Destaques

sexta-feira, janeiro 16, 2009

Soninha assume subprefeitura na segunda-feira

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DIEGO SARTORATO*

Num bate-papo exclusivo, a vereadora de São Paulo Soninha Francine (PPS) fala sobre o Futepoca e a iminência de assumir a Subprefeitura da Lapa:

FUTEPOCA - Soninha, vimos que foi você quem fez a indicação do Futepoca ao prêmio The Bob's. Você é leitora do blogue?
Soninha - Sim, e sou leitora desde bem antes do The Bob's, leio desde que começou. Como a vida é muito corrida, não consigo ler tudo o que gostaria, mas estou sempre dando uma espiada. Eu conhecia um dos rapazes que participava no começo, acho que era Eduardo (provavelmente, o colaborador Eduardo Maretti). Não me lembro.

FUTEPOCA - E você gosta do blogue?
Soninha - Gosto, gosto bastante. O pessoal lá é de esquerda, né?

FUTEPOCA - Falando em esquerda, você deve assumir em breve a Subprefeitura da Lapa, por indicação do prefeito Gilberto Kassab (DEM). Já está tudo certo?
Soninha - Sim, estive visitando o prédio e conversando com o pessoal. Tudo indica que segunda-feira (19 de janeiro) tomo posse, a não ser que aconteça um puta imprevisto, mas não acredito nisso (risos).

FUTEPOCA - E como fica isso, de você, identificada com a esquerda, assumir uma subprefeitura em um governo do DEM, ex-PFL? Você tem sido criticada por isso.
Soninha - O DEM tem uma posição política da qual eu discordo. No segundo turno, não fiz campanha para o Kassab porque não me senti confortável em fazer campanha pelo candidato do DEM, embora ainda aprove a decisão do meu partido de permanecer na oposição ao PT. Mas a gestão pública não é uma gestão partidária. Uma enfermeira de hospital público filiada ao P-Sol teria que se demitir porque o prefeito da cidade é do PSDB? Claro que não. Eu quero o poder. O poder de fazer o possível. Por isso aceitei esse cargo executivo, e o pessoal de esquerda lá do bairro ficou super feliz com a minha nomeação, porque eu vou dar atenção às calçadas, à acessibilidade, questões importantes. Imagina se o nomeado fosse um linha dura...


*Diego Sartorato é jornalista, corintiano, comunista, pró-palestinos, apreciador de 'vodka' Zvonka e colaborador bissexto do Futepoca.

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Acidente com Brasil de Pelotas: três mortos

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Um acidente na noite passada com o ônibus que levava os jogadores do Brasil de Pelotas de volta para a cidade, depois de ter disputado amistoso contra o Santa Cruz, de Vale do Sol (RS), provocou pelo menos tês mortes.

Os corpos do centroavante Cláudio Milar (foto, à direita, junto com o goleiro Danrlei), do treinador de goleiros Giovani Guimarães e do zagueiro Régis Gouveia serão velados hoje no gramado do Estádio Bento Freitas, em Pelotas. 

Segundo informações do ClicRBS, Por volta das 23h30min, o ônibus que levava o time de volta a Pelotas tombou e caiu em um barranco de cerca de 40 metros a 50 metros, o equivalente a um prédio de 15 andares. O acidente ocorreu no anel de acesso à BR-392, quando ela se encontra com uma rodovia estadual, a RST 471. 

O conhecido goleiro Danrlei, ex-Grêmio e Atlético-MG, foi um dos outros 23 feridos, mas não sofreu nada grave.

quinta-feira, janeiro 15, 2009

Manguaças no Cinema: Doc Holliday, o amigo tuberculoso de Wyatt Earp

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Aproveitei as horas de ressaca entre as bebedeiras do final de ano para rever alguns filmes de que gosto muito. Tem clássicos, filmes mais ou menos que eu curto e outros trens mais variados. Neles, percebi um ponto em comum: sempre tem pelo menos um personagem manguaça na trama. Assim, decidi falar de alguns aqui.

O escolhido para iniciar a série foi Doc Holliday, do filme Tombstone – A Vingança está Chegando (aqui tem um link em português da Wikipedia), versão de 93 para uma das muitas histórias contadas e recontadas a respeito do xerife Wyatt Earp, lenda do velho oeste estadunidense. Aqui, o homem da lei é interpretado por Kurt Russel, em papel que também foi de Kevin Costner, Burt Lancaster, James Garner, Randolph Scott, Henry Fonda e outros (há filmes sobre Earp desde 1934). Talvez seja a única interpretação próxima de convincente na carreira do ator, além, é claro, do policial Gabe Cash, do inigualável Tango & Cash (Tango era Silvester Stalone, outro gênio da interpretação).

Doc Holliday foi jogador profissional e temido como um dos pistoleiros mais rápidos da época. Val Kilmer encarna o pistoleiro (que já foi vivido por Kirk Douglas e Victor Mature), numa interpretação que me fez achar que ele viria a ser um grande ator. Holliday, segundo a Wikipedia, era dentista de formação, mas, por algum motivo, começou a perder muitos clientes após contrair tuberculose. Percebeu que poderia ganhar mais dinheiro como jogador de cartas do que exercendo sua profissão. Como decorrência da convivência em bares e congêneres numa época em que o revólver era tido por muitos como saída digna para a resolução de conflitos, passou a pistoleiro. Homem culto, faz citações em latim durante discussões em saloons. O álcool que consome em grande quantidade serve para controlar a tosse constante causada pela tuberculose (claro que o cigarro que sempre tem consigo não ajuda nesse objetivo).

A história do filme é sobre a chegada dos irmãos Earp (Wyatt, Virgil e Morgan) e suas famílias à cidade de Tombstone, onde encontram Doc. O irmão famoso está procurando se afastar da vida de xerife e se tornar um pacato dono de bar. A cidade é dominada, com a conivência do xerife, por um bando conhecido como os Cowboys, liderados por "Curly Bill" Brocius e pelo violento pistoleiro Johny Ringo. em pouco tempo - e contra a vontade de Wyatt - Virgil Earp, o irmão mais velho, decide se tornar xerife e entra em choque com os Cowboys, causando o episódio da Troca de Tiros no Curral O.K. que descobri ser considerada o mais famoso episódio do tipo do velho oeste.

Mais tarde, a disputa entre os homens da lei e o bando leva à morte de Morgan Earp, o caçula. Esse é o início de outro epísódio famoso, a Vingança dos Earp, em que um pequeno grupo liderado por Wyatt Earp e Doc Holliday ataca os Cowboys, muito mais numerosos. Holliday, com a tuberculose cada vez mais avançada, segue Wyatt Earp nessa caçada quase suicida. Em certo momento, um outro participante da cruzada pergunta a Hollyday porque ele decidiu participar. Com o rosto suado e pálido por conta da doença, ele responde seco: “Wyatt Earp é meu amigo”. O outro, espantado, retruca: “Bom, eu tenho muitos amigos…”. “Eu não”, finaliza o pistoleiro manguaça. Grande personagem em um bom bangue-bangue moderno.


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Tomar las (bebidas?) de Villadiego

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Recentemente, o colega de trabalho Jesus Carlos (não é aquele) contou pra gente sobre Villadiego (à direita), município feudal da província espanhola de Burgos, comunidade autônoma de Castela e Leão, onde vivem seus pais. A população não chega a 2 mil habitantes e, segundo Jesus, vem baixando sistematicamente. O local ficou famoso por inspirar o dito popular "Tomar las de Villadiego", ou "Tomar as de Villadiego", que significa fugir, sair em disparada por algum imprevisto ou perigo. A expressão aparece em várias obras célebres da literatura espanhola, inclusive em "Dom Quixote de La Mancha", de Miguel de Cervantes, publicado em 1605.

No capítulo 21 da 1ª parte da obra, Quixote diz que o barbeiro, depois de ser derrubado de seu asno, "pôs os pés em polvorosa e pegou as de Villadiego" ("puso los pies en polvorosa y cogió las de Villadiego"). Cervantes (à esquerda) voltaria ao dito em "La gran Sultana", de 1615, quando Madrigal diz: "Porei os pés em polvorosa e tomarei as calças de Villadiego" ("Pondré pies en polvorosa y tomaré las calzas de Villadiego"). Essa versão mais completa, com referência às calças, ajuda a explicar a origem do dito. Porque "tomar as de Villadiego" poderia significar qualquer coisa: tomar as estradas de Villadiego, as portas, as malas, as cavalarias etc.

Mas a história mostra que o sentido correto é "tomar as calças", mesmo. No século 13, o rei Fernando III, o "Santo" (à direita), deu privilégios aos judeus de Villadiego, proibindo que fossem presos. Isso porque, na Idade Média, eles sofriam muitas perseguições na Espanha de catolicismo fervoroso, por trabalharem com usura. Só que, para obter o salvo-conduto e se refugiar em Villadiego, cada judeu era obrigado a levar um distintivo especial, para mostrar que estava sob a proteção do rei. E esse distintivo era justamente uma calça amarela. Por isso, quando alguém precisava fugir, dizia-se que tinha que "tomar as (calças) de Villadiego".

A primeira referência a esse dito popular apareceu em "Celestina", de Fernando de Rojas (à esquerda), em 1499. No segundo ato, Sempronio diz a Parmeno: "Lembre-se de, na primeira voz que ouvir, tomar as calças de Villadiego" ("Apercíbete a la primera voz que oyeres a tomar las calzas de Villadiego"). Também Juan Ruiz de Alarcón, em sua comédia "Los pechos privilegiados" (1628), escreveu: "Culpa um bravo bigodudo/ Rosto amargo e ombro torto/ Que, pegando a (espada) de Juanes/ Toma as de Villadiego" ("Culpa a un bravo bigotudo/ Rostriamargo y hombrituerto/ Que en sacando la de Juanes/ Toma las de Villadiego").

Porém, Jesus Carlos deu a entender que "tomar las de Villadiego" pode ter a ver também com "tomar as bebidas" de lá. Duas das especialidades locais são misturas que as pessoas tomavam em tempos de neve e muito frio, para poderem encarar o trabalho na lavoura. Uma dessas misturas se chama "chico y chica" ("menino e menina") e consiste em um copo com partes iguais de bagaceira, uma espécie de cachaça de uva, e vinho doce – o popular Moscatel. Já o chamado "sol y sombra" ("sol e sombra") é uma mistura muito forte de conhaque com anisete (à direita). Receitas medievais que me inspiram a, um dia, também “tomar las de Villadiego”. Ainda chego lá!

Tipos de cerveja 26 - As American Macro Lager

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Leves, claras, gaseificadas e aguadas, as lagers estadunidenses de alto consumo surgiram junto com as grandes empresas cervejeiras, logo após o fim da Lei Seca, em 1933. "Elas não são muito amargas, têm médio/ baixo teor de álcool, pouco sabor e aroma", adverte Bruno Aquino, do site português Cervejas do Mundo. "Aqui, o mais importante é a produção em grande massa, cortando-se em cereais nobres como a cevada, malte e lúpulo e abusando-se do milho e do arroz. Pelo menos o produto final é barato, apesar da qualidade deixar muito a desejar", acrescenta. Como exemplos, Aquino cita a Miller High Life, a Pabst Blue Ribbon e a Molson Canadian Lager (foto).

quarta-feira, janeiro 14, 2009

"Você é mulher, Marta!", biografia da melhor jogadora do mundo

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Pelo terceiro ano consecutivo, a brasileira Marta foi escolhida como a melhor do mundo pela Fifa. Apesar da medalha de prata em Pequim e das críticas, a alagoana mandou avisar que continua a ser a melhor. A ex-jogadora do sueco Djurgården/Älvsjö, a caminho do Los Angeles Sol igualou o feito da alemã Birgit Prinz, a segunda melhor do mundo em 2008.

Essa foi a oportunidade para publicar a resenha do livro Você é mulher, Marta! (All Print Editora) do jornalista argentino radicado no Brasil Diego Graciano. Ele foi a Dois Riachos, a 189 quilômetros de Maceió, onde nasceu a atleta, para conhecer a família e os conhecidos da cidade. Incluiu ainda colegas de seleção brasileira e do Vasco.

Ele conta como a moça sofria para poder jogar entre os homens, o que significava correr para não apanhar do irmão mais velho. A filha de uma empregada doméstica com um barbeiro. Dona Tereza, a mãe, é quem dá o nome do livro. "Um dia, [Marta] me pediu um real pra comprar uma bola. Eu disse: 'você é mulher, Marta!'" A menina tinha cinco anos. Aos sete, ia ao campinho.

Na educação física da escola, jogava como goleira. Mas isso era no handebol, porque quando o professor Tota liberava dez minutos finais para o futebol, tudo mudava e a perna esquerda de Marta fazia o resto.

Apesar de ter histórias valiosas, a obra peca na edição, intercalando trechos de depoimentos brutos sem amarração. Enfraquece também ao não conseguir fazer a questão feminina voltar com força em outras partes do livro. Mesmo ao mostrá-la como uma pessoa solitária nas concentrações da seleção ou na Suécia.

Ainda assim, é possível conhecer alguns detalhes sobre a realidade do futebol na Suécia, onde algumas jogadoras do time de Marta não eram profissionais até 2006. E alguns personagens que permitiram que a menina de Dois Riachos fosse por três vezes eleita melhor do mundo. Aos 22 anos.

terça-feira, janeiro 13, 2009

Australianos querem multar uniformes "impróprios" de tenistas

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Baixou a TFP nos australianos: a organização do Aberto da Austrália de tênis avisou que vai “checar, cuidadosamente, o uniforme das moças antes delas entrarem em quadra”, informa o colunista do IG Paulo Cleto. E quem jogar com um uniforme considerado impróprio leva multa de até US$ 2 mil.


“Em tempo, não sei informar quem vai checar e se estão abertas inscrições para tal”, conta o blogueiro. Ele informa ainda que “a gota d’água, segundo Wayne McKewen, árbitro do torneio, foi o conjuntinho, em especial a blusa transparente, da francesinha Alize Cornet em Perth, na Hopman’s Cup” (foto ao lado).
Ainda segundo o blog, a ameaça “teve o endosso de Margareth Court, uma das maiores tenistas da história”, e hoje pastora. Segundo ela, tenista não precisa desses artifícios e que jogadoras sem soutien e vestindo blusas transparentes “podem ter seus jogos afetados”.

Se a moda reacionária pega, como serão as competições de volêi de praia, surf e outros esportes em que a Austrália tem tanta tradição?

Tamsin Barnett e Natalie Cook também serão patrulhadas?

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Fora da lista, Dunga

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A Federação Internacional de Futebol, História e Estatística (IFFHS) soltou mais uma daquelas listas que só servem para preencher espeço da mídia esportiva nessa época sem bola e com poucas notícias.


É a dos melhores técnicos de seleções do mundo, elaborada sei lá com que critérios. O que importa para mim é que nela Dunga figura em nono. Há duas formas de ver a coisa. Pela importância da selação brasileira é absurdo nosso técnico, qualquer que seja ele, figurar numa posição tão ruim.

Por outro lado, considerando as qualidades do referido técnico, até que a posição está boa demais. Felipão, por exemplo, fica em 12º ainda que tenha sido comandante da seleção de Portugal.

Notaram que foi apenas mais uma forma de relançar a campanha "Fora, Dunga!"?. Pois ano começou, então lá vai: Fora até da lista da IFFHS, Dunga!

Segue a relação completa:

Treinador Seleção
1. Luis Aragonés/Espanha
2. Guus Hiddink/Rússia
3. Fatih Terim/Turquia
4. Sergio Batista/Argentina / Olímpica
5. Joachim Löw/Alemanha
6. Hassan Shehata/Egito
7. Fabio Capello/Inglaterra
8. Gerardo Martino/Paraguai
9. DUNGA/BRASIL
10. Marcello Lippi/Itália
11. Slaven Bilic/Croácia
12. LUIZ FELIPE SCOLARI/PORTUGAL

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Ghigghia tirou duas vezes o título de 50 do Brasil

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Pesquisando para fazer o post em homenagem à morte de Friaça, descobri uma informação que, com certeza, poucos aficcionados por futebol conhecem. A campanha do Brasil na Copa de 1950 foi tão espetacular (até a decisão, 5 jogos, 4 vitórias, 1 empate, 21 gols pró e só 4 contra), com goleadas de 7 a 1 sobre a Suécia e 6 a 1 sobre a Espanha, que todos sabem que o time só precisava de um empate com o Uruguai para ficar com o título. Mas um fato esquecido - e absolutamente fantástico - é que o trágico jogo de 16 de julho, o "Maracanazo" que nos tirou o título, poderia nem ter sido disputado.

Nossa seleção poderia ter levantado o troféu no dia 13, quando ensacolou os espanhóis com a torcida cantando "Touradas de Madri", do compositor João de Barro, no Maracanã. Para isso, bastava que Suécia e Uruguai empatassem no Pacaembu, em São Paulo. A partida, que foi disputada simultaneamente à do Rio, ficou em 2 a 2 até os 40 minutos do segundo tempo. Mais 5 minutinhos e o Brasil seria campeão antecipado. Mas eis que, nesse momento, o camisa 7 Alcides Ghigghia disparou na lateral direita, invadiu a área e fez 3 a 2, levando o Uruguai à final.

E o mais curioso é que seu gol foi praticamente idêntico ao que faria na decisão, aos 34 minutos da etapa final (fotos acima), selando a vitória de nossos adversários. Dizem que, naquele momento, o idealizador da Copa do Mundo, Jules Rimet, já havia saído de seu camarote, no Maracanã, para atravessar o túnel no subsolo a tempo de entregar a taça para os brasileiros assim que o juiz desse o apito final. Quando partiu, o clima era de festa, com fogos e gritos, pois o placar de 1 a 1 nos garantia o título. Só que, ao subir para o gramado, Rimet não entendeu nada: os uruguaios pulavam e 200 mil brasileiros observavam em silêncio. Ele não viu o gol de Ghigghia.

Pois esse episódio esquecido, de que o Brasil já poderia ter sido campeão contra a Espanha, evitando a partida contra o Uruguai, reforça a devida importância do camisa 7 naquela conquista. Por muito tempo, o falecido capitão Obdulio Varela (à direita, levantando Ghigghia após a vitória) foi apontado como principal figura da decisão, pois teria empurrado sua seleção à virada com berros e pressão nos companheiros. Mas os gols decisivos contra a Suécia e Brasil apontam mesmo Ghigghia como o grande herói uruguaio. O ex-jogador tem hoje 82 anos e vive em Montevidéu. Em 2006, o governo de seu país lançou um selo comemorativo com seu rosto e a frase "Ghigghia nos hizo llorar" ("Ghigghia nos fez chorar"). É, os brasileiros também choraram...

Naquele mesmo ano, o uruguaio recebeu o prêmio "Golden Foot", um molde de ouro de seu pé direito, em cerimônia celebrada em Monte Carlo, na França. Para construir uma casa para sua atual esposa, que tem 35 anos, Ghiggia leiloou esse troféu em julho do ano passado. Quem arrematou foi o Banco de la República Oriental del Uruguay, único participante do leilão, por cerca de 510 mil pesos (R$ 41 mil). "Por sorte não tenho apertos econômicos, mas ter um troféu tão valioso em minha casa é perigoso e quero deixar algo para a minha esposa, que é muito jovem", afirmou Ghiggia, na ocasião. De fato, um craque dentro e fora do campo.


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Do momento de glória ao pó do esquecimento

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Ele quase foi nosso primeiro grande herói no futebol. Naquele domingo fatídico, 16 de julho de 1950, o Brasil só precisava de um empate contra o Uruguai, no Maracanã, para conquistar sua primeira Copa do Mundo. Mas ele, Friaça, tratou de encurtar o caminho ao título marcando um gol logo aos 2 minutos do segundo tempo (foto acima), para delírio das 174 mil pessoas no estádio (ou 200 mil, extra-oficialmente). Naquele instante, Albino Friaça Cardoso, 25 anos, poderia ter entrado para a célebre galeria dos artilheiros decisivos em mundiais, como Pelé oito anos depois, na Suécia.

Poderia, mas, no segundo tempo, os uruguaios Schiaffino e Ghiggia viraram o placar, levantaram a Jules Rimet e determinaram a maior tragédia do nosso futebol até os dias de hoje, que ficou conhecida como "Maracanazo". Com isso, o gol redentor de Friaça caiu no esquecimento - e sua carreira, como a da maioria dos jogadores daquele azarado elenco, entrou em declínio. Ontem, Friaça morreu aos 84 anos no Hospital São José do Avaí, em Itaperuna (RJ).

Além de vestir a camisa do Brasil, o ponta-direita foi jogador do Vasco, clube onde surgiu e se destacou (no chamado "Expresso da Vitória", papa-títulos da década de 1940). Depois, esteve por empréstimo no São Paulo de Leônidas da Silva, onde foi campeão paulista e artilheiro em 1949. Voltou ao Vasco, disputou a Copa e ainda jogou na Ponte Preta e no Guarani, antes de se aposentar, em 1958. Curiosamente, no ano em que o Brasil finalmente venceu uma Copa.

Segundo a Wikipedia, o ex-atacante foi dono de uma loja de materias de construção, posteriormente administrada pelos seus filhos. Dizem que Friaça sempre foi um homem alegre, mas ficou debilitado a partir da morte de um dos filhos em acidente de asa delta, na metade dos anos 1990. Depois disso, passou a abusar do cigarro e da bebida, que prejudicaram sua saúde.

Agasalho que Friaça usou durante a Copa de 1950

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segunda-feira, janeiro 12, 2009

Imprensa bem que merece ser tratada a sapatadas

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Depois de condenar o método sapatístico, o companheiro presidente Lula finalmente capitulou e até ensaiou atirar um pisante na cabeça dos colegas da imprensinha, hoje, durante a abertura da 36ª Couromoda no Anhembi, em São Paulo (munição não faltava). Curiosa foi a alegria do governador José Serra - cujo mau gênio nos leva a crer que tenha vontade de jogar sapato até na própria mãe. Ah, a foto é de Jefferson Bernardes, da Agência Estado.

De olho na redonda - O Chelsea ou o iate?

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O Chelsea ou o iate? - Quem viu a vitória do Manchester United sobre o Chelsea ontem deve ter ficado se perguntando: isso é efeito da crise? Impressionante como os comandados de Felipão se entregaram depois do segundo gol do time da casa e só não perderam por mais de três gols porque o auxiliar apontou impedimento inexistente em gol de Cristiano Ronaldo.


É claro que o Manchester é um senhor time, mais bem entrosado e com um grande elenco. Mas também é possível que a conturbada situação financeira do “patrão” Roman Abramovich tenha afetado o desempenho dos jogadores do Chelsea. De acordo com a agência Prime-Tass, a fortuna pessoal do magnata russo teria sido reduzida de cerca de 16,700 bilhões para “apenas” 2,3 bilhões de euros em função da crise mundial. O Chelsea teria despedido recentemente 15 funcionários que tinham remuneração de mais 150 mil euros ao ano, além de suspender a comida gratuita para os jogadores na cantina do clube.




Por conta disso, Abramovich poderia vender o Chelsea, adquirido em 2003 e que já recebeu investimentos de 210 milhões de euros. Mas ele também estuda vender seu nababesco iate (foto), avaliado em 200 milhões de euros. Trata-se da maior embarcação privada do mundo, com 167 metros (550 pés) - quase duas vezes o comprimento de um campo de futebol - e 70 pés de largura, com duas pistas para helicópteros com um hangar e um submarino de 12 assentos que pode sair pelo fundo do iate. Agora o russo precisa ponderar para saber qual dos dois brinquedos irá vender, o barco ou o time.

E o Pernambucano começou - E já tem estadual rolando no Brasil. O Campeonato Pernambucano começou nesse fim de semana e o Sport começou bem sua caminhada rumo ao tetracampeonato, com uma goleada na Ilha do Retiro sobre o Vitória, por 4 a 0. O principal reforço do Leão, Paulo Baier , não estreou ainda, e com o Náutico não foi diferente: as cotnratações Carlinhos Bala, Somália e Adriano Magrão não puderam ajudar o time no empate em casa com o recém-promovido Cabense.

Já o Santa Cruz venceu fora de casa o Sete de Setembro, contando com seu principal reforço, o atacante veterano Marcelo Ramos. O estadual conta com 12 times e é disputado em dois turnos, com jogos de ida e volta em cada um. Os vencedores de cada turno se enfrentam na final e se alguma equipe vencer os dois turnos já é campeã.

O Cearense também – outro estadual que começou cedo foi o Cearense. O Fortaleza, atual bicampeão, goleou o Itapipoca por 4 a 1 enquanto seu rival, o Ceará, teve um pouco mais de trabalho para superar o Quixadá de virada, 2 a 1. O time alvinegro estreou o atacante Alberto, ex-Santos, mas ainda não pôde contar com a estreia do volante Heleno, que estava no Vila Nova e que também passou pela Baixada Santista. Nascido na gloriosa São Vicente, o atleta alega ter saído da equipe goiana, onde foi um dos destaques, por conta de salários atrasados. Nada para se espantar, enfim.


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Sem zebras, Copinha chega à segunda fase

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Ontem se encerrou a fase de grupos da Copa São Paulo de Juniores. Talvez a mais divertida, por registrar épicas goleadas e por possibilitar a nós vermos equipes alternativas como Rio Bananal-ES, Baré-RR, Paraibano-PB e tantos outros.

Agora a competição inicia seus mata-matas, e daí vai até a decisão do título, no dia 25. São 32 equipes ainda na disputa. Quase todos os principais times do futebol nacional avançaram - alguns com 100% de retrospecto, como Santos, São Paulo, Palmeiras e Internacional, entre outros.

E a Copinha segue sendo uma verdadeira festa do futebol, como falei em post do ano passado. Estive ontem no Baetão para assistir São Bernardo x Coritiba e, apesar do péssimo futebol apresentado, saí do estádio satisfeito, pelo clima legal que lá estava. Fui com a camisa do Santos e dividi a arquibancada com gente trajada com o uniforme de São Paulo, Corinthians, Palmeiras e tantas outras equipes. O estádio estava bem cheio - seguramente, com bem mais público do que o São Bernardo FC atrairá em sua disputa na série A2, que começa no dia 24. Claro que a entrada franca tem peso decisivo nisso; mas é sempre positivo ver que o entusiasmo pelo futebol prevalece.

Os confrontos da primeira fase de mata-matas da Copinha serão os seguintes:

Santos-SP x Guarani-SP
Cruzeiro-MG x Juventude-RS
Flamengo-RJ x Fortaleza-CE
Grêmio-RS x Atlético-PR
Vila Nova-GO x Figueirense-SC
Internacional-RS x Rio Branco-SP
São Paulo-SP x Juventus-SP
Barueri-SP x São José-RS
Palmeiras-SP x Paraná-PR
Atlético Sorocaba-SP x São Caetano-SP
Vasco-RJ x Avaí-SC
Goiás-GO x D. Brasil ou Sertãozinho (a ser definido por sorteio)
Corinthians-SP x D. Brasil ou Sertãozinho (a ser definido por sorteio)
Ponte Preta-SP x Portuguesa-SP
Fluminense-RJ x Rio Claro-SP
América-MG x América-SP

Vejam também os gols da última rodada, em vídeo da Globo.com:

Buraco do metrô: dois anos da tragédia impune

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Hoje faz dois anos da maior tragédia em obras de transporte público na cidade de São Paulo: o desabamento em um dos canteiros da futura Via Amarela do metrô, na Marginal Pinheiros, que matou sete pessoas e resultou na interdição de 55 imóveis nas imediações da cratera e na demolição de cinco deles. Um fato absurdo, creditado unicamente ao Consórcio Via Amarela, responsável pela construção e liderado pela Odebrecht, a maior construtora do país, e ainda por OAS, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez. Mas o consórcio foi contratado pelo governo do Estado (gestões tucanas de Geraldo Alckmin e José Serra), que se isentou completamente de responsabilidade e foi docilmente poupado pela imprensa.

Na semana passada, segundo o site Uol, o promotor Arnaldo Hossepian Junior protocolou na 1ª Vara Criminal do bairro Pinheiros um documento em que denuncia 13 pessoas ligadas ao consórcio e ao Metrô como responsáveis pelo acidente nas obras da linha 4, acusando os engenheiros envolvidos de negligência e imprudência. De posse dos laudos feitos pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e pelo Instituto de Criminalística, o promotor afirmou corajosamente que a tragédia poderia ter sido evitada. Os laudos haviam demonstrado também ter havido explosões momentos antes do acidente e que o plano de evasão no entorno da obra não funcionou.

Porém, tudo acaba em pizza. Em entrevista coletiva, o próprio Hossepian disse que não acredita que os responsáveis sejam presos. Enquanto isso, nas ruas vizinhas ao local da tragédia os moradores ainda lamentam os prejuízos. "Meu prejuízo foi muito grande e só aceitei a mixaria que eles me ofereceram porque minha família pediu para tirar o processo. Eles me f... de verde e amarelo", reclama o espanhol Fidel Montes, dono de uma marcenaria que ficou fechada por três meses, em entrevista para o Uol. José Carlos de Oliveira, por sua vez, tinha sociedade em um estacionamento que ficava na esquina das ruas Capri e Gilberto Sabino e foi engolido pelo deslocamento de terra para dentro do buraco à beira da marginal do rio Pinheiros.

Hoje, ele cuida dos carros na rua e aluga vagas em garagens das cercanias. "Eu era microempresário, agora sou um flanelinha." Já a taxista Rosa Maria Pescuma foi desalojada por decisão judicial e teve de abandonar sua casa na rua Gilberto Sabino na última semana de 2008. Diante de sua porta há cavaletes e placas de "proibido passar". Ela e seus dois cachorros tiveram de ir morar com a filha no município de Osasco. "Meus clientes e amigos estão aqui. Saio com dor no coração." E aí, governador José Serra, só silêncio? E aí, Veja? E aí, Arnaldo Jabor? Nada a comentar? Além das mortes e perdas, quanto o governo do Estado está tendo de prejuízo com o reparo e o atraso na entrega das estações? Isso não é um boa pauta, não?!??

sábado, janeiro 10, 2009

As imagens que dizem mais

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Acima, matéria jornalística de Mohammed Vall, da rede de televisão Al Jazeera. As imagens falam por si. E, pra não dizer que não damos o famigerado dogma jornalístico do "outro lado", um vídeo abaixo que mostra a "diferença" entre o exército israelense, auto-intitulado o "mais ético", e os palestinos. Tocante a cena do militar acariciando um gatinho em Gaza, apoiando um velhinho e brincando com crianças... De fato, pode-se ver como alguns militares de Israel cuidam da segurança dos palestinos nessa notícia.

 



Leia o que o Futepoca já escreveu sobre a Palestina:

sexta-feira, janeiro 09, 2009

O encontro das fotos com o fotógrafo em um bar

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Domingo de calor em Taquaritinga, interior de São Paulo, e o amigo Taroba me chamou pra tomar um "sorvete" (três bolas de chocolate e duas doses de vodka) no mítico Bar do Tadao. Chegando lá, um rapaz mostrava com todo o cuidado, para um grupo muito compenetrado de 10 a 12 pessoas, algumas fotografias em papel, coisa rara em tempos de maquininhas digitais. Percebi que eram imagens de algum show de rock, mas, como já não conheço quase ninguém na cidade em que nasci, não quis me intrometer. Só que o Taroba já voltava com os "sorvetes" e cumprimentou o dono das fotos: "- E aí, Miau, beleza?". E acrescentou, para meu espanto: "-Ah, você está com aquelas dos Ramones aí? Pois esse aqui é o Marcão, foi ele quem fez as fotos!". Todos olharam estupefatos para a minha cara. Era verdade. Duas dessas fotos: o guitarrista Johnny Ramone (acima) e o baixista C-Jay (abaixo).

Bom, pra resumir: o Miau se chama Gustavo, é professor de Filosofia, fanático pela banda dos falecidos Joey, Dee Dee e Johnny Ramone mas, infelizmente, não tinha idade, na época, para ter ido a um show deles. Então lhe contei a história das imagens, que ele guarda como relíquias (as cópias eram do Taroba, que o presenteou). Essas fotos eu fiz no último show dos Ramones no Brasil, em março de 1996, para o jornal Tribuna de Indaiá, de Indaiatuba (SP). Foi uma gambiarra só: eu era editor de Esportes (nada a ver) e um amigo que trabalhava em Campinas tinha o esquema para tirar credenciais de fotógrafo mas não podia ir. Eu pedi a câmera para o meu jornal e paguei a passagem do bolso, numa excursão de um fã-clube local. A concentração foi num bar e a viagem, ida e volta, uma bebedeira (e fumaceira) daquelas.

Já no interior do Olympia, em São Paulo, eu e outros fotógrafos ficamos espremidos em 1 metro de corredor entre o palco e a grade isolante dos malucos da platéia, que nos socavam e cuspiam. O esquema era cruel: só podíamos fotografar até a quinta música - o que, em termos de Ramones, daria no máximo 10 minutos. Era proibido usar flashes e os holofotes piscavam ao ritmo das pancadas de Marky na bateria. Ninguém tinha máquina digital e, por isso, cada clicada era um mistério. Se o disparo ocorresse no milésimo de segundo em que a luz se apagava, não sairia nada. Esse foi o motivo de eu ter clicado 36 vezes e aproveitado só umas 10 fotos.

Ao contar isso para o Miau e outras pessoas que hoje têm menos de 25 anos, nunca me senti tão dinossauro (rsrs). Nem tentei explicar como fizemos para revelar os fotolitos, riscar a diagramação, colar os past ups... Tratamento de imagem? Nem em sonho! Buenas, mas chega de velharia. Só registro aqui mais uma das inúmeras situações insólitas que o bar, esse mito, sempre me proporciona. Hey ho, let's go! E manda mais um "sorvete", Tadao!


Outras duas: os malditos holofotes piscando sobre o baterista Marky (à esquerda) e outro deles ofuscando o rosto do finado Joey Ramone (à direita). Quase impossível manter o foco com os empurrões da malucada





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Zico assume CSKA e vai estrear na Copa da Uefa

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Depois de passar um tempo treinando o Bunyodkor, do Uzbequistão (onde conquistou as importantes Liga Nacional e a Copa do Uzbequistão), o ex-jogador e agora técnico Zico (foto) assume agora o comando do CSKA, de Moscou - time do atacante brasileiro Vagner Love. O Galinho entra no lugar de Valery Gazaev, demitido em dezembro. O primeiro compromisso do treinador está agendado para o dia 19 de fevereiro, contra os ingleses do Aston Vila, pela fase de mata-mata da Copa da Uefa. Será que está pintando um futuro concorrente ao posto de Dunga? Se o critério de escolha for o mesmo, Zico não precisa nem ganhar nada. Aliás, não precisaria nem ter treinado time nenhum...

quinta-feira, janeiro 08, 2009

Israel e o mito da liberdade de imprensa

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É sempre difícil acrescentar algo em relação ao que acontece na Faixa de Gaza sem repetir quem faz uma excelente cobertura da tragédia gestada no Oriente Médio. O Idelber Avelar vem trazendo notícias e informações relevantes sobre os ataques israelenses, mas uma saltou aos olhos e interessa ser analisada aqui, já que diz respeito à imprensa e todos os membros desse blogue nela trabalham.

Ele cita um belo furo do Cloaca News , que descobriu o blogue de uma jornalista de O Globo e que também aparece na Globo News, Renata Malkes, que faz a cobertura ou algo que se assemelhe a isso, do Oriente Médio. De ascendência judaica, ela não hesita em fazer comentários preconceituosos e cheios das certezas típicas de quem não respeita a diversidade e a diferença.

O tal blogue, denominado Balangan, foi abandonado pela jornalista, mas o Cloaca, com o auxílio da Wayback Machine, resgatou o que ela escreveu de 2002 a 2007. Em um determinado post , diz que os árabes são mentirosos, reforçando a idéia com uma parabolazinha em outro. Já noutro texto exulta ter sido aceita no exército . Sim, sim, é essa pessoa que está encarregada de fazer a cobertura “imparcial” do “conflito” na Faixa de Gaza.

O serviço isento do objetivo jornalismo da grande imprensa brasileira, como o praticado por Veja, que justificou os ataques israelenses como nem a assessoria de imprensa do governo faria, coadunam com a “liberdade de imprensa” que existe em Israel. Os jornalistas estrangeiros foram proibidos de entrar na Faixa de Gaza, algo que foi denunciado  por Ethan Bronner, do The New York Times. Enquanto as notícias sobre a trágica situação dos palestinos só chegam ao resto do mundo por meio de blogues, sites independentes e pessoas que já vivem agora o cerceamento de comunicação (já que lá não há no momento sequer eletricidade), há amplo acesso ao sul de Israel para a mídia, local onde chegam os foguetes do Hamas. Não é de se estranhar, já que governo israelense também não é muito tolerante com opiniões contrárias à sua política de apartheid e inclusive já foi responsável pela prisão e espancamento de um jornalista premiado, Mohammed Omer, correspondente da Inter Press Service na Faixa de Gaza, como se pode ver aqui.

Alguém pode dizer como a mídia daqui relataria tais fatos se ocorressem na Venezuela?

Leia o que o Futepoca já escreveu sobre a Palestina:

Tiquira - a cachaça de mandioca brava

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Famoso pelo exclusivo e exótico Guaraná Jesus, o estado brasileiro do Maranhão também possui uma peculiaridade na produção etílica. Trata-se da Tiquira (à esquerda), cachaça produzida a partir da mandioca brava. Quando ganhei uma garrafa do colega Gerson, já citado aqui no Futepoca, tomei um susto: pensei que estava me dando um frasco de Pinho Sol lavanda (abaixo). Mas a cor da Tiquira é essa mesma, roxa. Pela internet, descobri que isso se deve à infusão de folhas de tangerina durante o processo de destilação. E o negócio é forte: Gerson disse que quase desmaiou quando provou um gole, lá em São Luís, e que seu cunhado, cachaceiro de respeito, acusou o golpe e parou no meio copo. Entre os maranhenses, corre a lenda de que, se tomar banho depois de beber Tiquira, a pessoa morre. Segundo o Sistema de Informações Agroindustriais da Mandioca Brasileira, o teor alcoólico da bebida gira em torno de 45º. Bom, ainda não tive coragem de experimentar. Mas vou levá-la amanhã ao bar Pinheirinho, no bairro Pinheiros, aqui em São Paulo (rua dos Pinheiros, 1.183, a partir das 20h30). Quem tiver coragem, que se arrisque. Porém, por via das dúvidas, é bom não tomar banho ao chegar em casa...

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quarta-feira, janeiro 07, 2009

Por que você torce para o seu time?

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Se o futebol entra de forma diferente na vida de cada pessoa, o que dizer do time do coração, que desperta paixões de tal monta que às vezes ultrapassam o próprio gosto pelo esporte bretão? O grau de fidelidade a um clube varia, indo desde a simples convenção social que praticamente obriga que o cidadão, mesmo alheio ao futebol, tenha que se declarar adepto de alguma agremiação; até o fanatismo daqueles que dizem com cândida sinceridade que dariam a vida pelo time.

Mas como surge essa marca que nos acompanha pelo resto da vida (com exceção dos vira-casacas, obviamente)? Tentaremos aqui elencar os mais variados motivos que levam alguém a se tornar um torcedor. Veja qual deles foi o seu e, se não for nenhum, deixe seu depoimento.

Os pais – se o pai ou a mãe forem de fato apaixonados por um clube, é difícil para a criança escapar da sina. Torcer para uma camisa é algo que se aprende antes de falar, algo tão natural quanto segurar a colher ou usar o penico. Quando o garoto vai se questionar porque grita “gol” junto com o pai, já é tarde demais. Claro que também pode haver o efeito contrário: a criança pega birra e, de forma cruel, passa a torcer para o rival. Contudo, se o guri não for cuidado com apego e atenção ou se os genitores não ligarem para futebol, abrem-se as portas para influências externas pra lá de perigosas.

Tios e padrinhos – você não gosta muito de bola ou passa muito tempo longe dos filhos. Às vezes são períodos longos de viagem e seus rebentos convivem durante muito tempo com padrinhos ou tios, que mimam seus bebês com gracejos, presentes, idas ao estádio etc. Quando você se dá conta, tem um inimigo dentro de casa. Mas tudo bem, você não liga muito pra futebol mesmo. Contudo, não tenha dúvidas que vai se irritar muitas vezes durante a vida...

Amigos – outro tipo de influência que pode ser perniciosa. O menino está inserido em um meio social onde a maioria torce pra determinada equipe. Hesitante, ele tenta resistir. Mas o time da maioria está ganhando sempre, o do moleque está na fila e, de repente... ele se converteu! Quando crescer, pode até não lembrar que começou a torcer por causa dos amigos, mas as reuniões de família aos domingos não vão lhe deixar esquecer.

Namorado (a) – acontece muito com moças que não se ativeram de fato a um time. Ela conhece um rapaz que é torcedor fiel de uma equipe e, a partir daí, tem duas opções: tolerar e/ou ignorar os maus hábitos do camarada ou tentar adentrar no mundo dele. Se a escolha for a última, é meio passo para compartilhar da mesma doença do parceiro. O tal gosto pode se desfazer junto com uma eventual separação ou, se a afinidade com o clube for firme, resistir e se tornar parte do cotidiano da pessoa.

A moda – como visto no exemplo acima, uma onda favorável de um time pode ser fator determinante para o desempate ou para que alguém se declare torcedor – mesmo “socialmente” - de uma equipe. Não fosse isso, o Santos, oriundo de uma cidade média, jamais teria uma das dez maiores torcidas do país, algo cultivado na década de 60. A exemplo do São Paulo, que também ganhou adeptos no início dos anos 90. Embora a lenda diga que nem sempre esse seja o torcedor mais convicto, na prática, não é possível diferenciá-lo muito dos “torcedores de cabresto” forjados pelas famílias.

Partida marcante – às vezes o menino está ali, meio à toa e hesitante em relação a um time. E, de repente, se encontra diante de uma promessa de espetáculo, uma decisão ou um jogo histórico. Mal percebeu e começou a sofrer ou vibrar assistindo à partida, mesmo sem saber direito a razão. Pronto, virou torcedor. Há exemplos disso dentro desse próprio blogue e em cada boteco do país.

A casa – já diria Fernando Pessoa, pelo heterônimo de Alberto Caeiro, que o rio da aldeia dele era mais belo que o Tejo, mesmo sem sê-lo. Isso faz com que muitos times do interior tenham fãs apaixonados, porque vêem nele uma forma de ligação com o lugar de onde vieram, um cordão que não é conveniente que seja rompido. Também explica porque equipes que são jovens, como o São Caetano ou o Barueri, consigam encontrar alguns torcedores – não muitos, claro – mas que atestam a existência da equipe.

E aí? Qual é o seu caso?

O que fez você torcer para o seu time?


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terça-feira, janeiro 06, 2009

2009 mal começou e já pedimos seu apoio

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Começando um novo ano, após merecido recesso deste trabalho não-remunerado mas prazeroso que é o Futepoca, já vamos dar aos leitores uma notícia que nos orgulha muito. Esse espaço foi indicado para três categorias diferentes no Best Blogs Brazil, uma das mais importantes premiações da internet brasileira. Humildemente concorremos para Melhor Blog, Melhor Blog de Esportes e Melhor Blog de Política.

À primeira vista, este é o único blogue que concorre em três categorias diferentes. E, pra quem não lembra, em 2007 vencemos como Melhor Blog de Esportes, mesmo competindo com blogues de jornalistas da grande imprensa. De novo, enfrentamos o pessoal que está na mídia há tempos, mas vamos para o jogo. Mesmo começando a campanha só agora, contamos com seu apoio e seu voto para fazermos bonito na disputa.

O link para se cadastrar está aqui. É rapidinho e você pode votar no Futepoca nessas três categorias e também aproveitar e prestigiar outros ótimos blogues nas demais categorias. Aliás, competindo com a gente tem sites muito bons que merecem visitas e votos. Se não for com a nossa cara, não percam a chance de votar neles.

Balanço das contratações: Corinthians monta bom time para 2009

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O tradicional – e chatíssimo – período de entressafra do futebol nacional está chegando ao final e já é possível – atendendo a pedidos – fazer uma primeira avaliação das contratações e da formação dos times para 2009. Muita coisa ainda pode mudar, mas algumas equipes já parecem ter estabilizado seus elencos. É o caso do Corinthians, de quem falarei aqui. A diretoria afirma já ter fechado o elenco para o ano, apesar de manter aberta a possibilidade de negócios de ocasião com bons jogadores – brecha que serve basicamente para manter a expectativa para a cada vez mais improvável vinda do atacante Kleber.

O alvinegro vem com uma base montada do ano passado – somente com a saída quase certa de Herrera até agora – e contratou seis reforços para 2009. Na zaga, chegou Jean (ex-Grêmio) e está quase tudo certo para a vinda do argentino Escudero, que deverão ser reservas de William e Chicão juntamente com os pratas da casa Renato e Diego. No meio, o ex-botafoguense Túlio chega para disputar a posição de volante com Fabinho e Christian, além de Bruno Octavio e Marcelo Oliveira. Também do Botafogo vem Jorge Henrique, que deve disputar posição com Dentinho. Por fim, no ataque, dois centroavantes: Souza (ex-Goiás e Flamengo) vem da Grécia para revezar com o maior reforço do time (em mais de um sentido), Ronaldo.

A agilidade das contratações impressionou. Faz muito, mas muito tempo mesmo que o Corinthians não começa uma temporada com um elenco montado e técnico contratado. As posições reforçadas são as que precisavam de opções, o que demonstra planejamento. Talvez eu tivesse ido atrás de um lateral direito, mas Alessandro parece ser homem de confiança de Mano Menezes. A contratação de Túlio pode ser questionada por já ter muitos volantes no elenco, mas entendo que a diretoria está se preparando para perde Fabinho no meio do ano.

Com as novas contratações, o estilo de jogo do time deve mudar. Com o brigador Herrera, a marcação começava já no ataque. Agora, com a entrada de Ronaldo ou Souza, é possível que Mano Menezes tente ajustar a marcação com um volante mais pegador que Elias. Com a suspensão de Morais, o time titular poderia ser: Felipe; Alessandro, Chicão, William e André Santos; Fabinho, Túlio, Douglas e Elias; Dentinho e Ronaldo.

É um bom time e tem uma base formada e entrosada. Fora o ataque, que precisava mesmo melhorar, os reforços trazem opções para o elenco, diminuindo a chance de uma contusão acabar com o time. Mano Menezes procurou jogadores que possam executar mais de uma função, como Jorge Henrique, que funciona como meia-atacante, e Escudero, que é zagueiro e lateral esquerdo.

Como diferencial, tem Douglas, um dos poucos meias pensantes do país hoje, o agressivo e habilidoso lateral André Santos e a boa revelação Dentinho, que tem sua chance de estourar. Além disso, tem uma dupla de volantes firme e de bom passe, dois zagueiros sérios e um bom goleiro. A grande incógnita é como será o desempenho de Ronaldo. Se conseguir atuar bem e manter uma seqüência (segundo o Paulo Vinícius Coelho, a última vez que ele jogou mais de seis jogos seguidos foi em 2004...), pode desequilibrar. Se jogar bem e apenas em alguns jogos, com um reserva decente (Souza), não deve atrapalhar.

PS.: Um feliz 2009 para todos, com muita cerveja, bons jogos de bola, saúde e essa coisa toda.

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Som na caixa, manguaça! - Volume 31

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ROMANCE DE UMA CAVEIRA
(Alvarenga/ Ranchinho/ Chiquinho Salles)

Alvarenga e Ranchinho

Eram duas caveira que se amava
E à meia-noite se encontrava
Pelo cemitério os dois passeava
E juras de amor então trocava

Sentado os dois em riba da lousa fria
A caveira, apaixonada, ansim dizia
Que pelo caveiro de amor morria
E ele, de amor, por ela vivia

Ao longe uma coruja cantava alegre
Ao ver os dois caveiro ansim feliz
E quando eles se beijava, em tom funébre
A coruja, batendo as asa, pedia bis

Mas um dia chegou de pé junto
Um cadáver novo de um defunto
E a caveira pr'ele se apaixonou
E o caveiro antigo ela abandonou

O caveiro tomou uma bebedeira
E matou-se de um modo romanesco
Por causa dessa ingrata caveira
Que trocou ele por um defunto fresco

(Gravação de 1957 no CD "Violeiro Triste", Revivendo, 2005)


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segunda-feira, janeiro 05, 2009

PQFMTMNETA 5 - O quarto goleiro do Grêmio vai para a seleção principal

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Breve introdução aos que não conhecem a série: PQFMTMNETA é abreviação para "Parece que faz muito tempo, mas nem é tanto assim". Nesse espaço, mostraremos eventos do futebol acontecidos há, no máximo, cinco anos, que causaram polêmica na sua época, e que depois caíram no esquecimento.

PQFMTMNETA 5 - O quarto goleiro do Grêmio vai para a seleção principal (2007)

Em março de 2007, a seleção brasileira tinha dois amistosos, contra Chile e Gana, agendados. Como de costume, Dunga fez sua convocação sem muitas surpresas. Os nomes para o gol seriam Júlio César (Internazionale) e Hélton (Porto). Acontece que o ex-vascaíno sofreu uma lesão e não poderia integrar o escrete canarinho. Para o seu lugar, Dunga resolveu inovar: chamou Cássio, do Grêmio.

Dois meses antes, em janeiro de 2007, Cássio havia sido um dos principais nomes da seleção brasileira que conquistara com sobras o Sul-Americano Sub-20. Mas suas boas atuações pela seleção jovem não o fizeram ter destaque no Grêmio: no elenco tricolor, Cássio era apenas a quarta opção para a meta, atrás de Saja, Marcelo Grohe e Galatto.

Dunga justificou a convocação de Cássio por três motivos. O primeiro foi o bom desempenho no Sul-Americano; o segundo, a dificuldade de desfalcar algum clube com a convocação às pressas de outro nome; e o terceiro, a intenção de observar Cássio já tendo em vista os Jogos Olímpicos de Pequim, que aconteceriam em pouco mais de um ano e meio.

Cássio nem chegou a entrar em campo pela seleção principal. O que é quase uma regra quando se trata de goleiros reservas, aliás. Mas a fama que obteve certamente colaborou para que, dois meses depois do chamado de Dunga, o atleta fosse negociado com o PSV da Holanda, por pouco menos de R$ 4 milhões. Ele deixou o futebol brasileiro sem praticamente ter jogado pela equipe principal do Grêmio.

Apesar de ter recheado o bolso e de estar curtindo as belezas da Holanda, a vida de Cássio desde então não foi das mais fáceis. Entrou em campo uma única vez pelo PSV e não foi convocado para a Olimpíada - os goleiros que Dunga levou para a China foram Diego, do Almería, e Renan, à época no Inter de Porto Alegre e hoje titular do Valencia.

Mas 2009 parece que será um ano agitado para Cássio: sua transferência para o Vasco está bem encaminhada, e ele tem tudo para ser o arqueiro que o clube da Colina precisa desde a saída de Hélton - coincidentemente, o mesmo jogador que abriu a vaga para que o então quarto goleiro do Grêmio fosse chamado para a seleção.

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"Tomei 60 doses e fui dormir no meio do mato"

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A capacidade manguacística do ser humano é um negócio muito sério. Principalmente quando a bebida é grátis. Em Campinas (SP), o Bar do Kim, no Parque Jambeiro, promove todo 2 de janeiro o "Dia do Pingaiada". Agradecido por seu comércio ter se consolidado principalmente com a venda de cachaça, o proprietário Florivaldo Lisboa de Brito decidiu retribuir a generosidade dos pinguços e, já há quatro anos, nessa data, libera de graça doses de pingas variadas, conhaque, vodca, vinho, batidas, amarula, menta e outras beberagens menos recomendadas.

Neste ano, um dos que compareceram à esbórnia deu um depoimento surpreendente: "Ano passado tomei 60 doses de pinga e fui dormir no meio do mato. Este ano vão ser 'só' 40", minimizou o pedreiro Dirceu Aparecido Morge, apelidado muito apropriadamente de "Cozido". Ao seu lado, o carpinteiro Eduardo do Prado inventou uma tese muito interessante para não se classificar como "bêbado". "Tomei um pouquinho de cada. Fico embriagado, mas não bêbado. Bêbado é aquele que cruza as pernas e cai na rua, embriagado vai onde quer".

Mas o melhor foi a explicação do dono do bar para a escolha da data do "Dia do Pingaiada". "Dia 1º de janeiro a turma bebe muito, então faço no dia seguinte que o pessoal bebe menos", entregou Florisvaldo, o Kim. E por "beber menos" temos que considerar que os 300 manguaças que se deslocaram ao Parque Jambeiro este ano consumiram 53 litros de bebidas destiladas e fermentadas. "A bebida aqui nunca acaba, mas tem uns que bebem demais, vão para o outro lado da calçada e dormem um pouco. Só que depois ainda voltam para beber mais", arrematou Kim.


Os bebuns do Parque Jambeiro, em Campinas, no "Dia do Pingaiada" (com informações do Cosmo On Line e foto da Agência Anhangüera)


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quarta-feira, dezembro 31, 2008

A bola não pára...

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Festas de fim de ano, jogadores curtindo férias e nada de futebol. Seria quase verdade se, além das entendiantes partidas festivas que envolvem veteranos, artistas e modelos/atores nas bandas de cá, não houvesse gente pelo mundo fazendo história no ludopédio profissional.

O campeonato inglês não tem folga. Como explica o Trivela, a tradição de realizar jogos nessa época remonta ao fim do século XIX e algumas equipes aproveitam o período para deslanchar, enquanto outras acabam por tombar, talvez por conta do banzo de seus atletas.

E deve ter sido a raiva de trabalhar nessa época que motivou o atacante David Pratt, do Chippenham Town, equipe da sétima divisão do futebol inglês, a tomar o cartão vermelho mais rápido da história do futebol profissional. Foram apenas três segundos de jogo até o atleta dar uma entrada violenta sobre um jogador do Bashley, que obrigou o árbitro a mandá-lo pro chuveiro mais cedo. Ele bateu o recorde do italiano Giuseppe Lorenzo, jogador do Bolonha que, em 1990, foi expulso com dez segundos de partida.

Já na Espanha, embora o campeonato pare, jogos entre seleções regionais ou autônomas tomam conta do país. E a seleção de Extremadura disputou uma peleja com a seleção peruana, e era derrotada por 2 a 1 até quase o finalzinho. Mas, no último minuto, o selecionado local conseguiu uma penalidade inacreditável a seu favor. Na verdade, como mostra o vídeo abaixo, quem faz a “falta” no avante do Extremadura é o próprio companheiro de time. Três atletas peruanos foram expulsos por reclamarem do pênalti, que acabou convertido, decretando o empate pró time da casa. Expulsões, confusões e rapinagens. Haja espírito natalino...

terça-feira, dezembro 30, 2008

Maloqueiro é nóis! Bambi é o Gordo travequeiro!

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Com a colaboração de DIEGO SARTORATO*

O exército israelense bombardeou uma prisão palestina durante os ataques à faixa de Gaza e os detentos aproveitaram o foguetório pra fugir. Um fotógrafo da Reuters registrou a cena e, surpresa, vejam a camisa que tava usando um dos fujões. Maloqueiro e sofredor é isso aí, mano!


*Diego Sartorato é jornalista, corintiano, comunista, pró-palestinos, apreciador de 'vodka' Zvonka e colaborador bissexto do Futepoca.