a ajuda do "bondoso Inter", para usar os termos do parceiro Impedimento, pode faturar na rodada seguinte, contra o Atlético-MG.

    Título simbólico? Mais ou menos. Na era dos pontos corridos quem termina o primeiro turno na frente leva o caneco.

    Celso Roth é um técnico experiente que, normalmente, parece ter prazo de validade. Esse é o discurso dos secadores de plantão desde o início do campeonato para dizer que o Grêmio vai cair de produção. Mas nada de parar até aqui.

    Reprodução Celsoroth.com.br

    Celso Roth sem prazo de validade em 2008?

    Até gremistas diziam, no começo da competição, que ele ficaria só enquanto não perdesse.

    No ano passado, no Vasco foi demitido antes de o time terminar em 10º. Com o Botafogo, em 2005, ficou em 9º lugar, depois de breve passagem pelo Flamengo durante a competição. No Goiás, em 2004, e no Atlético-MG, em 2003, o treinador foi até o fim e deixou as equipes em sexto. Em 2001, com o Palmeiras, ficou em 12º. Com o mesmo Grêmio, em 1998, 1999 e 2000, levou à 8ª, 18ª e 4ª colocações, respectivamente.

    Se ele nunca chegou lá no nacional, não quer dizer que ele esteja condenado a isso para sempre. O Grêmio aparece sem um craque que se destaque individualmente, com muita capacidade de jogar com cruzamentos (com os laterais Anderson Pico e Paulo Sérgio), marcação forte (com William Magrão) e um ataque do colombiano Perrea e Marcel. Aliás, de tanta irregularidade, Perrea pode perder posição para Souza, que estreou no fim de semana. Segundo os próprios gremistas, a pedida é "manter a mesma pegada", "defendendo como pequenos e atacando como grande", escreveu Charles Hansen.

    A manutenção não é exatamente simples numa competição longa, tanto que o time vai entrar com os reservas na Sul-Americana. O potencial gremista foi a capacidade de beliscar pontos como visitante e cumprir a obrigação em casa. Foram quatro vitórias em oito jogos fora de casa e seis de nove como mandante.

    O Flamengo dá sinais de que pode dar água, enquanto Cruzeiro, Vitória e Palmeiras, com mais passagens pelo G4, assim como o São Paulo, tiveram muitos altos e baixos.

    Quem alcança o Grêmio?

    Interiorano: Copa FPF, a festa da democracia para o interior

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    Por Rodrigo Garcia

    Atualmente na quarta rodada, a Copa Paulista de Futebol é uma competição destinadas aos clubes que não tenham atividades no segundo semestre ou mantenham equipes B em atividades. Ela conta com 32 participantes e leva o campeão a ser um dos paulistas na Copa do Brasil de 2009.

    Neste ano, são 25 clubes do interior. Eles é que vão protagonizar grandes clássicos atualmente raros de se assistir, como o Come-Fogo, entre Comercial e Botafogo, ambos de Ribeirão Preto, no dia 30 deste mês. O jogo entre América contra Rio Preto, o derbi da cidade de São José do Rio Preto marcado para o próximo dia 16, não ocorre desde 2004.

    A competição teve início em 2003 e logo os clubes do interior passaram a dar valor a ela. O Santo André foi o vencedor da primeira e, em 2004, faturou a Copa do Brasil.

    Até 2007, o regulamento levava o vice para a Série C do Brasileiro. Por incrível que pareça, e mesmo com o sucesso do Santo André, para muito clubes pode ser mais interessante participar da Série C, porque as chances de um bom aproveitamento na Copa do Brasil são menores. A Ferroviária de Araraquara, por exemplo, campeã em 2006, caiu logo na primeira rodada diante do Juventude, que seria rebaixado no Brasileirão no mesmo ano de 2007.

    Acho que é uma forma de democratização no futebol para os times Paulista. Assim como o Santo André e a Sociedade Esportiva Itapiresne, quem sabe algum time surpreende a todos no torneio continental?

    Além disso, muito clubes aproveitam para fazer parceiras com equipes de mais tradição da elite do futebol nacional para testar jogadores. A maioria é composta por juniores que levam a sério a competição.

    Minha torcida é que, no dia 30 de novembro, depois das cinco fases do torneio, a festa da democracia do futebol faça o interior feliz, com um representante na Copa do Brasil. E quem sabe na Libertadores.


    Da página da Federação Paulista de Futebol (FPF):
    Regulamento | Tabela


    * Rodrigo Garcia é jornalista, botafoguense de Ribeirão Preto e adora o Chopp de lá. Escreve no Futepoca a coluna Interiorano, sobre o futebol praticado fora das capitais.

    No butiquim da Política - Democrata ou profissional?

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    CLÓVIS MESSIAS*

    Pra enfrentar algumas eleições, só mesmo de cara cheia. O duro é passar pelo comando de trânsito na hora de ir embora. Mas vale a pena o "barato". A bancada estadual do PT é a que tem maior numero de candidatos a prefeito, entre os partidos que compõem a Assembléia Legislativa. Concorrem a prefeituras 8 dos 20 parlamentares petistas. A bancada tucana, formada por 21 deputados, tem 6 candidatos. Mas o que incomoda, mesmo, é estes parlamentares falarem que, não tendo chances de se elegerem, pelo menos ficarão com seus nomes em evidência. Um ou outro freqüentador do buteco pergunta: "-Que ferramenta eles usam nesta bancada que vocês estão falando?". E eu: "-Ah....é...". Ficou sem resposta. Até então, não tinha percebido que ser político, para alguns, é considerado profissão.

    Mais interessante ainda: eles não têm data-base para reposição salarial. Ainda mais: as disputas para composição do salário não vão parar no TRT (Tribunal Regional do Trabalho). É debate do eu com o eu mesmo. É discussão em causa própria. No butiquim, esses caras têm mania de se meterem em tudo. Não percebem que tem candidato que foi convocado para a causa cívica, em defesa da democracia. O horário eleitoral é gratuito. As despesas do candidato, quase sempre, são pagas por empresários, não menos democráticos. Os candidatos deputados que não ganharem a próxima eleição, permanecem onde estão, recebendo os salários pagos pelo povo do Estado de São Paulo. Que patrão bom este tal povo! Dá salários, escritórios políticos, funcionários, condução, auxílio-paletó, auxílio-moradia na capital do Estado. Tudo aguardando, apenas, o grande gesto democrático: o voto.

    Mas as coisas não param por aí. Proporcionalmente, segundo o número de deputados por bancadas partidárias, o PSOL e o PSB lideram o número de candidatos. O PSOL tem dois deputados, um concorre a prefeito e o outro a vice-prefeito, em cidades diferentes. Já o PSB tem quatro candidatos a prefeito, numa bancada de cinco parlamentares. É difícil, mas a democracia impõem estes tipos de sacrifícios a alguns políticos. Olha, se virou profissão, é porque você, eleitor, dá o aval quando vota nestas pessoas.

    Por favor, desce mais uma cerveja e marca na conta. Esse papo me secou a boca. E os bolsos!

    *Clóvis Messias é dirigente do Comitê de Imprensa da Assembléia Legislativa de São Paulo e escreve semanalmente para o Futepoca.

    O Santos nunca foi tão desanimador

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    Anteontem, todos os defeitos do Santos saltaram aos olhos. O Coritiba, um time mais modesto e com alguns talentos promissores, era mais bem armado, jogou em diversos momentos do jogo fazendo marcação pressão no próprio campo do Peixe e o time não sabia como sair com a bola para o ataque.

    Uma chance aqui, outra ali, mas essa foi a tônica do jogo. Para um santista, cansa escrever mais que um parágrafo sobre a partida. Contudo, o que mais impressionou foi o fato do Santos não ter amedrontado o adversário em um momento sequer, tal o controle paranaense sobre o Alvinegro. E não era o Real Madrid e sim o Coritiba, com todo respeito, um clube que voltou à primeira divisão esse ano. Justo o Peixe, que mesmo com equipes medíocres, fazia o rival tremer dentro do caldeirão da Vila.

    Foi por isso que, pela primeira vez, não comemorei. Meu hábito é vibrar sempre com qualquer gol do Alvinegro, mesmo quando a derrota é certa. Sempre tive em mim que um gol nosso é um a mais para a galeria do time que mais chegou às redes no futebol profissional do planeta. Mas ontem não tive ânimo para celebrar.

    Pra quem estava no estádio, acredito que o tento fortuito de Maikon Leite tenha reacendido as esperanças. Mas quem assistia de longe, como eu, viu que o gol era um retrato daquele time. Um lance individual, já que o Santos não joga coletivamente, contando com a sorte. Só ela evitaria a desgraça. Mas tinha que ser muita, muita sorte. Não aconteceu.

    Diante do desânimo em que me encontrava, pensei em canalizar a raiva. O primeiro alvo é o treinador. Pensei: "esse garoto Vinícius não podia ter entrado, ficou totalmente perdido!". Olhei na relação de inscritos no Brasileirão e vi um Fabão que pode rescindir contrato, portanto fora de condições de jogo. Lembrei que o clube tinha vendido um zagueiro, dispensado outro e rescindido contrato com um terceiro em apenas dois meses. Só havia Diego Monar, outro jovem que poderia ter entrado tão perdido quanto Vinícius, já que Fabiano Eller estava suspenso. Pensei na contratação de Gustavo e tive calafrios...

    Mas era preciso ficar com raiva. De novo o alvo é Cuca. "Mas por que quatro atacantes? Isso resolve o quê? Ele não vê que a gente perde o meio-de-campo?", esbravejei. De novo, a lista de inscritos. Rodrigo Souto, Adriano e Robson fora de combate. Roberto Brum quase fora do time, um incrível caso "Viúva Porcina", foi, sem nunca ter sido. Michael teve que sair do jogo porque estava louco pra ser expulso e Molina se contundiu. Dentre os inscritos, Hudson e Adoniran, volantes. A realidade: o time não tem meias...

    Por mais que quisesse, não podia culpar Cuca por tudo. Vendo o rol de jogadores, recuperando o histórico recente do clube, as negociações, não tive dúvidas: a culpa é da administração MT, algo que já sabia, mas que não me consolou. Nunca foi tão desanimador assistir ao Santos jogar.

    segunda-feira, agosto 04, 2008

    F-Mais Umas - Fantasmas de Hungaroring quase derrubam a estréia do colunista

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    CHICO SILVA*

    Tinha tudo preparado para minha estréia neste novo e nobre espaço. Não que eu seja um entusiasta admirador do são-paulino Felipe Massa. Até pelo contrário. Quem leu meu perfil sabe de quem sou fã, mesmo! Mas infelizmente já se vão 17 anos que Nelson Piquet Souto Mayor descalçou as sapatilhas e guardou a balaclava. De qualquer maneira, seria um bom começo no site, com um brasileiro vencendo pela sétima vez no travado e enfadonho circuito de Hungaroring. Até já me preparava para chamá-lo de Brasilring. Mas quando tudo parecia resolvido, eis que os fantasmas da pista magyar resolveram aprontar mais uma. A três voltas do fim, o até então confiável propulsor de Massa foi pelos ares, produzindo fumaça e lágrimas no rosto do piloto que estava prestes a colocar as mãos na liderança do championship (acima). Aliás, sou de um tempo em que piloto não chorava. Nem quando ficava preso entre as frágeis ferragens de outrora. Mas deixemos isso para lá. Em matéria de lágrimas, prefiro as de Jade Barbosa.

    Voltando aos virabrequins, não é de hoje que o autódromo húngaro prega peças em pilotos que já se imaginavam ouvindo o hino no pódio. A primeira vítima foi Nigel Mansell. O arrojado e estabanado inglês passeava pelo circuito contando os minutos para mais uma vitória na temporada de 87. Até que, em um trecho intermediário, o Williams 5 começou a sambar feito bêbado em final de desfile de carnaval. No pit-stop, um mecânico descuidado não apertou a porca de uma das rodas do carro do bigodudo como o manual manda. Para desespero do inglês, o rival e desafeto Nelson Piquet (à direita) conquistou a segunda vitória consecutiva no autódromo húngaro, o primeiro de um país da extinta cortina de ferro a receber o milionário e capitalista circo da F-1. Na época, houve quem desconfiasse que Piquet havia dado uns trocados para o mecânico desastrado. Como isso nunca se provou, a história entrou para o folclore da categoria. A vitória na Hungria foi a plataforma do tricampeonato do maior piloto brasileiro de todos os tempos.

    Exatos dez anos depois, um compatriota de Mansell também foi derrotado pelo sinistro traçado húngaro. O então campeão mundial Damon Hill estava a poucos quilômetros de uma façanha. Iria conquistar o primeiro triunfo da história da Arrows, uma equipe que encerrou suas atividades com o "invejável" histórico de 368 GPs sem uma vitoriazinha sequer. Pilotando uma carroça equipada com o fraco e instável motor Yamaha, Hill liderava com folga quando, na última volta, seu câmbio começou a emperrar. O canadense Jacques Villeneuave, à época ao volante de uma Williams, se aproveitou da situação e estourou o champagne no alto do pódio. Como Piquet, Villeneauve conquistou o título daquele ano, após uma dura e nem sempre leal batalha com Michael Schumacher.

    Em 2006, outro ilustre competidor passou por mico semelhante ao de Mansell. Então lutando pelo seu segundo título mundial, o marrento espanhol Fernando Alonso viu seu campeonato se complicar após um simples pit-stop. Contrariando a célebre máxima de Karl Marx, dessa vez "a história não se repetiu como farsa". Outro mecânico desatento não apertou como deveria uma das porcas da roda do Renault do asturiano. Com o carro descontrolado, Alonso abraçou a barreira de pneus. A prova, disputada sob chuva e coalhada de acidentes, dessa vez foi vencida por um inglês. Jenson Button (à esquerda) redimiu seus conterrâneos e faturou aquela que é até hoje sua única vitória na F-1. Se isso serve de consolo para o chorão Massa, Hungaroring não conseguiu impedir que Hill, Mansell e Alonso entrassem para o fechado clube dos campeões mundiais de F-1. Massa tem boas chances de conseguir sua carteirinha. Sorte dele que Hungaroring só tem uma vez por ano...
    Todos iguais/todos iguais
    Uns mais iguais que os outros
    Antes que alguém me enxovalhe, explico que não gosto dos Engenheiros do Hawaii, a banda dos Pampas que nos atazanou com os versos acima. Aliás, por falar neles, juro que gostaria que alguém me explicasse por que diabos esse Hawaii deles tem dois i. Deve ter alguma coisa a ver com numerologia ou quem sabe eles se inspiraram num desses ideogramas chineses que estão na moda por causa das Olimpíadas. Sei lá. Mas esses versos me vieram à cabeça com as imagens da premiação do Grande Prêmio da Hungria. Lá estavam o vencedor, Heikki Kovalainen, que debutava no lugar mais alto do pódio, e Kimi Raikkonen, que terminou em terceiro. Dizem que japonês é tudo igual. Pois finlandês também. Repare bem. Kovalainen é a cara de Raikkonen, que, por sua vez, parece sósia do ex- piloto e bicampeão mundial Mika Hakkinen.

    A exceção talvez seja o campeão mundial de 1982, Keke Rosberg (à direita). O ex-piloto da Fittipaldi e da Williams ostentava um belo e hoje fora de moda bigodão. Além da fisionomia, aparência e talento, os finlandeses têm outro gosto comum. Aliás, uma qualidade muito apreciada por este blogue: a manguaça. Raikkonen e Hakkinen já se meteram em confusões embalados por generosas doses de vodka finlandesa, que, ao lado da russa e da polonesa, integra a santíssima (ou sataníssima) trindade do destilado. Então, para encerrar esse artigo, nada mais justo que oferecer um brinde a Kovalainen. O piloto da McLaren fez aquilo que se convencionou chamar de corrida sem erros. É claro que se aproveitou da quebra de Massa e do azar do companheiro Lewis Hamilton, que teve um pneu furado no meio da corrida. Então, uma dose trincando de vodka da boa, direto da Finlândia, para o 100º piloto a vencer uma corrida de F-1. Um brinde e até a próxima semana!

    *Chico Silva é jornalista, wilderista (fanático por Billy Wilder) e nelson-piquetista. Em futebol, mezzo santista/ mezzo pontepretano. Curte um bom goró e escreve semanalmente a coluna F-Mais Umas para o Futepoca.

    Ganhar do lanterna é obrigação

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    Os 2 a 1 do Palmeiras sobre o Ipatinga em Minas Gerais foi, por um lado, obrigação. O time mineiro é favorito ao rebaixamento e lanterna da competição.

    Mas em 2007, um dos 17 pontos do América de Natal foi conquistado diante do Palmeiras, em Natal. Mas isso foi com um elenco bem mais limitado. O Ipatinga não é o América do ano passado, mas time que quer brigar por alguma coisa que valha, tem que somar três pontos contra as equipes mais fracas.

    Valdívia foi bem, marcou dois gols, criou jogadas, correu. E deu um carrinho que, na minha opinião, foi bem punido com cartão amarelo. Ele até pega a bola, mas a posição de onde ele vem é desfavorável e, ao pegar a perna do adversário junto com a bola, consiste em falta.

    Cartão mal aplicado foi a Kléber, o desgovernado, que dividiu e tomou cartão. Depois do lance, evitou trombadas. Claramente visado – deu motivos para isso – mas continua claro que ele não pode entrar duro em nenhum lance.

    E Alex Mineiro perdeu um pênalti. Em um misto de empurra-empurra com se jogar para trás – que poderia perfeitamente não ser marcado –, o centroavante se encarregou de diminuir o peso da polêmica: chutou tão no canto que pôs a bola para fora.

    No final do jogo, o alviverde paulistano ainda conseguiu a proeza deixar o Ipatinga criar jogadas. Tanto que diminuiu a diferença.

    Mas a segunda vitória fora do Palestra Itália no campeonato é bem vinda, garantiu o terceiro lugar. A próxima partida, na quinta-feira, é contra o Vitória, em casa. O time baiano saiu da zona de classificação para a Libertadores. Missão nada fácil para o Palmeiras manter o bom aproveitamento dentro de seu estádio.

    domingo, agosto 03, 2008

    Futepoca estréia coluna semanal de automobilismo

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    Para atender uma demanda que, mesmo fugindo do futebol, ainda pode ter algum link com política (e principalmente com cachaça), o Futepoca vai estrear amanhã, segunda-feira, mais um colaborador. Dessa vez, para falar sobre automobilismo. Ele mesmo fez questão de se apresentar:

    Sou Chico Silva, jornalista, santista, wilderista (alguém que é louco por Billy Wilder) e, acima de tudo e todos, nelson-piquetista. Aliás, devo o interesse no jornalismo ao Piquet (que aparece na foto, de branco, trocando "afagos" com Eliseo Salazar). E é engraçado: escrevi sobre quase tudo nessa vida, menos sobre F-1 - até o Futepoca me pôr na pista. Iniciei minha carreira no Lance!, em 1997. Depois passei pelo IG, um mês, e IstoÉ, sete anos, na qual atuei nas editorias de Brasil e Comportamento. Aí fui ver como era a vida do lado de lá do balcão. E nesse caso não era o do bar, infelizmente. Fiz assessoria para o ministro do Esporte nos Jogos Pan e Parapan-americanos e depois integrei a equipe de jornalistas que produziu o relatório oficial do governo federal sobre o Rio 2007. Ah, ia esquecendo um detalhe relevante: fui jurado da primeira edição do Boteco Bohemia de São Paulo, realizado em 2004. No Futepoca, não poderia omitir tal informação. Abraço a todos e até minha primeira coluna, nesta segunda-feira, com a análise do GP da Hungria!