Destaques

quarta-feira, agosto 20, 2008

Tortura: 'Um crime previsto pelo direito internacional nunca prescreve', diz Cavallo

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Nosso colaborador Chico Silva fez uma didática entrevista com o ex-juiz argentino Gabriel Cavallo (foto) sobre a punição contra crimes de tortura para a edição da revista Carta Capital que circula com data de hoje. O texto, que tem início na página 12, integra a matéria de capa "Tortura, tema proibido?", que retoma o debate sobre a interpretação da Lei da Anistia e a pressão dos militares sobre o governo brasileiro. O tema repercute desde o mês passado na imprensa e também aqui no Futepoca.

Em 2001, Cavallo tornou inconstitucionais as leis Obediência Devida e Ponto Final na Argentina (semelhantes à nossa Lei da Anistia) e também os indultos concedidos pelo ex-presidente Carlos Menem. Em 2005, a Corte Suprema ratificou sua decisão. A partir de então centenas de criminosos tiveram de responder por crimes contra a humanidade, como assassinatos em massa, tortura e seqüestros ocorridos durante os sete anos de ditadura militar no país vizinho, entre 1976 e 1983. Muitos usam o argumento de que aqueles governos precisavam agir assim, pois as guerrilhas de cada país também usavam métodos violentos. Ou seja: se os crimes dos guerrilheiros foram perdoados, os dos militares também deveriam ser. Confira o que o ex-juiz Cavallos falou sobre essa lógica torta ao Chico Silva:

Um crime cometido por uma organização terrorista ou de esquerda não pode ser tratado da mesma forma que um delito cometido por um Estado. Um crime contra a humanidade é regido por três preceitos. Ele tem de ser autorizado por posições oficiais de poder, ser praticado e motivado por questões políticas, religiosas ou raciais e, por último, tem de ser sistemático contra uma determinada parte da população civil. Quando o Estado toma a decisão de atacar um grupo da população com o objetivo de exterminá-lo, aí temos um crime contra a humanidade. Foi o que aconteceu na Argentina e no Brasil. No caso contrário isso não se configura.

Difícil ou fácil? No mais, ainda sobre o tema tortura, segue abaixo um convite, enviado pelo Jesus Carlos, do blogue parceiro Fotografia, Cachaça & Política, para os que estarão na cidade de São Paulo no próximo domingo:

Vá beber cerveja assim na China!

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A colunista Marília Ruiz, do Lance!, finalmente arranjou uma pauta interessante em seus passeios pela China. A edição de hoje do jornal traz duas páginas com informações que ela coletou sobre a cerveja naquele país. Segundo Marília, a China quer que a bebida molde a internacionalização de suas marcas. Para ela, é espantoso que o slogan da cerveja Tsingtao, fabricada em Qingdao (recentemente engolida pela gigante InBev), apareça em todos os folders do departamento de turismo do governo chinês. "A cervejaria Tsingtao foi a primeira empresa chinesa a estabelecer filial fora do país. Foi a primeira a ter ações na bolsa. Foi a primeira que assinou acordo de parceria com uma estrangeira...", observa a colunista do Lance!. Por isso, a marca foi escolhida para patrocinar oficialmente os jogos olímpicos (foto acima).

Mas há outro motivo, mais óbvio: os chineses vêm bebendo cada vez mais cerveja. Em 2007, consumiram mais de 40 milhões de toneladas da bebida, o que equivale a um consumo per capita de 30 litros, segundo a Associação da Indústria de bebidas Alcoólicas da China. Tudo bem que eles ainda não chegam perto da sede aqui do Brasil, onde o consumo per capita de cerveja já bateu em 47 litros anuais, segundo os dados mais recentes do Sindicerv (Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja). E tanto os chineses como nós ainda estamos a léguas de distância de países como a República Tcheca e a Alemanha, por exemplo, onde o consumo per capita sobe para inacreditáveis 158 litros e 117 litros por ano, respectivamente. Mas o consumo anual chinês por pessoa saltou de 18 litros para 30, em cinco anos, e entre janeiro e maio de 2008 a população bebeu 20 milhões de toneladas - ou 19% a mais do que no mesmo período do ano passado.

Uma explicação pode ser o preço da bebida. Segundo Marília Ruiz, uma garrafa de 600ml de Tsingtao custa 2 yuans (ou R$ 0,50). Para ter uma idéia do que isso significa, pesquisei o salário mínimo chinês e constatei que varia entre 400 e 750 yuans, dependendo da região, o que dá uma média de 575 yuans. Ou seja: com esse valor, é possível comprar cerca de 287 garrafas de cerveja. Aqui no Brasil, considerando um preço camarada de R$ 3 para uma garrafa de 600ml no bar, nosso salário mínimo (R$ 415) compraria apenas 138 garrafas - ou 166 se alguém tiver a sorte de encontrar uma boa gelada por R$ 2,50. Agora, imagine se você estivesse na China e pudesse comprar duas cervejas (total de 1 litro e 200ml) com cada real no bolso! Seria um esforço olímpico para o fígado...

Sobre a qualidade da Tsingtao, porém, não me atrevo a recomendar. O teor alcoólico é de 5%, similar ao da Brahma (4,8%) e ao da Skol (4,7%), por exemplo. Em seu texto, Marília Ruiz afirma que, na avaliação do mestre cervejeiro escocês Andrew McCulloh, a bebida é "clara, com boa espuma (mas de curta duração), aroma adocicado, leve e sem presença de amargor". Uma dica mais prática da moçoila para os manguaças daqui de São Paulo é que a Tsingtao pode ser encontrada em lojinhas da Rua 25 de Março (óbvio!!!) e em uma importadora na Avenida Paulista. Alguém se arrisca?

terça-feira, agosto 19, 2008

Argentina 3 a 0. Fora, anão

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O Brasil perdeu de 3 a 0 para a Argentina de maneira inapelável. Os hermanos foram melhores o tempo todo e ainda apelamos, com dois expulsos, Lucas e Thiago Neves.

Acabou o sonho do ouro olímpico com um futebol digno da estatura de nosso técnico. Por isso, reforça-se a campanha já lançada neste Futepoca: Fora, Dunga.

Nosso amigo argentino, Gerardo, que só aparece nessas horas, faz campanha contrária. Sua primeira mensagem foi: fica, Dunga.

Não podemos aceitar que eles também ganhem essa. Pressão no Ricardo Teixeira. Sei lá quem vai ser o próximo técnico, mas com o Dunga eu não torço mais.

Ele não é o único culpado, claro. A safra de jogadores da Argentina neste momento é melhor. Ronaldinho, a esperança, continua fora de forma. Pato , Lucas, Thiago Neves ainda devem muito antes de figurarem no primeiro time mundial.

Agora é esperar a próxima Olimpíada.

Mas dá-lhe Brasil. O ouro para o futebol vem com nossas meninas.

No butiquim da Política - CPI: esclarecimento ou esconderijo?

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CLÓVIS MESSIAS*

CPI virou farra. O oportunismo toma conta das comissões parlamentares de inquérito. Por qualquer motivo, desde que seja eleitoral e não para apuração de irregularidades, convoca-se. É na Câmara Federal, nas Assembléias Legislativas e nas Câmaras Municipais que estão proliferando as CPIs, principalmente quando há chance de aparecer na mídia. Aí, o que acontece? Nada se apura, faz-se o uso político e o dinheiro público, que deveria retornar para nós, desaparece.

Aqui no boteco, a moçada está ficando indignada. Não se justifica a ineficiência parlamentar afirmando que o presidente da República, o governador ou o prefeito têm maioria. Não é verdade absoluta. Sim, eles têm maioria, mas a atividade parlamentar, quando bem feita, consegue esclarecer. O que não dá mais para ouvir é eles ficarem falando, nos três níveis, federal, estadual e municipal, que não dá para enfrentá-los.

Porque, próximo das eleições, os parlamentares conseguem convocar, de afogadilho, as CPIs. Só no início deste mês, em São Paulo, a Assembléia Legislativa convocou cinco. Agora, se vão atingir o objetivo, é outra história. Aqui no butiquim ninguém é contra CPI, aliás, acreditamos que o legislativo é a mola mestra da democracia. Mas, quando o legislador se esconde atrás de um argumento oportunista qualquer, é sinal de que nós temos que reciclar o parlamento.

É tanta conversa fiada sobre CPI que as eleições estão quase escondidas. Não se deixe iludir pela cortina de fumaça eleitoral.

*Clóvis Messias é dirigente do Comitê de Imprensa da Assembléia Legislativa de São Paulo e escreve semanalmente para o Futepoca.

Futebol: um esporte muito perigoso, de fato

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Saiu o diagnóstico da lesão que o atacante Maikon Leite, do Santos, sofreu no jogo contra o Flamengo, no último domingo: rompimento dos ligamentos cruzados anterior e posterior e do colateral medial, além de lesão no ligamento patelar e deslocamento da rótula. A impressionante torção de joelho (veja as fotos da Agência Lance e da Futura Press) vai deixar o jovem jogador, no mínimo, um ano fora dos gramados. Os médicos dizem que o estrago é simplesmente três vezes pior do que os rompimentos do ligamento patelar nos joelhos de Ronaldo Nazário - daí, não dá nem pra gente imaginar o tamanho da dor que o santista sentiu no momento fatídico. Horrível, horrível mesmo.

Um fato lamentável, principalmente porque Maikon, de 20 anos, vinha sendo um dos principais destaques (senão o único) do alvinegro praiano, que sofre para tentar sair da zona de rebaixamento no Brasileirão. Um campeonato, aliás, que vem sendo pródigo em cenas chocantes, como a luxação no braço do atacante são-paulino Borges e a fratura em três lugares no braço do atacante flamenguista Diego Tardelli, ambas em partidas no primeiro turno. Como todo esporte coletivo, futebol é jogo de contato. Um passo errado, um toque de desequilíbrio e o atleta se expõe a uma lesão, uma dor, que nos parece absurdamente inimaginável.

Quando vi as fotos de Maikon, fiquei com aflição de assistir jogos de futebol. É só ver dois jogadores partindo para uma dividida que eu já fecho os olhos. Os caras ganham muito bem, é verdade. Mas passar por uma situação como a do Maikon Leite não tem preço. Nada paga uma coisa dessas. Tomara que, pelo menos, o cara esteja totalmente anestesiado com analgésicos. A cirurgia será nesta quarta-feira, 20, quando o joelho direito do atacante será, literalmente, reconstruído. Só nos resta desejar toda sorte do mundo ao santista.

Pé na Cova: o vencedor

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Foto: Recorte de foto da Agência CBF
Saiu o vencedor da promoção Pé na Cova!

É Orlando Biano Gomes. À pergunta "Qual a cena mais assutadora que você já viu no futebol?" ele respondeu:

– A ajeitada de meia do Roberto Carlos. até hoje tenho pesadelos com aquela cena.

Por isso, ele ganhou um par de ingressos para assistir a Encarnação do Demônio, última parte da trilogia de José Mojica Marins, criador do Zé do Caixão, iniciada com À meia-noite levarei sua alma e Esta noite encarnarei no teu cadáver.

Para todos os outros que não puseram o pé na cova, resta reler a entrevista de Mojica ao Futepoca.

segunda-feira, agosto 18, 2008

Campeão do primeito turno e novidades no meio-campo

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O Timão sagrou-se campeão simbólico do primeiro turno do Brasileirão Série B. A “conquista” não vale nada, mas é uma boa continuar em primeiro, com 39 pontos, quatro na frente do vice (Avaí) e sete na frente do quarto colocado e último a subir, hoje a Ponte. A parte ruim do título é que, ao contrário da primeira divisão, nenhum dos campeões de primeiro turno até agora levaram o título da segundona nos pontos corridos. Escrita a ser quebrada, se depender de minha torcida.

Vi só os gols da vitória contra o América RN, mas parece que o time nordestino é fraquinho, especialmente na defesa. Douglas deitou e rolou nos dois tentos, com boas jogadas que andava devendo. Isso pode mostrar que o problema do rapaz nos últimos jogos era a marcação que enfrentava. Como boleiro tem que saber sair de marcação, fica a impressão de que o meia precisa melhorar. Por outro lado, a presença de mais jogadores capazes na armação pode ajudar a dividir a responsabilidade.

Com isso chegamos à nova contratação do time, o meia Morais. O jogador vinha em má fase em São Januário, mas o resto do time também não andava ajudando. Quem viu ele jogar diz que o rapaz é bom de bola. Espero que ajude. Com ele (se jogar bem) e a volta de Diogo Rincón, ficamos com três opções decentes no meio, além de Elias que não vem obrando muito bem (ele não era segundo volante na Ponte?).

Para o próximo jogo, contra o CRB, em Maceió, Mano Menezes terá que improvisar na lateral-esquerda, já que Saci e André Santos estão machucados. As hipóteses aventadas pelo nobre treinador são utilizar Denis ou Alessandro na esquerda ou ainda promover a reestréia de Marcelo Oliveira, que, também improvisado, jogava mais ou menos por aí quando começou no time principal no ano passado. Espero ver esse garoto jogando logo, para confirmar ou não a boa impressão que deixou em 2007.

Veja aí os gols de Corinthians 2 x 0 América RN:

Agora vai

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Começa na madrugada de amanhã a fase de quartas-de-final do torneio olímpico de vôlei feminino. Depois da interminável fase classificatória, duas equipes estão invictas: Brasil e Cuba. Ambas deram show e lideraram seus grupos com tranqüilidade. O Brasil está invicto até em sets. É favorito ao ouro.

Mas de nada adianta ter conquistado a classificação facilmente se o fim do caminho não for a final. Não dá para esquecer a semi final contra a Rússia na Olimpíada de Atenas. Aquela derrota está na cabeça dos torcedores até hoje. Com razão, diga-se. Para quem não lembra, o Brasil vencia o jogo por 2 sets a 1 e o quarto set por 24 a 19. Faltava um ponto, e elas não conseguiram. O Brasil também era favorito, e falhou. Hoje, quando se fala dessa equipe, o que mais ouço é: "ah, mas elas vão amarelar na decisão de novo".

Estou lembrando isso por obrigação, mas não acho, de maneira nenhuma, que isso vá acontecer dessa vez. Tem coisa que não se explica, mas esse time está com cara de campeão. Centrado, equilibrado e tecnicamente competentíssimo. Mas, mesmo que perca para o forte time de Cuba, por exemplo, na final, não vai ser por um apagão mental, tenho certeza. Vamo que vamo!

Já o time masculino contou com a ajuda da Polônia, que derrotou a Rússia por 3 a 2 na madrugada de hoje, para se classificar em primeiro lugar no grupo. Mesmo assim, acho que dessa vez os multicampeões vão cair. Rússia e EUA estão jogando muito, e o Brasil não está bem. Não boto fé, mesmo sabendo que eles crescem em momentos decisivos. E dessa equipe não dá para reclamar, dado o histórico interminável de conquistas.

Na praia, o vôlei também vai bem. No masculino, as duas duplas brasileiras (Ricardo/Emanuel e Márcio/Fábio Luiz) estão classificadas para as semis, e se enfrentam. No vôlei de praia acontece o mesmo que na Libertadores: times do mesmo país não podem fazer a final. Pelo menos uma medalha garantida.

Ah, sim, tem uma terceira dupla brasileira jogando as semis, Geor/Gia, naturalizados geórgios. E a situação aqui não é como a do Deco (lembrado o tempo inteiro como brasileiro durante as transmissões da Eurocopa). Eles só se naturalizaram para a Olimpíada mesmo. Não sabem nem o hino. Podem compor uma final brasileira. Não adianta nada para o quadro de medalhas, mas é curioso.

No feminino, a efêmera dupla Ana Paula/Larissa parou nas quartas sob o poder das americanas Walsh/May, atuais campeãs olimpícas. Agora, Renata/Talita enfrentam essa mesma dupla na semifinal. Pedreira. Mas elas já ganharam com alguma facilidade de Barnett/Cook, dupla que também ganhou de Ana Paula/Larissa. A vitória é possível, e se acontecer, o ouro fica quase parecendo fácil.

Serão possíveis quatro ouros?

Olé, Brasil. Auf wiedersehen, Alemanha

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O Brasil nunca havia ganhado da Alemanha no futebol feminino. Fez mais que isso, desclassificou o time teutônico da final olímpica com uma sonora goleada por 4 a 1.

O colega Glauco resumiu bem o que foi o jogo quando, ao falar do quarto gol, disse que estava xingando a Cristiane por não tocar a bola quando ela passou por quatro alemãs e tocou com classe, no cantinho, tirando da goleira.

Coisa de gênio, que a gente não está mais acostumado no medíocre futebol jogado hoje no Brasil. A gente sempre espera que um de nossos pernas de pau perca a bola ou toque para alguém do lado fazer um chuveirinho inútil na área.

E o gol de Cristiane não foi só o mais bonito da Olimpíada até agora. Para mim, ganha o prêmio de Gol do Ano, incluídos aí os feitos pelos marmanjos que ganham milhões de dólares na europa.

Mas o que chama a atenção nesse time, além das jogadas quase impossíveis de puro talento feitas principalmente por Marta e Cristiane, é que sabem tocar a bola, defendem-se bem, têm um time entrosado. Bem diferente do que acontece na seleção masculina, por exemplo.

Mesmo que percam a medalha de ouro na final, já valeu. Mas acho que esse time está com cara de ouro.

Como há muito tempo é difícil escrever, olé Brasil. Para a Alemanha, por falta de tchau, vai um auf wiedersehen. Agora, que venham as estadunidenses....

O 1 a 0 e nada de prazo de validade

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No segundo fim de semana Olímpico, eu nem consegui saber do jogo. Li, no Parmerista que a torcida se portou bem no 1 a 0 sobre o Coritiba, apesar de o gol de Alex Mineiro só ter saído aos 30 do segundo tempo, numa jogada bem tramada.

São sete pontos de diferença para o líder Grêmio.

Para ser sincero, fiquei sabendo do gol por causa de um vizinho palmeirense que sempre faz esse tipo de alerta. Valeu, vizinho!

Sandro Silva, Jumar e Evandro fizeram um meio de campo sólido à frente da vulnerável zaga de Jeci e Gladstone. Alguém afim de um estágio na zaga?

Apesar de Valdívia estar suspenso, ele já não figura na lista de desfalques. Vendido para o Herta Berlim, segundo consta, à vista, deixou a vaga para Evandro, numa formação mais defensiva, ou Denilson, se a proposta for pôr o time para frente. Mais dependência do que nunca dos laterais.

O que preocupa é ver Diego Souza titular absoluto jogando perto dos atacantes. Tomara que eu queime a língua e decida (note-se que não quero só que ele jogue bem).

E Celso Roth segue sem prazo de validade.

O fenômeno Isinbayeva e o papelão com Fabiana Murer

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Nos Jogos Olímpicos de "fenômenos", sem dúvida não pode faltar nessa galeria a russa Yelena Isinbayeva. Enquanto as adversárias saltavam para passar adiante na disputa, ela apenas se concentrava (ou dormia) embaixo de uma toalha.

Seu primeiro salto foi em 4,70 m, realizado quando a maioria de suas rivais já tinha sido eliminada. Foi direto para os 4,85 m e, àquela altura, somente a norte-americana Jennifer Stuczynski sobrevivia na competição. E foi de novo encoberta pela toalha que a russa (não) viu a medalha de prata falhar na tentativa de superar o sarrafo a 4,90 m de altura. Dois saltos e a medalha de ouro já era dela. Uma distância técnica estúpida em relação às demais.

Talvez relaxada pela conquista, precisou saltar três vezes para passar da marca de 4,95, novo recorde olímpico. Agora a meta era o recorde mundial. E conseguiu: 5,05 m. O público presente no estádio delirou, certo de que presenciava a performance de uma atleta pra lá de diferenciada.

Ela quebrou o recorde mundial pela vigésima quarta vez e pode superar outra figura mítica da modalidade e do esporte. O ucraniano Sergei Bubka quebrou por 35 vezes a maior marca do planeta na competição e, mesmo depois de ter abandonado o esporte em 2001, ninguém sequer se aproximou do seu recorde (6,14 m).

Murer e a vara sumida
Em uma prova onde a disputa de fato era pela medalha de prata, a brasileira Fabiana Murer tinha chances reais de medalha. Mas um fato inusitado praticamente acabou com suas chances na competição. Quando ia saltar 4,55 m, percebeu que uma das suas varas havia sumido.

Cada atleta traz seu próprio equipamento para o salto, e Murer tinha levado dez varas que foram entregues à organização. Justamente aquela apropriada para um salto maior havia sumido dentro do tubo onde deveria estar. Murer parou a prova, discutiu com fiscais, saiu totalmente do momento de concentração necessário para um saltador. Tentou 4,65 e por lá ficou. E sua melhor marca no ano, 4,80 m, poderia lhe garantir até mesmo a prata, já que a norte-americana saltou exatamente isso. Fato que entraria pro anedotário, se não valesse medalha olímpica.

Cachaça, economia, política e muita sacanagem!

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Propagandas de motel geralmente são bem humoradas. Mas algumas se superam, incentivando, por exemplo, a traição - e a manguaça (vide "cortesia")...


...ou tirando sarro das dificuldades econômicas...


...e dos percalços da política nacional...



...abordando práticas sexuais "heterodoxas"...


...ou então, a sacanagem é curta e grossa:

domingo, agosto 17, 2008

F-Mais Umas - Schumacher, Phelps e outros bichos

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CHICO SILVA*

Volta e meia uma dúvida toma meus miolos encharcados. E essa semana, graças ao descomunal Michael Phelps (à esqurda), ela voltou a me fustigar. Quem teria sido, independentemente da modalidade que pratica, o maior esportista de todos os tempos? É claro que essa é uma contenda sublinhada por critérios subjetivos e relativos. Pelo índice CS (Chico Silva), o eleito seria alguém que fez em seu esporte algo que nenhum outro esportista em nenhuma outra modalidade repetiu. Antes do golden boy de Baltimore, que além de água clorada aprecia outros líquidos (em certa ocasião chegou a ser preso por dirigir sob o efeito deles), eu tinha três outros nomes em mente.

O primeiro era Michael Schumacher (à direita). Nenhum piloto em tempo algum se aproximou dos recordes e números deste sisudo alemão que reescreveu a história da F-1 moderna. O segundo é o surfista Kelly Slater. Se Schumacher abocanhou sete títulos na F-1, o surfista americano conquistou oito no WCT, o circuito mundial de surf. Só que, enquanto Schumacher passa o tempo dando pitos na Ferrari e caneladas nas peladas, Slater ainda rema para o outside. Ele é o atual líder do circuito e dá vigorosas braçadas para o seu nono título mundial.

O ultimo nome da minha lista era Roger Federer (à esquerda). O suíço obteve os melhores resultados da história em um esporte que teve gênios como Rod Laver, Björn Borg, John McEnroe, Jimmy Connors, André Agassi e Pete Sampras, entre outros. Tudo bem que, ultimamente, anda tomando coça do touro espanhol Rafael Nadal. Mas ninguém conquista 12 Grand Slams e fica por quatro seguidos na liderança do ranking da ATP por acaso.

Porém, com o merecido respeito ao trio e a outros mitos que não citei aqui, como Pelé, Jesse Owens, Ayrton Senna, Nelson Piquet, Michael Jordan, Tiger Woods e etc, o que o tal do Phelps fez em Pequim é algo que talvez não vejamos outro ser humano realizar nesse negócio chamado esporte.

Um ricordo do comendador e um abraço ao tricampeão - A semana que passou trouxe duas datas importantes para aqueles que, como eu, gostam de F-1. No último dia 14, completaram-se 20 anos da morte do comendador Enzo Ferrari, o responsável pela criação do maior mito do mundo das corridas. E no domingo, 17, o gênio Nelson Piquet completou 56 anos. No início dos anos 80, Piquet foi sondado pela Casa di Maranello. Mas o tricampeão não pareceu muito interessado. Até mesmo desdenhou da equipe. Piquet chegou a dizer que os carros da escuderia rossa eram máquinas de moer carne. E devia ter alguma razão.

Gilles Villeaneuve morreu ao volante de uma Ferrari em Zolder, na Bélgica, em 1982. Poucos meses depois, o francês Didier Pironi quase teve o mesmo destino. À época líder do campeonato, Pironi sofreu um grave acidente durante os treinos para o GP da Alemanha, em Hocknheim (há um vídeo no youtube que mostra Piquet auxiliando no socorro ao colega). As declarações do tricampeão mundial despertaram a profunda ira do comendador e transformaram o brasileiro em persona non grata em Maranello.

*Chico Silva é jornalista, wilderista (fanático por Billy Wilder) e nelson-piquetista. Em futebol, 60% santista, 40% timbu pernambucano. Bebe bem e escreve semanalmente a coluna F-Mais Umas para o Futepoca.

Quando o Brasil...

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... nem parece o Brasil


E quando o Brasil é mais Brasil.


Cielo falou que o ouro era dele. E foi.
Diego declarou que preferia competir sob pressão. Mas não soube lidar com ela.

Como é difícil torcer para o Brasil em Olimpíadas...

Tristeza pega um ita no Rio e vai para a Bahia

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Ontem, João Valentão parou de brigar, Dora, Marina se calaram. Os pescadores não pegaram sua jangada e não voltaram para o mar. O Ita não saiu do norte. Nele, embarcou a tristeza no Rio e em Salvador foi parar, espalhando-se por todo o Brasil.

Morreu Caymmi, aos 97 anos. Um quase centenário fazendo músicas que ficaram por toda a vida. É bom lembrar que ele compunha para Carmem Miranda, passou pela bossa nova fazendo shows com Vinicius, composições com Tom.

Minha tristeza é pela morte de um dos gênios da MPB, sim. Mas mais da esperança de algo eterno. Sempre quando o mar estava revolto, havia Caymmi.

A sensação de que ele não duraria para sempre me abateu há cerca de dois anos. Num dos quadros idiotas do Faustão apareeu um daqueles meninos que ficam famosos por trinta segundos. Com 5, 6 anos, sei lá, gostava de cantar e tinha um sonho, conhecer o compositor baiano. A produção do programa o levou ao apartamento. Ele aparece na cama, com aparelhos, mas mesmo assim com sua lendária simpatia. Ali, talvez, tenha descoberto que nem Caymmi era eterno.

Hoje a morte vem confirmar.

Avoé Caymmi. Um dos gênios da MPB que tive o prazer de escutar.

"Cadê você, homem de Deus?
Com um tempo desse não se sai pro mar
Quem vai por mar, não vem"

sábado, agosto 16, 2008

O irmão mais velho de Michael Phelps

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O incansável trabalho jornalístico do Futepoca encontrou fortes indícios apontando que o pai de Michael Phelps pode ter visitado o Brasil há pouco mais de três décadas. O resultado estaria retratado acima. Isso comprova que ser um "fenômeno" não é algo exatamente genético...

sexta-feira, agosto 15, 2008

O que o dinheiro separa, só a cachaça pacifica

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Autores de algumas das canções mais executadas no mundo em todos os tempos, os ingleses John Lennon e Paul McCartney sempre procuraram manter o público alheio às suas (muitas) divergências nos tempos dos Beatles. Porém, depois que a banda acabou, em 1970, ninguém se preocupou mais em manter as aparências. Envolvidos numa briga ferrenha por dinheiro, John, Paul, George Harrison e Ringo Starr (ou Richard Starkey) só conseguiriam chegar a um acordo judicial e assinar a dissolução formal do grupo em dezembro de 1974. Nesse intervalo, porém, a guerra foi feia, muitas vezes descambando para a baixaria.

Em maio de 1971, Paul partiu para o ataque em seu álbum Ram. Na capa, aparece segurando um carneiro pelos chifres (no alto, à direita), numa referência velada ao período barbudo/cabeludo de Lennon - e muito menos velada ao fato de ter "conhecido" Yoko Ono, no sentido bíblico, muito antes do parceiro se casar com ela. Mais provocadora ainda é a contracapa, que traz uma pequena foto de dois besouros (beetles, em inglês) transando. E Lennon entendeu a maldade da canção Too many people, que tem versos como "Too many people preaching practices/ Don't let them tell you what you wanna be" ("Muita gente pregando práticas/ Não deixe eles lhe dizerem o que você quer ser"), em alusão aos discursos engajados de John e Yoko sobre política, paz e comportamento.

Lennon rebateu cinco meses depois, em outubro de 1971, no disco Imagine. A primeira resposta vem no encarte, que contém uma foto dele segurando um porco pelas orelhas (foto à esquerda). Já na letra de How do you sleep?, o soco é no estômago de Paul, sem rodeios: "The only thing you done was Yesterday/ And since you've gone you're just Another day" ("A única coisa que você fez foi Yesterday/ E desde que se foi, você é apenas Another day"), referindo-se a duas músicas, a última, bem bobinha, o primeiro grande sucesso de McCartney pós-Beatles.

A reconciliação aconteceu por acaso. Em março de 1974, Lennon estava separado de Yoko e tomando todas com o cantor Harry Nilsson e o baterista do The Who, Keith Moon, em Los Angeles, Estados Unidos. De passagem por lá, McCartney resolveu falar um oi ao ex-colega - e, óbvio, beber alguma coisa (acima, John, Keith e Paul juntos). Pois a dupla passou a tarde na praia, tomando umas e rindo das velhas histórias. A fase carneiro/porco foi esquecida e o clima ficou tão bom que eles terminaram fazendo uma jam session em um estúdio local, com Moon, Nilsson e Stevie Wonder, entre outros (gravação que virou um disco pirata: A Toot and a Snore in '74 ). Um belo exemplo da capacidade pacificadora da bebida alcoólica...

A vitória no último segundo

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Se muita gente ficou com raiva da partida contra a Hungria no handebol feminino, quando o Brasil sofreu o empate no último segundo da partida, ontem teve a oportunidade de viver o lado bom desse tipo de situação. Por 33 a 32, a seleção assegurou uma vitória histórica contra a Coréia do Sul, vice-campeã olímpica, o único páis não-europeu a conquistar medalhas na modalidade.

Depois da apresentação contra as húngaras, a derrota para a Rússia parecia fazer as meninas (e o torcedor) voltarem a um patamar inferior em relação às possibilidades da equipe. Ontem, contra uma seleção invicta e forte, não se esperava grande coisa. Mas desde o início as brasileiras jogaram de igual para igual, com uma forte marcação que evitava as jogadas de penetração das sulcoreanas. No final do primeiro tempo, o Brasil ainda conseguiu uma vantagem boa, indo para o intervalo com um 17 a 12, resultado espetacular.

Na segunda etapa, a Coréia do Sul voltou melhor, mas só foi de fato tirar a diferença e empatar na metade do tempo. Entre os 15 e os 20 minutos, não só empataram a partida como, depois disso, ficaram com duas jogadoras a mais em quadra por dois minutos. Você olha pra trás, vê o histórico das duas seleções e pensa: "já era".

Mas não foi. O Brasil marcou dois gols mesmo com a enorme desvantagem numérica e segurou a reação do adversário. A Coréia perdeu inclusive um tiro de sete metros, com Hong, que só entrava para fazer esse tipo de finalização. A partir daí, a seleção manteve uma vantagem de dois gols, que foi tirada justamente no fim. De novo, no último minuto, posse de bola das orientais. Depois de ter mantido a vantagem por quase todo o tempo, perder no fim seria castigo demais.

E a Coréia do Sul desperdiçou. O Brasil foi para o ataque e só foi parado com falta (algo absolutamente comum no handebol). Com uma atleta a mais, a seleção contou com a pontaria de Ana Paula que, no último segundo, desferiu o tiro certeiro contra o gol sulcoreano.

Uma partida pra lá de emocionante e uma vitória histórica. Mesmo tendo diferenças técnicas em relação à maioria das rivais, o time brasileiro compensa as deficiências com uma garra incomum, e que parece faltar à equipe masculina. Dá gosto de ver.

O herói Baloubet du Rouet

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Baloubet du Rouet concedendo uma entrevista à imprensa internacional

No auge de sua sabedoria, há milhares de anos, proclamava o Eclesiastes. "Debaixo do sol, observei ainda o seguinte: a injustiça ocupa o lugar do direito, e a iniqüidade ocupa o lugar da justiça."

Lembrei do dito quando vi um título em matéria do G1 sobre um dos maiores e mais mal cuidados ídolos do esporte tupiniquim. Baloubet du Rouet, o alazão de ouro. Diz o título: "Aposentado das pistas, cavalo Baloubet continua a render dividendos procriando". Mas a crueldade vinha logo abaixo, onde se lê: "Famoso pela refugada nas Olimpíadas de Sydney e campeão olímpico em Atenas, cavalo rende ao seu proprietário € 5 mil por ampola de sêmen."

Famoso pela refugada??? Trata-se do cavalo mais vitorioso da história da República. Foi simplesmente tricampeão da Copa do Mundo em 1998, 1999 e 2000, e, depois, campeão olímpico em 2004. Mas, ainda assim, querem lembrar do triste momento em que ele, como todos nós em diversas ocasiões, refugou três vezes e foi eliminado. Tal qual Pedro, que diante dos acusadores e ímpios romanos negou Cristo por três vezes, o nobre eqüino também se furtou a seguir adiante.

Mas como o apóstolo virou santo, mostrando sua recuperação moral, Baloubet também soube dar a volta pro cima. Sim, amigos, um exemplo de superação. Ele, que era a última esperança de ouro daqueles Jogos de Sidney, recebeu toda uma carga que não era sua. Ou alguém cobrava Luxemburgo e seu patético time que perdeu para Camarões com dois jogadores a mais? Alguém por acaso fala que Luxemburgo é o treinador que refugou na Austrália? Vejam a injustiça...

Ninguém acreditava naquele animal em 2004. Discutia com colegas de redação e afirmava que ele nos traria uma medalha. Não que eu apostasse em cavalos, nem no jockey nem na internet, mas acreditava que aquele ser de quatro patas poderia dar um exemplo a toda a humanidade.

E ele deu. Conquistou uma prata gloriosa. Mas logo viria a verdade. Para ganhar daquele obstinado, talentoso e astuto Baloubet, os adversários precisariam trapacear. Seu rival Waterford Cristal, montado por um irlandês, foi flagrado no exame antidoping e desclassificado. Nosso animal era ouro, calando os críticos e todos que ousaram difamá-lo durante quatro anos.

E hoje, aposentado, ele é vítima do espúrio capitalismo. Seu sêmem é vendido a peso de ouro, mas o pobre sequer pode cruzar com uma de sua espécie. "Se ele toma um coice da égua, corre o risco de ficar aleijado", explica seu dono, Eraldo Grilo de Souza, privando o herói dos prazeres da carne. Gerou 500 filhos pelo planeta, mas não pôde desfrutar do amor.

Como Sansão, o cavalo da Revolução dos Bichos, Baloubet serviu a uma causa que, ao fim, não era sua. E recebeu a ingratidão como companheira inseparável. Mas neste humilde espaço, recebe uma justa homenagem. Obrigado, Baloubet!

quinta-feira, agosto 14, 2008

Maluf e a sujeira na gestão da limpeza pública

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Mais encrenca para o deputado federal e candidato do PP à prefeitura de São Paulo: a 2ª Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça) concluiu que os contratos de limpeza pública no município, durante a gestão dos ex-prefeitos Paulo Maluf e Celso Pitta (foto), têm irregularidades que caracterizam improbidade administrativa e lesaram o erário público. Em 1993, ainda na gestão de Paulo Maluf, foi publicado edital de licitação para escolha de empresas responsáveis pelos serviços de limpeza na cidade de São Paulo. Segundo o STJ, em abril de 1995, as empresas CBPO Engenharia Ltda. e a Construtora Noberto Odebrecht S/A assinaram um contrato com valor superior a R$ 82 milhões. Seis meses depois, foi feito o primeiro termo de aditamento, que elevou magicamente o valor do contrato para mais de R$ 101 milhões. Durante a administração de Pitta, foram feitos outros 14 aditamentos, que elevaram o mesmo contrato para mais de R$ 162 milhões, majorando o valor final em mais de 93% do original(!).

O MP (Ministério Público de São Paulo) ajuizou uma ação civil pública, afirmando que os aditamentos desrespeitaram o artigo 65 da Lei de Licitações Públicas, que limita o valor dos termos de aditamento em 25% do contrato original. Além das empresas, o MP também denunciou Paulo Gomes Machado e José Reis da Silva, ex-diretores do Limpurb (Departamento de Limpeza Urbana de São Paulo), responsáveis pela assinatura dos aditamentos. O TJ (Tribunal de Justiça de São Paulo) aceitou a denúncia do MP e considerou que os aumentos no valor do contrato eram irregulares e que houve improbidade administrativa dos ex-diretores. Ainda de acordo com o STJ, eles deveriam ser punidos pelo artigo 12 da Lei n. 8.429, de 1992, que define as penas para agentes públicos em casos de enriquecimento ilícito. A sentença foi mantida em segunda instância e os réus recorreram ao tribunal. Impressionante...

PS.: Ri muito com o camarada Glauco me contando que Maluf disse ter sido "ousado" e "inovador" por ter colocado Pitta na prefeitura de São Paulo, "pela primeira vez, um negro e carioca". É o Malufão inclusivo!

Perder para o Vasco é simplesmente inadimissível

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A derrota do Palmeiras na estréia da copa Sul-Americana para o Vasco não tem justificativa nem explicação. Os 3 a 1 em São Januário, depois de uma descendente cruzmaltina no campeonato nacional é lamentável. Pior: o Palmeiras jogou muito pior e foi covarde.

Covarde porque só fez o primeiro gol depois de sofrer um. Depois de começar o jogo mal. Como se estivesse dormindo no jogo.

Os dois times entraram com reservas. Não fiz as contas de quantos suplentes entraram em cada lado para não ficar com mais vergonha.

Depois, no intervalo, quando voltou com Diego Souza, o meia titular, o time piorou ofensiva e defensivamente.

No fim do primeiro tempo e em todo o segundo, apesar de ter mais posse de bola, se mostrou covarde, porque não conseguiu ou não quis ir para cima.

Nem quero ouvir o que o Luxemburgo vai falar. E ainda tive que ouvir o Neto dizendo que a diferença do técnico é pôr o time para cima do adversário mesmo jogando fora de casa.

Ridículo.

Até ia escrever sobre Kléber perseguido depois de ter construído sua reputação de cotovelo maluco e vítima de um golpe de capoeira, mas francamente fica para depois.

quarta-feira, agosto 13, 2008

Me esquerda que eu gosto! - Anistia e Fosfosol

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DIEGO SARTORATO*

O ministro da Justiça, Tarso Genro, do PT (foto), disse - e tratou de desdizer rapidinho - que defende punição contra os torturadores do regime militar. Apesar da generosidade da Lei da Anistia (a popular "lei do deixa disso", decretada e sancionada pelo general João Batista Figueiredo), que absolve todos os culpados de crimes políticos cometidos entre 1961 e 1979, existe o entendimento (inclusive da própria ONU) de que mandantes, autores e cúmplices de crimes contra a humanidade não podem julgar e absolver a si mesmos.

Por isso, mesmo sem querer, o ministro acabou nos prestando o grande serviço de evidenciar mudanças alarmantes no espectro político brasileiro. Sabonetando o máximo que puderam, dois deputados federais de partidos idealizados e fundados por inimigos viscerais da ditadura refutaram na punição aos torturadores. "Se sairmos agora caçando as bruxas, vamos procurar chifre em cabeça de cavalo", esquivou-se Pompeo de Mattos (PDT), presidente da comissão de Direitos Humanos e Minorias. "A Anistia é o esquecimento, é como se os fatos não tivessem acontecido para ambos os lados: aqueles que, em nome do governo, praticaram torturas ou crimes conexos; e aqueles que atuaram pelo lado da guerrilha. É como se nós passássemos uma borracha completamente naquilo", emendou Marcondes Gadelha (PSB), presidente da comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional.

Pacificar o país é uma coisa. Fingir que nada nunca aconteceu, como sugerem indiretamente os dois parlamentares "de esquerda", é outra. Assim, a gente só faz permitir que os culpados continuem a acumular cargos eletivos pelo país, como se nunca tivessem sujado as mãozinhas. Falsidade ideológica também é golpe.

Diego Sartorato é jornalista, corintiano e bebe vodca Zvonka. Filiou-se ao PCdoB, trabalha para o PT e simpatiza com o PCO. Escreve esta coluna para o Futepoca porque às vezes desconfia que não foi boa coisa "ser gauche na vida". "Mas é melhor que ser direitoso", resume.

Contratações erradas que deram certo

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Todo mundo - eu inlcusive - riu da cara do Inter quando o Colorado anunciou a contratação de Gustavo Nery. Mas o futebol é doido, a gente sabe. Vai que o cara joga bola por lá?

Estive pensando sobre isso hoje e lembrei de uma série de exemplos que personificam bem o título desse post: as contratações erradas que dão certo, aqueles negócios bizarros que um time faz, recebe ataques de tudo quanto é lado, e aí inexplicavelmente o sujeito atacado passa a mostrar um bom futebol.

Vamos a alguns exemplos. Em 2005, o São Paulo disputava a Libertadores quando seu principal atacante, Grafite, sofreu uma lesão séria. Para repor a perda, o Tricolor do Morumbi recorreu a Amoroso - que havia sido, indiscutivelmente, um baita jogador, mas passava por um momento de vacas magras e contusões sérias. Tudo isso foi esquecido quando ele foi um dos principais atletas do time campeão sul-americano e mundial daquele ano. E lembrado, com todas as forças, quando o mesmo Amoroso fez fiasco com as camisas de Corinthians e Grêmio...

Falando em Grêmio, o tricolor gaúcho é expert nisso. Roger, ex-Flu, Fla e Corinthians, vinha tendo um ótimo 2008 no Olímpico antes de ir para o "mundo árabe", contrariando tudo o que se dizia a seu respeito. E no ano passado, o lateral-esquerdo do time vice-campeão da Libertadores era ninguém menos que Lúcio, que saiu escurraçado do Parque Antarctica e teve uma passagem nada memorável pelo São Paulo.

Mudando de estado, o Vasco tem hoje em Leandro Amaral seu principal atacante. Este rapaz é um exemplo prático e ao quadrado da regra. Quando o Vasco o contratou, em 2006, ele estava mais em baixa do que a moral do atual elenco do Santos. Despontara como revelação na final da década de 1990, viveu seu momento "agora vai!" indo para a Europa, voltou para o Brasil e vestiu as camisas de Grêmio, Palmeiras, Corinthians e São Paulo sem nenhum brilho. Retornou à Portuguesa que o revelara e foi tão mal quanto o restante dos companheiros, naquela terrível fase pré-Benazzi da Lusa. Aí o Vasco o contrata. De repente ele reaprende o bom futebol que o levou à seleção e o tornou o maior artilheiro do estádio do Canindé! O bom momento faz com que ele seja contratado pelo Fluminense como um dos principais reforços para 2008; mas um imbróglio judicial o leva de volta ao Vasco. "Ele vai jogar desmotivado", "sem clima com a torcida", "não terá ambiente pra desenvolver seu futebol"... e tá aí, fazendo gols a torto e a direito.

E vocês, leitores, lembram de mais exemplos que poderiam ilustrar essa tese?

Segundo pastor, Xuxa vendeu a alma ao diabo

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Caros leitores, eis que alguém vem fazer uma revelação divina: a apresentadora Xuxa Meneguel é adoradora de satanás. É o que garante o “polêmico” pastor brasileiro radicado em Los Angeles Josue Yrion. Segundo ele, “estamos brincando com coisas sérias”, ao se referir a inúmeras figuras aparentemente inocentes do universo infantil e que possuem estreita relação com o diabo.

Yrion foi destaque no site noticioso de duvidosa reputação na Argentina MinutoUno e repercutiu também no ex-todo poderoso soviético Pravda. Tudo porque muitos hermanos estão recebendo hoje por e-mail o vídeo no YouTube do fervoroso seguidor de Deus pregando contra a Rainha dos Baixinhos, que foi publicado na verdade em fevereiro de 2007. O nome Xuxa, de acordo com ele, "é o nome de dois demônios brasileiros, O-xu e Ori-xá"*.

No vídeo, Yrion, em um “inglesol” (mistura de inglês com a língua de Cervantes), denuncia que Xuxa vendeu sua alma ao capeta por cem milhões de dólares e que doa seu rubro sangue duas vezes por ano para a igreja de Satanás em São Francisco. Ele não revela se conseguiu essas informações com o próprio coisa ruim, que teria tido um rompante de sinceridade, diferentemente de seu concorrente Daniel Dantas, que teima em ficar calado**.

Mas quem acha que apenas a brasileira está aliada ao anjo caído do céu, peca (arre!) pela ingenuidade. Outras figuras aparentemente inocentes do imaginário infanto-juvenil fazem propaganda subversiva. Homem Aranha, que forma os chifres do cramulhão quando lança suas teias (?) é outro agente das forças malignas. Assim como os Simpsons, o boneco bizarro Barney (que teria inclusive assassinado uma criança) e personagens Disney.

Portanto, cuidado com o que seu filho anda brincando. Ou mais cuidado ainda com as igrejas que você freqüenta...

*Oxu, no candomblé, faz a intermediação entre o iniciado e seu orixá, a divindade da religião.
**A outros órgãos de imprensa, a assessoria da apresentadora se negou a responder ao pastor, o que mostra um pingo de bom senso. Procurado, Daniel Dantas não comentou as acusações.

O maior de todos

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Michael Phelps está quase lá. Faltam apenas 3 das 8 provas em que o americano é favorito ao ouro em Pequim. Das cinco primeiras, venceu todas. Mesmo que perca todas as provas daqui em diante, ele já é o maior atleta da história dos Jogos Olímpicos modernos, com 11 ouros.


A única prova em que Phelps foi ameaçado foi o revezamento 4x100 livre, a disputa mais emocionante na natação até aqui. A equipe da França liderava com vantagem de 0,8 segundos até a última virada, mas o último nadador dos EUA, Jason Lezak,conseguiu uma recuperação que parecia impossível e ganhou a prova na última braçada. Foi sensacional. Phelps comemorou essa medalha mais do que todas as outras.

Comecei a Olimpíada torcendo um pouco contra o Phelps. Mas não dá mais. Agora eu quero mais é que ele bata todos os recordes mesmo. Pelo menos estou presenciando um momento historico.

Amor antigo, mas duradouro

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Quando ninguém mais se lembrava do velho volante Vampeta (os três V são involuntários), eis que o meia alagoano Souza (foto) ressucita a memória do desafeto baiano na mídia. Jogando hoje pelo Grêmio e referindo-se ao clássico gaúcho que será disputado pela Copa Sul-Americana, o ex-são-paulino disse que não tem mote para provocar os rivais. "Se o Vampeta jogasse no Internacional, ainda dava. Mas ele está lá no cafundó do Judas", argumentou, resgatando uma - tola e - velha polêmica entre os dois.

Há poucos meses, quando ainda jogava pelo Paris Saint-Germain, Souza já havia cutucado Vampeta durante visita aos ex-colegas tricolores no CT da Barra Funda, em São Paulo: "O Vampeta já derrubou tantos times que ninguém está sentindo muita falta dele. Os times estão querendo distância do Vampeta, pois sabem que se quiser cair, é só chamar o Velho Vamp", provocou, referindo-se à sina de rebaixamentos do "inimigo". Pra mim, essa fixação é amor enrustido - e antigo. Mas fiquei curioso, pois pesquisei e não achei: em qual "cafundó do Judas" o Vampeta está? Ele ainda joga?

Interesses da coletividade ou das empresas?

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O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes (foto), adiantou ontem que pretende concluir ainda neste ano a votação do mérito da Adin (Ação de Inconstitucionalidade) contra a lei seca, segundo integrantes da Frente Parlamentar do Trânsito Seguro. O ministro estaria preocupado com "interesses da coletividade". Mas digamos que seja uma "coletividade privada": a constitucionalidade foi questionada pela Abrasel (Associação Brasileira de Restaurantes e Empresas de Entretenimento). A lei pune quem dirige com qualquer quantidade de álcool no sangue e impede a venda de bebidas nas áreas rurais de rodovias federais.

terça-feira, agosto 12, 2008

No butiquim da Política - O grande debate

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Debate. O pior da campanha política começou. Tanto se fala. Tanto se reúnem as equipes dos candidatos à prefeitura. Tanto se faz exigências, que distraidamente a gente começa, sem perceber, a acreditar. Vamos tomar um banho de civilidade. Tanto se toca em comportamentos éticos, tanto se fala em respeito aos oponentes, tanto se diz sobre a autoridade dos entrevistados, que a gente esquece que, entra campanha, sai campanha, com pompas de moralidade, e nada acontece.

O debate deveria ter respeito pelo eleitor, sim o eleitor. Os candidatos fazem uso do marketing, estão preocupadas apenas em se beneficiarem do espetáculo. Veste-se o apresentador de autoridade. A empresa está salva. O esclarecimento à opinião pública até pode acontecer. A beleza plástica. Os cabelos, os ternos, os vestidos ficaram bem, está tudo em harmonia com o cenário. A produção está perfeita, diz o diretor do debate. O espetáculo vai começar. Vamos ao debate, instrumento maior da democracia. Vamos nos arrumar nas cadeiras.

As informações começam a surgir, o debate vai trazer esclarecimentos, é o que se presume. Agora vamos construir mais um pilar da democracia. Ledo engano. Com o modelo de debate que aí está, o desrespeito ao eleitor começou. Cada candidato, polidamente, e não poderia ser diferente, fala o que bem entende. Todos olhamos perplexos as sandices. Nem pra papo de boteco serve. Butiquim que é butiquim, nas conversas, tem viagens e imaginações à vontade sobre ações factíveis. Mentira é inadmissível. O papo rola. Alguém observa: parece que eles tomaram todas. O outro completa: "-Não, é que eles não têm respeito nem por eles próprios".

"-Mas sabe que a rapaziada tem razão?", penso com meus botões. Debate pelo debate não esclarece. Afinal, debate político presume esclarecimento aos eleitores. Nossa democracia tem costas largas, aceita espetáculo como esclarecimento. Deixemos os "tantos". Aliás, no butiquim não temos que achar nada, temos que lembrar da primeira frase do samba de Noel Rosa e Vadico, Feitio de Oração que diz: "Quem acha vive se perdendo...".
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*Clóvis Messias é dirigente do Comitê de Imprensa da Assembléia Legislativa de São Paulo e escreve semanalmente para o Futepoca.

Aí vem o desespero.... machucando o coração

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Sacada do blog do Peixe-Palhaço... impagável.

Nota: depois de contratar um reserva do Vitória (Bida), outro do Palmeiras (Wendel), Marcelo Teixeira tenta um do São Paulo (Jeancarlos). Vamos bem.

Vem aí a coluna "Me esquerda que eu gosto!"

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De vez em quando, nós, do coletivo Futepoca, somos acusados de ser "de esquerda". Tudo bem que, de certa forma, já assumimos isso no Quem escreve: "Na política, sem tanta homogeneidade, todos pendem para a esquerda". Mas também não somos assim tão panfletários, radicais ou intransigentes. Prova disso é que estrearemos amanhã uma nova coluna de política, a "Me esquerda que eu gosto!". O responsável será o jornalista - e corintiano - Diego Sartorato, 22 anos (foto). Ele já filiou-se ao PCdoB, trabalha para o PT e simpatiza com o PCO, mas gosta mesmo é de discordar de todos eles. "O problema da esquerda brasileira é a má companhia", sentencia Sartorato. "A que governa chegou lá com uma coligação balaio-de-gato embaixo do braço. A que faz oposição, vira e mexe, se une com tucanos, demos e outros bichos esquisitos. E a que tá de fora de tudo resolveu não ter companhia nenhuma. Ou seja: cada um na sua, enquanto a direita se une pra estar em todas", completa. Nosso novo colunista nasceu em São Bernardo do Campo (SP), berço político do presidente Lula, e formou-se na Universidade Metodista. Em sua região, trabalhou no ABC Repórter, no Diário do Grande ABC e no ABCD Maior, além de atuar como voluntário no jornal do Grito dos Excluídos, no Vozes da Saúde Mental e no informativo da creche Fraterno. Atualmente, é assessor de campanha eleitoral em Santo André (SP) e tenta viabilizar um projeto de Ponto de Mídia Livre no ABC. Diego, assim batizado por ter nascido durante a Copa do México, na qual brilhou Maradona, tem características "vermelhas" insuspeitas: gosta de vodca Zvonka, está tentando aprender o idioma russo e aprova as curvas da tenista Maria Sharapova. É daqueles ateus praticantes. "Mas não como criancinhas", rebate, sem muita convicção.

segunda-feira, agosto 11, 2008

Grandes emoções no handebol feminino

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Até agora, o jogo mais emocionante em esportes coletivos que contaram com a presença do Brasil foi a partida contra a Hungria, no handebol feminino, disputada na madrugada de hoje. Claro que o massacre da seleção feminina de vôlei contra a Rússia, uma das favoritas, foi o resultado mais comemorado, mas o jogo das meninas do hand foi épico.

Com uma atuação esplendorosa da central Anita Görbicz (à direita), a seleção húngara conseguiu terminar o primeiro tempo com 5 gols de vantagem, 17 a 12. Parecia tudo perdido e restaria às brasileiras apenas diminuir a diferença do placar desfavorável. Mas o treinador espanhol Juan Oliver acreditou e adotou o sistema 3-3, com uma marcação mais agressiva. Aí apareceu a estrela da brasileira Duda Amorim (abaixo, à esquerda), artilheira da equipe na partida e logo veio o empate em 17, algo impensável segundo as circunstâncias.

Daí pra frente, o Brasil permaneceu sempre atrás no placar, empatando de quando em quando. Mas, a três minutos do final, passou a frente e chegou a abrir vantagem de dois gols. Uma tensão anormal até o fim e, no último segundo, a Hungria conseguiu empatar em 28 a 28. Sabor de vitória para elas, mas o empate mostrou que a seleção tem potencial e pode até surpreender se conseguir manter o alto nível da partida de hoje.

As húngaras foram vice-campeãs olímpicas em 2000 em uma modalidade onde o domínio europeu é mais que evidente. Das 30 medalhas distribuídas até hoje no masculino apenas uma foi para um país de fora do continente: Coréia do Sul em 1988. Porém, é no feminino que as sul-coreanas mostram mais força. São dois ouros (1988 e 1992) e três pratas, incluindo a última edição dos Jogos, quando foram derrotadas na final pela Dinamarca (atual tricampeã mas que não conseguiu vaga para Pequim). E as orientais estão no grupo do Brasil junto com a Rússia, atual campeã mundial.

O grupo brasileiro é complicado, mas dá pra pensar em ficar entre as quatro classificados e pelo menos repetir a colocação de Atenas, sétimo lugar.

Corinthians perde e vê liderança ameaçada

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O Corinthians foi derrotado no sábado pelo Vila Nova, time de Túlio Maravilha, por 2 a 1. O artilheiro, no entanto, não fez nenhum.

O Timão jogou mais ou menos bem no primeiro tempo, criando algumas chances de gol e pressionando, principalmente no início. Cedeu espaço a partir de uns 20 minutos e o time goiano equilibrou o jogo, abrindo o placar aos 33 min. com Alex Oliveira.

No segundo tempo, o Corinthians voltou com Denis no lugar de Carlos Alberto e Saci no lugar de Eduardo Ramos. O empate saiu em chute de fora da área de Douglas, logo aos 3 minutos.

Mano Menezes resolveu mexer de novo, não sei se para tentar jogar no contra-ataque, e tirou Herrera para a entrada de Diogo Rincón. O time perdeu em ofensividade (o argentino vinha fazendo boa partida) e passou a ser pressionado pelo Vila Nova.

Aos 30 minutos, Wellington Saci se machucou. Como as substituições já tinham acabado, teve de ficar fazendo número em campo. O Corinthians se defendeu quanto pode, mas tomou o gol de Pedro Júnior aos 43 minutos.

Felipe ainda fez uma bela lambança numa saída do gol sem sentido, quando dividiu com o zagueiro William e meteu a mão na bola fora da área, sendo expulso de forma tosca. Com isso, não pega o Avaí, adversário dessa terça, bem como Fabinho, que recebeu o terceiro amarelo, e Saci, machucado. Quem vencer leva o título simbólico de campeão do primeiro turno e uma vantangem sobre o rival na briga pelo título. Pedreira.

Ketleyn faz história

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A primeira medalha brasileira nos Jogos de Pequim, bronze conquistado pela peso leve Ketleyn Quadros, significou a quebra de dois tabus: foi a primeira conquista feminina do judô nacional em Olimpíadas e também a primeira medalha individual conquistada por uma mulher brasileira. De quebra, com a medalha de Leandro Guilheiro, o judô empatou provisoriamente com a vela como o esporte que mais deu medalhas olímpicas ao Brasil, 14.
EFE
Ketleyn, que não estava na lista dos favoritos a medalhas, surpreendeu o país. Com apenas 20 anos, tem a promessa de várias Olimpíadas pela frente. Que seja o começo de uma bela caminhada olímpica. E tomara que seu sucesso inspire as brasileiras favoritas - Jade Barbosa, Mauren Maggi, Fabiana Murer e até Daiane dos Santos - a também subir no pódio.

F-Mais Umas - Quando papai saiu para pilotar

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CHICO SILVA*

Amigos e amigas, volto a ocupar esse nobre espaço. Ainda pegando carona no Dia dos Pais, lanço aqui um desafio para os meus cinco leitores (seriam tantos assim?): gostaria de saber qual é, na opinião de vocês, a melhor dupla de pilotos pai e filho da história da Fórmula 1. Obviamente, os critérios de avaliação são subjetivos. É geneticamente impossível compará-los utilizando os métodos convencionais, pois correram em épocas diferentes e com carros muito distintos. Filho do melhor piloto brasileiro de todos os tempos, Nelsinho Piquet é o 13º herdeiro a seguir as aceleradas do seu genitor. O primeiro a ter algum sucesso foi o alemão Hans-Joachim Stuck (acima). Nos anos 1970, o filho do lendário Hans Von Stuck, um mito das corridas de montanha e piloto dos primórdios da F-1, até conseguiu alguns pódios. Mas ficou a léguas do seu velho.

Outro que ficou longe do pai foi David Brabham (à esquerda), filho do tricampeão Jack Brabham. Nos anos 1990, David fez duas temporadas, uma pela equipe que leva seu sobrenome (e que foi fundada por seu pai), e outra pela Simtek, que ficou macabramente famosa por ser a equipe de Roland Ratzemberger, o austríaco que foi deste para algum lugar na véspera do acidente fatal de Ayrton Senna, em Ímola, 1994. Melhor sorte tiveram Jacques Villeuneuve (abaixo) e Damon Hill, respectivamente filhos do maluco genial Gilles Villeneuve e do inglês bicampeão mundial Graham Hill. Villeneuve e Hill Junior foram campeões do mundo ao volante da Willians nos anos 1990. Hill, inclusive, é até hoje o único campeão filho de campeão do mundo da história da F-1. Este colunista torce para que Nelsinho seja o sócio número 2 deste restritíssimo clube e aproveita a ocasião para fazer um brinde aos pais, pilotos ou não, que visitam esse blogue.

Abaixo, seguem mais alguns exemplos dessa parceria que ultrapassa os limites da relação entre pai e filho. Antes de terminar, peço para que não deixem de votar na sua dupla favorita. Até a próxima.

Wilson e Cristian Fittipaldi
Mario e Michael Andretti
Keke e Nico Rosberg
Satoru e Kazuki Nakajima

*Chico Silva é jornalista, wilderista (fanático por Billy Wilder) e nelson-piquetista. Em futebol, 60% santista, 40% timbu pernambucano. Bebe bem e escreve semanalmente a coluna F-Mais Umas para o Futepoca.

Retranca à queijo suíço

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No jogo do Palmeiras, quem se deu bem foi o Botafogo. O time de Vanderlei Luxemburgo voltou a praticar uma retranca ao jogar fora de casa. Mas retranca que deixa Zé Carlos livre para cabecear no cruzamento preciso de Jorge Henrique, não resolve. Isso porque Gustavo, o zagueiro titular, voltou para compor a defesa com Jeci.

A maldade do título, raiva de torcedor, é só por isso.

Foto: Almare


O Botafogo conquista sua quarta vitória consecutiva após a fase negra que teve com Geninho. Curioso é que Leandro Guerreiro, volante, foi substituído pelo autor do gol, que é meia, o que pôs a estrela solitária mais para frente.

O gol saiu aos 34 do segundo tempo. Os visitantes fingiram que iam tentar o empate, mas bem pouco efetivos.

Evandro, que foi bem contra o Vitória, foi substituído por Diego Souza, mas deve voltar a jogar contra o Coritiba, porque Valdívia tomou o terceiro cartão amarelo por reclamação. É a terceira partida de ausência motivada por cartões amarelos.

Nada carrinhos nem palavras nas atuações do chileno. Como foi convocado por Bielsia para a seleção vermelha para amistoso contra a Turquia – e deve ser mantido para as eliminatórias – o meia pode ficar três semanas ou até um mês.

Mas no meio de semana tem o Vasco, pela Sul-Americana.

Meio título
No primeiro fim de semana de competições em Pequim, houve festa no estádio do Grêmio. A goleada sobre o Atlético garante o primeiro turno para o tricolor gaúcho.

O Cruzeiro perdeu para a Lusa, o que abre cinco pontos de vantagem para o líder. O terceiro, Palmeiras, está a sete pontos.

cinco meses, quem apostasse no Grêmio estaria acreditando em zebra. Até quando ela dura?

Hoje, meu palpite é de que não acaba tão cedo. Os primeiros jogos do segundo turno são, em casa, o São Paulo, no Maracanã, o Flamengo e, nos Aflitos, o Náutico. Com quatro e sete pontos de vantagem à frente dos rivais.

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Corrigido às 17h do dia 11