Destaques

domingo, setembro 06, 2009

Vagner Love marca 3 (só um vale) e Palmeiras vence Barueri

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No Palestra Itália, quando muito torcedor se encaminhava para o bar para assitir à seleção brasileira se classificar, o Palmeiras cumpriu sua obrigação e venceu o Barueri por 2 a 1.

Todas as atenções estavam voltadas a Vagner Love. Não era por causa de suas trancinhas verdes, mas pela estreia, ao lado do artilheiro da equipe no campeonato, Obina.

Depois de todos os trocadilhos com amor na semana que antecedeu à partida, o atacante balançou as redes do Barueri por três vezes. Só um valeu. Um estava impedido e outro um foi uma paradinha considerada irregular pela arbitragem no pênalti.

Ah, a penalidade máxima sofrida aos 28 do segundo tempo por quem, outrora, era muito melhor do que o Eto'o, foi esquisita, que é um jeito simpático de dizer que o árbitro se complicou.

Diego Souza havia marcado o primeiro gol palmeirense, aos 4 da etapa final, em lançamento de Cleiton Xavier. O Barueri diminuiu com Leandro Castan aos 41. Mesmo longe da Arena Barueri, a equipe visitante foi bem, criou boas oportunidades de gol, deu trabalho a Marcos e poderia ter estragado a festa alviverde de um modo muito mais efetivo do que o ingresso mais caro cobrado dos 23 mil pagantes.

A ausência de Pierre e do que ele representa em termos defensivos fez falta. E vai fazer mais ainda no restante da competição – maldita torção de tornozelo em treinamento.

Com 44 pontos, o Palmeiras se mantém na liderança. Que é o mais importante.

sexta-feira, setembro 04, 2009

Galo e seleçao Brasileira. Há 40 anos

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O vídeo do Canal 100 é sensacional. Vale rever o time brasileiro que seria tricampeão mundial enfrentando a Seleção Mineira, que era o time do Galo, em 3 de setembro de 1969. Bons tempos para começar a sessão de vídeos históricos postados no Futepoca.

quinta-feira, setembro 03, 2009

Agora vai?

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Vitória bem corintiana, suada, sofrida, de virada. Em jogo marcado para um dia depois do aniversário do clube, não seria de outro jeito. Corinthians e Santos fizeram mais um jogo pegado e não muito técnico ontem, no Pacaembu.



O personagem do jogo certamente foi o zagueiro Chicão, que alguns torcedores tiveram a pachorra de chamar de “chinelinho”. O xerife encarnou o espírito do alvinegro de Parque São Jorge e foi do inferno ao céu em noventa minutos.

Foi dele, contra, o gol que abriu o placar para o Santos, e dele também o da virada, aos 44 minutos do segundo tempo. No meio disso, Bill empatou.

A vitória foi facilitada pela postura defensiva adotada pelo Santos, que chamou o Corinthians para cima depois de fazer o primeiro gol. Não agüentou a pressão no segundo tempo.

Mano Menezes começou com o destro Balbuena na lateral esquerda e Jucilei na direita. No intervalo, botou um vacilante Marcelo Oliveira, mandou o paraguaio para sua posição de origem e trouxe Jucilei, o ídolo de Maurício, para o meio. O time cresceu.

Dois fatos podem ser comemorados. Primeiro, que o time, mesmo com essa porrada de desfalques, se mantém mais ou menos perto dos primeiros colocados – está agora provisoriamente em quinto, 5 pontos atrás do líder, mas isso deve mudar com o restante da rodada.

A outra coisa é que o Timão só volta a campo no dia 16, contra o Coritiba. Até lá, Mano provavelmente poderá contar com o retorno de mais alguns titulares – Edu, Alessandro e William. Terá duas semanas para ajeitar o time e entrosar os reforços De Federico e Marcelo Mattos. Pode ser o início da arrancada do Corinthians no campeonato.

Beber com moderação reduz risco de demência na velhice

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Está no New York Times do dia 1º a informação de que artigo de revisão bibliográfica de 15 estudos sobre os efeitos do álcool na velhice sobre o cérebro. O levantamento foi publicado no American Journal of Geriatric Psychiatry sobre o efeito do hábito de beber por idosos e seus efeitos sobre o cérebro.

Foto: Tetsumo/Flickr
A cachola da turma da terceira idade que faz uso moderado de algum tipo de goró funcionou melhor. Para homens, tomar de um a 28 drinques por semana representou 45% menos chances de apresentar demência como o mal de Alzheimer. Para as senhoras a redução foi de 27%.

Não, o figura da foto não fez parte do estudo.

A quantidade de doses varia de acordo com o estudo. Como são 15, a margem é maior, mas todos mostraram esse tipo de conclusão.

Somados, os levantamentos alcançaram 28 mil pacientes. Os estudos definiram o consumo leve a moderado de bebida de formas variadas, entre um e 28 drinques por semana.

Apesar de reconhecer que há outros fatores envolvidos, os autores apontaram o fato de que o álcool aumenta o colesterol bom (o HDL), o que reduz a coagulação do sangue e melhora a irrigação dos neurônios.

Como são responsáveis, eles alertam que para se ter "segurança geral" de que vale a pena consumir etílicos na velhice precisaria ser avaliada em relação "a todas as evidências disponíveis" sobre os efeitos à saúde.

O artigo está aqui. No New York Times, a notícia fica aqui.

Serra diz que é amigo dos pobres...

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No anúncio da redução da taxa de juros do Banco do Povo paulista (juro que nem sabia de sua existência), o governador José Serra declarou, segundo a Folha de S.Paulo, que é "amigo dos pobres". Clique aqui para ler o texto.

Como este Futepoca tem memória, vão algumas imagens de como o governador tratou recentemente seus amigos.

Na prisão de manifestantes em Heliópolis, depois de uma mãe de 17 anos ter sido assassinada pela Guarda Municipal de São Caetano (primeira foto). E na desocupação de uma favela no Capão Redondo.




Jogo de dois tempos

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Galo e Inter fizeram uma partida que pode ser claramente dividida em duas etapas. Na primeira, o time de Minas marcou muito bem e perdeu duas chances claras de gol. Na frente do goleiro, Rentería chutou por cima e Tardelli foi travado ao demorar muito para chutar. Aliás, parece que ainda não voltou do amistoso da seleção.


O inter finalizou apenas uma vez. Vale o adágio, jogou como nunca, para encerrar a partida perdendo como sempre. Mérito, no primeiro tempo, para o Roth, que jogaria com três zagueiros, mas mudou pro 4-4-2, dando sufoco nos gaúchos.

Como alegria de atleticano dura pouco, no segundo tempo Tite voltou com D´Alessandro no lugar de um dos três zagueiros e matou o jogo em 10 minutos, o primeiro gol saiu aos 5", o segundo aos 7" e, o terceiro, aos 15". Com toque de bola de um lado para o outro e grandes cruzamentos do Kleber, lateral que parece ter voltado a jogar.

Daí vem outra máxima, técnico, como juiz, a gente nunca pode elogiar. Reflexo do que ocorre em campo, porque quando toma um gol o time do Galo se perde completamente, Roth também fez das suas. Trocou o lateral direito Felipe, de 17 anos, por mais um volante. Depois, tirou Renan Oliveira, o mais lúcido na criação, e pôs Pedro Oldone (chamado pela torcida de Pedro, o cone). Para encerrar, com o time perdendo de três, tira um atacante para pôr mais um zagueiro. Medo de perder de mais e ficar sem emprego? Isso responde por que às vezes o time é tão covarde em campo.

Resta ganhar do Santo André no domingo para não despencar ainda mais na tabela e esperar a estreia das contratações e a volta dos jogadores contundidos. Se não, é só fugir do rebaixamento mesmo.

Quanto ao Inter, começou a jogar como campeão, como se esperava desde o começo do campeonato. Edu, contratado agora, entrou muito bem no time.

quarta-feira, setembro 02, 2009

Azeredo libera caricaturas durante eleições, mas mantém restrições a campanha na internet

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(No pé do post, tem atualização)

Foto: Jonas Pereira/Agência Senado
O título pode até ser um pouco maldoso com o relator do substitutivo do projeto de lei 89/2003, batizado criticamente de AI-5 Digital.

Acontece que o relator da minirreforma eleitoral na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado, senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) declarou que caricaturas e performances artísticas que apostem no sarcasmo sobre candidatos devem ser permitidas. Quem se sentir ofendido, que processe o autor por difamação.

Ufa! A piada tá liberada na campanha. Mas se exagerar, chame um adevogado.

A maldade do título está em atribuir a Azeredo o poder de interpretar uma lei que sequer foi aprovada – tarefa que caberia ao Judiciário.

Vale dividir a bronca com Wellington Valadares (PMDB-MG), que criticou uma imitação do humorista Tom Cavalcante de Leonardo Quintão, candidato do mesmo partido à prefeitura de Belo Horizonte. Deve ser este daqui. O pemedebista acha que esse tipo de piada visa a acabar com a imagem do candidato.

Por outro lado, o motivo da bronca ao tucano vai além do passado de cerceamento de direito à privacidade promovido pelo AI-5 Digital.

As modificações na legislação eleitoral – uma minirreforma – relatadas agora por Azeredo e assinadas em conjunto com Marco Maciel (DEM-PE), encarregado do tema pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT), preveem restrição a propaganda eleitoral na internet a sites noticiosos.

"Fica proibida a veiculação, no entanto, ainda que gratuitamente, de propaganda em sítios de pessoas jurídicas cuja principal atividade não seja a oferta de serviços noticiosos e sítios oficiais", mandou a matéria da Agência Senado.

Em 2008, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) definia que a propaganda pela internet era proibida fora da página do candidato – os famigerados domínios ".can.br". A medida avaliada como inconstitucional por Sérgio Amadeu, foi amplamente ignorada, mas meio mundo temia usar orkuts e facebooks e até blogues para emitir opiniões durante a campanha.

Com a formatação definida no Senado, diferente da criada na Câmara, mantém-se a confusão sobre o que pode ou não na internet. Por exemplo: um blogue que assumisse uma candidatura poderia ser campanha? Provavelmente, não, mas há margem para confusão.

A proposta ainda precisa ser aprovada no plenário do Senado e da Câmara dos Deputados novamente. Tudo até dia 30 de setembro.

Atualizando
O UOL soltou uma nota com alguns erros de informação, o Paulo Henrique Amorim radicalizou, e a confusão dos senadores está se misturando à da guerra de informações.

O artigo 57 previa a equiparação da cobertura de internet à de rádio e TV. Nos meios eletrônicos definidos por concessão pública, os candidatos nas disputas majoritárias devem ter o mesmo espaço dedicado em coberturas jornalísticas. Esse trecho veio da Câmara.

Nem é preciso dizer que se trata de algo inviável para a internet. A assessoria de imprensa do senador Aloizio Mercadante (PT-SP), disse que o parlamentar promete apresentar emenda supressiva deste item nesta quinta-feira (3). Quem viver verá (ou duvidará).

Vale notar que o nobre senador esteve em reunião de líderes do Senado para definir os pontos de consenso da minirreforma na noite de terça-feira (1º). Só se deu conta do tamanho da bobagem depois da grita geral.

O artigo 58 e 58-a definiam (e continuam definindo na proposta relatada pelo duo Azeredo-Maciel e aprovada pela CCJ) normas para direito de resposta na internet.

Outra parte do mal-entendido – e este é todinho de responsabilidade do Senado – diz respeito à propaganda eleitoral em sites de notícia. Apenas esse tipo de página, de teor noticioso, é que poderia dispor de anúncios apenas de candidatos à Presidência, desde que de mais de uma partido e ocupando menos do que um oitavo da página, com número limitado de inserções.

Para outros tipos de páginas – como institucionais de outras empresas, blogues e redes sociais – propaganda nem de graça. Ora, uma declaração de apoio a um candidato pode ser entendida como campanha – ou apologia, pra usar um termo bem pejorativo e policialesco – indevida, pode-se dizer que se lascou o debate na blogosfera. Mas isso já depende da interpretação da legislação. Pelo histórico do TSE, a projeção não seria muito favorável.

Aqui cabe outra crítica: o texto prevê um teto de 24 inserções para todos os meios, inclusive internet. Inserção na rede mundial de computadores é contada por impressões de página. Ou melhor, em lotes de mil impressões.

Se a coisa ficar como está, significa que nem os portais noticiosos vão faturar.


Mais atualização: Azeredo também promete emenda

Cerveja, uísque, história e política em Belfast

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Em visita a Belfast, capital da Irlanda do Norte, eu e o camarada mineiro Ricardo Otoni perguntamos por um pub tradicional e um cidadão local nos indicou o Whites Tavern (foto acima), o mais antigo da cidade. Seguimos as instruções, viramos à esquerda, na Winecellar Entry, e nos deparamos com um bequinho bem estreito. Pronto, lá estava o bar, fundado em 1630 e onde, segundo a inscrição sobre a porta de entrada, os irlandeses se reuniram por séculos enfrentando pragas, cólera, fome, duas rebeliões, os ataques aéreos alemães e a guerra entre católicos e protestantes. Lugar mágico. O teto é feito com toras de madeiras ancestrais, há uma lareira e uma sala para fumantes. Pequeno, simples, rústico, aconchegante - tudo o que um veredadeiro pub deve ser. Tomamos umas das melhores Guinness das Irlandas. E é claro que o bar tem ligação com os jornalistas, esses bêbados atemporais: o jornal Mercury foi fundado dentro do Whites, na década de 1850.

Bom, saindo de lá, passamos pelo palácio do governo, a imitação em escala menor do Big Ben (que, como a Torre de Pisa, está torto) e lavamos as mãos na Calder, a fonte mais antiga de Belfast (à direita). Trata-se de um monumento, digamos, ''ecologicamente correto''. Está escrito lá: ''Erguida como memorial a Francis Anderson Calder, fundador da Sociedade de Prevenção da Crueldade com Animais''. A data: 1859. A fonte fica próxima a uma agência de um banco chamado First Trust, o que nos levou a pensar que pode até ser a ''primeira confiança'', mas, se o banco quebrar, pode ser a última...

Depois demos umas voltas pelos bairros católicos e protestantes. Esses grupos não se misturam e, apesar de terem parado de se matar já há um bom tempo, ainda cultivam muito ódio religioso, com inscrições e bandeiras. O clima é de enfrentamento. Nos muros, os católicos exaltam o IRA (Irish Republic Army) e líderes como Bobby Sands (veja muro local abaixo), que morreu em greve de fome há 28 anos. O bairro parece uma cidade à parte.


Já no lado protestante, onde toda casa, prédio, loja ou bar ostenta solenemente uma ou várias bandeiras do Reino Unido e às vezes, como complemento, grafites e inscrições saudando a rainha Elizabeth, da Inglaterra (tem orgulho disso), o exército cultuado é o UVF (Ulster Volunteer Force), como na parede abaixo. Como estávamos em um ônibus com placa de Dublin, o ambiente, definitivamente, não nos parecia muito amistoso.



Pra arrematar, passamos pelos estaleiros onde onde o Titanic foi construído, há quase um século (à esquerda). Numa lojinha local, vi uma camiseta na qual estava escrita uma das melhores provocações jamais vista, ''Titanic: construído por irlandeses, afundado por ingleses''. Sensacional, pois trata-se da mais pura verdade! Outra camiseta mostrava o navio deixando o porto de Belfast com destino a Liverpool, com a seguinte legenda: ''Estava tudo certo quando saiu daqui''. Até pensei em comprar uma e mandar para a Thalita usar em Londres, mas pensei bem e não quis comprometer sua integridade física.

Antes da volta, passamos num supermercado para conferir que, realmente, o goró (principalmente destilado) custa bem mais barato no Reino Unido. Comprei uma lata de Jack Daniel's misturado com Coca-Cola (à esquerda) e trouxemos a cerveja inglesa Black Sheep Ale (à direita). Deliciosa - o que me estimula a apostar nesse tipo (ale) quando decidir, finalmente, produzir minha própria cerveja. Bom, essa foi uma pequena pitada de Belfast, com cerveja, uísque, história e política. Ficou faltando o futebol, mas o histórico irlandês não me animou a procurar alguma coisa por lá, não. Porém, se é por falta de link, não seja por isso: confiram o post que fiz sobre George Best, um dos maiores jogadores (e bebuns) de todos os tempos, legítimo filho da terra. Tanto que dá nome ao aeroporto de Belfast. É isso. See you!

Sem ter escrito nenhum livro, Collor é eleito imortal da Academia Alagoana de Letras

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O atual senador Fernando Collor de Mello (PTB) e ex-presidente do Brasil, foi imortalizado na manhã desta quarta-feira, 2. Ele, que ocupará a cadeira número 20 da Academia Alagoana de Letras, nunca publicou um livro mas afirma que está em vias de escrever "A Crônica de um Golpe”, a sua versão de tramoias que lhe arrancaram do Planalto. Já para se candidatar a cadeira de imortal, o senador entregou um amontoado de discursos. Mas o bom mesmo é saber que a a Academia Alagoana de Letras de Alagoas tem tanta vaga, que até quem nunca escreveu um livro tem a sua garantida....

Se já surpreende a imortalidade de Collor, as coisas ainda podem piorar. O poeta Ledo Ivo, único acadêmico alagoano membro da Academia Brasileira de Letras, apoia a indicação nacional de Collor. "Ele tem qualidades para ser indicado e eleito para a ABL", garante Ledo.

E é assim que temos mais um imortal na política, Sarney e Collor, os literatos. O que diria o escritor alagoano Graciliano Ramos em uma situação destas? Talvez isso:

"Bichos. As criaturas que me serviram durante anos eram bichos. Havia bichos domésticos, como Padilha, bichos do mato, como Casimiro Lopes, e muitos bichos para o serviço do campo, bois mansos. Os currais que se escoram uns nos outros, lá embaixo, tinham lâmpadas elétricas. E os bezerrinhos mais taludos soletravam a cartilha e aprendiam de cor os mandamentos da lei de Deus."

(Graciliano Ramos - São Bernardo)

terça-feira, setembro 01, 2009

Convocação para o sub-20 e os problemas de sempre

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Foto: Santos FC
A CBF anunciou nessa segunda-feira a convocação da seleção brasileira que jogará o Mundial Sub-20 do dia 24 desse mês a 16 de outubro, no Egito.

O grupo tem nomes plenamente desconhecidos do torcedor médio - até aí, essa deveria ser a regra de uma seleção de base. Afinal, tratam-se de garotos que têm menos de 20 anos e que, portanto, nem deveriam entrar em campo nos quadros principais das equipes a que estão vinculados.

Mas não é o que ocorre, e todos sabemos disso. Com a saída cada vez mais precoce de jogadores do futebol brasileiro, recorrer à garotada se tornou uma prática mais do que essencial em todos os times do futebol nacional.

Por conta disso, a lista do técnico Rogério Lourenço tem atletas que são titularíssimos em equipes desse Brasileirão.

O mais célebre é Paulo Henrique, o popular Ganso, camisa 11 do Santos e intocável na formação atual da equipe da Vila. Além dele, há outros como Sandro (Internacional, chamado recentemente para a seleção principal), Giuliano (também do Inter), Rafael Tolói (Goiás) e o corintiano Boquita, que não é titular do time de Mano Menezes, mas frequentemente vem sendo aproveitado.

É legal para esses garotos a oportunidade de jogar um campeonato mundial. Mas a torcida de seus times - incluindo este que vos fala - vai à loucura. Afinal, o Mundial será jogado no Egito enquanto o Brasileirão pega fogo por aqui e esses nomes farão falta, muita falta.

Serão no mínimo seis partidas de ausência.

O Santos, lamentavelmente, já disse que não vai solicitar a permanência de Paulo Henrique. Não sei a posição de Goiás e Internacional, postulantes ao título do Brasileirão.

Vale lembrar que a mesma CBF que tirará jogadores da disputa do Brasileirão, fez coisa igual durante a Libertadores da América e não se atreve a contestar a negativa quando um clube europeu se recusa a ceder um atleta - é só lembrar o que ocorreu em 2004, quando Kaká não pôde disputar o pré-Olímpico com o Brasil.

Sei que falar mal da CBF é chover no molhado, mas tem horas que não dá pra não o fazer.

Veja a lista completa dos convocados, acompanhada de uma boa análise, no Olheiros.

O Mundial
O Mundial Sub-20 tem 24 participantes e regulamento similar ao que a Copa do Mundo teve entre 1986 e 1994 - seis grupos de quatro equipes, com a classificação dos dois melhores de cada chave mais os quatro primeiros colocados. O Brasil está no Grupo E, ao lado de Costa Rica, República Tcheca e Austrália. A principal ausência do mundial é a da Argentina, que é (com sobras) a maior vencedora da história do torneio - são seis títulos. O Brasil busca o penta. O último triunfo canarinho foi em 2003, com um grupo que contava com nomes como Nilmar, Daniel Alves e Dagoberto.

Corinthians 99 anos: começa a festa do centenário

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O Corinthians completa hoje 99 anos de lutas, glórias e conquistas. Como estou no trabalho e de cabeça cheia, não conseguirei escrever nada tão bonito e emocionante como o belo texto do parceiro Ricardo, do Retrospecto Corintiano. Recomendo inclusive para os rivais – quem sabe aprendem alguma coisa.

Assim sendo, vou falar de questões mais práticas. Aniversário dá início a uma série de ações que deverão ser lançadas pela diretoria do clube para a comemoração do centenário do Timão, em 2010. A promessa é de grandes eventos o ano todo, servindo para comemorar a data e também para impulsionar os ganhos do clube.

Um site específico sobre o centenário foi lançado hoje, reunindo informações sobre as ações. Entre elas, está um concurso para a criação de uma logomarca do centenário. Também hoje aconteceu o lançamento, na Fazendinha, de dois relógios que farão a contagem regressiva até o 1º de setembro de 2010.

Capitalizando

O clube projeta uma arrecadação recorde no ano que vem, batendo em R$ 200 milhões. Boa parte viria, além de aumentos substanciais nas verbas de patrocínio, cotas de TV e receitas de bilheteria, de duas novas fontes de receita. Uma delas é a rede de lojas Poderoso Timão, que deverão atingir cem estabelecimentos até o final do ano. A conta de Luiz Paulo Rosemberg, diretor de marketing do Timão, é a seguinte: “Contando uma média de 60 ao longo do ano e considerando que cada uma pagará em média R$ 500 mil em royalties, teremos uma renda de aproximadamente R$ 30 milhões”, disse ao Lance!.

Outra parte viria de uma parceria com um grande banco nacional, a ser anunciada, para a criação de algo como um título de capitalização, o que renderia cerca de R$ 39 milhões (número bem certinho para uma estimativa...). Por enquanto, nesta seara do mundo das finanças, Andrés Sanches anunciou hoje um fundo de investimento para o futebol, parecido com aquele proposto pelo Palmeiras um tempo atrás, em que o Timão intermediará investimentos em um pacote de atletas, principalment oriundos da base do clube. A intenção é conseguir entre vinte e trinta milhões que ajudariam a manter um eleno forte. O Marcelo, do parceiro Vertebrais, insinua que esse projeto pode ser o embrião da tal parceria bancária.

Como não poderia faltar, apareceu também mais um projeto de estádio, numa reportagem do Jornal da Tarde - veja mais aqui, no Blog do Silvinho. Dessa vez, seria bancado por uma parceria com um fundo de investidores e construído em Itaquera, com capacidade para 60 mil pessoas. Andrés Sanches negou que seja um projeto oficial.

Deconsiderando o imponderável

De projetos para o centenário, aparentemente, estamos muito bem, obrigado. Mas tem sempre uns problemas. Primeiro, é claro, a sempre necessária ressalva do “tem que ver se vai virar” (sobre o estádio, por exemplo, só acredito depois da inauguração). Mas um dado grave é que tudo que se fala a respeito do centenário, desde o começo do ano, passa por um objetivo importantíssimo, mas fora do controle do clube: ganhar a Libertadores.

Claro que entre as promessas está um grande time, mas futebol é futebol, e mesmo que montassem uma seleção do mundo não seria possível garantir esse resultado. Garantir um time forte, que dispute tudo pra vencer, é uma coisa. Colocar um projeto deste tamanho na depenência de vencer uma competição de mata-mata é muito mais complicado.

Andrés Sanches veio hoje – de forma correta, mas tardia e meio contraditória – tentar botar alguma água na fervura. Enquanto isso, seus colaboradores mais próximos, como Rosemberg e o “intelectual” Mario Gobbi vivem falando da “obsessão corintiana”: “A Libertadores é uma fixação, uma obsessão. Existe um planejamento feito integralmente para isso. Asseguro que o time do ano do centenário vai ser o melhor em várias décadas”, disse Rosenberg, na semana passada, em Barueri, segundo o site do Globo Esporte.

Vão me chamar de corneteiro, de secador, e o cacete a quatro, mas... e se der errado (bate na madeira!)? Depois de toda a expectativa criada, ainda no primeiro semestre a tal da festa do centenário vai pra cucuias, junto possivelmente com um monte desse dinheiro previsto – e que poderia ajudar o clube a criar um projeto sustentável de fato para anos e anos a frente, o que certamente reverteria em ganhos futebolísticos. Não sei se será possível diminuir a “tensão pré-Libertadores” da Fiel, mas as posturas da diretoria não têm colaborado nesse sentido. Essa neurose aumenta a pressão sobre o time e acaba dificultando que o próprio objetivo seja alcançado. Enfim, alguma cautela e cerveja gelada (de minha parte, dispenso a canja) sempre fazem bem.

Todo Poderoso, aos 99

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Hoje, o Todo Poderoso Timão completa 99 anos! O Futepoca está reservando muita coisa para este ano, até completar o centenário. Grande e gloriosa Fiel Torcida, a mais bela e mais aguerrida do planeta!

Aproveito a oportunidade pra dar a notícia de um lançamento muito bom, que é um livro sobre o Corinthians para crianças, todo em quadrinhos, elaborado por ninguém menos que o Ziraldo. É realmente fantástico. Ele criou uma histórinha que conta todos os maiores feitos históricos do Timão, desde fatos antigos até histórias bem recentes. Todas as gerações vão se emocionar lembrando de grandes conquistas, viradas em jogos impossíveis, e grandes craques de todos os tempos. Do Neco ao Neto, do Luisinho "Pequeno Polegar" ao Marcelinho, o Basílio, os craques da Democracia Conrintiana (Sócrates, Casagrande, Wladimir, Zenon, Biro Biro), e por aí vai, são muitas conquistas e jogos relembrados.

Na sexta-feira, 4 de setembro, às 18 horas, o Ziraldo fará uma sessão de autógrafos na Livraria Saraiva do Shopping Center Norte. No sábado, às 16h, ele estará na Saraiva do Shopping Ibirapuera.

É isso! É nóis! É Timão! É Ziraldo! É só o começo do centenário! Guenta nóis!

segunda-feira, agosto 31, 2009

Azar, mas nem tanto

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POR MORITI NETO


Creio que uma onda de azar se abateu sobre são-paulinos e palmeirenses que escrevem no Futepoca. Pois, assim como o Anselmo, também tive problemas para assistir ao jogo. Isso, porque ia trabalhar no Morumbi...

Depois de duas horas esperando por uma autorização, sendo que eu realizaria entrevistas para um livro que conta parte importante da história do São Paulo, recebi um sonoro “não” e fiquei fora do estádio. Enquanto isso, promotores e policiais militares sem farda entravam e saiam numa boa pelo portão1, sempre na base da carteirada.

Assim, não consegui fazer o trabalho e por pouco não vi nada da partida. Não fosse a TV de um simpático bar, sequer teria visto o jogo a partir dos 15 minutos do segundo tempo. E, pelo jeitão da coisa, foi até bom ter ficado sem ver o resto.

Pelo que pude perceber nos trinta e poucos minutos que assisti – e também pelo que escutei – a correria e a falta de talento predominaram em campo, num jogo acovardado, em que os times “se respeitaram” demais. Assim, parece que o 0x0 ficou de ótimo tamanho, traduzindo a mediocridade que imperou nas quatro linhas Para quem viu confrontos de outras épocas entre tricolores e alviverdes a coisa é frustrante. E nem é preciso ir tão longe assim, basta lembrar de vários São Paulo x Palmeiras da não tão longínqua década de 90.

Não nego que tinha esperanças de que o campeonato melhorasse tecnicamente no returno. Bobagem. Se num clássico com tantos ingredientes que poderiam colaborar para uma boa partida só foi possível observar marcação e bicões para área, o que esperar das demais rodadas? Pode-se até pinçar um ou outro jogo aqui e ali, mas o Brasileirão deste ano é ruim de dar dó...Das torcidas, claro. Enfim, talvez o azar não tenha sido tão grande...


Moriti Neto é torcedor do São Paulo e escreve sobre o Tricolor Paulista no Futepoca. Qualquer são-paulinismo exacerbado não é de responsabilidade de quem publica, hehe...

Domingo teve de tudo, menos futebol

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Até poderia ser, mas não é uma crítica à qualidade da apresentação de São Paulo e Palmeiras pelo campeonato Brasileiro. O domingo sem futebol nada é o meu, não necessariamente o 0 a 0 sediado no Morumbi e bastante criticado por quem o assitiu. De mudança para um apê onde a energia elétrica estava cortada, não vi nada.

Claro que a transferência da mobília foi no sábado, mas ao domingo coube todo o resto da acomodação. E sem força nem poder fazer barulho, foi uma experiência nova, nada agradável, cujos detalhes nem merecem mais linhas.

Eu ainda poderia ter ido ao bar mais próximo acompanhar a partida, mas a casa de cabeça para baixo me impedia.

Mesmo assim, imaginava, eu poderia acompanhar o placar pela vizinhança e seus gritos. A única manifestação ocorreu às 13h, antes da peleja ter início, depois de estourarem fogos de artifício na região. Imediatamente após o estrondo, um vizinho gritou: "Vai, Tricolor!"

Felizmente para mim, o Tricolor não foi. Infelizmente, tampouco o Verdão resolveu, e tudo ficou como começou. Durante o jogo, o silêncio foi sepulcral.

Também teve briga de torcida, o que poderia dar outra conotação para o título do post. Mas também só fiquei sabendo disso nesta segunda-feira, 31.

Sem assunto
Tive a confirmação de a ausência de gritos da vizinhança representava um jogo morno ao escutar comentários sobre o excesso de marcação de ambas as partes, a atenção desproporcional conferida ao técnico Muricy Ramalho e até à camisa social de Ricardo Gomes. Vai ver aconteceu pouca coisa relevante durante os 90 minutos.

Muito mais futebol assistiu quem optou por Vitória e Cruzeiro ou Botafogo e Grêmio.

Como o Goiás tomou uma surra de 4 a 0 do Inter, em Porto Alegre, o Palmeiras expandiu para três pontos de vantagem sobre o segundo colocado. À frente do Colorado e do São Paulo, terceiro e quarto, respectivamente, são quatro pontos. Caso os gaúchos vençam o Atlético-MG no meio de semana para se igualar em número de jogos, a diferença será de apenas um ponto.



Na próxima partida, contra o Barueri no Palestra Itália, há a obrigação do líder do campeonato de vencer para manter a vantagem em número de pontos segura e a expectativa de estreia de Vagner Love.

Visão alheia
Ao que consta, foi um jogo de volantes. E o empate não ficou tão ruim para o Palmeiras. Apesar das poucas chances criadas, os goleiros foram destacados em coberturas de jornal, mas os jornais que vi destacaram fotos em que Diego Souza aparece marcado ou dividindo bola, aos agarrões.

E o Sport perdeu dois pontos no Mineirão

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Se alguém tem algo a reclamar no empate entre Galo e Sport, ontem, no Mineirão, é o time pernambucano. Teve chances de marcar pelo menos três gols, gol anulado e deveria ter saído com os três pontos. Com o empate, perdeu dois.


Difícil falar o que vem acontecendo com o time do Atlético. Há desfalques sim, mas a explicação está, principalmente, no fato de as principais peças pararem de jogar. Tardelli e Éder Luís não conseguiram fazer uma jogada sequer. A defesa, com Welton Felipe e Werley, se desestruturou com as saídas por contusão dos volantes Jonilson, Serginho e Márcio Araújo.

Roth teve de apelar mais uma vez para garotos, inclusive o lateral direito Felipe, de 17 anos. Mas fazer o que se o elenco não segura a onda, problema do próprio Galo, os adversários não têm nada a ver com isso.

Contra op Inter, na quarta, no Beira Rio, sei lá que time joga. Se estrearem, o Corrêa e o Jorge Luiz teremos, pelo menos, banco. Se não, será de novo um festival de meninos contra um Inter que, parece, resolveu jogar.

As perspecticas são sombrias, mas, para variar, estarei torcendo até o último minuto, mesmo com uma possível goleada dos colorados. E domingo vou a Santo André, mesmo que seja para sofrer. Atleticano não desiste nunca, mas sofre (ufa)...

domingo, agosto 30, 2009

São Paulo e Palmeiras do mundo virtual

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Claro que vão dizer que o Futepoca é chato, pega no pé da grande mídia e numseiquelá, numseiquelá, numseiquelá. Mas ver essa derrapada do G1, que manteve esse resultado depois de um glorioso 0 a 0 no clássico paulista, é divertido. Isso é erro ou torcida das Organizações Globo, dona do futebol tupiniquim, por um joguinho melhor do que ele foi de verdade?

(Clique na imagem acima para ver melhor)

sexta-feira, agosto 28, 2009

Tucanos à venda

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Notícia interessante que acabou de ser inserida no blog da InNews: o site da juventude do PSDB será colocado a leilão. A venda incluirá o blog que está no site e também um poderoso mailing com 8 mil notas.

Quem está à frente do processo é a agência Insight. Segundo o que diz o post da InNews, o motivo da venda é o violento calote que os dirigentes tucanos deram na agência. Por quatro anos, de 2005 até o corrente 2009, o site (e serviços correlatos) foi mantido no ar sem que houvesse um pagamento devido.

"É um ato de protesto, uma forma de demonstrar que nós não nos conformamos com os desmandos da classe política brasileira e com a postura dos ocupantes de cargos públicos", diz o texto.

O leilão será feito pelo site Mercado Livre.

E aí, alguém a fim?

Num mundo ideal...

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Vale a pena reproduzir a tirinha dos Malvados, de André Dahmer

Gilmar Mendes com nariz de palhaço. Quem acredita que foi erro na impressão?

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A capa do jornal Correio Braziliense desta sexta-feira traz um cartão vermelho estourado com a seguinte chamada "Cartão Vermelho à gastança do Senado".

Logo abaixo vem uma foto do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, com uma "espécie de nariz de palhaço", tanto na versão impressa quanto na virtual, e a seguinte manchete "STF libera candidato Palocci". Vale lembrar que está semana, o senador Eduardo Suplicy (PT), em mais uma ação midiática, deu um cartão vermelho para o senador José Sarney e pediu sua renúncia.

A pergunta que não quer calar é: Quem acredita que foi erro na impressão?

Palocci viu mas não olhou e as eleições de 2010

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Foi curiosa a justificativa do voto do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) pelo arquivamento da denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal a partir de inquérito da Polícia Federal contra Antonio Palocci. O deputado federal e ex-ministro da Fazenda era acusado de ter mandado violar o sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa, que testemunhava na mídia e na CPI dos Bingos sobre a "República de Ribeirão", uma mansão onde havia festas (ou orgias) com lobistas.

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
"Não há dúvida quanto ao recebimento por Palocci dos extratos, mas não foi ele quem acessou a conta, e sim, funcionários da Caixa, autorizados por suas competências funcionais a acessar os dados".

Então ele recebeu os extratos, mas não violou. Teve com a papelada em suas mãos, mas não olhou.

À minha cabeça (fervilhando bem menos do que a do réu na foto) veio a famosa declaração do ex-presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, quando disputava a eleição, em 1996. Inquirido se já havia fumado maconha, ele respondeu: "Fumei, mas não traguei". Tudo bem que o legado de Monica Lewinsky e do promotor Kennedy Star e as aulas sobre o que é ou não relação sexual teve mais projeção do ponto de vista do folclore político.

O agora defensor da descriminalização das drogas Fernando Henrique Cardoso teria dito: "fumei mas não gostei". O condicional "teria" se justifica por todo o ranço dos desmentidos à ainda mais polêmica "esqueçam o que eu escrevi".

Por outro lado, é melhor o ex-ministro se safar com o "vi mas não li" do que com um "me perseguem pelo que eu represento pra..." em que "..." pode ser substituído por "a esquerda deste país", a luta de algum setor da sociedade, a liberdade de expressão, a governabilidade da gestão do presidente Lula etc. E aqui não quero desprestigiar os representantes do que quer que seja, porque essa é ainda uma retrospectiva por vir.

O Palocci era alvo de denúncias porque era quem faltava atacar na cúpula do governo, depois das quedas de José Dirceu e Luiz Gushiken, em 2005.

Mas ele poderia representar uma candidatura que empolgaria menos a petistas do que a certos setores do empresariado. O passado trotskista, com direito a passagem pela Libelu e tudo, se transformou em uma trajetória no comando da economia de opções conservadoras. Apesar de ele considerar natural a reação do PT à época, não quer dizer que o ressentimento entre os críticos tenha passado. Mesmo ele se considerando certo ao fazer o que fez na economia, não quer dizer que não poderia ter sido mais favorável ao crescimento.

Então, se fosse para representar algum setor, teria gente que diria que ele representou a "traição" do governo de Lula. Outros diriam que representou uma das faces pragmáticas da gestão. Outros a simples oportunidade que as pessoas têm de mudar de ideia.

Mas esse retrospecto, aliado às 21 denúncias arquivadas – a maioria por falta de provas – contra ele durante suas gestões como prefeito de Ribeirão Preto e como ministro da Fazenda, tornam-no "o cara" de Lula para enfrentar o PSDB de José Serra e Geraldo Alckimin em São Paulo em 2010? O Emídio de Souza, então pré-candidatíssimo, já disse que sim.

Pessoalmente acho que não é tão simples.

A ciência do óbvio: abstêmios são mais depressivos

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Saboreando uma deliciosa lata de Guinness (presenteada por um chapa) aqui no bunker (a cozinha do porão onde moro), me deparo com a seguinte notícia no tablóide local: cientistas britânicos e noruegueses comprovaram que os teetotallers - abstêmios ou, pra tentar ums gíria nossa, os de "bico seco" - tendem a ter as piores e mais inadequadas relações sociais, ou pior, alta deficiência de sociabilidade. E, consequentemente, altos níveis de ansiedade e depressão, problemas mentais e de saúde.

"Não-bebedores são mais sombrios e tem menos amigos. Nós vemos que esse grupo é socialmente menos ajustado do que outros", diz o líder da pesquisa, Dr. Eystein Stordal, da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia. "Geralmente, quando as pessoas estão com amigos, é mais aceitável nas sociedades ocidentais beber do que não beber. Mas o cientista faz uma observação beeem moderada: "As pessoas mais felizes são aquelas que costumam beber duas taças de vinho, uma garrafa de cerveja ou uma dose de spirits (bebida destilada) por semana". Quem consegue beber só isso?

A pesquisa abordou um público significativo de 40 mil noruegueses sobre sua saúde mental e física e consumo de álcool no período de duas semanas. Do total, 15,8% dos abstêmios disseram que sofrem de depressão, e 17,3%, de ansiedade. A maioria é composta por mulheres e pessoas mais velhas (e também confessaram ter outros problemas de saúde). Os cientistas derrubaram um mito: "A depressão é muito mais frequente entre os abstêmios do que entre aqueles que consomem altas quantidades de álcool".

Ps.: Falando em Guinness, foi lançado ontem, aqui na Irlanda, um selo comemorativo aos 250 anos da cervejaria, com o rosto do fundador, Arthur Guinness. O lançamento foi feito na cervejaria St. James's Gate, em Dublin. Para a arte do selo, foi usado um retrato do século 18 (à esquerda). Com o sabor inigualável da stout irlandesa ainda reverberando em minhas (felizes) papilas gustativas, só posso brindar à bela iniciativa - e em bom gaélico: Slantcha!

quinta-feira, agosto 27, 2009

Empate medíocre em Barueri

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Corinthians e Grêmio Barueri fizeram um jogo medíocre nesta quarta-feira, na Arena Barueri. A nota vem da média entre um primeiro tempo horroroso e um segundo mais interessante, especialmente por parte do time do Parque São Jorge.

O jogo começou com mostras de que seria, no mínimo, agitado: aos 20 segundos, Flavinho já abriu o placar para os donos da casa. Daí em diante, o Barueri reduziu o ritmo e tentou contra-atacar. A iniciativa coube ao Corinthians e o jogo ficou horrível.

O Timão reserva (de titular mesmo só Elias e Jorge Henrique) não conseguia articular uma jogada sequer. Os jogadores corriam, corriam, mas o jogo não saia do lugar.

No segundo tempo, Mano Menezes fez o óbvio e sacou Henrique para colocar Souza. Sim, meus amigos, Souza é a escolha óbvia para o comando do ataque enquanto Ronaldo não voltar. Henrique e Bill são simplesmente inoperantes. Esforçados, admito, mas inoperantes.

O time melhorou bastante, seja pela conversa do vestiário ou pela mudança de centroavante. E Souza sofreu pênalti que Marcinho converteu. Pouco depois, Elias, o melhor jogador do Corinthians, acertou um tirambaço na forquilha de fora da área. Golaço e virada.

O time continuou melhor que o Barueri e teve mais algumas chances interessantes. Mas foi o time da casa que fez o seu, numa falha de posicionamento do zagueiro Paulo André. A zaga reserva, aliás, mostra impressionantes falhas de entrosamento e cobertura.

No final, foi menos pior do que o primeiro tempo prenunciou. Tivemos ainda a volta de Marcelo Oliveira, que deverá ocupar a lateral esquerda. Jogou uns vinte minutos, mas mostrou mais noção de posicionamento para ocupar a posição que Marcinho. O meia, aliás, não me parece ser mau jogador, só não sabe atuar na lateral. De repente, pode ser uma opção para a vaga do apagado Morais.

Agora, Mano tem mais uma semana inteira para treinamentos e para esperar boas notícias do departamento médico. Parece que Felipe e Chicão devem voltar contra o Santos. Tomara.

Contratações

Parece que o meia argentino Matias Defederico vai mesmo assinar com o Corinthians nessa semana. O Huracán reclamou muito da forma como foi conduzida a negociação, mas notícias dão conta de que assinou a liberação. Nunca vi o moço jogar, mas tem uns vídeos com belas jogadas dele rodando por aí.

Além dele, o volante Marcelo Mattos parece ter acertado seu retorno ao Timão. Será um empréstimo por um ano. Assumirá o lugar de Moradei no time, substituindo Christian. Fiquei impressionado de ler a idade do cara: 25 anos. Achava que ele já era mais veterano.

Com Marcelo Mattos, talvez Mano tente um Lozango no meio, com Edu na esquerda, Elias na direita, e Matias pelo meio, como ponta de lança. Até porque o argentino, pelo que ouvi falar, não tem o toque de bola como característica, sendo um jogador mais de penetração. Nessa formação, sairia Dentinho ou Jorge Henrique. Se não for por aí, Edu deverá ficar no banco. Enfim, o time ganha mais opções e Mano alguns bons problemas para resolver. Tomara que estréiem logo e bem, que a coisa tá feia.

Marcha contra o aborto e acordo com Vaticano agrava a falta de laicidade do Estado brasileiro

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Que todo mundo sabe que o Estado brasileiro tem quase nada de laico, não é novidade. Mas esta semana em Brasília dois eventos estão marcando o aprofundamento das relações Estado- Igreja, em detrimento do debate democrático.

O primeiro é o Projeto de Decreto Legislativo (PDC) 1736/09, aprovado por deputados na noite desta quarta-feira, 26, e que dispõe sobre o acordo firmado entre Brasil e Vaticano que, em suma, institui o Estatuto Jurídico da Igreja Católica no Brasil.

De nada adiantou protestos de evangélicas, ateus, adeptos de religiões afros, a Câmara aprovou ontem o acordo que já havia sido assinado em novembro do ano passado pelo presidente Lula. Triste, mas a educação já tão afastada do cotidiano de seus alunos, agora vai ter uma corrida pela catequização, afinal o texto prevê o "ensino religioso católico e de outras confissões religiosas, de matrícula facultativa", como disciplina dos horários normais de escolas públicas de ensino fundamental.

O texto aprovado também entra no campo trabalhista, uma vez que está previsto que “fica determinado que a atuação de ministros ordenados e fiéis consagrados não geram vínculo empregatício com as dioceses ou institutos religiosos em que exerçam a atividade religiosa”. A íntegra do projeto aprovado pode ser verificado aqui. Já a matéria segue para o nosso hilário Senado.

Agora, o outro vacilo de nosso governo diz respeito ao show contra o aborto, que acontece neste domingo, 30, na Esplanada. Chamada de 3ª Marcha Nacional da Cidadania Pela Vida, o evento conta com a participação de Elba Ramalho e pasmem, a manifestação foi financiada com dinheiro público. Foram R$ 143 mil do Fundo Nacional da Cultura, um fundo público do Ministério da Cultura para financiar projetos e ações culturais. O recurso foi garantido através do projeto "Cultura, Cidadania e Vida", apresentado no ano passado pela ONG Estação da Luz, do Ceará, e que ganhou uma emenda parlamentar do deputado Luiz Bassuma (PT-BA), que preside a Frente Parlamentar em Defesa da Vida e Contra o Aborto.

Justamente pela complexidade do assunto, dinheiro público não deveria financiar uma marcha contra ou a favor do aborto. O estímulo deveria ser para o debate e para a informação da sociedade.

Se alguém tiver interesse, segue links interessantes: Você é a favor ou contra o aborto? Vai pensando aí, Católicas pelo Direito de Decidir, entrevista com a diretora do filme “O aborto dos outros”, "Magnitude do aborto no Brasil: Aspectos Epidemiológicos e Sócio-Culturais", "Histórias de mulheres em situação de violência e aborto previsto em lei".

Se fosse uma vitória, seria perfeito

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Serei sincero aos leitores: prefiro ver uma vitória meia-boca do meu time do que um bom jogo do qual o Peixe deixa o campo sem os três pontos na conta. Então seria hipocrisia da minha parte dizer que fiquei satisfeito com o que vi nessa quarta. Mas, apesar disso, não posso dizer que deixei o Urbano Caldeira fulo da vida.


Afinal, Santos e Inter fizeram um duelo cheio de alternativas e bons momentos de futebol de ambos os lados. Três gols para cada time e uma emoção que perdurou até o apito final.



O início meteórico do Santos sugeria até uma goleada. Nem bem se contavam 15 minutos de jogo e o Peixe já vencia por 2x0. Mas aí o Inter mostrou sua qualidade ofensiva - e o Santos, defeitos a retaguarda que não se resolvem nem por reza brava - e o Colorado empatou. Veio o intervalo, no segundo tempo o Inter foi à frente, o Santos buscou o empate e talvez até merecesse a vitória.

Defino como dois os principais aspectos positivos da partida. O primeiro é a recuperação - ao menos temporária - de Kléber Pereira. Centroavante vive de fazer gols. Se não faz, não há "pivô", "parede", "movimentação" que deem conta do recado (e nem isso Pereira vinha fazendo). Mas Pereira fez um belo tento contra o Goiás e hoje mostrou confiança para ir às redes duas vezes. O primeiro gol foi um golaço e o segundo teve certo grau de dificuldade, o que valoriza a conquista.

Outro ponto digno de nota foi a determinação do time. Pode se falar tudo do Santos de hoje, menos que o time foi relapso. Faltou atenção e até mesmo qualidade, mas não empenho para buscar os três pontos.

Em termos negativos, é preciso que se ressalte a péssima atuação (mais uma) do setor defensivo do Santos. Nem Felipe, que havia mostrado qualidade contra Goiás e Cruzeiro, foi bem hoje. O miolo de zaga assistiu ao Internacional fazer os gols e Rodrigo Souto, que deveria dar o primeiro combate (principalmente após o intervalo, quando Rodrigo Mancha deu lugar a Germano) fez uma de suas piores atuações pelo Santos.

Evasão
Pra fechar, mais um questionamento da série "perguntas mais do que manjadas, mas que sempre devem ser feitas": o que foi o público oficial da Vila Belmiro hoje? A contagem marcou menos de 8 mil pessoas e arrisco dizer que tinha muito mais gente por lá. Na contagem oficial, a Vila Belmiro pode receber 20 mil pessoas. Pergunto ao presidente santista Marcelo Teixeira: o senhor se responsabilizaria em chamar 12 mil pessoas na rua e convidá-las para o estádio?

quarta-feira, agosto 26, 2009

"Jogo aberto" é campeão da Baixaria na TV em 2009

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Foto: Vicky Almeida/Divulgação
O programa esportivo "Jogo Aberto", da TV Bandeirantes, foi o campeão de reclamações colhidas na campanha "Quem Financia a Baixaria é Contra a Cidadania". Na 16ª edição do Ranking da Baixaria na TV, a atração apresentada pela jornalista e ex-miss Brasil Renata Fan recebeu 10% do total de queixas de telespectadores – 88.

As reclamações estavam relacionadas ao desrespeito às torcidas de futebol, incitação à violência e vocabulário impróprio para o horário – 11h30 de segunda a sexta-feira. Além da bela apresentadora, o programa tem ainda Neto e Oscar Roberto Godói, além de Mauro Beting, Ulisses Costa e Osmar de Oliveira.

A campanha "Quem financia..." é uma iniciativa da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados. As denúncias de conteúdo impróprio e contrários à dignidade humana são feitas pelo site www.eticanatv.org.br e pelo Disque Câmara (0800 619 619).

Confira os agraciados
1º lugar - "Jogo Aberto"
TV Bandeirantes
88 denúncias
Desrespeito às torcidas de futebol, incitação à violência, vocabulário impróprio para o horário.


2º lugar - "Pânico na TV"
Rede TV!
69 denúncias
Exposição de pessoas ao ridículo, apelo sexual, palavras de baixo calão.


3º lugar - "SuperPop"
Rede TV!
33 denúncias
Excesso de nudez e exposição de pessoas ao ridículo.


4º lugar - "Na Mira"
TV Aratu/SBT - Salvador/BA
31 denúncias
Sensacionalismo, apologia à violência e desrespeito à pessoa humana.


5º lugar - "Se liga Bocão"
TV Itapoan/Record - Salvador/BA
22 denúncias
Desrespeito à pessoa humana, incitação à violência e incitação ao ódio.


Vale notar que dois programas são da Rede TV!, ambos reincidentes. Enquanto o de variedades comandado por Luciana Jimenez já esteve lá em 2006 e 2008, o humorístico só compareceu no ano passado. Era na emissora que João Kléber apresentava um programa Tarde Quente, suspenso em 2005 para exibição de direito de resposta de movimentos sociais (não achei o vídeo no Youtube).

No caso das retransmissoras de Salvador, a situação é distinta. Trata-se de programas do gênero policialesco que, a julgar pelas reclamações, deixam José Luís Datena para trás.

Liédson é seleção

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Agora é oficial: o atacante Liédson, do Sporting, é o mais novo jogador da seleção portuguesa.

Liédson é baiano, e mora em Portugal desde 2003, quando iniciou sua trajetória no Sporting. É ídolo no clube, pelo qual foi artilheiro do Portuguesão em duas ocasiões, nas temporadas 2004/5 e 2006/7.

Sua naturalização já era dada como certa há algum tempo - e gerou protestos por parte do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol.

Mas agora está confirmada. Esperemos para ver Liédson em ação com a camisa encarnada. Vale lembrar que a situação de Portugal nas Eliminatórias europeias tá longe de ser tranquila. O time hoje é o terceiro colocado no Grupo1, atrás de Dinamarca e Hungria. Apenas o campeão de cada chave garante vaga direta na Copa; os oito melhores segundos colocados definem as vagas restantes em mata-matas.

Na Irlanda do Norte, adolescente com problemas no fígado foge do hospital para beber

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De fato, os irlandeses são fortes concorrentes ao título de maiores manguaceiros do mundo: na última sexta-feira, um adolescente em tratamento por insuficiência no fígado saiu do hospital na cidade de Dundonald, na Irlanda do Norte, e foi direto para o pub Old Moat Inn, do outro lado da rua. Gareth Anderson, de 19 anos (foto), usava os chinelos do hospital e segurava uma agulha pingando. Pediu um pint (copo de 568 ml de cerveja), mas o bar não atendeu o pedido. "Eu não sei no que ele estava pensando", disse o pai de Gareth, Brian Anderson. "Ele me disse que também não sabe. Acho que ele precisa de ajuda - trata-se de alcoolismo, mas há problemas mentais aqui também", acrescentou. Gareth sofreu insuficiência hepática aguda no início do mês, depois de beber 30 latas de cerveja em uma festa. E o pai ainda desconfia: "Ele pode muito bem ter bebido mais do que disse". Depois da tentativa desesperada, o adolescente foi transferido para o King's College Hospital, em Londres. Os médicos dizem que ele pode ter menos de duas semanas de vida. Pô, então por que não deixaram o pobre coitado realizar seu último desejo??!? A crueldade humana sempre me surpreende.

Acharam o Belchior!

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Depois que o Fanático (o show da vítima) alertou e o jornal inglês The Guardian repercutiu, uma busca internacional acabou localizando o cantor cearense Belchior - veja foto abaixo. Depois sou eu que bebo...

Maldade, baixaria, escatologia

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Brasileiro é uma raça que, às vezes, faz a gente passar vergonha. Tava todo mundo reunido na casa de uma amiga, depois do almoço, e o cidadão se levantou às pressas, em direção ao banheiro, alertando em alto e bom som: ''Peraí que eu preciso matricular o Pelé na aula de natação''...

Suplicy mostra cartão vermelho para Sarney

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Desta vez não teve Bob Dylan, nem Racionais, nem Cat Stevens. O impagável senador Eduardo Suplicy (PT) apelou para o discurso futebolístico, afim de mostrar toda sua insatisfação com os rumos da política brasileira
Ele que já fez gol no Zidane, agora driblou a posição de seu partido, subiu na tribuna do Senado e sacou um enorme cartão vermelho, destinado para senador José Sarney (PMDB), que já não se encontrava mais no plenário. “Se há uma forma de o povo brasileiro compreender bem o que isso significa é nós falarmos a linguagem do esporte mais popular do Brasil. Ali (no Conselho de Ética) eu estava na função de juiz. Era o terceiro suplente e não chegou a minha vez de dizer o meu voto. Então, o que faz um juiz no campo de futebol para que todos entendam? Apresenta um cartão vermelho. Nessa altura, o melhor passo para a saúde do Senado e do próprio presidente Sarney é simbolizado neste cartão vermelho. Que ele deixe a presidência e possa permitir que o Senado volte aos seus trabalhos normais”, explicou Suplicy.
Em seguida, o senador bateu-boca com Heráclito Fortes (DEM), que saiu em defesa de Sarney. Heráclito também recebeu cartão vermelho de Suplicy. Já para Heráclito, o senador deveria mostrar o cartão ao presidente Lula, que por sua vez deu o cartão amarelo para o "irrevogável" líder do PT, Aloizio Mercadante.
A sessão, que era presidida pelo senador Mão Santa (PMDB), acabou ganhando a solicitação do próprio, pelo encerramento do bate-boca, afinal quem estava com o "apito era ele" e até "futebol tem fim".

Confira o vídeo e aproveite para participar do Troféu Cara-de-mamão de xingamentos: Senado.
Para ajudar ainda mais na inspiração, vale conferir o infográfico produzido pelo G1, com os melhores xingamentos no Senado.

terça-feira, agosto 25, 2009

Redução da jornada de trabalho é inserida no Manguaça Cidadão

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A gente não tinha pensado nisso, mas faz muito sentido, por isso vamos incorporar: a reivindicação das centrais sindicais, apoiada pelo ministro Carlos Lupi de redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais entra como item do Manguaça Cidadão, programa social-manguaça defendido pelos membros do Futepoca com crescente apoio na sociedade brasileira.

A sugestão (inspiração, talvez) veio, ainda que de maneira torta, do deputado federal Nelson Marquezelli (PTB-SP), que participou das discussões ocorridas nesta terça-feira no Congresso sobre a Proposta de Emenda Constitucional 231 de 1995, de autoria de Inácio Arruda (PCdoB-SP). A frase que nos iluminou foi citada pelo parceiro Margens: Reflexões Sociológicas, que relata ter ouvido o nobre parlamentar em entrevista à rádio CBN (e bota o áudio para provar). Teria dito Marquezelli:

"Se você reduzir a carga horária, o que vai fazer o trabalhador? Eles dizem, vai para casa, para ter lazer. Eu digo: vai pro buteco, beber álcool. Vai pro jogo. Não vai pra casa. Então veja bem, aí é que está o mal. O mal está nele gastar o tempo no que ele quiser, se [ao contrário] podemos deixá-lo produzindo para a sociedade brasileira..."

Para quem duvida, acesse o Margens que eles têm o áudio para provar. A gente pensou aqui que faz sentido, o cidadão ter mais tempo para beber é algo totalmente dentro dos princípios democrático-etílicos do Manguaça Cidadão. Afinal, além de gerar empregos, como mostra o Dieese, a proposta visa aumentar a qualidade de vida do cidadão. Espero que o Marquezelli não se incomode. Menos tempo no trabalho, mais tempo no bar!

Campanha cívica

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Tem circulado por e-mail, mas vale a pena divulgar.

Governo malaio quer evitar que modelo seja vergastada por ter bebido cerveja

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Claramente preocupado com a imagem da Malásia no exterior, o primeiro-ministro daquele país, Najib Razak (à esquerda), incitou hoje a modelo muçulmana Kartika Sari Dewi Shukarno, de 32 anos (abaixo), a recorrer da sentença que a obriga ser vergastada com seis bengaladas por ter sido flagrada bebendo cerveja num hotel, em 2007. As autoridades religiosas da Malásia adiaram ontem a execução da sentença até ao fim do mês sagrado do Ramadan, recém iniciado. Kartika Shukarno também foi multada em 5 mil ringgits malaios (cerca de 1.000 euros). E não só não recorreu como até disse que gostaria que a pena fosse executada em público, para toda a gente ver como é que no seu país se trata uma cidadã muçulmana que se atreve a ingerir álcool. O primeiro-ministro garantiu que não vai interferir nos tribunais religiosos que aplicam a sharia (lei islâmica), paralelos aos tribunais civis, mas observou que há formas para Kartika recorrer da brutal sentença.

"Creio que as autoridades em causa são sensíveis a esta matéria e que compreendem as implicações do caso. Acho que a pessoa em causa deveria recorrer para as autoridades estatais e não estar tão disposta a aceitar o castigo", acrescentou o chefe de Estado. Os críticos desta espécie de castigo dizem que o caso ameaça prejudicar a imagem internacional da Malásia. Segundo a Anistia Internacional, mais de 35 mil pessoas foram vergastadas ou chicoteadas naquele país, desde 2002 (veja exemplo na foto abaixo) - a maioria, frisa a Anistia, imigrantes em situação irregular. Os muçulmanos constituem 60% dos 27 milhões de malaios e estão proibidos de ingerir álcool. Só estão liberadas as comunidades de etnia chinesa e indiana.

Pedro Simon dá o tom em vídeo divulgado por boletim do PSDB

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Chegou em uma de minhas contas de e-mail um boletim do PSDB com o assunto: "Lula, Collor, Sarney – você viu o que eles disseram?‏" A mensagem é assinada por Eduardo Graeff, cientista político e ex-assessor da Presidência da República.

A mensagem faz parte de uma sequência que o partido tem enviado aos contatos de seu site pedindo atualização de cadastro e apoio para a eleição de 2010. Quem mandou pedir notícias sobre a legenda?

O objetivo da ação é atrair simpatizantes para "virar o jogo" das eleições de 2010, na busca pela "a melhor equipe de apoiadores", "capaz de combater a máquina do Governo e do PT".

Para isso, usam o vídeo O Brasil não é problema deles, uma montagem de trechos de discursos de José Sarney (PMDB-AP), presidente do Senado, Fernando Collor de Mello (PTB-AL), senador e ex-presidente, Lula e Dilma Rousseff (PT-RS). A estratégia é colar os petistas aos ex-mandatários da nação.

Até aí, tudo normal, estratégia de partido de oposição que também já está com os dois pés nas eleições do ano que vem. Pode-se criticar o vídeo ou elogiar a montagem ou dizer o que se quiser. Não fosse por um detalhe.

Quem dá o tom crítico à edição, aquele que manda as estocadas e ironias é ninguém menos que o tucano... Pedro Simon (PMDB-RS)?

Ué!? O senador gaúcho refere-se a seu partido como o "MDB", para lembrar que ele está lá há muito tempo. Não tem oficialmente nada de PSDB, mas está lá no vídeo como o único que não leva pedrada. E nenhum outro tucano está no vídeo. Onde estão Arthur Virgílio (AM), Tasso Jereissati (CE), Álvaro Dias (PR)? São 13 os membros do partido no Senado, e recorreram a um (pra lá de crítico) integrante do partido de José Sarney para fazer o trabalho.

Será que, sob os olhos do diretório nacional do PSDB, os senadores tucanos estão fora do tom?

Confira:

segunda-feira, agosto 24, 2009

Vídeo mostra moradores de rua ateando fogo na revista Veja

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Moradores de rua atearam fogo em exemplares da revista Veja, em São Paulo. Video mostra o protesto contra a reportagem "Profissionais da esmola", publicada na edição 2.126, da semana passada na Veja São Paulo.

Os manifestantes chamam a revista de "fascista" e relembram os ataques proferidos pela revista – e seus colunistas – ao padre Julio Lancelotti, primeiro com acusações desgovernadas e depois acusando-o de pedofilia contra um adolescente antendido pela Pastoral do Menor, coordenada pelo sacerdote. Vítima de extorsão e chantagem, a cobertura da revista se mostrou mentirosa e incorreta, e nem inquérito foi aberto para investigar Lancelotti.

A fogueira foi feita no dia 19 de agosto, Dia Nacional de Luta da População em Situação de Rua. O ato marcou ainda os cinco anos do massacre de 15 pessoas que dormiam nas ruas da região central da cidade.

Confira as imagens:




A reportagem da Veja São Paulo parte da revogação do artigo 60 da Lei das Contravenções Penais, que classificava como contraventor quem mendigasse "por ociosidade ou cupidez". São apresentadas sete pessoas que, na visão da reportagem, pedem esmola profissionalmente.

As estimativas "conservadoras" da publicação calculam em R$ 600 os rendimentos mensais dos "profissionais" da categoria – provavalmente todos farsantes, na visão dela.


Atualizado às 10h45 de 25 de agosto

Derrota merecida, fim da sequência e a hora da verdade

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Por Moriti Neto

Depois de nove jogos de invencibilidade, com oito vitórias e um empate, o São Paulo teve a boa série de resultados quebrada pelo Atlético Paranaense. Ontem, na Arena da Baixada. o Tricolor saiu de campo derrotado por 1 a 0.

Em um jogo pautado por muita marcação, correria e pouca técnica (o que vem sendo a tônica deste Brasileirão), o time paulista não tem do que reclamar. A derrota foi merecida, pois ainda que o adversário não tenha feito uma grande exibição, os tricolores não foram dignos de melhor sorte.

Além de alguns jogadores terem jogado abaixo do que vinham rendendo, casos de Dagoberto – revelado pela equipe paranaense e vaiado a cada toque na bola pela torcida atleticana – Júnior César e Jorge Wagner, a equipe sentiu demais a falta de Hernanes. Arouca é bom jogador, no entanto não está no nível do titular, que realmente é o motor são-paulino.



Outro ponto importante para o insucesso foi a falta de ousadia de Ricardo Gomes, que poderia ser audacioso nas substituições e colocar o time no ataque na segunda etapa, buscando continuar somente um ponto atrás do Palmeiras, o que daria a possibilidade de ser líder com um êxito no confronto direto da próxima rodada.

Entretanto, ao invés de tentar os três pontos, o treinador trocou Washington por Borges e Dagoberto por Hugo, perdendo ofensividade. Talvez a entrada de Marlos fosse uma boa opção, substituindo um zagueiro, contudo técnico e jogadores pareciam satisfeitos com o empate. Com essa postura, pagaram o preço da covardia, quando Paulo Baier, aos 41do tempo final, numa bela jogada, aliás, o único momento da partida em que as torcidas puderam apreciar um lance bem trabalhado, fez o justo gol do Furacão .

Perder fora de casa para o Atlético num campeonato tão nivelado – por baixo é bom que se diga – não é nenhuma anormalidade. A quebra da sequência invicta, hora ou outra, iria acontecer, mas vejo dois problemas. Primeiro: o time já não havia jogado bem contra o Fluminense e só não empatou em casa porque os cariocas estão numa draga danada. A má atuação na Arena pode ser indício de queda de rendimento. Segundo: o momento da derrota foi péssimo. Às vésperas de um jogo contra o Palmeiras, com o rival cheio de moral depois de uma importante vitória sobre o Internacional, a barra pode pesar psicologicamente. E neste campeonato tão equilibrado e sem brilho, a confiança é decisiva.

Como ressaltei no post anterior, acredito que as partidas contra Atlético, Palmeiras e Cruzeiro são definitivas para o destino do Tricolor na competição. Dos nove pontos possíveis, três foram para o vinagre. No jogo do próximo domingo, no Morumbi, às 16h, o vitorioso, certamente, sairá fortalecido demais para conquistar o título. Ingredientes não faltam para que tenhamos um confronto, se não tão bom tecnicamente, muito emocionante. È um clássico, tem briga pelo topo da classificação e uma questão especial chamada Muricy Ramalho.

Enfim, apesar da derrota no Paraná, a oportunidade do São Paulo mostrar que tem condições de ganhar o tetra do Brasileiro é agora. Mas, para tanto, terá que jogar muito mais bola do que na murcha apresentação da tarde de ontem.



Moriti Neto é torcedor do São Paulo e escreve sobre o Tricolor Paulista no Futepoca. Qualquer são-paulinismo exacerbado não é de responsabilidade de quem publica, hehe...

É melhor falar de vôlei e F1

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Ok, daqui a pouco falo da vitória mais que merecida do Grêmio, mas antes vale o registro da seleção feminina de vôlei, que ganhou o Grand Prix, torneio disputado todo ano entre as principais seleções do mundo. E é isso que chama a atenção, o Brasil passou de forma invicta por China, Rússia, Alemanha, Holanda etc. Bela campanha, sem nenhum trocadilho para a beleza do vôlei feminino.


Outro destaque foi a vitória de Rubinho, numa corrida em que foi perfeito. Saiu em terceiro, aproveitou as chances de andar rápido quando estava sem ninguém à frente e, principalmente, foi constante o tempo todo. Foi ajudado pela incompetência da Mc Laren na troca de pneus de Hamilton, mas a sorte ajuda quem faz o seu trabalho. E ontem Rubinho correu como gente grande, ops.

Parando de enrolar, ontem o Galo perdeu para o Grêmio de quatro de maneira merecida. Mas um números chama a atenção. No primeiro tempo o Atlético finalizou oito vezes contra cinco do Grêmio, com a diferença de que três do tricolor gaúcho entraram no gol. Competência dos tricolores e excessos de erros do alvinegro. Vale destacar que foi a terceira goleada seguida dos gaúchos no Olímpico. Sorte que o desempenho fora de casa venha sendo pífio.

No segundo tempo, foi mais equilibrado, principalmente porque o Grêmio já fizera o placar que lhe interessava. O Galo tomou um e fez outro, mas foi deprimente ver os jogadores de Minas tocando a bola no final para não tomar de mais. Destaque negativo para Diego Tardelli, que depois que voltou da seleção não está acertando um passe sequer. E para a dupla de zagueiros, Alex Bruno e Welton Felipe, que errou tudo que podia. O goleiro Bruno fez sua segunda partida, se não errou também não fez nenhuma defesa difícil.

Agora vem um jogo em casa contra o Goiás pela Sulamericana, em que não sei se será usado o time titular, o que não faz muita diferença. E o jogo contra o Sport, no domingo, no Mineirão. Se quiser disputar qualquer coisa que não seja o rebaixamento, o Galo tem de começar a ganhar.

domingo, agosto 23, 2009

Goiás 2 X 1 Santos - derrota previsível

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Em campo, dois times com formações que são a cara do futebol brasileiro atual. Muitos jogadores de marcação no meio e mesmo os encarregados da criatividade têm responsabilidade igual de marcar, além de os atacantes terem que “pegar”. No entanto, o Goiás, com três zagueiros, começava com uma postura mais ofensiva que o Santos, não só porque vez ou outra um dos defensores chegava à frente, mas principalmente pelas descidas dos alas.

E foi em uma dessas descidas que o time da casa abriu o placar. Bela jogada de Iarley que deu um passe de calcanhar para o chute certeiro do ala direito Vitor, aos 19. Até ali, o Goiás jogava melhor e o Alvinegro não conseguia encaixar o contra-ataque.

Se é verdade que o esquema com três volantes de Luxemburgo (que só foi possível depois da chegada de Rodrigo Mancha, menos lento que Roberto Brum) deu um pouco mais de consistência ao sistema defensivo, também é fato que sem Neymar como titular o time perdeu poder ofensivo. Assim, fica na dependência de algum lampejo de um jogador da frente para marcar.

E foram dois lampejos de uma vez aos 29. Primeiro, uma assistência de pura habilidade de Paulo Henrique Ganso e depois uma finalização rasteira excelente de Kléber Pereira. Depois do empate, o Peixe começou a encaixar alguns contragolpes, sempre com Madson, mais pelo lado esquerdo. Os visitantes estiveram mais próximos da virada do que os esmeraldinos do segundo gol até o fim da primeira etapa.



Já no segundo tempo, como era de se esperar, o Goiás veio pra cima, E depois de uma grande defesa de Felipe, o seu xará acertou um chute indefensável, aos 6..Com uma movimentação incrível no ataque, principalmente de Iarley, criou mais duas chances até os 12. no minuto seguinte, Luxa viu que a vaca iria pro brejo - chuvoso àquela altura - com a formação defensiva daquele momento. Optou pelo óbvio: Neymar no lugar de Germano. Aliás, o primeiro entrar e o segundo sair tem sido uma constante nas partidas da equipe.

Aos 20, a estreia de Fernandão, no lugar de Léo Lima. No minuto seguinte, Triguinho entra no lugar de Pará (mais uma vez) e Emerson estreia substituindo Mancha. A ideia do técnico santista era provavelmente dar melhor qualidade à saída de bola. Mas o tiro quase saiu pela culatra aos 22, quando o volante perdeu uma bola no meio para o atacante Felipe perder o gol.

A chuva caiu forte e, mesmo assim, o Goiás criou oportunidades. Até os 40, foram 20 finalizações contra o gol do Santos e o bom e jovem goleiro Felipe se destacou, tal qual arqueiro de time pequeno, evitando o pior. Nem mesmo com um jogador a mais o time da Vila pressionou o adversário como deveria.

Ao fim, uma equipe pouco criativa que não lembra em nada o time da reta final do Paulista. E uma derrota previsível, como o modo do time jogar. Uma equipe que não impressiona nem pelos resultados tampouco pelo futebol que mostra. E há quem ache que está tudo bem..

3 a 3 e mais lambança da arbitragem

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Ainda com o desfalque de muitos titulares – nem sei dizer exatamente quantos, falaram em seis, mas tenho resistência enorme em chamar Morais e Moradei, só pra citar esses dois, de titurales –, o Timão empatou com o Botafogo em casa, por 3 a 3. O destaque ficou para a arbitragem. Dos dois pênaltis marcados por Dentinho, um aparentemente não foi, embora eu ache que cabe a dúvida. Ainda teve confusão porque o goleiro se adiantou, rebateu e Dentinho completou, mas neste caso vale a lei da vantagem. Houve dúvida se a falta sobre Jucilei que rendeu o belo gol de Marcinho teria realmente ocorrido, mas a imagem mostrou claramente que lhe puxaram a camisa. Para o Botafogo, André Lima fez um gol de mão. Houve ainda um pênalti não marcado para o Botafogo e o Noronha insistiu muito que houve também um não marcado para o Corinthians – mas a emissora não mostrou de novo o lance.

Assim, o Corinthians mantém o passo se segurando ali na sexta posição. Poderia ter ganho, mas pra quem tem metade do time no ambulatório até que não foi mal. Dentro de vinte dias o Ronaldo volta, outros jogadores como William, Chicão, Edu e Felipe devem voltar em breve. É aquela coisa, o time completo não é genial, mas é bem mais estruturado e num jogo como o de hoje poderia ter feito uma diferença brutal. Quer dizer, dependendo do andar da carruagem, não é que o Timão ainda tem alguma chance?

Confesso que, mesmo depois de tanto tempo, ainda não aprendi muito bem a torcer em campeonato de pontos corridos. Minha natureza bipolar corintiana prefere os mata-matas, que exigem uma superação após a outra, e não a regularidade – muito embora os sucessos do primeiro semestre o que tenha marcado o Corinthians foi mesmo a regularidade. Reitero, o time não é melhor que Palmeiras, São Paulo, Inter e talvez nem seja melhor que o Atlético Mineiro, mas se engatar uma boa sequência e jogar com a garra que tem tido, errando menos, vai chegar junto.