Destaques

sábado, outubro 17, 2009

Aproveite quando alguém mandar você tomar no...

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sexta-feira, outubro 16, 2009

Crueldade com os animais

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Ontem à noite, passando em frente a uma loja de animais de estimação, aqui em Dublin, pensei ter visto na vitrine algumas garrafas de cerveja. Quando a ficha caiu, parei, voltei e confirmei: eram garrafas de cerveja mesmo, só que para cachorros! Mas minha alegria pelo o que entendi ser um gesto nobre da raça humana para com seus ditos melhores amigos passou para a decepção quando li, no rótulo, que não é alcoólica. Que nível de crueldade...

O senador que perdeu a noção

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Não, a foto não é uma montagem. O dileto parlamentar desfilou com essa sunga vermelha no Senado por conta de uma "brincadeira" feita pela ex-BBB Sabrina Sato, do programa Pânico, alusiva a super-herois. Sem mais comentários da minha parte.

Um guia da cerveja funciona como guia de viagem

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O título do post poderia ser outros dois:

Um dia eu ainda experimento todas essas cervejas

ou

Na próxima encarnação, quero nascer Michael Jackson




No caso deste segundo título, cabe logo uma explicação. O assunto aqui é o livro Guia ilustrado Zahar de Cerveja, da editora Zahar, assinado pelo especialista inglês no fermentado de grãos homônimo do rei do pop. Aqui tem uma entrevista do cidadão para provar que é verdade e aqui, um trecho em PDF.

A obra reúne informações para quem aprecia e quer dar os primeiros passos no amplo e rico universo das cervejas artesanais – que vão muito além das pilsen – ou lagers internacionais, para escrever como o autor.

É marca e tipo para muito post da incansável e instrutiva coluna Tipos de Cerveja. Além de fotos do processo de produção, de copos, colarinhos, garrafas e rótulos. Se Michael Jackson degustou todas as cervejas de que trata, a repetição de seus passos pode ser considerada uma missão de vida.

O guia inclui uma lista de tipos de cerveja, dicas de como harmonizar as variedades da bebida com diferentes pratos e tipos de culinária – com muitos parágrafos dedicados à indiana – e uma seção enorme com as cervejas de cada país produtor.

Do Brasil, o destaque vai todo para a Eisenbahn, de Blumenau, onde ocorre a Oktober Fest até dia 18 deste mês – se alguém quiser me mandar uma passagem, eu vou cobrir pro Futepoca com prazer. Da Argentina, por exemplo, vêm três: Antares, Barbaroja e a do Buller Pub.

A obra é divertidíssima, porque explica em letra de forma o processo de conversão de grãos em malte que, moído, é diluído em água quente para formar o mosto. Com lúpulo e leveduras nas condições e tempos certos, temos a cerveja em toda a sua variedade e complexidade. Ele apresenta para leigos como este bebedor a função do lúpulo e da composição do malte.

Foto: Reprodução


Outros efeitos
Em outras palavras, desde que comecei a ler, toda mesa de bar inclui uma sessão de "Cerveja também é cultura". Muito instrutivo (o livro, o livro).

Resulta também uma baita sede. Mas também dá vontade de partir para o supermercado comprar uma leva de marcas de tipos diferentes. Isso sem falar na inclusão da Bélgica como destino de viagem para quando eu ganhar na Mega-Sena.

Elogio à levedura
O livro começa com uma verdadeira ode à levedura. O elogio aos fungos que decompõem em álcool grãos transformados em malte é comovente.
A fermentação é a ação das leveduras ao se propagar. Pode-se cultivar uma linhagem de leveduras, mas seus ancestrais vieram da selva. Elas são organismos vivos, e descem dos Céus mais suavemente que a chuva, sem que as notemos. Multiplicam-se aos milhões. São uma força vital prolífica, potende, poderosa e, ainda assim, furtiva. Seu toque etéreo inspira a massa do pão a crescer, conjura os odores sensuais do queijo, garante um gosto picante aos picles e ao vinagre e confere um atraente poder de sedução ao vinho e à cerveja.
Depois, vem uma descrição do que é a vontade de tomar uma:
Há momentos em que umm cálice de vinho ou um copo de cerveja vem à mente e nada pode substitui-lo. Não é uma questão de sede ou necessidade de álcool. Pode ser bem agradável matar a sede com cerveja, mas a água é mais eficaz. Se o álcool é necessário, a cerveja é a escolha mais fraca, posicionando-se em terceiro lugar, atrás dos vinhos e destilados. Quando alguém tem vontade de um cálice de vinho ou de uma caneca de cerveja, o cérebro gradualmente percebe o desejo como um sussurro. Aos poucos, o volume aumenta, criando uma reverberação suave por todo o sistema nervoso. De início é como uma massagem prazerosa, depois se torna obstinada. Você está nas mãoes de uma autoridade superior que não admite argumentos. É um desejo, e o trem não pode sair dos trilhos. Seu destino é um encontro com a bebida.
E aí, alguém se identificou?

Promoção

Como a editora Zahar ofereceu um exemplar ao Futepoca para a resenha e outro para seus leitores, lançamos uma promoção.

O exemplar do livro vai para quem apresentar o melhor e mais convicente elogio à cerveja que pretende tomar na próxima sexta-feira, 23 de outubro, quando se encerra o prazo para participar. Em outras palavras: o melhor motivo para tomar uma.

Serão aceitas apenas respostas via Twitter enviadas ao Futepoca (@futepoca). Então, é o melhor elogio à cerveja com poder de síntese, o primeiro quesito da escolha. Originalidade e tamanho da sede também serão considerados pela banca avaliadora dos membros do Futepoca. Aliás, parentes dos ébrios autores evidentemente estão previamente desclassificados, bem como colaboradores.

O resultado sai quando o coletivo estiver sóbrio o suficiente para se lembrar do que decidiu no dia anterior. Isso deve ser lá pelo dia 27 de outubro.

quinta-feira, outubro 15, 2009

Sem senso de oportunidade, covarde e apático: resta algo para o Tricolor?

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Por Moriti Neto

No Campeonato Brasileiro, em uma das competições mais divertidas dos últimos tempos – pelas surpresas que é capaz de propiciar – virou rotina, ao menos nas últimas rodadas, os times da ponta de cima da tabela perderem pontos para os que estão embaixo. E é mesmo por isso – e só por isso – que o São Paulo ainda não deixou a vice-liderança.

E os resultados, sejam da última ou da próxima rodada, não mudam em nada uma análise fria e objetiva sobre o Tricolor do Morumbi. O time, que em certo momento deu pinta que ia decolar, teve chances de sobra para encostar no Palmeiras ou até assumir a primeira colocação na tabela, no entanto os últimos cinco jogos mostraram que não tem cara nem vontade de campeão.

As exibições contra Santo André, Corinthians, Náutico, Coritiba e Flamengo foram pautadas pela apatia dos jogadores ou covardia do técnico. Quando os adversários eram os chamados pequenos, a equipe não demonstrou nenhuma aplicação enquanto esteve com 11 em campo (no estranho confronto com o Timbu, o Tricolor só passou a atuar melhor após perder dois atletas). Em resumo, parece que os jogadores não levaram as disputas a sério como se fossem capazes de resolvê-las a qualquer tempo. Não são.

Já no enfrentamento com os grandes (não somente Corinthians e Flamengo, mas também o Palmeiras) Ricardo Gomes deixou evidente o temor em mexer na equipe. A falta de ousadia ficou clara na demora em modificar o ritmo lento do time, fosse ele causado pela acomodação ou por ineficiência técnica/tática.

No último jogo, contra o Rubro Negro Carioca, a covardia são-paulina traduziu bem a condição de quem não ambiciona o título. Depois de fazer 1 x 0, os tricolores recuaram e aceitaram a pressão constante dos flamenguistas. Eu não voltaria a cobrança do pênalti batido por Petkovic e defendido por Rogério, porém isso não muda o fato de que o São Paulo, pela retranca adotada, merecia perder. Em situações como aquela, enfrentando, fora de casa, adversário em franca ascensão e com torcida reconhecidamente inflamada, tal postura é um chamado para a derrota.

Comparado ao restante dos clubes, o elenco tricolor é bom, tendo só como equivalentes o Alviverde de Parque Antártica e o Internacional. É a base tricampeã de 2008 somada a bons reforços (se considerados os atuais parâmetros técnicos/futebolísticos). O que falta, então? Simples. Falta aquilo que sobrava nos anos anteriores: consciência das limitações e garra para buscar objetivos. Espero que reste algo para alcançar a Libertadores, porque com tanta ausência de senso de oportunidade num campeonato tão embolado, ainda que o líder perca outros jogos, o título já era.


Moriti Neto é torcedor do São Paulo e escreve sobre o Tricolor Paulista no Futepoca. Qualquer são-paulinismo exacerbado não é de responsabilidade de quem publica, hehe...

Futebol e o aquecimento global

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Uma partida de futebol emite de 25,4 a 30,5 toneladas de carbono. Os cálculos são do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e da Maxambiental, realizadora do CarbonoNeutro, feitos para a partida entre Coritiba e Palmeiras, pela 20ª rodada do campeonato Brasileiro deste ano.

Muito mais pesada para o ambiente do que a derrota para o Palmeiras, a maior parte das emissões (21,2 toneladas) está relacionada a transporte e geradores de energia elétrica usados por emissoras de TV para assegurar a transmissão durante quatro horas. No transporte estão incluídos os ônibus que transportam os jogadores, torcedores e jornalistas dentro da cidade. O voo dos paulistas e do árbitro valeram 3,9 toneladas, enquanto a iluminação do estádio e outros gastos de eletricidade – incluindo do hotel – foram apenas 0,2 toneladas, o mesmo emitido pelo lixo orgânico produzido.

Karinna Paz/Flickr
A compensação calculada demandou o plantio de 150 árvores, mantidas por pelo menos oito anos, no município de Quatro Barras, na região metropolitana de Curitiba.

Fazendo as contas
Considerando-se que o campeonato tem 380 partidas, são 9,5 mil a 11,5 mil toneladas de carbono por temporada. Se tiver queima de fogos, dá-lhe pás e enxadas para plantar, por todo o país, 1.200 árvores. Como elas precisam ser mantidas por oito anos e cada árvore demanda uma área de 2 mil centímetros quadrados (na proporção de 2 mil árvores por hectare), cada temporada repovoaria 6 mil metros quadrados de mata por ano.

Para fazer comparações futebolísticas que tanto agradam boletins sobre desmatamento de florestas, isso é 60% de um campo de futebol se consideradas as medidas máximas permitidas pela International Board (120 m x 90 m), quer dizer, metade do campo mais onze metros da outra metade. Bom, se as contas fossem com templos do futebol que usam a medida mínima, (90 m x 45 m), precisaríamos de um campo e meio repleto de árvores.

É relativamente pouco por temporada, ainda mais considerando-se que isso teria de ocorrer em regiões próximas ao local dos jogos. É preciso esclarecer antes que alguém tenha a ideia de sacrificar uma arena por temporada com o plantio de árvores para compensação.

Outras contas
Quando um jogador consegue um drible num espaço muito curto, o Armando Nogueira gostava de comparar à área ocupada por um guardanapo. Era um exagero retórico. Mas pensar em um drible no espaço ocupado por uma árvore de programa de compensação de carbono é mais plausível. É um quadrado de 45 cm – uma toalhinha, não guardanapo. Vale lembrar que a bola tem 22 centímetros de diâmetro.

O mais importante é que, em todas as pesquisas que fiz, concluí que dribles curtos emitem menos carbono do que falta por trás.


Este post faz
parte da
mobilização
global do
Blog Action Day.

quarta-feira, outubro 14, 2009

Classificação da Argentina faz Maradona ter seu dia de Zagallo

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Brasil, Paraguai, Chile e Argentina estão na Copa do Mundo da África do Sul. O Uruguai vai à repescagem contra um representante da Concacaf. A seleção de Diego Armando Maradona venceu a Celeste Olímpica por 1 a 0 em Montevidéu, com gol de Bolatti aos 40 do segundo tempo. Com o resultado, veio a classificação, o que permitiu ao treinador ter seu momento de Mário Jorge Lobo Zagallo, xingando jornalistas que o criticaram até a sétima geração. Só que sem o mesmo pudor.

"Tem que lutar até a morte. Porque eu amo a Argentina e a levo no coração. Não me importa o que digam os jornalistas. A la p... que los pariu! Rouco, na saída do vestiário, disse: "pedi que explodissem e explodiram, deixaram tudo". Dedicou a conquista aos que estiveram com ele e a ninguém mais. à imprensa, insistiu. "Que la chupen y que le siguen chupando". Está que vuela Maradona, y no sólo a Sudáfrica...

A diferença em relação a Zagallo não envolve apenas as palavras. O então treinador da seleção brasileira ordenou aos críticos que o deglutissem em 1997, após a conquista da Copa América na Bolívia. A única referência em vídeo que encontrei foi um funk com o tema "Vão ter que me engolir".

O que é melhor: engolir Zagallo ou ir à pqp e seguir "chupando"?

Voltando ao jogo atual...
Diego está que voa, diz o Olé. O drama não nem metade do que se previa – ou do que se secava. É que o Equador perdeu para o Chile de Marcelo Bielsa em Santiago por 1 a 0. Assim, bastava não perder para os argentinos irem à Copa. O atacante uruguaio Forlan perdeu chances de estragar a festa. Já Maxi Pereira acertou até um soco.

Já o Brasil, empatou com a Venezuela em Campo Grande em 0 a 0. De nada adiantou deslocar o horário do Jornal Nacional, suspender capítulo da novela das 19h, dividir o Jornal Nacional em duas partes. A seleção não conseguiu fazer um gol sequer. A volta dos titulares não fez diferença.

Os comandados de Dunga precisam mostrar que o time não está na descendente depois de alcançar o auge em 19 partidas sem perder. Em novembro, tem amistoso marcado contra a Ingleterra.

Diego Tardelli ganhou mais pontos. O xará Souza não deve voltar a ser convocado. E Ramires parece contar com muita boa vontade de Dunga, que por sua vez saber que o titular é Elano.

Classificados
Das 32 seleções que participam da Copa de 2010, 22 estão definidas. São elas:

América do Norte - Estados Unidos e México (Costa Rica e Honduras disputam a repescagem: enquanto o governo for golpista, vai Costa Rica!)

América do Sul - Brasil, Paraguai, Chile e Argentina (Uruguai disputa repescagem com quem perder na Concacaf, provavelmente Honduras: Vai, Uruguai!)

África - África do Sul, Gana e Costa do Marfim (falta definir três outras vagas entre os duos Camarões e Gabão, Tunísia e Nigéria e Argélia e Egito)

Ásia - Coreia do Norte, Coreia do Sul, Japão e Austrália, aquisição do continente asiático assegurada pela Fifa em 2005 (Nova Zelândia e Bahrein disputam o jogo de volta da repescagem em 14 de novembro: vai Bahrein!)

Europa - Inglaterra, Holanda, Dinamarca, Alemanha, Suíça, Sérvia, Itália, Espanha e Eslováquia (faltam quatro vagas divididas em um mata-mata entre os oito melhores segundos colocados, o que inclui a França, Portugal, Irlanda e atá a Bôsnia).

Palermo, dos pênaltis errados, virou santo

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A Igreja Católica tem muitos santos cuja vida casta e exemplar ocorre depois de uma conversão, um momento de redenção de uma vida devassa das mais distintas práticas pecaminosas.

São Paulo era, antes, Saulo, um caçador sanguinário de cristãos. São Francisco de Assis era rico de família avarenta, mas abriu mão de tudo. E por aí vai.

A Argentina, correndo o risco em uma grande conspiração tramada por Uruguai e Equador – que são Brasil nas eliminatórias – além do Chile, apela ao mais improvável dos neobeatificados no universo do futebol.



Marcelo Sottile escreve:

Diego: não bata o Rolls Royce. A partir do seu talento como jogador, você reclamou ser o técnico da seleção para encerrar a obra, para lustrar seu nome. Não para comper a coroa. Pense bem em suas decisões, busque lucidez no mais profundo do seu ser. Você não é um ladrão que rouba conhecimento dos outros. Você não será menos Maradona por escutar, por aceitar uma sugestão, por pedir ajuda. Não permita que a Argentina fique fora do Mundial. Não suportaríamos este tremendo fracasso. Até agora, Deus jogou do seu lado. (...) Palermo abriu-lhe uma porta para você se esquivar do outro final.


A matéria do Olé está aqui.

Palermo é o mesmo atacante que conseguiu, em pelo menos duas feitas, perder três pênaltis em uma mesma partida. Para refrescar a memória:

Contra o River Plate: "dedicate a otra cosa, papa", escreveu o autor da publicação no Youtube.


Colômbia 3 x 0 Argentina


Claro que o atacante do Boca Juniors não é só pênaltis errados. Ele também faz gols. É o imortal. Mas é divertido ver o desespero alheio.

terça-feira, outubro 13, 2009

Quando a necessidade fez o craque

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Na biografia de Garrincha, Ruy Castro diz que o jogador, quando criança, disputava peladas num campinho de terra todo esburacado, à beira de uma vala cheia de espinheiros. Quem derrubasse a bola ali teria que se cortar todo para buscá-la. Por isso, além de compensar a deficiência das pernas tortas, Garrincha tinha que driblar os adversários mais os buracos, para não torcer o pé, e controlar a bola de modo que não despencasse pela perigosa pirambeira. Segundo seus colegas de infância, ele foi o único que desenvolveu a técnica de fazer todo esse malabarismo simultâneo, o que teria contribuído de maneira decisiva para sua futura (e extraordinária) habilidade com a bola.

Pois bem, fuçando pela net, assiti uma reportagem com o Sócrates em que ele conta a origem de sua marca registrada, os toques de calcanhar. Segundo o ex-jogador, o motivo foi a falta de preparo físico. "Quando eu me tornei profissional, eu tinha que jogar o jogo inteiro. E eu não tinha físico pra, naquela situação, usar a mesma coisa que eu usava no juvenil. Aí eu comecei a jogar com um toque só. E era de calcanhar, de bunda, de joelho, do que desse", relembra o Doutor. "Porque ninguém podia encostar em mim, eu era um esqueleto. Se me dessem uma ombrada, me jogavam na arquibancada". Pois é, mais um caso em que a necessidade impulsionou a genialidade.

Sócrates fazendo sua jogada característica contra o rival São Paulo

Uruguai e Equador são Brasil nas eliminatórias

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Nesta quarta-feira, 14, uma combinação de resultados pode tirar a Argentina da Copa do Mundo. Basta Uruguai e Equador vencerem suas partidas que os hermanos podem cancelar suas passagens para a África do Sul e guardar o passaporte.

Depois de vencer o Peru com ajuda da arbitragem – gol impedido nos acréscimos – a seleção comandada por Diego Armando Maradona precisa vencer em Montevidéu para garantir a vaga. Se empatar, tem que torcer contra um milagre operado pelo Equador contra o Chile em Santiago que compensasse os quatro gols a menos de saldo que o país de Rafael Correa tem em relação à Argentina, já que haveria empate em número de pontos.

Agora, se a Argentina perder do Uruguai e o Equador vencer o Chile, adeus Argentina na Copa.

Então, o Futepoca, pela pilhéria, pela chacota e pela troça, adere à campanha do Blablagol:

De repente é aquela corrente pra frente



Vai Uruguai! Vai Equador!

segunda-feira, outubro 12, 2009

Palmeiras vacila e perde nova oportunidade de disparar

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Todos os quatro primeiros colocados estão dando sopa para o azar no campeonato Brasileiro. Quem confirmou a tendência foi o líder Palmeiras, chacoalhado nos Aflitos pelo Náutico por 3 a 0.

Antes, o São Paulo perdeu para o Flamengo no Maracanã com direito a choro por pênalti e cobrança repetida. O Inter avançou um ponto, em casa, contra o Atlético-PR. Já o Atlético-MG perdeu o clássico contra o Cruzeiro por 1 a 0.

Se ninguém quer levar o caneco, o campeonato vai ficando parado do lado de cima da tabela. As seis primeiras colocações se mantiveram na mesma ordem. O problema para o Palmeiras é que, na próxima partida, o Palmeiras enfrenta o Flamengo, embalado por Petcovic e com a volta de Adriano. Os cinco pontos de vantagem são confortáveis só enquanto os adversários diretos não avançam, o que não vai acontecer a toda hora.

Desfalques como Diego Souza e Armero, nas seleções, mais Vágner Love, Edmilson e Obina, expulso e suspensos respectivamente na última partida, pesaram. Vale lembrar que Maurício Ramos está contundido e Pierre é a ausência lamentada pelo resto do campeonato.

Sete dos 11 titulares – restaram Marcos, Cleiton Xavier e Figueroa, que conquistou a posição há poucos jogos. Se o elenco já não era tanta coisa, sem sete dos que mais jogaram, o escrete que vai a campo fica limitado.

A equipe de Geninho foi mais eficiente e pôs fogo na disputa para se livrar do rebaixamento. Cláudio Luiz abriu aos 6 do primeiro tempo e Bruno Mineiro, em jogada de Carlinhos Bala, ampliou no fim da primeira etapa. O mesmo Bruno Mineiro fechou a goleada aos 17 do segundo tempo. Foram dois gols de bola parada, com direito a bobeada de marcação. Só que o Náutico jogou melhor, deixando pouco espaço para os visitantes.

Willians não foi bem para substituir Diego Souza – que foi nulo, aliás, contra a Bolívia. A zaga com Maurício, Danilo e Marcão mostrou-se frágil (Marcão é dureza). O ataque... Bom, no próximo jogo talvez haja alguma coisa para se falar sobre o ataque.

O problema dessa toada no campeonato é que ela me lembra a edição do ano passado, mas o cenário era mais trágico.

Tem tempo para voltar a jogar, com a volta dos titulares. Mas precisa voltar a jogar.

Seleção brasileira perde invencibilidade e mantém tabu contra Bolívia

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O Brasil perdeu para a Bolívia por 2 a 1 em La Paz. Todos os jogadores, mais o técnico Dunga foram unânimes em afirmar que a culpa foi da altitude.

Diego Souza jogou nada. Tardelli, no segundo tempo, correu. Ramires, Maicon e Daniel Alves devem ter ganho pontos com Dunga por se mostrarem aplicados trabalhadores, mesmo no nível das nuvens.



Perder para a Bolívia em La Paz por 2 a 1 é ruim. Aceitar que toda a culpa foi da altitude, é pior. Ter de ouvir Galvão Bueno elogiar Ricardo Teixeira por ter sido o único presidente de federação sul-americana a se posicionar contra partidas na altitude, é muito pior.

Pelo menos não foi de seis. Também não é ruim Dunga não virar referência como técnico invicto por tanto tempo no comando da seleção. Se o Fora Dunga! é mantido apenas por esporte, isso também não quer dizer que seja o técnico dos sonhos.

Na última partida das eliminatórias, o Brasil enfrenta a Venezuela com Kaká e Luís Fabiano em Campo Grande. Se tivessem jogado os titulares, a seleção teria feito muito melhor? Tenho dúvidas...

sábado, outubro 10, 2009

Sozinho. Na mesa do bar. 19 anos

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o que dizer de um copo de cerveja
a não ser vidro e cevada?
pode haver outras coisas, todos sabem
mas não sei por que não há de não ser

um maço de cigarros e um isqueiro
um cinzeiro e cinzas de cigarro
passa um homem, uma mulher e um carro
mas não passa de bobagem o que passa

um monte de carne disforme
uma pequena porção de carne pensante
que pensa a esmo
e eu mesmo não tenho a mim
(mesmo?)

poesia concreta em linha reta?
e a curva da parábola, onde fica?
seja pai, seja filho, seja outro
seja cerveja
ou esteja onde estiver o verbo

não concordo
nem pago a conta

(Bar 1+1, Avenida Francisco Glicério, 14/12/1993)

sexta-feira, outubro 09, 2009

Experimentando as Ale inglesas

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A degustação aconteceu já há uns três meses mas, como só agora recebi as fotos, relato minhas impressões sobre três marcas das cervejas do tipo Ale inglesas. Todas tem cor de uísque e sabor bem forte e acentuado, uma delícia. A primeira delas, Fullers London Pride, com 4.7% de teor alcoólico. Fabricada pela Fuller Smith & Turner Plc, junta o amargo do fermento com um leve sabor de ervas e malte. Trata-se de uma Pale Ale (ou seja, com qualidade de fermentação Ale e de malte Pale). Na mesma linha, a Shepherd Neame's Spitfire Premium Bitter, feita pela cervejaria mais antiga da Grã-Bretanha, a Shephard Neame, mescla o amargor com um acento entre a amêndoa e o amadeirado. Muito boa, 4.5% de álcool. Da mesma cervejaria, experimentei, por último, a Bishops Finger Kentish já é de um outro tipo, Strong Ale, pois tem 5.4% de teor alcoólico. Realmente, parece uma mistura de destilado (uísque ou rum) com cerveja. Foi a que mais gostei. Não é bebida para encher a cara, mas sim para acompanhar uma comida especial. Talvez frutos do mar, sei lá, vai de cada um. Mas aconselho: experimentem.

O Galo não quer o título. O Bota não será rebaixado

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No jogo de ontem entre Botafogo e Atlético, os cariocas foram tão superiores no primeiro tempo que nem tem do que reclamar. Marcaram muito, tocaram bem a bola e definiram a partida fazendo três gols em trinta e poucos minutos. No Galo, o apagão só acabou na segunda metade, mas já era muito tarde. O time perdeu a chance de chegar ao segundo lugar, o que não é aceitável para quem quer ser campeão.


O que ficou claro é que o time sente demais as ausências de Tardelli (na seleção) e Éder Luís (machucado). Mas sentiu mais ainda a falta de Carlos Alberto, que não é nenhum craque, mas marca muito e corre o jogo inteiro. Ontem, entrou o Coelho, visivelmente fora de forma, e nada fez.

Já o time do Botafogo mostrou grande evolução. Não tinha ainda visto jogar o atacante Jobson, que me impressionou muito bem. Corre muito, dribla bem e é objetivo. Como disseram que é um jogador novo, parece ter futuro. Mas o que ficou claro para mim na partida de ontem é que o Botafogo não irá cair se mantiver o futebol mostrado. Não apenas pelas vitórias sobre Goiás e Galo, dois times na ponta de cima do campeonato, mas muito mais pela aplicação e o futebol mostrados.

Objetivos - Desde o começo do campeonato vinha esquematizando minha cabeça de torcedor em metas. O primeiro era fugir do rebaixamento, o que foi conquistado com a vitória sobre o Barueri e o time chegando a 47 pontos. Agora resta torcer por uma vaga na Libertadores, já que pelo futebol mostrado ontem esse time parece não ter condições de chegar ao título. O clássico contra o Cruzeiro na segunda-feira é decisivo.

Lembrança de outro gol olimpíco tomado por Rogério Ceni

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Quem viu o gol olímpico tomado por Rogério Ceni na partida contra o Coritiba pode não se lembrar, mas outro Marcelinho já havia feito obra semelhante contra o arqueiro tricolor. Na Copa Bandeirantes de 1994, torneio que dava uma vaga para a Copa do Brasil (sim, à época, para se classificar não havia ranking da CBF que eterniza os participantes), o Corinthians pegou o time reserva do São Paulo. O Alvinegro venceu por 2 a 0 e Marcelinho Carioca fez um belo tento cobrando um escanteio pela direita com a parte externa do pé. Diferentemente do gol do meio de semana, essa bola foi no primeiro pau. Confira abaixo.

Sufoco para empatar do Avaí: por pouco Palmeiras não perde de 4

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O trabalho de secar o Palmeiras foi muito bem realizado por são-paulinos e está claro que o campeonato segue sem definição. Ainda mais com a atuação decisiva do técnico Dunga e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) que mantém rodadas do campeonato paralelas às convocações para a seleção. Mas isso já estava previsto e reclamar agora não resolve.

O Palmeiras manteve os cinco pontos de vantagem sobre o São Paulo, segundo colocado, ao empatar com o Avaí por 2 a 2. Os catarinenses imprimiram um sufoco ao líder, que jogava em pleno Palestra Itália.

Depois de abrir 2 a 0 no placar, o Avaí não segurou a pressão do Palmeiras, mas perdeu duas chances de gol sem goleiro e teve dois outros anulados corretamente por impedimento.

O Palmeiras sentiu a falta de Diego Souza e também de Maurício Ramos. Cleiton Xavier foi o homem da criação e Vagner Love foi bem, fez o primeiro do time, e várias vezes voltava para armar. Obina, substituído por Robert, vai perdendo cada vez mais espaço. E não só porque o atacante marcou o gol de empate, mas porque, desde que emagreceu, não conseguiu se reencontrar com as redes.

Impressionante que, no segundo tempo, no ímpeto de tentar empatar e depois virar o jogo, Ortigoza foi a campo no lugar de Souza. A saída desconcertou a equipe, que passou cinco minutos correndo sem rumo no gramado. Depois, o paraguaio cruzou na cabeça de Robert para o empate. Mas surpreendeu a função tática do volante.

Tropeçar em casa não pode. Mas acontece.

Para o próximo jogo, o time vai com ainda mais desfalques. Somam-se Edmilson, Obina e Vagner Love para enfrentar o Náutico nos aflitos.

quinta-feira, outubro 08, 2009

É campeão! É campeão!

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Calma, palmeirenses! Ninguém ganhou nada (ainda)! O título do post refere-se ao hino do glorioso Clube Atlético Taquaritinga (CAT), citado este ano pelo não menos glorioso presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Talvez por isso (ou não), decidiram homenagear o Leão da Alta Araraquarense, pintando seu distintivo em um dos setores do estádio Morumbi. Os amigos Chico Rodrigues(corintiano) e Zé Luís Mirabelli (sãopaulino), taquaritinguenses como eu, estiveram ontem no camarote vip da Motorola e se surpreenderam com a modesta homenagem - algo mais interessante que o horrendo empate do time da casa com o Coritiba, por 2 a 2. Abaixo, Chico aponta a prova do crime.


Ah, e como bom corintiano, Chico atenta para a capa da revista que distribuíram para os sãopaulinos, algo, para ele, no mínimo suspeito:

O ocaso do futebol pernambucano

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A derrota de ontem do Sport para o Santos, diante de mais de 26 mil pessoas na Ilha do Retiro, deixou uma impressão muito forte de que o time pernambucano está quase na Série B. A equipe não foi inferior ao adversário, tanto que o goleiro Felipe fez três defesas extraordinárias, contudo também não fez por merecer a vitória ou mesmo o empate diante de um desarrumado Alvinegro.

Mas como um time que foi campeão da Copa do Brasil em 2008, campeão pernambucano invicto este ano e com uma participação razoável na Libertadores chega nessa situação? Os fatores e explicações podem ser diversos, mas um ponto é importante de se destacar: torneios eliminatórios como Libertadores e Copa do Brasil e estaduais na maioria das vezes não são um bom parâmetro para um campeonato longo como o Brasileiro.

Um exemplo disso é o iminente rebaixamento do vice-campeão da Libertadores de 2008, o Fluminense, e também a decadência corintiana. Neste último caso, em que pese a saída de três atletas (um deles que recebia muitas críticas nesse espaço aliás), o grupo mostrou-se frágil para a disputa de um torneio mais longo em que as suspensões e contusões aparecem com maior frequência do que nas competições do primeiro semestre e a tal da raça, da vontade, da garra que faz diferença em torneios eliminatórios não é suficiente para sustentar uma campanha inteira.

Quando se diagnostica um elenco que tem limitações, o técnico pede reforços. Foi o que fez Nelsinho Baptista, solicitando uma lista de atletas para a diretoria pernambucana, até mesmo para dar uma nova injeção de ânimo no grupo depois da eliminação da Libertadores. Não foi atendido na maior parte de suas reivindicações. Émerson Leão também pediu e não levou. Natural que a equipe, sem reforços à altura e com troca de comando constante, tenha caído tanto.

O Náutico no ano passado bateu na trave para não cair. Foi derrotado ontem pelo Internacional de Mário Sérgio e, na partida contra o São Paulo, mostrou um desempenho à altura de um rebaixado. Uma equipe que não consegue marcar contra um adversário que tem dois atletas a menos e toma um gol quando está com um a mais, jogando em casa, não pode aspirar muita coisa a essa altura. Juntando-se a isso a situação do Santa Cruz, desclassificado prematuramente na já encerrada Série D, o torcedor pernambucano não tem muitos motivos para comemorar.

Já na Série B, a situação das equipes do Nordeste também não é boa. Embora o Ceará esteja em quarto lugar, lutando para subir, na parte de baixo da tabela de classificação estão cinco times da região. Campinense, América-RN, Fortaleza, Bahia e ABC podem cair, sendo que apenas dois clubes nordestinos – ASA-AL e Icasa-CE asseguraram vaga na Série B em 2010. ruim para o Nordeste e para a diversidade do futebol brasileiro.

Atlético-MG lidera no uso de jogadores das categorias de base

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Estudo do parceiro Onde a Coruja Dorme aponta que o Atlético-MG é o time do campeonato brasileiro que mais aposta em categorias de base. São 52% dos atletas com origem no próprio Galo. O segundo colocado é o Atlético-PR, com metade, e Goiás com 42%.

Felipe Silva foi aos sites dos clubes da primeira divisão para avaliar.

No papel, ou melhor, no site, Sport e Santos têm as menores presenças de "prata da casa", com 9% e 17,5% respectivamente. O Peixe parece ser prejudicado por contar com um plantel virtual de 34 atletas.

O Corinthians é o paulista que primeiro aparece no ranking, em quarto no geral. Mais lenha para a lenda da mística do terrão. Entre os clubes do estado do governador José Serra, o São Paulo vem a seguir, com um terço do elenco, acompanhado de Palmeiras (26,5%) e Santo André (20,5%). O Barueri, por algum motivo, não está na lista.

Time - percentual - posição no campeonato à 28ª rodada
1. Atlético-MG - 52% - 4º colocado
2. Atlético-PR - 50% - 14º colocado
3. Goiás - 42% - 5º colocado
4. Corinthians - 40,5% - 10º colocado
5. Flamengo - 38,5% - 6º colocado
6. Grêmio - 38,5% - 7º colocado
7. Internacional - 34,5% - 3º colocado
8. São Paulo - 33,5% - 2º colocado
9. Vitória - 32,5% - 8º colocado
10. Fluminense - 27,5% - 20º colocado
11. Botafogo - 26,5% - 17º colocado
12. Náutico - 26,5% - 18º colocado
13. Palmeiras - 26,5% - 1º colocado
14. Coritiba - 26% - 15º colocado
15. Cruzeiro - 20,5% - 13º colocado
16. Santo André - 20,5% - 16º colocado
17. Avaí - 19% - 11º colocado
18. Santos - 17,5% - 9º colocado
19. Sport - 9% - 19º colocado

Não há relação direta entre posição e percentual de pratas da casa. Como todo clube brasileiro depende da venda de jogadores para fechar as contas, a estratégia de investir na base é até intuitiva. Mas não garante resultados automaticamente.

Usar a molecada é solução só na hora do aperto financeiro?