Destaques

segunda-feira, setembro 14, 2009

A gangorra dos atléticos

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Domingo, Galo e Furacão fizeram uma partida bem diferente do primeiro turno, mas com o mesmo resultado, vitória dos mineiros. A diferença entre os turnos foi que os paranaenses se organizaram e têm um time longe de ser brilhante, mas bem arrumado pelo delegado Lopes (incrível), e com jogadores de bom nível, mas bem rodados, com o Paulo Bayer e Alex Mineiro.

Foto: Estado de Minas/Uai



Tardelli em domingo
de contrastes: belo
gol, mas duas
chances incríveis
perdidas no
domingo em que
a torcida voltou





O Galo, por sua vez, ainda vem remontando o time depois de vários jogadores, como Serginho, Márcio Araújo, Aranha e Welton Felipe, se machucarem. Dos novos, Correa entrou bem e ontem fez um lançamento digno de Gérson (reparem, não estou comparando os dois) para o segundo gol, o do Tardelli. Mas é ainda um time em reconstrução, o que explica duas partidas medíocres com vitórias por 2 a 1 de virada (Santo André e Atlético-PR). Não é nada, não é nada, mas são duas vitórias importantes.

Resta saber o que anda acontecendo com Diego Tardelli. Fez um golaço ontem, definiu também no jogo do ABC, mas contra o Atlético-PR errou dois gols que até minha avó de muletas faria. Pior é que parace mais lento, parado em campo. Espero que seja apenas uma fase de falta de confiança, que volte logo a jogar como no começo do campeonato. Agora é esperar as estreias de Carini e Ricardinho, as duas principais contratações do Galo junto com o colombiano Rentería, que ontem fez seu primeiro gol.

No meio da semana, na quarta, ainda tem a definição da vaga contra o Goiás, pela Sul-americana, em que o Galo vai de novo com quase todo o time reserva. Acho bom nem ver o jogo, embora o Goiás ande caindo pelas tabelas.

Cruzeiro e Inter
Só para lembrar a ironia de que quando o outro time de Minas vence e bem ajuda ao Galo, que ficou mais próximo dos líderes. De resto foi um ótimo jogo, em que o Inter sentiu muito a ausência de seus zagueiros titulares. O que volta a trazer a desconfiança de que o melhor elenco, que tem tudo para ganhar o brasileirão, está com uma vontade danada de jogar o título no lixo.

domingo, setembro 13, 2009

Três pontos, o que basta

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Eu já deixei - há tempos - de ter a esperança de ver esse time do Santos encantando no Brasileirão. E acredito que a maior parte da massa peixeira me acompanha nessa constatação. Então, nada mais a dizer sobre o jogo de hoje senão o seguinte: valeu pelos três pontos.

Santos e Santo André fizeram um jogo chato de se assistir, essa é a verdade. O Ramalhão mostrou o porquê da aparentemente irreversível decadência que vive no Campeonato. E o Santos foi aquilo que já sabemos.



Foi o primeiro de seis (no mínimo) jogos que o Santos fez sem a presença de Paulo Henrique Ganso, que jogará o Mundial Sub-20. Em seu lugar, Luxemburgo escalou Neymar. O que não foi o suficiente para abrir o time - o técnico optou pelo esquema com três volantes (Rodrigo Souto, Émerson e Germano) e contava apenas com Madson para fazer a ligação entre o meio-campo e o ataque.

Acontece que o nanico estava em uma jornada para lá de infeliz (o que tem virado rotina, infelizmente. Alguém tem algum palpite para a explicação da má fase de Madson?). Com isso, a ligação acabou por ficar a cargo dos volantes. Émerson fez uma boa partida, e os outros dois, Souto e Germano, foram respectivamente o pior e o melhor em campo. Curioso.

Não apenas pelo gol, mas Germano realmente mereceu aplausos pela sua atuação na peleja. Combateu, deu passes rápidos, arriscou a gol e foi premiado com o único tento da partida.

Já Neymar... fiquei com uma sensação durante o jogo que, acredito, será acompanhada por muitos santistas. Neymar hoje lembrou bastante Robinho no começo de carreira. Alternou momentos de ótimo futebol com outros de firula plena. Em mais de uma oportunidade, poderia ter criado chances concretas de gol se não tivesse optado por uma gracinha absolutamente desnecessária. Foi nítida a irritação de Kléber Pereira, seu companheiro de ataque, em diversos momentos na partida. O Santos ganhou e esses gols acabaram por não fazer falta - mas espero que a orelha do menino seja devidamente puxada pelo professor Luxemburgo.

Palmeiras briga mas perde. Inter também

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No Barradão o Palmeiras perdeu para o Vitória por 3 a 2. O alviverde só manteve a liderança porque o Inter de Porto Alegre foi derrotado pleno Cruzeiro em pleno Beira-Rio, pelo mesmo placar.

O resumo da rodada é que o São Paulo tem o mesmo número de pontos que o Colorado, 43, um a menos do que o líder Palmeiras. Como a próxima rodada tem o confronto dos Palestras, em Minas Gerais, precisará errar menos do que neste domingo para seguir na ponta. No confronto dos atléticos, deu o mineiro, que é quarto.

Em Salvador, o Vitória saiu na frente com Uellinton, aos 19. Seis minutos depois, Obina sairia contundido para entrada de Robert, autor do gol de empate aos 40 do primeiro tempo. Era o pior momento do jogo para os visitantes, mas o gol saiu. Na segunda etapa, Neto Berola, aos 26, e Derlei, aos 39, ampliaram. O mesmo Robert diminuiu aos 43.

Ortigoza poderia ter empatado nos acréscimos, mas desperdiçou.

A apresentação mostrou limitações de elenco, já que sem Diego Souza, o time perde a principal arma quando atua fora de casa. Cleiton Xavier sozinho não faz milagre (não todo jogo). Pierre não atua mais na temporada, o que também vai sempre significar menos desarmes – não necessariamente menos gente na marcação, afinal o time foi cheio de volantes.

Não é todo jogo que a eficiência é grande. Pelo volume de jogo que se apresentou, a derrota foi merecida. Mas se mostrar erros na zaga como os de Marcos e do restante da defesa nos lances de gol, poderia até ter dominado as ações que sairia com o resultado ruim. Que só não foi pior pela "ajuda" do Inter.

Tem time bobeando no topo da tabela.

sexta-feira, setembro 11, 2009

A relação entre o Vaticano e a General Motors

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Tendo ouvido com mais atenção a música "Awaiting on you all" ("Aguardando por todos vocês"), de George Harrison, me deparei com versos intrigantes:

And while the Pope owns 51% of General Motors
And the stock exchange is the only thing he's qualified to quote us
(E enquanto o Papa possui 51% da General Motors
E a bolsa de valores é a única coisa que ele está qualificado para nos citar)


Confira abaixo e preste atenção a partir de 2:09:



Curioso, procurei fuçar alguma coisa que relacionasse a montadora de veículos com o Papa da época em que a canção foi feita (1970), o italiano Paulo VI - ou Giovanni Battista Enrico Antonio Maria Montini, que mandou no Vaticano por 15 anos. A fonte mais interessante que encontrei foi uma resenha do livro "Money and ther rise of the Modern Papacy" ("O dinheiro e a ascensão do Papado Moderno"), de John Pollard, publicado pela Universidade de Cambridge, Inglaterra, em 2005. "As finanças do Vaticano são, desde muito tempo, questão de especulação. E, nas últimas décadas, alguns jornalistas em particular, tornaram-se fascinados por isso", diz o texto.

"Mas foi só a partir da reforma da cúria romana por Paulo VI, em 1967, e a criação da Prefeitura dos Assuntos Econômicos da Igreja, para coordenar o trabalho de todos os organismos financeiros, significativamente o Banco do Vaticano, que algumas das contas passaram a ser de domínio público".
Efígie do Papa Paulo VI (à esquerda) em moeda do Vaticano de 1963

Entre as especulações que os segredos financeiros da Igreja Católica geraram, o resenhista cita exatamente a música de Harrisson como melhor exemplo. "Nem é preciso dizer que, embora seja quase certo que o Vaticano possui ações da General Motors, é extremamente improvável que ele jamais teve qualquer coisa que se aproxime de uma participação maioritária", observa, ao comentar os 51% da letra (51, esse número mítico...). Porém, mesmo que o ex-beatle tenha carregado na tinta, o livro de John Pollard parece confirmar que embaixo desse angu tem osso. "O Papado se tornou uma instituição financeira global, não obtendo sua renda dos assuntos do Estado Papal, mas das ofertas dos fiéis de todo o mundo e também de retorno sobre um crescente portfólio de investimentos na agricultura, mercado imobiliário, indústria transformadora, comércio e finanças distribuídos ao longo das capitais financeiras do Antigo e do Novo Mundo - na própria Roma, Milão, Genebra, Lausanne, Londres, Nova York, Boston, Chicago, Buenos Aires e Rio de Janeiro, para mencionar as mais importantes", destaca o texto.

De qualquer forma, George Harrison era um aficcionado por automobilismo (vizinho por um tempo, amigo íntimo e padrinho de um dos filhos do piloto brasileiro Emerson Fittipaldi) e não parece de todo improvável que tenha ouvido alguma fofoca sobre as participações acionárias da GM. Mas a letra de "Awaiting on you all" não cutuca só o Papa. Como já comentei em outro post, o período entre 1970 (quando a letra foi escrita) e 1974 (quando a "companhia" Beatles foi desfeita legalmente) foi de troca de ofensas e de "recados" entre Harrison, John Lennon e Paul McCartney.

Nos primeiros dois versos da música em questão, como pode ser vista no vídeo postado lá no início desse texto, os petardos de George são contra a iniciativa de Lennon de ter transformado sua lua de mel com Yoko Ono em um evento hippie chamado "Bed in" ("Na cama pela paz"), quando o casal passou quase uma semana deitado, de pijamas, cantando, "militando" e dando entrevistas. Apesar de trocar o nome para "Love in", que não tem tradução mas pode ser entendido como gíria para qualquer piração bicho-grilesca inócua dos anos 1960, Harrison foi sarcástico ao limite ao dizer que ninguém precisa de uma bed pan (aparadeira, foto à esquerda), sugerindo que no "Bed in" John não saía da cama nem para ir ao banheiro. E ainda tira um sarro da fixação doentia de Yoko Ono por horóscopo e ocultismo:

You don't need no love in
You don't need no bed pan
You don't need a horoscope or a microscope
To see the mess that you're in
(Você não precisa de um evento paz & amor
Você não precisa de uma aparadeira
Você não precisa de um horóscopo ou um microscópio
Para ver a bagunça em que você está)


O curioso é que no ano seguinte, em 1971, John Lennon também decidiu irritar o Vaticano, produzindo uma antológica gravação do maluco novaiorquino David Peel, "The Pope smokes dope" ("O Papa fuma maconha"). Ouça um remix recente desse hino da porralouquice:



Buenas, mas se você acha que essa esculhambação não passa de gracinha riponga, então me despeço com o vídeo abaixo, que prega seriamente que "Jesus was a mushroom" ("Jesus era um cogumelo"). Perto disso, o Papa comandar a General Motors parece a coisa mais plausível do universo...

Dois crimes sem solução

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Não, a data de hoje não me lembra apenas aquele misterioso atentado ocorrido em 2001 nos Estados Unidos - e do qual já não tenho muita paciência para elocubrar. O 11 de setembro me traz à mente, com maior força, o "suicídio" do presidente chileno Salvador Allende no dia do golpe militar que empossou o nefasto general Augusto Pinochet, em 1973, e o assassinato - ainda hoje inexplicado - do prefeito de Campinas (SP), Antonio da Costa Santos, o Toninho do PT, também em 2001 (que ocorreu na noite de 10 de setembro, mas repercutiu no dia seguinte). Porém, acredito que, como sempre, a ladainha estadunidense-binladeniana deverá ganhar, infelizmente, mais espaço na mídia tupiniquim. Ossos do orifício.

Allende foi e continua sendo um símbolo. Mais um dos muitos casos, na América Latina, de presidentes populares democraticamente eleitos que enfrentam a ira da elite local e a sanha dos interesses externos. Com ele não teve tentativa, "revolução" ou golpe midiático, foi deposto no cacete, mesmo. Com direito a bombardeio do palácio presidencial (La Moneda), em Santiago, e imediata prisão, tortura e morte de quem estivesse na lista dos militares. A versão oficial diz que Allende se matou com um tiro de espingarda no interior do palácio pouco antes de se render. Mas quem acredita em versões oficiais de governos militares sul-americanos das décadas de 1960 a 1980? O suicídio sempre é visto como ato de covardia e os verdugos de Pinochet ainda fizeram circular a versão de que a arma utilizada tinha sido presente de Fidel Castro. Galhofa, bravata, patifaria. Com toda pinta de mentira. Para acobertar um assassinato.

Já o Toninho do PT (à esquerda) vem sendo vítima de especulações maldosas - bem como seu colega Celso Daniel, que, como prefeito de Santo André (SP), foi morto quatro meses depois, em janeiro de 2002. De Norte a Sul do Brasil, a teoria da conspiração bate sempre na mesma tecla: queima de arquivo patrocinada pelo PT, pelo Zé Dirceu, o Lula ou "a quadrilha inteira", como a Veja gosta de adjetivar. Tendo dividido mesa de bar com Toninho na campanha para prefeito em 1996 (quando perdeu), não sei que tipo de ameaça ele poderia representar para o partido e o líder, Lula, que ele tanto amava e defendia. O que sei, e que não vejo a imprensa ir atrás, é que, nos seus oito meses de governo, ele mexeu com dois dos setores mais periogosos da perigosa Campinas - as empreiteiras e os traficantes. No mais, assim como Celso Daniel, ele seria peça importante na campanha presidencial e nos futuros mandatos do governo Lula. Mas o caso parece que nunca será solucionado. E sua memória continuará sendo usada como combustível para maquinações da elite intolerante. Fazer o que? Bebamos aos mortos, que eles merecem mais respeito.

quinta-feira, setembro 10, 2009

"Mandei parar o helicóptero pra mandar o Josué, via satélite", revela "técnico" do São Paulo

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O vídeo é antigo, ainda dos tempos em que o hoje alviverde Muricy treinava o hexacampeão brasileiro. Mas a convicção do rapaz pernambucano ao garantir para o repórter, em plena delegacia, de que ele era o verdadeiro técnico do São Paulo, impressiona. E nem tava bêbado. Desconfio que tenha sido esse o motivo do delírio. Confiram com os próprios olhos:

Tipos de Cerveja 41 - As Premium Lager

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Esse tipo de cerveja situa-se entre as Pale Lager comerciais e as Pilsner. Sendo esta diferença muito tênue, é habitual certas cervejas auto-intitularem-se Premium Lagers quando, na verdade, não são. As legítimas têm cor dourada ou mesmo acobreada e possuem um gosto forte de malte e lúpulo. O álcool costuma variar entre 4,5% e 5,5% e tem menos gás do que uma Pale Lager ou do que uma pilsner germânica clássica. É, em geral, um produto típico de pequenas industrias cervejeiras ou mesmo de pubs e bares que produzem as suas próprias bebidas. Exemplos: Spaten Premium Lager, Boulevard Bobs 47 Munich-Style Lager (foto) e Creemore Springs Premium Lager.

Se a Folha restringe o twitter, o Futepoca restringe...

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O blogue do José Roberto Toledo, o Toledol, publicou: Folha cria regras para seus jornalistas no Twitter

A história é curta. Repórter não pode publicar conteúdo exclusivo nem antes, nem durante, nem depois do jornal. Não se trata de furos de reportagem, mas de áreas acessíveis mediante senha. E que se cuide para evitar conflito de interesses com o jornal.

Segundo o comunicado, os profissionais que escrevem em blogues e outros sites "representam a Folha nessas plataformas". Por um lado, isso significa "seguir os princípios do projeto editorial", e "evitar assumir campanhas e posicionamentos partidários". Então não é à Folha que o Nassif se refere aqui.

O tema é polêmico, e desperta ódio e rancor de todos os lados.


Água que Twitter não bebe?

Mas o Futepoca resolveu se divertir e propor medidas semelhantes a outro espaço. Em vez da produção virtual, o foco é o bar.

Comunicado

Os autores que mantêm assiduidade em estabelecimentos etílicos ou participam de debates em mesas e balcões de bar devem se lembrar que:

a) representam o Futepoca nessas plataformas, portanto devem sempre seguir os princípios do projeto manguaça-editorial, evitando assumir copos de suco e refrigerante partidários;

b) não devem colocar na mesa do bar vizinha conteúdos de cerveja exclusivas da mesa do Futepoca. Esses são reservados apenas para consumidores moderados do blogue. Eventualmente, a garrafa pode fazer rápida incursão rumo à mesa alheia.


Alguém discorda?

Collor, o imortal, também proibiu novela

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A notícia saiu no blog do Leonardo Ferreira e diz respeito ao presidente "impichado", e agora imortal da literatura sem ter escrito um livro sequer, Fernando Collor de Mello. Segundo informações do blog, José Louzeiro prepara um livro sobre os bastidores da proibição de sua novela “O marajá”, que seria exibida pela já extinta Manchete, em 1993. A trama contava a trajetória de Fernando Collor e foi impedida de ir ao ar poucas horas antes da estreia. Como consta a história, o ex-presidente conseguiu impedir na Justiça a exibição após ser alertado pela chamada de "O marajá". Nesta uma enfermeira levava numa bandeja de prata cheia supositórios com cocaína para o ex-presidente....
Curiosa com a novela, encontrei a sinopse, que vale a pena ser lida. Já o que diz respeito a valorosa historiografia noveleira do Brasil, o país mais uma vez mostra descuido com sua história. Acontece que as fitas da novela “sumiram”. Há quem diga que estão (ou estavam) escondidas sob judicie de Adolpho Bloch. Segundo Fernando Barbosa Lima, o ex-diretor-geral da Manchete, o próprio Bloch decidiu guardar as fitas, com medo que elas fossem roubadas, e a Manchete, prejudicada. "Ele ficou assustado com o poder de Collor", conta Barbosa Lima, que era amigo de Bloch.

Fica então a sugestão para o Fantástico, que já achou Belchior, pode encontrar o Serra e o Kassab, sumidos após as cenas de natureza selvagem que arrasaram São Paulo por estes dias, e quem sabe as fitas de “O Marajá”.

Sem tanta precisão, com mais Nilmar, Brasil vence Chile

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A seleção brasileira de futebol venceu o Chile em Salvador por 4 a 2. Foram três gols de Nilmar e um de Julio Baptista. Escalado sem os quatro homens de frente por suspensão (Luís Fabiano e Kaká), contusão (Robinho) e opção (Elano), o time amarelo teve bem menos precisão do que contra a Argentina, no sábado. Mas teve o atacante do Inter inspirado para salvar o filme de Dunga com os baianos.

Depois de abrir dois gols de vantagem, o Brasil cedeu o empate, para depois fechar o marcador. Foi uma dinâmica atípica, quando parecia que seria fácil, Felipe Melo foi expulso – embora a reação vermelha não tenha me impedido de dormir em frente à TV do segundo gol brasileiro ao empate do país de Michele Bachelet.

Contra a equipe comandada por Maradona, a zaga e o meio de campo foram bem, enquanto o ataque foi preciso e eficiente. Diante do selecionado do também argentino Marcelo Bielsa, a atuação foi menos equilibrada e harmoniosa. Teve um número de falhas maior, buracos na defesa, desorganização em contra-ataques...

Falando em Maradona, a boa notícia para Cristina Kirchner e seus compatriotas é que não bastaria ter Bielsa no banco para ter um desempenho melhor contra o Brasil. A má é que quem tem dios no banco está em apuros.


A seleção argentina foi a Assunção e perdeu do Paraguai por 1 a 0. Na quinta colocação e com apenas um ponto de vantagem sobre Venezuela e Uruguai, os hermanos estariam na repescagem se a competição terminasse hoje. Tem mais duas rodadas para vencer e torcer contra o Equador.

Nilmar, Daniel Alves e Elano
Já do Brasil, ninguém esperava uma atuação igual, até porque o Chile ataca mais do que os adversários do fim de semana. Mas o time ainda mostrou capacidade ofensiva e mais trocas de passe em velocidade perto da área.

Os três gols de Nilmar, a correria de Daniel Alves e o passe de Elano deixam claro que são atletas que vão ser usados durante a copa da África do Sul, embora não necessariamente como titulares.

A equipe caminha a passos largos para garantir a liderança das eliminatórias. Ainda não teve uma grande atuação contra uma retranca nervosa, mas provavelmente só vai conseguir testar essa capacidade mais perto da copa.

Surpreende a adesão da mídia ao técnico Dunga. Até chute de nervosismo do treinador em garrafa de plástico foi descrita na transmissão como sinal de vibração ou envolvimento no jogo.

quarta-feira, setembro 09, 2009

Para a Veja, metade dos bebedores é quase alcoólatra

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O título é quase tão sensacionalista quanto a reportagem da revista Veja desta semana. A capa sobre alcoolismo discute "abordagens inovadoras" à questão, mas esbarra em formas moralistas e exageradas para lidar com o tema.

Outro título possível para este post seria: "Veja acusa Futepoca de ser 'grupo de risco' para alcoolismo". Mas não precisaria uma revista semanal dedicar uma linha sequer para que os sóbrios autores deste blogue saberem da gravidade do tema e quão trágica é a existência de suas estruturas hepáticas. E com este comentário, eu só quero me amenizar críticas sérias às piadas sobre o drama real de quem é dependente do álcool.

Começa o texto:

No Brasil, quase 70 milhões de homens e mulheres bebem. Incluem-se aí desde as pessoas que tomam uma única dose de álcool ao longo de um ano até os dependentes pesados, que não vivem sem a bebida. Entre os dois extremos, existe um grupo que, até pouco tempo atrás, não aparecia nas estatísticas nem nas preocupações médicas: os bebedores de risco. É grande a probabilidade de você, leitor, ser um deles.
Você, leitor do Futepoca, fique tranquilo. Você não é um deles. Mas o leitor da Veja que se cuide.

A reportagem trabalha com a ideia de que uma em cada duas pessoas que consomem etílicos em níveis tolerados pelo convívio social estão a um passo do precipício – se não estiverem em queda livre. "Essa abordagem é totalmente inovadora no tratamento do alcoolismo", diz o texto.

Na hora em que li isso, me veio a recomendação clássica de mãe, avó ou tia que sugere usar blusa em pleno verão para combater a gripe. A sugestão superprotetora é motivo de piada por enxergar doença onde ela não existe – "ainda", diria alguma mãe sobre seu filho.

O que quero dizer é que é preciso considerar com cautela a ideia de que quase qualquer uso do álcool é motivo de preocupação e, ainda mais, a de que é inovadora uma abordagem exagerada – quiçá hipocondríaca – das genitoras que tanto nos querem bem.

Escrevendo a sério: chamar de inovadora uma abordagem que considera que tem problema quem (ainda?) não tem problema é complicado. Por mais grave que seja a questão.

"Os bebedores de risco podem passar dias sem tomar uma cerveja, uma taça de vinho ou algumas doses de uísque. Mas para eles a bebida tem um significado psicológico muito positivo", explica o texto.

A precisão da explicação é ótima, porque é mesmo de se imaginar que todo mundo que gosta de beber tem essa predileção como um traço de masoquismo. Onde já se viu repetir uma atividade nas horas de lazer porque é gostoso? O normal deve ser beber porque é ruim, desagradável até.

O moralismo do texto inclui um grau de culpabilização do consumidor de fermentados e destilados em um grau elevado. Além de sugerir um teto de uma dose para mulheres e duas para homens – com uma longa hora de intervalo regado a suco e refrigerante – a reportagem pede metas diárias. É a lógica financista aplicada à maguaça.

O que poderia ser uma referência de moderação ganha outros contornos na análise do aumento do número de mulheres em "situação de risco". O texto atribui à "preocupação exagerada com a estética" o aumento do número de mulheres com problemas com o mé. O hábito de substituir a comida para perder peso (o que dá origem a uma próxima capa da revista com personagens drunkorexic, misto de bêbadas com anoréxicas) só perde para as que bebem para afogar as mágoas – prática que, excetuado Reginaldo Rosi, nenhum homem jamais fez.

Fiquei imaginando o que essa capa vai representar para a balada das filhas de assinantes da revista. Vão ouvir sermão na sexta à noite.

E a matéria termina com uma conclusão ainda mais moralista: "Teremos cumprido nosso objetivo se ao acabar de ler esta reportagem você se reconhecer como um bebedor de risco e isso levá-lo ou levá-la a procurar ajuda profissional. Saúde!"

A minha humilde e ébria pessoa terá cumprido seu objetivo se, ao ler este post, você decidir não comprar veículos sensacionalistas. Nem precisa ir para o bar tomar uma (só uma), porque isso você faz quando quer.

Exagerei?

(Ps.: E esse nem foi o primeiro ataque da Veja contra a manguaça. Já denunciamos antes, confira aqui.)

Homenagem a quem honra o número

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Hoje é dia 09/09/09. Data perfeita para a proliferação de superstições sem importância e reportagens inúteis sobre a coincidência dos números em programas de variedades. Apesar de não ser dos mais adeptos às crendices populares, não posso deixar passar em branco a data, por conta das lembranças futebolísticas que ela nos traz.

Afinal, o 9 é, talvez, o segundo número mais marcante do universo futebolístico - perdendo somente para o incontestável 10 de Pelé, Maradona e outros. É 9 a camisa do centroavante, do "fazedor de gols", do responsável por dar à torcida seu instante principal de êxtase.

Falando particularmente do meu caso, dá para dizer que a mística da camisa 9 foi responsável pela minha irreversível entrada no grupo dos amantes do futebol. Uma das minhas primeiras lembranças relacionadas ao esporte é a do meu pai me explicando que "9 é o número do centroavante". Eu não fazia ideia do que era o tal de centroavante, mas desconfiei que fosse algo legal - tanto que, dias depois, na compra de uma das primeiras camisas do Santos para mim, fiz questão que o número gravado atrás fosse o poderoso 9.

A presença do 9 também se fez na consolidação daquele que viria a ser meu primeiro ídolo com a camisa do Santos. Paulinho McLaren, centroavante digno de ser chamado de "matador", que usava os típicos mullets da época e marcava grande parte dos poucos gols santistas naqueles tristes anos do começo da década de 1990. A lembrança de Paulinho marcando gols no esburacado gramado da Vila numa segunda-feira à noite - e depois medindo a distância do ponto do chute até o gol, numa promoção das Trenas Starret, em companhia de repórteres como José Luiz Datena e Otávio Muniz - ainda é das mais vivas para mim.

Depois de Paulinho veio Guga. Aliás, "depois" não. Eles chegaram a atuar simultaneamente pelo Santos. Guga chegou ao Peixe após se destacar com a Inter de Limeira na campanha do Campeonato Paulista de 1991. Mas só foi virar referência quando Paulinho deixou a Vila - algo como a sucessão de um imperador por outro.

Tal qual Paulinho, Guga não foi campeão na Vila. Mas também conseguiu o feito de se tornar artilheiro de um Campeonato Brasileiro (o de 1993, no caso). Eles dois, mais Serginho (1983), Viola (1998) e Kléber Pereira (2008), foram os jogadores do Santos que se tornaram artilheiros do Brasileirão - coincidentemente, nenhum deles levantou a taça.



Nove (opa!) anos depois de Guga, mais um centroavante a quem, como torcedor santista, presto tributo: Alberto, o camisa 9 de 2002. Ele começou aquela campanha como o "patinho feio" de um time dominado por jovens jogadores. Não fez gols em suas primeiras partidas e deixou os torcedores com dúvidas sobre suas qualidades. Mas depois desandou a jogar bola e marcou tentos históricos, como o de bicicleta sobre o Corinthians na fase inicial daquele Brasileirão. Depois que saiu do Santos, Alberto nunca mais foi o mesmo.

Mas o post não se restringirá a falar do Santos. Como amante do futebol, reverencio também camisas 9 de outros clubes e países que fizeram história e ganharam minha simpatia. Nesse último quesito, elenco alguns que não foram verdadeiros craques, mas se encaixam na categoria "ídolos de infância": Voeller, Skuhravy (foto), Totó Schilacchi, Gaúcho, Nílson, Gary Lineker, Charles Baiano e outros. Falando um pouco mais sério, não dá para deixar de citar nomes como Evair, Caniggia, Batistuta, Raul, Alex Mineiro, Romário, Luizão e os contemporâneos Ronaldo, Luís Fabiano e Adriano. Deixo claro que alguns deles (Romário é o exemplo mais nítido) não trajaram a dita camisa 9, mas foram "9" como poucos.

Porque não é a tendência da numeração fixa que vai acabar com a mística da camisa 9. Não mesmo!

Chuvas e registro de que a mídia nem sempre é só anti-Lula

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As capas de dois jornais paulistanos nesta quarta-feira, 9, mostram mais ou menos o que aconteceu na cidade de São Paulo no dia anterior. Chuva, lixo na rua, trânsito e caos – até os telefones pararam.



O registro é só para dizer que nem sempre a mídia é só anti-Lula. Às vezes é diferente.

Confesso que estava esperando encontrar alguma manchete ou título de blogue na linha a culpa é do lula:

Chuva livra Lula

Depois de constatada redução de sua popularidade, queda da pré-candidata em pesquisa e aumento de sua rejeição, temporal deixa o presidente fora das manchetes

"Não dê ideia", alguém vai sugerir.

O genial professor Hariovaldo Almeida Prado preferiu, a exemplo de Gilberto Kassab, acusar a gestão da Marta Suplicy. Blogues como o Conversa-Afiada quer aprender a alagar viaduto. O da Dilma, preferem atribuir ao prefeito e ao governador de São Paulo, José Serra, a responsabilidade pelo estrago.

Não é a toa, como lembra Ricardo Kotscho e outros, vinculando o corte de 20% do orçamento da limpeza urbana.

terça-feira, setembro 08, 2009

Troque seu futebol por um cachorro rico

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A maratona começou na madrugada de sexta para sábado, quando fui trabalhar catando lixo no Electric Picnic Festival (à direita), em Stradbally, a duas horas e meia de Dublin. Não é possível descrever em palavras do que se trata esse serviço. Mesmo os novatos, que ainda não tinham passado pela experiência, só foram entender a encrenca depois que chegaram no local (eu já tinha trabalhado no Oxegen Festival, em julho). Bom, chegamos em dois ônibus, 100 desesperados por qualquer euro e trabalho forçado, em uma cidadezinha minúscula onde, num fazendão, aconteceu um festival de 3 dias com atrações musicais 24 horas, milhares de pessoas acampadas, muita bebida, sexo, drogas, lama e lixo - principalmente lama e lixo. Você chega lá, te dão um par de luvas e sacos de lixo e dizem: ''-Catem tudo!''. Simples assim.

Não tem vassoura, nada. Você tem que se abaixar para pegar cada papel, lata, resto de comida, plástico, enfim, tudo. Depois de três ou quatro horas fazendo isso, sem parar um minuto, você não tem mais espinha dorsal, nem sente mais as pernas, os braços, nada. E começa, literalmente, a delirar. Ri sozinho, canta, tem vontade de chorar, esquece o próprio nome, o que está fazendo ali, que raio de lugar é aquele. Começa a catar lixo à meia-noite e, lá pelas sete da manhã, já está em alfa, robotizado, abestalhado. Foi por aí que entrei numa das diversas tendas onde o povo do festival curte música eletrônica, já vazia, e, além da tonelada de lixo me olhando convidativamente, vi um cartaz enorme do uísque Southern Comfort, o preferido da falecida Janis Joplin (que nunca recebeu um tostão por fazer propaganda). Comecei a viajar nessa idéia e, quando voltei ao planeta Terra, olhei para o chão e vi uma lata de cerveja fechada. Limpei o barro da tampa e mandei ver, quente mesmo. Santa Janis!

Bom, depois de todo esse martírio, que vai me render uns 40 euros (pouco mais de 100 reais), cheguei em casa às 10 da manhã, fui dormir às 11 e botei o despertador pras 3 da tarde, pois teria que trabalhar de garçom, ou melhor, de food runner, a partir das 5, no restaurante do estádio Shelbourne Park, que abriga corridas de cachorro (à esquerda). O lugar é enorme, maior que os campinhos da maioria dos times de futebol brasileiro. Além do restaurante, abriga dois fast foods e um café. Food runner é quem pega os pratos de comida na cozinha e, literalmente, sai correndo para levar paras as mesas (os garçons só atendem e comandam os pedidos). Eu estava sendo testado junto com um chileno e um colombiano. Só uma vaga. 100 mesas para atender. Três pratos quentes (pelando de quente) equilibrados em cada braço. 30 lances de escadas. 30 segundos para retornar até a cozinha e pegar mais pratos. E eu praticamente sem dormir, moído da catação insana de lixo...

O público, no restaurante, é basicamente de velhos ricos, muito ricos - que apostam pesado nos cachorros (vai daí o estádio ser um luxo só). Tinha até uma equipe de televisão fazendo uma chamada ao vivo do meio do restaurante, que é uma espécie de arquibancada coberta, acarpetada, com móveis finos e malucos como eu, de camisa social azul turquesa e gravata vermelha, correndo com pratos pra todo lado - várias vezes percebi que as crianças ricas preferiam nos observar do que os cachorros, que levavam os pais e avós a uma histeria e fanatismo piores que os das torcidas de futebol. Tanto que, ao mesmo tempo, quatro telões transmitiam um jogo da Irlanda pelas eliminatórias e, quando o time fez 2 a 1 sobre Chipre, poucos prestaram a atenção (só uma mesa comemorou). E comida vai, prato sujo vem, cachorro corre, velho aposta e, enfim, fui dispensado. O chileno ficou com a vaga.

Mas não fiquei chateado, não. Ou melhor, até um pouco aliviado por me ver longe daquele trabalho alucinante em meio a ricaiada esnobe. Peguei meus 50 euros de pagamento (quase 150 reais) e fui direto para o pub do Australiano, point da brasileirada, para comemorar o aniversário de uma amiga e um amigo e, de quebra, assistir Brasil x Argentina. O primeiro copaço de Foster's, australiana, caiu como se nunca tivesse sentido o prazer de uma cerveja gelada na vida. E por aí foi, até o terceiro gol(aço), de Luís Fabiano (à direita), quando a casa quase desabou com 200 brasileiros pulando e 100 argentinos tentando correr para algum abrigo seguro (inexistente). Com um telão de 3 por 5 metros, e a torcida canarinho cantando e gritando mais do que os torcedores do Boca em La Bombonera, os 90 minutos, a sensação era a de estar no estádio, mesmo. E o melhor: bebendo cerveja. Melhor ainda: o Brasil ganhando. E pra fechar com chave de ouro: tirando várias lasquinhas das argentinas e brasileiras embriagadas e sufocadas na multidão de bêbados.

A comemoração seguiu com festa em um apartamento. Cheguei em casa às 7 da manhã de domingo. Um dos habitantes tinha enchido a geladeira de cerveja (Carlsberg, Stela Artois, Tyskie, Heineken etc). E também tinha uma vodka, trazida da Alemanha. Fui dormir às 2 da tarde, quase um dia após a soneca de quatro horinhas antes de ir para o restaurante. Serviços malucos faço por obrigação. Mas cerveja e futebol, não tem hora! Cheers!

Pelo menos uma vitória

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Peço licença ao interino Moriti Neto para escrever um pouco sobre o jogo São Paulo e Cruzeiro. Esse foi o primeiro jogo do São Paulo no campeonato que assisti com atenção. Já havia também assistido a uma parte do confronto com o Palmeiras, na semana passada, o jogo que ninguém viu mas todo mundo odiou.
O que deu para notar nessas duas partidas é que, se de fato houve uma evolução do time depois que Ricardo Gomes assumiu o comando, esse avanço foi esquecido. No jogo contra o Palmeiras, Dagoberto ainda conseguiu três ótimas jogadas no primeiro tempo, e foi só. Contra o Cruzeiro, a criação foi nula. Uma profusão de passes errados, chutões sem sentido para a frente, faltas desnecessárias. Uma tristeza.

O time mineiro saiu na frente, com toda a justiça. Diego Renan aproveitou a saída errada de bola de Richarlysson - que, verdade seja dita, jogou bem - tabelou com Gilberto e mandou para as redes, aos 43 do primeiro tempo. Antes e depois disso, Rogério Ceni trabalhou bastante.
A vitória do São Paulo só aconteceu porque a zaga do Cruzeiro é uma mãe. O gol de Marlos foi uma baba. O meia foi conduzindo a bola desde o meio de campo numa boa, sem ser incomodado. Quando finalmente um zagueiro chegou perto, ele só cortou para a esquerda e bateu, sem muitas pretensões. Só que o goleiro Fábio engoliu um frango e a bola entrou.
O gol de Borges também foi presente. Dagoberto chegou antes do zagueiro em uma bola que tinha tudo para terminar nas placas de publicidade e cruzou, todo desequilibrado. Borges, que assim como Marlos acabara de entrar, ganhou a corrida dos zagueiros e marcou, aos 36 do segundo tempo. Rogério ainda teve que defender uma bola perigosa antes de comemorar a vitória.
Ganhar é bom, manter tabus contra adversários tradicionais também. A Raposa não vence o São Paulo pelo Brasileiro desde 2004. Num campeonato em que, dizem, o nível está dos piores, também é difícil cobrar muito. Mas que diabos? Depois de uma arrancada digna dos melhores momentos de 2008, o time esqueceu de novo como jogar? Se o motivo disso for a ausência de Hernanes, tanto pior. Significa que as opções do elenco não são das melhores.
Claro que, como foram dois reservas que decidiram o jogo, isso fica parecendo rabugice. Mas parece que o resultado veio muito mais pela sorte que pela qualidade. Vai bastar para o time se manter, pelo menos, entre os 4 primeiros?

André Dias é seleção

Não poderia deixar de comentar a nova convocação de Dunga para substituir os jogadores suspensos no duelo contra o Chile. Entre os nomes de Diego Souza, Diego Tardelli, Cleiton Xavier (que os palmeirense e atleticano do blogue comentem sobre seus jogadores) destaca-se nosso querido grosso, quer dizer, zagueiro, André Dias! Como? Como? Como? O que aconteceu enquanto eu não estava por aqui?

domingo, setembro 06, 2009

O mérito foi só a vitória

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Galo e Santo André mostraram em campo porque um está agora na zona de rebaixamento e outro ficou seis jogos sem ganhar. Foi uma pelada digna da qualidade do gramado, que deveria ter terminado em menos 1 a menos 1 para cada time. Coitado de quem gosta de futebol.


Há algo de bom? Claro, os três pontos são importantes demais num campeonato marcado pelo baixo nível técnico, e ajudam a deixar bem próximo o primeiro objetivo do Galo no campeonato: faltam apenas 8 pontos para fugir de vez do rebaixamento. Depois, se derem mole, dá para tentar buscar uma vaguinha na Libertadores.

Mas para isso Tardelli e Éder Luís têm de voltar a jogar e fazer gols. Hoje, fizeram o que se espera deles, um gol cada um. Está certo que Tardelli perdeu várias chances e aparenta estar inseguro e lento, sei-lá-por-quê. Éder estava no banco, mas quando entrou mudou a partida em que o Galo perdia numa falha de seu goleiro e do zagueiro, com pouco mérito do time de Santo André.

Éder, numa de suas primeiras jogadas, já cavou o segundo amarelo e a expulsão do zagueiro do time do ABC. Na sequência, empatou ao receber na área, virar e concluir. Como a sorte parece ter mudado, Tardelli fez o que quase nunca faz, gol de cabeça. Num cruzamento inacreditável de Carlos Alberto, que tem a média de errar 10 a cada 11 levantamentos. Agora é ver se o time começa a jogar bola de novo contra o Atlético-PR, no próximo domingo.

Com 3 a 1 sobre Argentina, Brasil garante vaga na Copa

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Fernando Vanucchi tinha razão: a África do Sul é logo ali.

A seleção brasileira está classificada para a Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, com três rodadas de antecedência. A conquista veio numa vitória sobre a Argentina em Rosário, a primeira derrota dos hermanos em seu próprio território em eliminatórias desde o revés histórico contra a Colômbia em 1993.

Que diferença do confronto com o Uruguai no Maracanã em que Romário foi convocado para exercer a função de salvador da pátria e do temor que a "possante" Venezuela gerava em 2002 – com direito a um monte de gente pedindo que Luiz Felipe Scolari convocasse Romário.

Os 3 a 1, com dois gols de Luís Fabiano e um de Luisão, mostrou um escrete canarinho aplicado, catimbeiro e oportunista. Kaká com muita vontade, Elano bem e o camisa 9 voando. Mostrou uma zaga argentina fraca, um meio de campo azul e branco com muitos momentos de síndrome de armandinho – e correria de Messi – e um ataque apagado.

A seleção bateu e apanhou em campo. Uma amostra disso é que Lúcio, Kaká, Luís Fabiano e Ramires receberam o segundo cartão amarelo nas Eliminatórias e não enfrentam o Chile, na quarta-feira, 9, em Salvador. Quem se importa?

Vale notar a aplicação de alguns jogadores, mais do que de outros. Robinho ainda não joga o que se espera dele, mas participa bem e mais. Kaká conduz o time e passou o segundo tempo inteiro marcando Verón quando o camisa 8 tinha a bola. Luís Fabiano, quando fez o primeiro gol, chamou todos os jogadores para comemorar junto. E a festa do elenco inteiro foi imensa. A maior parte de quem está lá, parece que está de verdade.

É muito diferente do que a equipe do mesmo Dunga fez contra o Paraguai em Assunção (a última derrota de Dunga com a seleção principal), contra o Equador e contra a Argentina olímpica em Pequim. E nem se compara com a de Carlos Alberto Parreira em 2006.

Dunga ganha mais moral para a Copa e o Brasil também. O favoritismo sempre significa encontrar times mais fechados, tentando neutralizar jogadas com mais afinco. O técnico vai ter que inventar mais jogadas. Pedir o Fora Dunga, agora, só vale para manter a piada ou por (saudável?) teimosia de mesa de bar. Ou, de repente, para algum argentino.


Muito mais importante é garantir outra coisa: "Fica, Maradona!" O quarto lugar na classificação não é tão terrível quanto os secadores nacionais gostariam e nada que garanta, agora, que el pibe e cia não se encontrem com Zakumi, o leopardo mascote da Copa da África do Sul. Mas é trágico o bastante.

Vagner Love marca 3 (só um vale) e Palmeiras vence Barueri

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No Palestra Itália, quando muito torcedor se encaminhava para o bar para assitir à seleção brasileira se classificar, o Palmeiras cumpriu sua obrigação e venceu o Barueri por 2 a 1.

Todas as atenções estavam voltadas a Vagner Love. Não era por causa de suas trancinhas verdes, mas pela estreia, ao lado do artilheiro da equipe no campeonato, Obina.

Depois de todos os trocadilhos com amor na semana que antecedeu à partida, o atacante balançou as redes do Barueri por três vezes. Só um valeu. Um estava impedido e outro um foi uma paradinha considerada irregular pela arbitragem no pênalti.

Ah, a penalidade máxima sofrida aos 28 do segundo tempo por quem, outrora, era muito melhor do que o Eto'o, foi esquisita, que é um jeito simpático de dizer que o árbitro se complicou.

Diego Souza havia marcado o primeiro gol palmeirense, aos 4 da etapa final, em lançamento de Cleiton Xavier. O Barueri diminuiu com Leandro Castan aos 41. Mesmo longe da Arena Barueri, a equipe visitante foi bem, criou boas oportunidades de gol, deu trabalho a Marcos e poderia ter estragado a festa alviverde de um modo muito mais efetivo do que o ingresso mais caro cobrado dos 23 mil pagantes.

A ausência de Pierre e do que ele representa em termos defensivos fez falta. E vai fazer mais ainda no restante da competição – maldita torção de tornozelo em treinamento.

Com 44 pontos, o Palmeiras se mantém na liderança. Que é o mais importante.

sexta-feira, setembro 04, 2009

Galo e seleçao Brasileira. Há 40 anos

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O vídeo do Canal 100 é sensacional. Vale rever o time brasileiro que seria tricampeão mundial enfrentando a Seleção Mineira, que era o time do Galo, em 3 de setembro de 1969. Bons tempos para começar a sessão de vídeos históricos postados no Futepoca.

quinta-feira, setembro 03, 2009

Agora vai?

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Vitória bem corintiana, suada, sofrida, de virada. Em jogo marcado para um dia depois do aniversário do clube, não seria de outro jeito. Corinthians e Santos fizeram mais um jogo pegado e não muito técnico ontem, no Pacaembu.



O personagem do jogo certamente foi o zagueiro Chicão, que alguns torcedores tiveram a pachorra de chamar de “chinelinho”. O xerife encarnou o espírito do alvinegro de Parque São Jorge e foi do inferno ao céu em noventa minutos.

Foi dele, contra, o gol que abriu o placar para o Santos, e dele também o da virada, aos 44 minutos do segundo tempo. No meio disso, Bill empatou.

A vitória foi facilitada pela postura defensiva adotada pelo Santos, que chamou o Corinthians para cima depois de fazer o primeiro gol. Não agüentou a pressão no segundo tempo.

Mano Menezes começou com o destro Balbuena na lateral esquerda e Jucilei na direita. No intervalo, botou um vacilante Marcelo Oliveira, mandou o paraguaio para sua posição de origem e trouxe Jucilei, o ídolo de Maurício, para o meio. O time cresceu.

Dois fatos podem ser comemorados. Primeiro, que o time, mesmo com essa porrada de desfalques, se mantém mais ou menos perto dos primeiros colocados – está agora provisoriamente em quinto, 5 pontos atrás do líder, mas isso deve mudar com o restante da rodada.

A outra coisa é que o Timão só volta a campo no dia 16, contra o Coritiba. Até lá, Mano provavelmente poderá contar com o retorno de mais alguns titulares – Edu, Alessandro e William. Terá duas semanas para ajeitar o time e entrosar os reforços De Federico e Marcelo Mattos. Pode ser o início da arrancada do Corinthians no campeonato.

Beber com moderação reduz risco de demência na velhice

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Está no New York Times do dia 1º a informação de que artigo de revisão bibliográfica de 15 estudos sobre os efeitos do álcool na velhice sobre o cérebro. O levantamento foi publicado no American Journal of Geriatric Psychiatry sobre o efeito do hábito de beber por idosos e seus efeitos sobre o cérebro.

Foto: Tetsumo/Flickr
A cachola da turma da terceira idade que faz uso moderado de algum tipo de goró funcionou melhor. Para homens, tomar de um a 28 drinques por semana representou 45% menos chances de apresentar demência como o mal de Alzheimer. Para as senhoras a redução foi de 27%.

Não, o figura da foto não fez parte do estudo.

A quantidade de doses varia de acordo com o estudo. Como são 15, a margem é maior, mas todos mostraram esse tipo de conclusão.

Somados, os levantamentos alcançaram 28 mil pacientes. Os estudos definiram o consumo leve a moderado de bebida de formas variadas, entre um e 28 drinques por semana.

Apesar de reconhecer que há outros fatores envolvidos, os autores apontaram o fato de que o álcool aumenta o colesterol bom (o HDL), o que reduz a coagulação do sangue e melhora a irrigação dos neurônios.

Como são responsáveis, eles alertam que para se ter "segurança geral" de que vale a pena consumir etílicos na velhice precisaria ser avaliada em relação "a todas as evidências disponíveis" sobre os efeitos à saúde.

O artigo está aqui. No New York Times, a notícia fica aqui.

Serra diz que é amigo dos pobres...

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No anúncio da redução da taxa de juros do Banco do Povo paulista (juro que nem sabia de sua existência), o governador José Serra declarou, segundo a Folha de S.Paulo, que é "amigo dos pobres". Clique aqui para ler o texto.

Como este Futepoca tem memória, vão algumas imagens de como o governador tratou recentemente seus amigos.

Na prisão de manifestantes em Heliópolis, depois de uma mãe de 17 anos ter sido assassinada pela Guarda Municipal de São Caetano (primeira foto). E na desocupação de uma favela no Capão Redondo.




Jogo de dois tempos

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Galo e Inter fizeram uma partida que pode ser claramente dividida em duas etapas. Na primeira, o time de Minas marcou muito bem e perdeu duas chances claras de gol. Na frente do goleiro, Rentería chutou por cima e Tardelli foi travado ao demorar muito para chutar. Aliás, parece que ainda não voltou do amistoso da seleção.


O inter finalizou apenas uma vez. Vale o adágio, jogou como nunca, para encerrar a partida perdendo como sempre. Mérito, no primeiro tempo, para o Roth, que jogaria com três zagueiros, mas mudou pro 4-4-2, dando sufoco nos gaúchos.

Como alegria de atleticano dura pouco, no segundo tempo Tite voltou com D´Alessandro no lugar de um dos três zagueiros e matou o jogo em 10 minutos, o primeiro gol saiu aos 5", o segundo aos 7" e, o terceiro, aos 15". Com toque de bola de um lado para o outro e grandes cruzamentos do Kleber, lateral que parece ter voltado a jogar.

Daí vem outra máxima, técnico, como juiz, a gente nunca pode elogiar. Reflexo do que ocorre em campo, porque quando toma um gol o time do Galo se perde completamente, Roth também fez das suas. Trocou o lateral direito Felipe, de 17 anos, por mais um volante. Depois, tirou Renan Oliveira, o mais lúcido na criação, e pôs Pedro Oldone (chamado pela torcida de Pedro, o cone). Para encerrar, com o time perdendo de três, tira um atacante para pôr mais um zagueiro. Medo de perder de mais e ficar sem emprego? Isso responde por que às vezes o time é tão covarde em campo.

Resta ganhar do Santo André no domingo para não despencar ainda mais na tabela e esperar a estreia das contratações e a volta dos jogadores contundidos. Se não, é só fugir do rebaixamento mesmo.

Quanto ao Inter, começou a jogar como campeão, como se esperava desde o começo do campeonato. Edu, contratado agora, entrou muito bem no time.

quarta-feira, setembro 02, 2009

Azeredo libera caricaturas durante eleições, mas mantém restrições a campanha na internet

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(No pé do post, tem atualização)

Foto: Jonas Pereira/Agência Senado
O título pode até ser um pouco maldoso com o relator do substitutivo do projeto de lei 89/2003, batizado criticamente de AI-5 Digital.

Acontece que o relator da minirreforma eleitoral na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado, senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) declarou que caricaturas e performances artísticas que apostem no sarcasmo sobre candidatos devem ser permitidas. Quem se sentir ofendido, que processe o autor por difamação.

Ufa! A piada tá liberada na campanha. Mas se exagerar, chame um adevogado.

A maldade do título está em atribuir a Azeredo o poder de interpretar uma lei que sequer foi aprovada – tarefa que caberia ao Judiciário.

Vale dividir a bronca com Wellington Valadares (PMDB-MG), que criticou uma imitação do humorista Tom Cavalcante de Leonardo Quintão, candidato do mesmo partido à prefeitura de Belo Horizonte. Deve ser este daqui. O pemedebista acha que esse tipo de piada visa a acabar com a imagem do candidato.

Por outro lado, o motivo da bronca ao tucano vai além do passado de cerceamento de direito à privacidade promovido pelo AI-5 Digital.

As modificações na legislação eleitoral – uma minirreforma – relatadas agora por Azeredo e assinadas em conjunto com Marco Maciel (DEM-PE), encarregado do tema pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT), preveem restrição a propaganda eleitoral na internet a sites noticiosos.

"Fica proibida a veiculação, no entanto, ainda que gratuitamente, de propaganda em sítios de pessoas jurídicas cuja principal atividade não seja a oferta de serviços noticiosos e sítios oficiais", mandou a matéria da Agência Senado.

Em 2008, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) definia que a propaganda pela internet era proibida fora da página do candidato – os famigerados domínios ".can.br". A medida avaliada como inconstitucional por Sérgio Amadeu, foi amplamente ignorada, mas meio mundo temia usar orkuts e facebooks e até blogues para emitir opiniões durante a campanha.

Com a formatação definida no Senado, diferente da criada na Câmara, mantém-se a confusão sobre o que pode ou não na internet. Por exemplo: um blogue que assumisse uma candidatura poderia ser campanha? Provavelmente, não, mas há margem para confusão.

A proposta ainda precisa ser aprovada no plenário do Senado e da Câmara dos Deputados novamente. Tudo até dia 30 de setembro.

Atualizando
O UOL soltou uma nota com alguns erros de informação, o Paulo Henrique Amorim radicalizou, e a confusão dos senadores está se misturando à da guerra de informações.

O artigo 57 previa a equiparação da cobertura de internet à de rádio e TV. Nos meios eletrônicos definidos por concessão pública, os candidatos nas disputas majoritárias devem ter o mesmo espaço dedicado em coberturas jornalísticas. Esse trecho veio da Câmara.

Nem é preciso dizer que se trata de algo inviável para a internet. A assessoria de imprensa do senador Aloizio Mercadante (PT-SP), disse que o parlamentar promete apresentar emenda supressiva deste item nesta quinta-feira (3). Quem viver verá (ou duvidará).

Vale notar que o nobre senador esteve em reunião de líderes do Senado para definir os pontos de consenso da minirreforma na noite de terça-feira (1º). Só se deu conta do tamanho da bobagem depois da grita geral.

O artigo 58 e 58-a definiam (e continuam definindo na proposta relatada pelo duo Azeredo-Maciel e aprovada pela CCJ) normas para direito de resposta na internet.

Outra parte do mal-entendido – e este é todinho de responsabilidade do Senado – diz respeito à propaganda eleitoral em sites de notícia. Apenas esse tipo de página, de teor noticioso, é que poderia dispor de anúncios apenas de candidatos à Presidência, desde que de mais de uma partido e ocupando menos do que um oitavo da página, com número limitado de inserções.

Para outros tipos de páginas – como institucionais de outras empresas, blogues e redes sociais – propaganda nem de graça. Ora, uma declaração de apoio a um candidato pode ser entendida como campanha – ou apologia, pra usar um termo bem pejorativo e policialesco – indevida, pode-se dizer que se lascou o debate na blogosfera. Mas isso já depende da interpretação da legislação. Pelo histórico do TSE, a projeção não seria muito favorável.

Aqui cabe outra crítica: o texto prevê um teto de 24 inserções para todos os meios, inclusive internet. Inserção na rede mundial de computadores é contada por impressões de página. Ou melhor, em lotes de mil impressões.

Se a coisa ficar como está, significa que nem os portais noticiosos vão faturar.


Mais atualização: Azeredo também promete emenda

Cerveja, uísque, história e política em Belfast

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Em visita a Belfast, capital da Irlanda do Norte, eu e o camarada mineiro Ricardo Otoni perguntamos por um pub tradicional e um cidadão local nos indicou o Whites Tavern (foto acima), o mais antigo da cidade. Seguimos as instruções, viramos à esquerda, na Winecellar Entry, e nos deparamos com um bequinho bem estreito. Pronto, lá estava o bar, fundado em 1630 e onde, segundo a inscrição sobre a porta de entrada, os irlandeses se reuniram por séculos enfrentando pragas, cólera, fome, duas rebeliões, os ataques aéreos alemães e a guerra entre católicos e protestantes. Lugar mágico. O teto é feito com toras de madeiras ancestrais, há uma lareira e uma sala para fumantes. Pequeno, simples, rústico, aconchegante - tudo o que um veredadeiro pub deve ser. Tomamos umas das melhores Guinness das Irlandas. E é claro que o bar tem ligação com os jornalistas, esses bêbados atemporais: o jornal Mercury foi fundado dentro do Whites, na década de 1850.

Bom, saindo de lá, passamos pelo palácio do governo, a imitação em escala menor do Big Ben (que, como a Torre de Pisa, está torto) e lavamos as mãos na Calder, a fonte mais antiga de Belfast (à direita). Trata-se de um monumento, digamos, ''ecologicamente correto''. Está escrito lá: ''Erguida como memorial a Francis Anderson Calder, fundador da Sociedade de Prevenção da Crueldade com Animais''. A data: 1859. A fonte fica próxima a uma agência de um banco chamado First Trust, o que nos levou a pensar que pode até ser a ''primeira confiança'', mas, se o banco quebrar, pode ser a última...

Depois demos umas voltas pelos bairros católicos e protestantes. Esses grupos não se misturam e, apesar de terem parado de se matar já há um bom tempo, ainda cultivam muito ódio religioso, com inscrições e bandeiras. O clima é de enfrentamento. Nos muros, os católicos exaltam o IRA (Irish Republic Army) e líderes como Bobby Sands (veja muro local abaixo), que morreu em greve de fome há 28 anos. O bairro parece uma cidade à parte.


Já no lado protestante, onde toda casa, prédio, loja ou bar ostenta solenemente uma ou várias bandeiras do Reino Unido e às vezes, como complemento, grafites e inscrições saudando a rainha Elizabeth, da Inglaterra (tem orgulho disso), o exército cultuado é o UVF (Ulster Volunteer Force), como na parede abaixo. Como estávamos em um ônibus com placa de Dublin, o ambiente, definitivamente, não nos parecia muito amistoso.



Pra arrematar, passamos pelos estaleiros onde onde o Titanic foi construído, há quase um século (à esquerda). Numa lojinha local, vi uma camiseta na qual estava escrita uma das melhores provocações jamais vista, ''Titanic: construído por irlandeses, afundado por ingleses''. Sensacional, pois trata-se da mais pura verdade! Outra camiseta mostrava o navio deixando o porto de Belfast com destino a Liverpool, com a seguinte legenda: ''Estava tudo certo quando saiu daqui''. Até pensei em comprar uma e mandar para a Thalita usar em Londres, mas pensei bem e não quis comprometer sua integridade física.

Antes da volta, passamos num supermercado para conferir que, realmente, o goró (principalmente destilado) custa bem mais barato no Reino Unido. Comprei uma lata de Jack Daniel's misturado com Coca-Cola (à esquerda) e trouxemos a cerveja inglesa Black Sheep Ale (à direita). Deliciosa - o que me estimula a apostar nesse tipo (ale) quando decidir, finalmente, produzir minha própria cerveja. Bom, essa foi uma pequena pitada de Belfast, com cerveja, uísque, história e política. Ficou faltando o futebol, mas o histórico irlandês não me animou a procurar alguma coisa por lá, não. Porém, se é por falta de link, não seja por isso: confiram o post que fiz sobre George Best, um dos maiores jogadores (e bebuns) de todos os tempos, legítimo filho da terra. Tanto que dá nome ao aeroporto de Belfast. É isso. See you!

Sem ter escrito nenhum livro, Collor é eleito imortal da Academia Alagoana de Letras

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O atual senador Fernando Collor de Mello (PTB) e ex-presidente do Brasil, foi imortalizado na manhã desta quarta-feira, 2. Ele, que ocupará a cadeira número 20 da Academia Alagoana de Letras, nunca publicou um livro mas afirma que está em vias de escrever "A Crônica de um Golpe”, a sua versão de tramoias que lhe arrancaram do Planalto. Já para se candidatar a cadeira de imortal, o senador entregou um amontoado de discursos. Mas o bom mesmo é saber que a a Academia Alagoana de Letras de Alagoas tem tanta vaga, que até quem nunca escreveu um livro tem a sua garantida....

Se já surpreende a imortalidade de Collor, as coisas ainda podem piorar. O poeta Ledo Ivo, único acadêmico alagoano membro da Academia Brasileira de Letras, apoia a indicação nacional de Collor. "Ele tem qualidades para ser indicado e eleito para a ABL", garante Ledo.

E é assim que temos mais um imortal na política, Sarney e Collor, os literatos. O que diria o escritor alagoano Graciliano Ramos em uma situação destas? Talvez isso:

"Bichos. As criaturas que me serviram durante anos eram bichos. Havia bichos domésticos, como Padilha, bichos do mato, como Casimiro Lopes, e muitos bichos para o serviço do campo, bois mansos. Os currais que se escoram uns nos outros, lá embaixo, tinham lâmpadas elétricas. E os bezerrinhos mais taludos soletravam a cartilha e aprendiam de cor os mandamentos da lei de Deus."

(Graciliano Ramos - São Bernardo)

terça-feira, setembro 01, 2009

Convocação para o sub-20 e os problemas de sempre

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Foto: Santos FC
A CBF anunciou nessa segunda-feira a convocação da seleção brasileira que jogará o Mundial Sub-20 do dia 24 desse mês a 16 de outubro, no Egito.

O grupo tem nomes plenamente desconhecidos do torcedor médio - até aí, essa deveria ser a regra de uma seleção de base. Afinal, tratam-se de garotos que têm menos de 20 anos e que, portanto, nem deveriam entrar em campo nos quadros principais das equipes a que estão vinculados.

Mas não é o que ocorre, e todos sabemos disso. Com a saída cada vez mais precoce de jogadores do futebol brasileiro, recorrer à garotada se tornou uma prática mais do que essencial em todos os times do futebol nacional.

Por conta disso, a lista do técnico Rogério Lourenço tem atletas que são titularíssimos em equipes desse Brasileirão.

O mais célebre é Paulo Henrique, o popular Ganso, camisa 11 do Santos e intocável na formação atual da equipe da Vila. Além dele, há outros como Sandro (Internacional, chamado recentemente para a seleção principal), Giuliano (também do Inter), Rafael Tolói (Goiás) e o corintiano Boquita, que não é titular do time de Mano Menezes, mas frequentemente vem sendo aproveitado.

É legal para esses garotos a oportunidade de jogar um campeonato mundial. Mas a torcida de seus times - incluindo este que vos fala - vai à loucura. Afinal, o Mundial será jogado no Egito enquanto o Brasileirão pega fogo por aqui e esses nomes farão falta, muita falta.

Serão no mínimo seis partidas de ausência.

O Santos, lamentavelmente, já disse que não vai solicitar a permanência de Paulo Henrique. Não sei a posição de Goiás e Internacional, postulantes ao título do Brasileirão.

Vale lembrar que a mesma CBF que tirará jogadores da disputa do Brasileirão, fez coisa igual durante a Libertadores da América e não se atreve a contestar a negativa quando um clube europeu se recusa a ceder um atleta - é só lembrar o que ocorreu em 2004, quando Kaká não pôde disputar o pré-Olímpico com o Brasil.

Sei que falar mal da CBF é chover no molhado, mas tem horas que não dá pra não o fazer.

Veja a lista completa dos convocados, acompanhada de uma boa análise, no Olheiros.

O Mundial
O Mundial Sub-20 tem 24 participantes e regulamento similar ao que a Copa do Mundo teve entre 1986 e 1994 - seis grupos de quatro equipes, com a classificação dos dois melhores de cada chave mais os quatro primeiros colocados. O Brasil está no Grupo E, ao lado de Costa Rica, República Tcheca e Austrália. A principal ausência do mundial é a da Argentina, que é (com sobras) a maior vencedora da história do torneio - são seis títulos. O Brasil busca o penta. O último triunfo canarinho foi em 2003, com um grupo que contava com nomes como Nilmar, Daniel Alves e Dagoberto.

Corinthians 99 anos: começa a festa do centenário

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O Corinthians completa hoje 99 anos de lutas, glórias e conquistas. Como estou no trabalho e de cabeça cheia, não conseguirei escrever nada tão bonito e emocionante como o belo texto do parceiro Ricardo, do Retrospecto Corintiano. Recomendo inclusive para os rivais – quem sabe aprendem alguma coisa.

Assim sendo, vou falar de questões mais práticas. Aniversário dá início a uma série de ações que deverão ser lançadas pela diretoria do clube para a comemoração do centenário do Timão, em 2010. A promessa é de grandes eventos o ano todo, servindo para comemorar a data e também para impulsionar os ganhos do clube.

Um site específico sobre o centenário foi lançado hoje, reunindo informações sobre as ações. Entre elas, está um concurso para a criação de uma logomarca do centenário. Também hoje aconteceu o lançamento, na Fazendinha, de dois relógios que farão a contagem regressiva até o 1º de setembro de 2010.

Capitalizando

O clube projeta uma arrecadação recorde no ano que vem, batendo em R$ 200 milhões. Boa parte viria, além de aumentos substanciais nas verbas de patrocínio, cotas de TV e receitas de bilheteria, de duas novas fontes de receita. Uma delas é a rede de lojas Poderoso Timão, que deverão atingir cem estabelecimentos até o final do ano. A conta de Luiz Paulo Rosemberg, diretor de marketing do Timão, é a seguinte: “Contando uma média de 60 ao longo do ano e considerando que cada uma pagará em média R$ 500 mil em royalties, teremos uma renda de aproximadamente R$ 30 milhões”, disse ao Lance!.

Outra parte viria de uma parceria com um grande banco nacional, a ser anunciada, para a criação de algo como um título de capitalização, o que renderia cerca de R$ 39 milhões (número bem certinho para uma estimativa...). Por enquanto, nesta seara do mundo das finanças, Andrés Sanches anunciou hoje um fundo de investimento para o futebol, parecido com aquele proposto pelo Palmeiras um tempo atrás, em que o Timão intermediará investimentos em um pacote de atletas, principalment oriundos da base do clube. A intenção é conseguir entre vinte e trinta milhões que ajudariam a manter um eleno forte. O Marcelo, do parceiro Vertebrais, insinua que esse projeto pode ser o embrião da tal parceria bancária.

Como não poderia faltar, apareceu também mais um projeto de estádio, numa reportagem do Jornal da Tarde - veja mais aqui, no Blog do Silvinho. Dessa vez, seria bancado por uma parceria com um fundo de investidores e construído em Itaquera, com capacidade para 60 mil pessoas. Andrés Sanches negou que seja um projeto oficial.

Deconsiderando o imponderável

De projetos para o centenário, aparentemente, estamos muito bem, obrigado. Mas tem sempre uns problemas. Primeiro, é claro, a sempre necessária ressalva do “tem que ver se vai virar” (sobre o estádio, por exemplo, só acredito depois da inauguração). Mas um dado grave é que tudo que se fala a respeito do centenário, desde o começo do ano, passa por um objetivo importantíssimo, mas fora do controle do clube: ganhar a Libertadores.

Claro que entre as promessas está um grande time, mas futebol é futebol, e mesmo que montassem uma seleção do mundo não seria possível garantir esse resultado. Garantir um time forte, que dispute tudo pra vencer, é uma coisa. Colocar um projeto deste tamanho na depenência de vencer uma competição de mata-mata é muito mais complicado.

Andrés Sanches veio hoje – de forma correta, mas tardia e meio contraditória – tentar botar alguma água na fervura. Enquanto isso, seus colaboradores mais próximos, como Rosemberg e o “intelectual” Mario Gobbi vivem falando da “obsessão corintiana”: “A Libertadores é uma fixação, uma obsessão. Existe um planejamento feito integralmente para isso. Asseguro que o time do ano do centenário vai ser o melhor em várias décadas”, disse Rosenberg, na semana passada, em Barueri, segundo o site do Globo Esporte.

Vão me chamar de corneteiro, de secador, e o cacete a quatro, mas... e se der errado (bate na madeira!)? Depois de toda a expectativa criada, ainda no primeiro semestre a tal da festa do centenário vai pra cucuias, junto possivelmente com um monte desse dinheiro previsto – e que poderia ajudar o clube a criar um projeto sustentável de fato para anos e anos a frente, o que certamente reverteria em ganhos futebolísticos. Não sei se será possível diminuir a “tensão pré-Libertadores” da Fiel, mas as posturas da diretoria não têm colaborado nesse sentido. Essa neurose aumenta a pressão sobre o time e acaba dificultando que o próprio objetivo seja alcançado. Enfim, alguma cautela e cerveja gelada (de minha parte, dispenso a canja) sempre fazem bem.

Todo Poderoso, aos 99

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Hoje, o Todo Poderoso Timão completa 99 anos! O Futepoca está reservando muita coisa para este ano, até completar o centenário. Grande e gloriosa Fiel Torcida, a mais bela e mais aguerrida do planeta!

Aproveito a oportunidade pra dar a notícia de um lançamento muito bom, que é um livro sobre o Corinthians para crianças, todo em quadrinhos, elaborado por ninguém menos que o Ziraldo. É realmente fantástico. Ele criou uma histórinha que conta todos os maiores feitos históricos do Timão, desde fatos antigos até histórias bem recentes. Todas as gerações vão se emocionar lembrando de grandes conquistas, viradas em jogos impossíveis, e grandes craques de todos os tempos. Do Neco ao Neto, do Luisinho "Pequeno Polegar" ao Marcelinho, o Basílio, os craques da Democracia Conrintiana (Sócrates, Casagrande, Wladimir, Zenon, Biro Biro), e por aí vai, são muitas conquistas e jogos relembrados.

Na sexta-feira, 4 de setembro, às 18 horas, o Ziraldo fará uma sessão de autógrafos na Livraria Saraiva do Shopping Center Norte. No sábado, às 16h, ele estará na Saraiva do Shopping Ibirapuera.

É isso! É nóis! É Timão! É Ziraldo! É só o começo do centenário! Guenta nóis!

segunda-feira, agosto 31, 2009

Azar, mas nem tanto

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POR MORITI NETO


Creio que uma onda de azar se abateu sobre são-paulinos e palmeirenses que escrevem no Futepoca. Pois, assim como o Anselmo, também tive problemas para assistir ao jogo. Isso, porque ia trabalhar no Morumbi...

Depois de duas horas esperando por uma autorização, sendo que eu realizaria entrevistas para um livro que conta parte importante da história do São Paulo, recebi um sonoro “não” e fiquei fora do estádio. Enquanto isso, promotores e policiais militares sem farda entravam e saiam numa boa pelo portão1, sempre na base da carteirada.

Assim, não consegui fazer o trabalho e por pouco não vi nada da partida. Não fosse a TV de um simpático bar, sequer teria visto o jogo a partir dos 15 minutos do segundo tempo. E, pelo jeitão da coisa, foi até bom ter ficado sem ver o resto.

Pelo que pude perceber nos trinta e poucos minutos que assisti – e também pelo que escutei – a correria e a falta de talento predominaram em campo, num jogo acovardado, em que os times “se respeitaram” demais. Assim, parece que o 0x0 ficou de ótimo tamanho, traduzindo a mediocridade que imperou nas quatro linhas Para quem viu confrontos de outras épocas entre tricolores e alviverdes a coisa é frustrante. E nem é preciso ir tão longe assim, basta lembrar de vários São Paulo x Palmeiras da não tão longínqua década de 90.

Não nego que tinha esperanças de que o campeonato melhorasse tecnicamente no returno. Bobagem. Se num clássico com tantos ingredientes que poderiam colaborar para uma boa partida só foi possível observar marcação e bicões para área, o que esperar das demais rodadas? Pode-se até pinçar um ou outro jogo aqui e ali, mas o Brasileirão deste ano é ruim de dar dó...Das torcidas, claro. Enfim, talvez o azar não tenha sido tão grande...


Moriti Neto é torcedor do São Paulo e escreve sobre o Tricolor Paulista no Futepoca. Qualquer são-paulinismo exacerbado não é de responsabilidade de quem publica, hehe...

Domingo teve de tudo, menos futebol

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Até poderia ser, mas não é uma crítica à qualidade da apresentação de São Paulo e Palmeiras pelo campeonato Brasileiro. O domingo sem futebol nada é o meu, não necessariamente o 0 a 0 sediado no Morumbi e bastante criticado por quem o assitiu. De mudança para um apê onde a energia elétrica estava cortada, não vi nada.

Claro que a transferência da mobília foi no sábado, mas ao domingo coube todo o resto da acomodação. E sem força nem poder fazer barulho, foi uma experiência nova, nada agradável, cujos detalhes nem merecem mais linhas.

Eu ainda poderia ter ido ao bar mais próximo acompanhar a partida, mas a casa de cabeça para baixo me impedia.

Mesmo assim, imaginava, eu poderia acompanhar o placar pela vizinhança e seus gritos. A única manifestação ocorreu às 13h, antes da peleja ter início, depois de estourarem fogos de artifício na região. Imediatamente após o estrondo, um vizinho gritou: "Vai, Tricolor!"

Felizmente para mim, o Tricolor não foi. Infelizmente, tampouco o Verdão resolveu, e tudo ficou como começou. Durante o jogo, o silêncio foi sepulcral.

Também teve briga de torcida, o que poderia dar outra conotação para o título do post. Mas também só fiquei sabendo disso nesta segunda-feira, 31.

Sem assunto
Tive a confirmação de a ausência de gritos da vizinhança representava um jogo morno ao escutar comentários sobre o excesso de marcação de ambas as partes, a atenção desproporcional conferida ao técnico Muricy Ramalho e até à camisa social de Ricardo Gomes. Vai ver aconteceu pouca coisa relevante durante os 90 minutos.

Muito mais futebol assistiu quem optou por Vitória e Cruzeiro ou Botafogo e Grêmio.

Como o Goiás tomou uma surra de 4 a 0 do Inter, em Porto Alegre, o Palmeiras expandiu para três pontos de vantagem sobre o segundo colocado. À frente do Colorado e do São Paulo, terceiro e quarto, respectivamente, são quatro pontos. Caso os gaúchos vençam o Atlético-MG no meio de semana para se igualar em número de jogos, a diferença será de apenas um ponto.



Na próxima partida, contra o Barueri no Palestra Itália, há a obrigação do líder do campeonato de vencer para manter a vantagem em número de pontos segura e a expectativa de estreia de Vagner Love.

Visão alheia
Ao que consta, foi um jogo de volantes. E o empate não ficou tão ruim para o Palmeiras. Apesar das poucas chances criadas, os goleiros foram destacados em coberturas de jornal, mas os jornais que vi destacaram fotos em que Diego Souza aparece marcado ou dividindo bola, aos agarrões.

E o Sport perdeu dois pontos no Mineirão

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Se alguém tem algo a reclamar no empate entre Galo e Sport, ontem, no Mineirão, é o time pernambucano. Teve chances de marcar pelo menos três gols, gol anulado e deveria ter saído com os três pontos. Com o empate, perdeu dois.


Difícil falar o que vem acontecendo com o time do Atlético. Há desfalques sim, mas a explicação está, principalmente, no fato de as principais peças pararem de jogar. Tardelli e Éder Luís não conseguiram fazer uma jogada sequer. A defesa, com Welton Felipe e Werley, se desestruturou com as saídas por contusão dos volantes Jonilson, Serginho e Márcio Araújo.

Roth teve de apelar mais uma vez para garotos, inclusive o lateral direito Felipe, de 17 anos. Mas fazer o que se o elenco não segura a onda, problema do próprio Galo, os adversários não têm nada a ver com isso.

Contra op Inter, na quarta, no Beira Rio, sei lá que time joga. Se estrearem, o Corrêa e o Jorge Luiz teremos, pelo menos, banco. Se não, será de novo um festival de meninos contra um Inter que, parece, resolveu jogar.

As perspecticas são sombrias, mas, para variar, estarei torcendo até o último minuto, mesmo com uma possível goleada dos colorados. E domingo vou a Santo André, mesmo que seja para sofrer. Atleticano não desiste nunca, mas sofre (ufa)...

domingo, agosto 30, 2009

São Paulo e Palmeiras do mundo virtual

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Claro que vão dizer que o Futepoca é chato, pega no pé da grande mídia e numseiquelá, numseiquelá, numseiquelá. Mas ver essa derrapada do G1, que manteve esse resultado depois de um glorioso 0 a 0 no clássico paulista, é divertido. Isso é erro ou torcida das Organizações Globo, dona do futebol tupiniquim, por um joguinho melhor do que ele foi de verdade?

(Clique na imagem acima para ver melhor)