Destaques

terça-feira, setembro 29, 2009

Motivo para beber não faltou...

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Que o Milton Nascimento gostava de uma birita desde os primeiros tempos como músico, todo mundo sabe. Mas, no início dos anos 1970, o saudável hábito de molhar a palavra evoluiu para um quadro perigoso de alcoolismo, que quase comprometeu sua carreira profissional. O livro "Os sonhos não envelhecem: Histórias do Clube da Esquina", escrito pelo compositor Márcio Borges (Geração Editorial, 2002), narra um triste episódio em que Milton desabou de costas no palco, destruindo a bateria da banda, antes mesmo de terminar a primeira música. O show, no Rio de Janeiro, teve que ser cancelado. Na época, Milton costumava se isolar em Vitória, no Espírito Santo, para pegar uma praia e encharcar todas. Mas, pelo o que parece, conseguiu (felizmente) vencer o alcoolismo doentio e destrutivo.

Pois hoje, assistindo o documentário "Brasil, Brasil - Tropicalia Revolution", da BBC de Londres, no Youtube, vi um interessante depoimento do genial músico, cantor e compositor mineiro. Ele relembra sua participação na famosa Passeata dos 100 mil, o maior protesto popular contra a ditadura, quando foi fotografado pelos repressores na linha de frente (na foto acima, aparece à direita, de braços cruzados), e passou a sofrer ameaças. "O telefone tocou e era uma pessoa da ditadura dizendo que eu estava proibido de ir a São Paulo, principalmente na rua tal, que era onde morava minha esposa, na época, e meu filho. Porque, se eu fosse, eles iam raptar meu filho. Sem volta. Eles iam matar meu filho", revelou Milton.

Naquele tempo, ele era casado com a paulistana Káritas, com quem teve o filho Pablo. "Mas eu não liguei praquilo, fui (a São Paulo) mais umas três vezes. Então, quando eu cheguei em casa no Rio, outra vez, o cara (telefonou de novo e) falou assim, 'olha, essa foi a última vez, é o último aviso - se a gente te ver de novo aqui, ele vai sumir pra nunca mais'. Aí foi o mais horrível que aconteceu na minha vida, as pessoas não entendiam por que que eu bebia tanto, por que que eu não ia a São Paulo, e eu não podia falar nada. Nem pra minha mãe, eu não podia falar nada", desabafou Milton, no documentário da BBC. O artista, lógico, não quis pagar pra ver e passou muito tempo sem ver o próprio filho. Alguém imagina uma situação dessas? Pois é, tempos brabos. E tem gente que tem a cara de pau de tratar o período de "ditabranda"...

Serra, tire o cercadinho da Sé e mande o povo pro bar!

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O governo do José Serra trouxe mais uma inovação para melhorar o transporte público e a qualidade de vida em São Paulo. A medida restringe a entrada de passageiros para o embarque na estação Sé no horário de pico. A medida foi chamada de “cercadinho para pobres” por Paulo Henrique Amorim, já que muda o local de espera da plataforma para uma área mais distante.

Ainda assim, para o jornal Folha de S.Paulo, trata-se de uma tentativa de "melhorar embarque do metrô". Na linha-fina, antes de qualquer ressalva, vem: "Passageiros dizem que embarque foi mais tranquilo". Imagino que a assessoria de imprensa do governo mudaria pouca coisa na matéria.

A própria Folha explica melhor a ação no segundo parágrafo da matéria. Trata-se de uma restrição de uma hora e meia ao acesso da população aos trens, com intenção e organizar o embarque e evitar o empurra-empurra (opa!).

No primeiro dia, a genial ação, prevista para durar das 17h30 às 19h, teve de ser interrompida às 18h15, segundo o jornal dos Frias “porque uma multidão já se aglomerava perante a barreira montada no acesso à plataforma sem conseguir embarcar”. O secretário de Transportes Metropolitanos José Luiz Portella culpou a chuva pela interrupção prematura. (Veja imagens da estaçaõ Sé ontem aqui e aqui, não reproduzidas para não violar leis de copyright).

Mais não falo sobre a medida serrista, pois não faria melhor do que fez o PHA no post (aqui). Mas ouso, humildemente contribuir para o debate. Se a idéia para melhorar o conforto dos passageiros não é botar mais trens na linha, diminuir os intervalos entre eles ou construir mais estações, se a idéia é fazer o povo esperar mais um pouco, a solução já foi dada neste blog desde priscas eras: Manguaça Cidadão!

O governo deveria firmar convênios com os bares dos arredores das estações de metro mais movimentadas, permitindo aos trabalhadores passar o período de espera não no tal cercadinho, mas confortavelmente desfrutando de uma boa breja, subsidiada pelo Estado, dentro do programa Boteco Popular. Se não é pra resolver, pelo menos paga uma cerveja, pô!

Astronautas levam fermento para fazer cerveja no espaço

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Do espaço vem mais uma manifestação de apoio e sustentação ao Manguaça Cidadão. A Agência Espacial Europeia (ESA, de European Space Agency) manda fermento de pão e de cerveja para a Estação Espacial Internacional (ISS).

O objetivo é saber se é possível a fermentação produzir proteína em ambientes de gravidade zero. O material será encaminhado pelo foguete russo Soyuz TMA-16. Antes que alguém queira atribuir a primazia dos conterrâneos de Boris Yeltsin à decisão, registre-se que a nave vai com um astronauta estadunidense e o canadense fundador do Cirque du Soleil Guy Laliberté.

Montagem: Futepoca

É só uma experiência, então, ainda não é isso. Mas chegam lá

Segundo consta, se tudo correr bem, os astronautas vão poder cozinhar e produzir sua própria cerveja em missões espaciais. Não há informações a respeito da possibilidade de assar o pão em forno a lenha nem se os copos usados para degustar a cerveja serão adequados.

A ESA garante que o álcool não seria danoso para os astronautas, mas ajudaria em sua saúde. Tomara que nenhuma blitz de polícia intergalática pare o pessoal da Soyuz para checar documentos. Ou, se parar, que não carreguem consigo bafômetros.

De alguma forma que é difícil de imaginar, os resultados podem ajudar a pensar novas formas de se produzir cerveja e pão para conservação mais longa.

segunda-feira, setembro 28, 2009

Os Santos ajudaram

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Tardelli e Fabão, dois personagens determinantes do jogo. Um pelos dois gols. Outro pela má atuação e o pênalti cometido

Foto: Estado de Minas\Uai



Chegar às últimas doze rodadas do Brasileirão com chances de lutar pelo campeonato ou por uma vaga na Libertadores é algo que nem os atleticanos acreditavam no começo do campeonato. Mas o jogo de ontem contra o Santos mostrou que o time voltou a uma boa fase e que está bem arrumado. Foi a melhor partida desde a vitória por 2 a 0 contra o São Paulo no Mineirão, ainda no primeiro turno.

Mais que o resultado, o importante foi o domínio quase o tempo todo, com poucas chances para o time da Baixada. A rigor, o Santos jogou bem os últimos 10 minutos do primeiro tempo e o começo do segundo. Passou por 10 minutos de pânico no início da partida e voltou a cair de rendimento depois do pênalti do Fabão e o gol de Tardelli.

Mas a destacar a falta de opções de Luxemburgo. Ele entrou com três volantes-volantes, até por falta de meias de ligação. No meio do jogo, trocou Emérson e Rodrigo Mancha por Pará e Germano, mas a história da partida não mudou. Depois do terceiro gol colocou o menino Neymar, mas o jogo já estava decidido. Com esse time e essas opções, em que se destaca o fraco sistema defensivo, será difícil o Peixe almejar algo mais neste campeonato.

No lado do Galo a confirmação do certo das contratações do goleiro Carini e do volante Corrêa. Um deu traquilidade à defesa. Outro a cada jogo melhora, com marcação e assistências. Junto com o retorno de Márcio Araújo e Éder Luís, o time adquiriu uma cara muito boa. Pode não ganhar nada, mas é o melhor time dos últimos anos do Galo. Até porque na reserva tinha Coelho, Ricardinho e Rentería, por exemplo. Falta ainda a volta do volante Serginho, a estreia do zagueiro paraguaio Benitez e a escalação de Ricardinho em toda uma partida quando entrar em forma.

Para meu modesto objetivo desde o começo do campeonato, fugir do rebaixamento, só falta um ponto. Depois dá para sonhar um pouquinho mais...

Som na caixa, manguaça - Volume 44

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O PATRÃO MANDOU
(Composição: Paulinho Soares)

Paulinho Soares

O patrão mandou cantar com a língua enrolada
Everybody, macacada! Everybody, macacada!
E também mandou servir uísque na feijoada
Do you like this, macacada? Do you like this, macacada?
E ainda mandou tirar nosso samba da parada
Very good, macacada! Very good, macacada!

Não sei o que é que o patrão tem debaixo da cartola
Que a gente não se solta, ta grudado feito cola
No fim das contas, o patrão manda e desmanda
E ainda faz do Rei Pelé mais um garoto-propaganda

O patrão mandou cantar com a língua enrolada
Everybody, macacada! Everybody, macacada!
E também mandou servir uísque na feijoada
Do you like this, macacada? Do you like this, macacada?
E ainda mandou tirar nosso samba da parada
Very good, macacada! Very good, macacada!

O patrão é fogo! Ele é quem dá as cartas, banca o jogo
Tá metendo sempre o bico no fubá, qual tico-tico
No troca-troca, o patrão que é mais rico
Já levou o Rivellino e vem depois buscar o Zico

O patrão mandou cantar com a língua enrolada
Everybody, macacada! Everybody, macacada!
E também mandou servir uísque na feijoada
Do you like this, macacada? Do you like this, macacada?
E ainda mandou tirar nosso samba da parada
Very good, macacada! Very good, macacada!

(Do LP "Paulinho Soares", Continental, 1978)

Ps.: Vejam o artista - que faleceu em 2004, aos 60 anos - e os anárquicos Trapalhões zombando da nossa macaquice estadunidense:

domingo, setembro 27, 2009

Beneficiado, São Paulo cava um pontinho

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O Corinthians se armou para jogar na sobra e aproveitar os erros do São Paulo: três zagueiros, três volantes, um meia e três atacantes, mas com Dentinho e Jorge Henrique voltando bastante para compor a marcação. De fato, aproveitou esses erros. Já o São Paulo se postou para jogar com certa ofensividade (embora bastante comedida): três zagueiros, quatro volantes, um meia (estou considerando Hernanes meia), um ala e dois atacantes. E se salvou nos erros da arbitragem.

É curioso agora ver são-paulinos reclamando que no gol do Timão o árbitro Ricardo Marques Ribeiro autorizou a entrada do Dentinho (que estava fora) em posição vantajosa. O Dentinho entrou lá do lado esquerdo do ataque quando a bola estava com Richarlysson do lado oposto. Aconteceu que o volante tricolor resolveu inverter pro Jean justamente neste momento. Aí foi de fato surpreendido pelo Dentinho. Se não houve erro de critério ou de "bom senso" – por assim dizer – do árbitro, ao contrário, ele tomou até o cuidado de seguir a prática usual de que o jogador entra quando a bola está no lado oposto do campo, mesmo se tivesse feito o contrário não teria havido nada de ilegal. Nada na regra diz que o jogador tem que entrar quando a bola estiver nesta ou noutra parte do campo. Mas não foi isso que determinou o gol.

Realmente não deve ser fácil para o zagueiro André Dias jogar sentindo nas costas a ampla sombra de Ronaldo. Com o Fênomeno no cangote, ele deve ter sentido um arrepio, se desestabilizou, perdeu o rumo e pôs frouxamente o pé na bola, apenas o suficiente para tirá-la do goleiro, deixando todo o espaço aberto para a penetração do admirado adversário, que se adiantou e, sem perdão, pôs pra dentro. Um gol de presente, que foi aceito e convertido.

O primeiro tempo foi marcado pelo domínio de bola do São Paulo. Hernanes jogou um bolão em toda a primeira parte do jogo, meteu bolas, driblou e num lance de agilidade e entrosamento – um drible em Jucilei seguido de boa troca de passes –, chutou de fora da área uma bola na trave. Logo depois desse lance, dois impedimentos equivocados: o primeiro de Dagoberto, pouco depois um de Dentinho, em boa jogada de Defederico. O primeiro tempo termina com pressão corintiana.

O segundo tempo foi palco dos maiores descalabros, que poderiam efetivamente ter determinado o jogo em favor do Corinthians. Dois lances foram determinantes.

Primeiro, um pênalti não marcado em Defederico. Numa bela jogada do Ronaldo, fazendo as vezes de armador, colocou Defederico dentro da grande área, ele driblou um zagueiro e ao chutar tomou uma solada do zagueiro são-paulino que doeu até o meu tornozelo. Para o Arnaldo César Coelho, isso é lance normal de jogo, não houve nada, argentino deve ser mesmo fresco, ou qualquer outra coisa que justifique ele ter passado uns 5 minutos se revirando no canto do campo. Quando eu jogava no antigo Clube do Mé, ali na bola da ponte Cidade Jardim (hoje Clube do Povo, que é o clube do povo do Itaim Bibi, se me perdoam a digressão), solada era considerada não só falta como jogada desleal, com direito a fechar o tempo e nego ameaçar entrar na porrada. Perdoava-se um cara muito grosso dar uma solada, não sem as devidas "advertências verbais", mas alguém com uma mínima noção jamais daria uma solada sem intenção de causar dano ao seu adversário. Mas para o Arnaldo não foi nada. Admito até que o juiz não tenha visto, mas ver da TV, com replays e tudo e achar que não foi nada pra mim já é demais.

O segundo lance foi a marcação da falta do Ronaldo em lance que o Dentinho acabou concluindo em gol. O Gordo recebe a bola, o zagueiro chega junto e ambos vão disputando terreno no braço, os dois vão se empurrando, procurando impedir o avanço do outro com o braço estendido no peito do adversário. Mas segurar o Gordo não é fácil, sempre foi difícil derrubá-lo, e o zagueiro acabou caindo, a bola sobrou pro Dentinho na cara do gol e ele concluiu. O juiz marcou falta de Ronaldo e o gol não valeu. Este sim um erro decisivo e difícil de aceitar como erro.

Pra completar, o gol de empate do Washington foi impedido, num lance que eu mesmo não tive tanta certeza assim. Um erro compreensível (o Arnaldo César Coelho tinha muita certeza), mas que não deixa de ser um erro. Aí tirou a camisa, tomou amarelo. No finalzinho do jogo, por reclamação, foi expulso, num exagero do juiz (a não ser que ele tenha dito alguma coisa braba que nós não sabemos aqui). Mas isso não definiu nada.



O começo do fim da turbulência


O Corinthians esteve melhor na segunda etapa. Criou chances, sobretudo pela boa atuação de Ronaldo e Dentinho. O retorno de William também tem um peso. Ele volta a criar uma referência de segurança na zaga, a linha de impedimento volta a funcionar (só do Borges foram pelo menos três), de novo sente-se que é difícil fazer gol no Corinthians. No gol de Washington, se o atacante estava pouco impedido, havia outros dois são-paulinos completamente debaixo da saia.

Defederico fez uma boa estreia, sem muito brilho, mas mostrando que sabe driblar e criar jogadas; criou pelo menos uma boa (o impedimento equivocado de Dentinho) e acertou os passes. Apesar de isso provavelmente exigir a saída do qualificado Jucilei, o jovem craque do elenco segundo eu mesmo, quero ver como é que vai ser a interação de Defederico e Elias.

O time começa a montar elenco. A situação não é de forma alguma a mesma de um mês atrás. Agora podemos de fato ver o início de uma preparação de elenco para a próxima temporada. 12 pontos atrás do líder Palmeiras, só uma arrancada prodigiosa poderia colocar o Corinthians em situação de disputar o título. Mas é possível vislumbrar o fim da turbulência e a construção do time forte que estamos esperando para a próxima temporada. Se algum dos tantos boatos em torno de Riquelme ou Ronaldinho Gaúcho se confirma, Defederico se torna um excelente reserva, e o Timão passa a ter, de fato, o melhor elenco do Brasil.

Arthur's Day e a Guinness Storehouse

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Quinta-feira, 24 de setembro, os bêbados saíram às ruas de Dublin para comemorar os 250 anos da cervejaria Guinness, o chamado Arthur's Day (em homenagem ao fundador). Verdadeiras hordas de manguaças invadiram o Temple Bar, região que concentra a maior parte dos pubs e night clubs (foto abaixo). Eu fui lá conferir e, pra não passar em branco, tomei uma Red Ale de fabricação própria no pub Porterhouse, seguida - óbvio - de uma Guinness no recomendável pub Sinè. Nunca vi tantos copos, garrafas e latas espalhados por toda a cidade. Neguinho andando torto, catando frango, aos montes.


No dia seguinte, sexta, ocorreu a chamada Cultural Night, evento anual em que, das 17h as 23h, vários pontos turísticos e atrações tem entrada gratuita, como a biblioteca da universidade Trinity, o castelo de Dublin, as catedrais de Saint Patrick e Christ Church, museus, galerias, enfim, muita coisa legal. Eu fui direto para a Guinness Storehouse, uma visita que planejava há tempos mas nao estava disposto a pagar os 11 euros do bilhete para estudantes. O lugar é fantástico, mostra toda a história, o processo de fabricação, os maquinários antigos e atuais, os ingredientes, os barris, tudo de forma interativa, com vídeos, telões, painéis (é possivel, inclusive, fabricar sua propria Guinness para beber, no local). Mas o grand finale foi reservado para a cobertura do prédio, que tem a visão panorâmica mais bonita de Dublin. Lá, copos de Guinness na faixa me esperavam - na verdade, recebi apenas um ticket (foto ao lado), mas minha amiga italiana Chiara declinou da cerveja e me presenteou o dela. Vejam abaixo algumas imagens do local.

Caldeira antiga no primeiro andar

Cascata no segundo andar do prédio

Barris que antes estocavam a cerveja

Visitantes e o telão no quarto andar

No quinto andar, painel interativo

Pub na cobertura, com visão panorâmica

Um manguaça na cadeira do Arthur Guinness

sábado, setembro 26, 2009

Palmeiras sofre contra o Atlético-PR, mas mantém liderança

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Com um 2 a 1 apertado, o Palmeiras venceu o Atlético-PR no Palestra Itália. O zagueiro Danilo foi o nome do jogo, por ter dado o passe para um e feito o outro gol. No de empate, a bola desviou no cidadão.

Segundo consta, ele não poderia atuar na noite deste sábado por uma cláusula contratual inserida na transferência dele do rubronegro paranaense para o time paulistano. Uma multa de R$ 100 mil seria cobrada pelo descumprimento.

O lateral paraguaio Figueroa abriu o placar aos 42 do primeiro tempo, o zagueiro Chico empatou aos 17 do segundo. O camisa 23 fez o gol da vitória, sete minutos depois.



Robert, apagado contra o Cruzeiro, deu lugar a Obina. Figueroa jogou no lugar de Wendel machucado. Marcão foi para a vaga do suspenso Armero e Cleiton Xavier, punido com o terceiro amarelo no último jogo, deu lugar a Jumar. Edmilson, recuperado, voltou, mas Maurício Ramos foi substituído por contusão.

Seja pelos remendos, seja por ainda ter buracos esporádicos na defesa, Marcos, o Goleiro, teve trabalho, tanto na primeira quanto na segunda etapa. Os visitantes perderam pelo menos duas chances claras de virar a partida. O meia Marcinho foi bem, mas Paulo Baier ficou mais apagado.

O Palmeiras criou oportunidades, mas não mostrou futebol de líder de campeonato nem muito menos o de um campeão. Mas o episídio dos R$ 100 mil para escalar Danilo seguido de seu protagonismo na partida é sorte de time vencedor.

Isso significa que o time dorme com seis pontos de vantagem sobre o segundo colocado São Paulo, que pega o Corinthians neste domingo, 27.

Nota
Se não houve erros de arbitragem a serem comentadas nesta partida do Palmeiras, diferente do que ocorreu na última, o Cruzeiro venceu o Barueri com gol de Gilberto, impedido. Um erro (ou dois ou quatro) não justifica e muito menos compensa o outro. É só uma ironia. Ou, dependendo do grau da teoria da conspiração, prova inconteste de que a própria teoria está confirmada.

Muito sóbrio, Fernando Henrique não fumou e não gostou

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Vão me acusar de ser assinante da revista, mas isso não é importante.

Foto: Antonio Cruz/ABr
Fernando Henrique Cardoso vem defendendo o fim da guerra às drogas. A revista Veja da semana passada trouxe uma entrevista ("FHC sobre THC") toda dedicada à questão. Ele não tem um discurso articulado sobre o tema para responder, por exemplo, como ele defende a descriminalização do usuário mas não do comércio -- o que não necessariamente evitaria o tráfico.

Mas o ponto alto da entrevista é quando a jornalista Thaís Oyama pergunta:

Como o senhor lidou com o assunto na adolescência de seus filhos?
A adolescência deles foi bem diferente da minha. Na minha, não havia essas questões. Eu não fumei nem cigarro e só vim a tomar álcool depois de casado. Meu pai era militar, puritano, eu não tive experiência pessoal com isso...

Mas o senhor já declarou que fumou maconha uma vez em Nova York e não gostou.
Eu não fumei uma vez, eu senti o cheiro do cigarro uma vez em Nova York...

Não tragou.
Eu não sei tragar nem cigarro! Mas depois de falar isso quase me liquidaram, dizendo que eu era maconheiro. Eu sou muito sóbrio com essas coisas, não fumo cigarro, nunca vi cocaína na minha vida.

Então, está registrado. Se Bill Clinton fumou, tragou e não gostou, Barack Obama fumou mas não opinou, Fernando Henrique não fumou e não gostou. A história de que ele "fumou mas não tragou" foi desmentida pelo próprio.

E vale chamar a atenção para o fato de que Fernando Henrique precisou ir a Nova York para ser alvo de uma baforada de um baseado.

Comecei o texto escrevendo sobre o que não era importante e fiquei pensando agora se esse post é importante, embora o debate sobre o fracasso da guerra às drogas seja.

A entrevista toda foi dedicada à questão, mas quando questionado se seu posicionamento prejudicaria seu partido, o PSDB, ele avisou: "Mas eu não estou nessa eleição. Não sou candidato e não estou opinando como líder político. Estou falando como intelectual."

sexta-feira, setembro 25, 2009

Banda larga universal, redes abertas e experiências

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

A manhã foi de conferências, a tarde de grupos de trabalho na 1ª Conferência de Comunicação para Cultura em Chã Grande (PE). O evento é parte da preparação para as conferências nacionais de Comunicação, em novembro deste ano, e de Cultura, em março de 2010.

Um dos pontos mais defendidos e repetidos é a universalização da banda larga, forma de assegurar o acesso a canais de distribuição de conteúdo e cultura digital.

Foi ainda apresentado o mapeamento de Pontos de Mídia Livre. com destaque para as seguintes iniciativas:

- TV Ovo - transmissão dentro do ônibus em Santa Maria (RS)
Conheça o blogue e o fotolog.

- Rede de Servidores Livres - ambiente de hospedagem e manutenção de iniciativas de mídia livre na web.
Conheça.

- Rádio Favela FM - Belo Horizonte, que é referência entre rádios comunitárias.
Conheça.

- Caravana Carbono Neutro - a WebTV voltada à região amazônica, com 24 horas de programação.
Conheça.

- Rádio Atitude, de Ceilândia (DF) - Jovens atendidos por Ponto de Cultura produzem programas informativos e musicais sobre temas da cidade satélite.
Conheça.

- Viva Favela - formação de produtores de conteúdo multimídia para a internet para jovens do subúrbio do Rio de Janeiro, buscando uma linguagem jornalística.
Conheça.

Tarde
Durante a tarde, grupos de trabalho se espalharam entre o solário e o campo de futebol do hotel Highlander. Circulamos por alguns grupos, mas como a discussão ocorreu na quinta-feira, 24, foi difícil tomar pé. Alguns grupos terminaram a discussão em uma hora e meia, outros gastaram quatro horas. No sábado, tem mais conferência de manhã e a sistematização das propostas acontece à tarde.

A internet sem fio do hotel funciona melhor ou pior dependendo da concorrência de notebooks disputando-a.

***
Em tempo, o hotel está sem cerveja. A Pitú preciso de limão para a função de digestivo pós-almoço. Como o campo de futebol está ocupado por tendas dedicadas aos grupos de trabalho e a piscina está coberta (também tá bem mais frio do que todo mundo imaginava), só resta a mesa de bilhar como atividade esportiva.

Futepoca acompanha Conferência Livre de Comunicação e Cultura

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O Futepoca participa, desta sexta a sábado, a 1ª Conferência Livre de Comunicação para Cultura em Chã Grande (PE), a 90 quilômetros de Recife (PE). Como Ponto de Mídia Livre, o blogue foi convidado a participar. Acompanhe a cobertura da Brunna pelo Twitter, na medida em que a conexão sem fio funcionar.

quinta-feira, setembro 24, 2009

Suada, vitória confirma rodada excelente para o Palmeiras

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Com 2 a 1 em pleno Mineirão contra o Cruzeiro permitiu ao Palmeiras se recuperar do tropeço na última rodada, quando perdeu para o Vitória no Barradão. São Paulo e Inter, segundo e terceiro colocados, tropeçaram no fim de semana, o que permitiu que o Palmeiras voltasse a abrir três pontos de vantagem.

Recusei a opção de chamar a rodada de perfeita para o Palmeiras por dois motivos. Primeiro, porque todos os pontos são importantes, e os fora de casa ainda mais. Assim, quando a disputa não é direta entre concorrentes ao caneco, os três pontos contra o Vitória valem tanto quanto os contra o Cruzeiro. Além disso, a mudança de horários dos jogos deixou a rodada manca. Que isso pode ter favorecido o time, é possível tanto afirmar quanto negar. Mas é muito ruim para o campeonato.







Os cruzeirenses reclamaram de pelo menos dois pênaltis não marcados pelo árbitro paranaense Evandro Rogério Roman. Um, sobre Kléber, na minha opinião foi um escorregão. Outro, sobre Fabrício, foi uma entrada acintosa de Jumar, erro craço da arbitragem. Um terceiro, que aparentemente não teve tanta reclamação, foi no fim do jogo, do estreante Figueroa.

Aliás, o ex-palmeirense Kléber, que foi centro de polêmica por participar de festa da torcida alviverde e declarar nutrir simpatia pelo clube, mostrou que seus cotovelos ainda são os mesmos. Ele acertou Wendel em um lance que, se não envolvesse o Kléber, talvez eu achasse que tivesse sido involuntário.

O Cruzeiro saiu na frente e levou a virada. Pressionou durante a maior parte do segundo tempo e não marcou pela atuação da defesa, de Marcos, o Goleiro que nesta partida não vacilou, a trave e a falta de pontaria dos mineiros.

Diego Souza, de falta, e Vagner Love, em contra-ataque mortal, foram os destaques do alviverde na frente. Cleiton Xavier mantém função vital de marcar, lançar atacantes – como no segundo gol – e bater faltas. Atrás, Souza esteve bem e Jumar mostrou que, por mais esforço que faça, é inferior ao contundido Edmílson. Do Pierre, todo torcedor continuará a sentir falta da eficiência no desarme.

Marcão bobeou no gol cruzeireinse de Thiago Ribeiro. Outras falhas bem menos graves foram remediadas pela cobertura e por um sistema defensivo fechado. Retranca mesmo, intensificada com a entrada de Maurício no lugar de Robert, deixando o time com um atacante mais Diego adiantado, Cleiton Xavier e três volantes no meio além de três zagueiros. Funcionou para evitar gols, mesmo depois da expulsão de Armero.

A raça apresentada anima. E o time já mostra que adquiriu uma característica de times montados por Muricy Ramalho no São Paulo. A produção ofensiva é, em geral, a mínima necessária. O time jogou como líder? Jogou como líder treinado por Muricy. Quando ganha, está ótimo.

quarta-feira, setembro 23, 2009

Assim como na ditadura chilena, estádio em Honduras foi convertido em prisão

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O estádio Chochi Sosa, em Tegucigalpa está sendo usado como prisão em Honduras. É o que denuncia os jornalistas, ativistas, blogueiros etc.

São fotos, reportagens, transmissão de rádio, tudo via internet, denunciando ao mundo o quanto, em pleno século XXI, a comunidade internacional é complacente com um golpe de estado.




Estádio Chochi Sosa, em Tegucigalpa, usado atualmente como prisão em Honduras. Outras imagens podem ser vistas aqui.



A última é que o estádio de beisebol na capital de Honduras está sendo utilizado como lugar de detenção dos partidários do presidente hondurenho Manuel Zelaya, atualmente abrigado e cercado dentro da embaixada brasileira em Honduras. Segundo o jornal argentino Página 12, a estimativa é que entre 150 e 200 pessoas estejam detidas lá. A mesma matéria faz o paralelo com o "curioso destino que tem este cenário na América Latina", e fala sobre a cerimonia de posse de Zelaya, em 27 de janeiro de 2006, no estádio nacional de futebol de Tegucigalpa. Já o estádio que atualmente está sendo usado como "prisão" era empregado para festivais musicais.

Outro exemplo ocorreu na ditadura chilena de Augusto Pinochet, que tinha, no estádio Nacional, prisão e centro de tortura. Aliás, vale a pena ler o post do companheiro Glauco, que narra a vitória do Santos sobre o Chile, enquanto no andar debaixo estava acontecendo sessões de torturas.

Ainda outro exemplo de uso dos estádios para a vergonhosa prática, foi o Cilindro de Montevidéu, um estádio de basquetebol que a ditadura uruguaia transformou em prisão.

Links interessantes para acompanhar e se solidarizar com a situação de Honduras
Habla Honduras
Blogueros y Corresponsales de la Revolución
Especial golpe de Estado em Honduras - Telesur
Agregador de notícias sobre #Honduras
Blogue Islamia

terça-feira, setembro 22, 2009

Seleção de candidatos a 2010 promete...

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Já não é novidade alguma jogadores e ex-jogadores se embrenharem na política brasileira para “ajudar os mais necessitados”. E a cada ano essa seleção de candidatos promete mais emoção.


O ex-jogador Dinei, candidato a vereador em 2008 pelo PDT-SP, tinha o slogan “Nunca vou te abandonar. Corintiano vota em corintiano. Fui!” Ah! E o gritinho ridículo “Auip!!!!”



Para 2010, a lista já começa a ficar longa, mas vale a escalação. O ex-jogador de futebol Edmundo, vulgo “O Animal”, está em vias de ser o futuro candidato a uma cadeira de deputado estadual pelo PP. Particularmente gostaria de ver seu temperamento, que lhe dá o apelido, em atuação no plenário. Já o presidente do Corinthians, Andrés Sanches, se filou ao PT de São Paulo, mas ainda não sabemos qual cargo pretende disputar nas eleições de 2010. O presidente afastado do Flamengo, Márcio Braga, também promete ser candidato ao Senado, segundo a coluna Painel da "Folha de São Paulo". Quanto ao político e ainda jogador, Túlio Maravilha, a ideia é sair candidato a governador de Goiás. Já ao atual técnico dos Santos, Vanderlei Luxemburgo, cogita ingressar na política, como senador por Tocantins.

E hoje Romário, de 43 anos, se filiou ao PSDB, ou melhor ao PSB. A gafe foi cometida pelo próprio Romário, que em entrevista na manhã desta terça-feira, 22, errou o nome do próprio partido.

“Pode acontecer de eu ser candidato, mas meu objetivo é ajudar as crianças e o esporte (...). Se conseguir ser eleito, poderia ajudar as pessoas carentes... para ter votos tenho que fazer projetos. Sou de falar e cumprir”, afirmou Romário. Ainda vale lembrar que, há oito anos, ele chegou a se filiar ao PP por influência do ex-presidente do Vasco e ex-deputado federal Eurico Miranda, mas não se candidatou a nenhum cargo político.

Ingressos nesta futura seleção, e não necessariamente jogadores, ainda constam o ex-boxeador Popó, que deve sair candidato a deputado federal pela Bahia nas eleições de 2010, o ex-baterista do Rappa Marcelo Yuka, que deve aderir ao PcdoB, a ex-prostituta e fundadora da Daspu, Gabriela Leite (PV), os ex-jogadores Müller, Marcelinho e Vampeta na disputa para a Câmara, os cantores Luiz Carlos, do grupo Raça Negra, e Teodoro, da dupla sertaneja Teodoro & Sampaio, e o ex-pugilista Adilson Maguila Rodrigue concorrerão a cadeiras na política brasileira, todos pelo PTB.

É 2010 promete....

Movimento compara antitabagismo a "eugenia"

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O Brasil adota políticas de combate ao fumo que ganham destaque internacional pelo rigor. As restrições à publicidade e as fotos no verso de maços de cigarro foram algumas delas. A onda mais recente é a das leis que proíbem o consumo de cigarro e afins em lugares fechados (ou quase fechados), modalidade inaugurada por Rondônia em outubro e que avança depois do destaque de mídia conquistado pelo governo de São Paulo por adotar a medida.

Diante do que consideram ser uma caçada comparável a práticas nazistas, grupos de fumantes se organizam na internet para se defender. Trata-se, em sua visão, de políticas contra quem fuma, e não contra o cigarro. Um deles é o Fumantes Unidos, no ar desde 2008, criado por Fabrício Rocha.

O braziliense é jornalista e publicitário e apresenta o programa Participação Polular na TV Câmara. Em entrevista por telefone ao Futepoca, ele explica os objetivos do site e do grupo, que é o reconhecimento ao direito de escolha do cidadão.

"Os fumantes sabem dos riscos que correm, não há falta de informação atualmente", sustenta. "As pessoas fumam porque veem vantagens em fumar, é uma escolha", resume.

Ele lamenta a forma como são combatidos comportamentos fora do modelo "máquina de trabalho e consumo" que se assemelha "com a busca pela raça ariana na Alemanha nazista", para usar termos do manifesto do grupo.

Em sua visão, os obesos também são alvo desse tipo de campanha, conforme alerta a Organização Internacional do Trabalho (OIT). No site, há uma seção dedicada exclusivamente à "arte de fumar".

A postura é polêmica e o site mantém até um "Leia antes de criticar", para antecipar respostas a críticas.

Confira os principais trechos da entrevista.

Futepoca – Qual foi a origem do Fumantes Unidos?
É uma organização informal, não uma ONG com estrutura jurídica. Em 2007, eu tinha participado de uma audiência pública da Anvisa sobre a criação de fumódromos. Fui o único a apresentar contraproposta, que se tornou parte de um dossiê que encaminhei a diferentes políticos. Nesse material, estavam apresentados contra-argumentos a ONGs e projetos antitabagistas.
Esse levantamento inspirou a criar o site, a exemplo do que acontece em alguns lugares do mundo. Aos poucos, ele ganhou visibilidade das pessoas, da mídia, rendeu convite para um debate na MTV.

Futepoca – Quantos colaboradores a página possui?
Há um grupo de colaboradores mais ou menos regulares. São em torno de 40 os que já produziram artigos e notícias. Não estou contando comentários de apoio. Recebemos muitas mensagens de apoio e de protesto de todo o país mas, ultimamente, a maioria vem de São Paulo. Se bem que agora tem outros estados que também aprovaram leis, tentando pegar carona na mídia que o (José) Serra teve com a lei.


Futepoca – A rigor, a rigor, o primeiro estado a aplicá-la foi Rondônia.
Os outros estados viram que o tema dá mídia e querem isso também.

Futepoca – No manifesto do movimento, há uma comparação forte do antitabagismo com o Nazismo e a eugenia de forma mais ampla, que vai além da questão do fumo e inclui a apresentação e outros hábitos. Não é exagerada a comparação?
No governo Nazista, Hitler era um antitabagista declarado. O regime fez várias campanhas que apresentavam o fumante como um fraco, inferior assim como os judeus. A intenção era afirmar a superioridade ariana apontando outros grupos e pessoas como inferiores. E havia o contexto de guerra, já que Roosevelt, Churchil – fumante inveterado que sempre aparecia com o charuto na boca – e Stálin eram todos fumantes.
Atualmente o preconceito é mais velado, de certo modo, mas há uma demonização e ridicularização dos fumantes. Aliás, a primeira coisa que se faz em uma ação como essa é chamar o "alvo" de doentes. Até pouco tempo, os homossexuais eram vistos como doentes. O mesmo ocorre com os obesos. Agora a OMS quer considerar os fumantes como doentes, viciados, descontrolados mesmo. São esteriótipos construídos de forma parecida com os dos nazistas.

Futepoca – Por quê?
Os fumantes sabem dos riscos que correm, não há falta de informação atualmente. As pessoas fumam porque veem vantagens em fumar, é uma escolha.

Futepoca – E qual à consequência disso?
O que é preocupante da eugenia é que o mundo vai ficando muito chato. Proibimos tudo. Parece haver uma busca para se criar restrição, suprimir prazeres às pessoas, tirar o livre arbítrio de se avaliar o que é bom ou ruim. Com isso se cometem absurdos legislativos como a lei seca, que fere o princípio da desproporcionalidade ao taxar como criminoso um pai de família que bebe uma batida de limão para acompanhar a feijoada no sábado. Não foi a lei seca que diminuiu os acidentes de trânsito, mas a mídia fazendo alarmismo. E a obesidade é a próxima bola da vez.

Futepoca – Qualquer pessoa que se oponha a projetos antitabagistas é logo acusado de ser financiado pela indústria do fumo. Como você se relaciona com essas críticas? Antes: o site é financiado pela indústria tabagista?
Fiquei surpreso recentemente quando fiz uma pesquisa com o nome do site no Google e encontrei um documento da Aliança de Controle do Tabagismo (ACTBR). Parecia uma coisa de órgãos como a CIA, sobre como falar com fumantes, o que é falado no mundo contra as campanhas de combate ao cigarro. Na parte em que falava do Brasil, citou o site e reconheceu que "não havia qualquer evidência disso". Já ocorreu de sermos procurados, mas não aceitamos apoio em dinheiro, para poder manter independência editorial.

Futepoca – Por que o site mantém uma seção com links para quem quer parar de fumar?
O propósito do site é atender a fumantes. Com o combate que se faz aos fumantes, em vez de se combater o cigarro, com quem ele vai se congregar? Que serviço existe? O fumante assume o risco abertamente, mas ele pode querer parar. O FumantesUnidos busca oferecer apoio se essa for a opção consciente, mas com certeza há outras fontes mais bem preparadas para isso. É inerente à pessoa escolher, não se pode impor, é até ilegal.
E temos ainda a preocupação de dar informações de saúde, porque é recomendável que a pessoa adote mais cuidados do que outras pessoas, porque ela está mais exposta. As doenças atribuídas ao fumo são, na verdade, causados pelo acúmulo de fatores, como poluição, hábitos, genética. É um dos fatores que pode levar a doenças, mas há outros sobre os quais não se fala. O mais comum é se atribuir milhões de mortes só a um fator.

Futepoca – O site é mantido por um certo ativismo. Isso já lhe trouxe algum problema no trabalho ou na vida pessoal?
Uma vez, no último mês, o tema do programa era a lei antitabagista de São Paulo. Como apresentador, eu não poderia participar, porque são pessoas com quem debate constantemente. Eu poderia adotar uma postura de "pôr lenha na fogueira" e usar o debate para favorecer uma das posições, mas por uma questão ética eu disse à TV que não poderia participar. O pessoal da produção entendeu bem, ficou satisfeito com a postura e não houve problema.

segunda-feira, setembro 21, 2009

Covardia são-paulina tira gostinho de liderança

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Por Moriti Neto

Após um primeiro tempo meia boca e um segundo horrível, o Tricolor do Morumbi, na tarde de domingo, no estádio Santa Cruz, em Ribeirão Preto, se absteve de jogar e parecia acomodado com o placar mínimo conquistado no começo da partida contra o Santo André. Enfim, voltou do interior paulista com um resultado frustrante: 1 a 1.

O jogo

Nos 45 minutos inciais, o São Paulo foi melhorzinho que o adversário e fez 1 a 0, com Jean, aos 8min. Em contra-ataques, teve duas chances de ampliar, ambas com Dagoberto. Já o Ramalhão, conseguiu somente uma oportunidade, em falta cobrada por Marcelinho Carioca. Ah, sim. Logo no início do jogo, Miranda deu um carrinho dentro da área são-paulina, tocou na bola e em seguida atingiu o veterano volante Fernando, gerando o lance polêmico da peleja. Pênalti? Eu não marcaria.

No segundo tempo, a partida foi medonha. Ricardo Gomes teve que substituir Richarlysson, machucado. Zé Luís entrou para compor a meia cancha e o São Paulo perdeu espaço. Borges também saiu e Washington adentrou o campo para fazer o velha troca do “seis por meia dúzia”, ou seja, a inoperância pela ineficiência. E, aos 27, Pablo Escobar fez o gol da equipe do ABC, que ocorreu nem tanto por mérito, mas porque o Tricolor pediu para tomar o empate de um time fraco, que luta para não ser rebaixado e que não jogava sequer em seu campo, aliás, como era de se esperar, a maioria esmagadora do público presente ao estádio foi são-paulina.

Marlos chegou a entrar para tentar dar velocidade ao ataque, mas os atletas tricolores não tiraram nem mesmo um grito de “uuuuu” dos torcedores. Total falta de criatividade e ousadia. Resumindo: com todas as condições de assumir a liderança provisória do Brasileirão, o time foi covarde, ficou longe de uma atuação de campeão e saiu de campo depois de um empate ridículo contra um adversário igualmente ridículo e de quem não conseguiu ganhar neste ano (foram dois empates e uma derrota).

No “Gangorrão 2009”, a coisa só não decepcionou mais porque o Inter perdeu do Vitória no sábado e o Palmeiras, que também não está jogando com exuberância, pega o Cruzeiro, na próxima quarta, em Belo Horizonte, numa partida que deve ser dura para o Alviverde.

Moriti Neto é torcedor do São Paulo e escreve sobre o Tricolor Paulista no Futepoca. Qualquer são-paulinismo exacerbado não é de responsabilidade de quem publica, hehe...

Medonho

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

É fácil definir o jogo que Santos e Botafogo fizeram ontem na Vila.



Vila vazia (menos de 7 mil pagantes), um time na zona do rebaixamento e outro que só não está lá porque tem gente mais disposta a isso, futebol fraco, todos esses elementos estiveram presentes no duelo de ontem.

Eu até diria mais: Santos e Botafogo tiveram a proeza de fazer os dois piores jogos desse Campeonato Brasileiro. Ao menos os dois piores que assisti. O da ida (que acabou 2x0 para os cariocas) foi até mais medíocre que o de ontem. Mas ambos merecem todas as reprovações possíveis.

Como destaques de ontem, posso citar o goleiro Felipe e o lateral-esquerdo Léo. Fabão meteu uma bola na trave que certamente o renderá alguns minutos de entrevista nos programas esportivos; espero que nestes perguntem para ele sobre as três ou quatro bolas que ele entregou ao ataque botafoguense - que só não foram convertidas em gol por um misto de incompetência dos adversários e méritos do bom Felipe.

Falando no goleiro, foi estranho, bem estranho, ver Sérgio com a camisa do Santos, fazendo aquecimento atrás do banco de reservas. Repito: é a contratação mais inexplicável da história do Peixe.

Terminamos a rodada em 12º lugar - é a última posição que dá vaga à Copa Sul-Americana. Estamos com 36 pontos, 11 acima da zona do rebaixamento. Aliás, a queda não chega a ser um temor; considero que Fluminense e Santo André já estão 'caídos' e que as outras duas vagas ficarão com dois entre o trio Náutico, Sport e Botafogo. O que me faz pensar que 2009 não trará nem aquele gostinho de escapar do rebaixamento no final.

Rodada incompleta

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Mesmo não sendo a primeira vez, não consigo me acostumar à canetada da Globo que passa uma das partidas da rodada para a quarta-feira seguinte só para ter um jogo para exibir para São Paulo. Dezoito times jogam no final de semana e dois aguardam a programação da "onipotente". Sem contar que muda os horários das partidas a hora que quer.


Por exemplo, Atlético e Santos, no próximo domingo, estava marcado para as 16h, com ingressos já sendo vendidos. Por conta dos interesses da emissora, para transmitir no SporTV, passou para as 18h30. Os clubes assinaram contrato dando esse poder à emissora, é verdade. Mas que enche, enche.

Nesta rodada, então, que a maioria dos líderes derrapou, o Palmeiras pôde assistir a tudo de camarote. Com os resultados na mão, tem motivação extra para ganhar do Cruzeiro e abrir pontos para São Paulo, Inter, Goiás e Galo. Se vai conseguir, não sei, mas que é incentivo extra é.

Náutico e Galo
Nunca vi um time perder tantas oportunidades de se aproximar dos líderes como o Galo este ano. Pegou um Náutico desfalcado, desesperado pelo rebaixamento, com o "gênio" Geninho no banco e mesmo assim não saiu do 0 a 0. Teve até mais chances, mas não soube fazer gols. E aqui continua a pergunta, o que está acontecendo com Tardelli, lento e perdendo jogadas que antes não perdia?

Roth também tem sua parcela grande de culpa. No segundo tempo, com o empate, tirou um atacante, Rentería, e pôs um meia, Renan Oliveira. Depois tirou Tardelli para colocar Éder Luís. em nenhum momento pôs em campo a dupla que, junta, já fez 21 gols no Brasileirão. Vai entender...

De bom, a estreia do goleiro Carini. Confundiu-se um pouco com a zaga no início da partida, mas depois deu tranquilidade à defesa, principalmente nas bolas cruzadas. Como goleiro é que nem juiz, não se pode elogiar nunca, vamos ver as próximas partidas. Aliás, com a provável estreia de Ricardinho e a volta de Márcio Araújo, O Galo estará praticamente com força total para encarar o Peixe. É a hora de ver se esse time melhorou mesmo e se tem chances de disputar algo ainda em 2009.

domingo, setembro 20, 2009

Matadouro de esperanças

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O Corinthians, hoje, cria e mata esperanças com a copiosidade e a determinação que uma granja alimenta e mata seus frangos. A escala é industrial e a o ritmo é desconcertante. Já tive minhas esperanças depois da vitória na Copa do Brasil, perdi-as completamente depois do desmanche, ressuscitei algumas do cinzeiro e, agora, depois que tomamos mais uma goleada na orelha, fica difícil continuar a acreditar em alguma coisa. Comentei uma vez que não sei torcer em campeonato de pontos corridos, que pede frieza e regularidade em vez de autossuperação e explosão. Mas o Corinthians, do jeito que oscila, deixa o torcedor completamente desnorteado, que nem aqueles pintos de granja industrial que vão seguindo pela esteira rolante, sem fazer a menor ideia do que está acontecendo com eles. Fica difícil situar o coração em meio a tanta mudança.

Hoje, pode-se afirmar com tranquilidade, pra dizer o mínimo, que tomar de 4 a 1 pro Goiás em casa é algo que não cabe ao perfil de um campeão. Isso já estava claro, mas como o Timão vai fazer 80% do campeonato com metade do time na enfermaria, e tendo passado 90% do tempo sem um time definido, se isso deveria provocar a certeza da impossibilidade de vencer, também deixa uma pulga atrás da orelha, ainda mais quando os adversários tropeçam: afinal, se juntar todos os jogadores que supostamente formam o elenco até que o time não está tão mal assim. Mas isso é pura virtualidade, pois os jogadores nunca voltam todos.



Mano Menezes admitiu erro tático como a principal causa da derrota. Ele está é muito tranquilo com a tal vaga garantida na Libertadores do ano que vem. Eu de minha parte acho que, sem deixar de planejar os campeonatos seguintes, é preciso jogar pra ganhar o campeonato que se está no momento. Usar um campeonato como preparação pra outro é complicado, pois é como se o próprio não tivesse qualquer valor. Como se o Brasileiro só interessasse para se chegar à Libertadores... Se perder no ano que vem, o fiasco será ainda maior.

quinta-feira, setembro 17, 2009

Para Lula, Serra e Aécio são de esquerda

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Em uma longa entrevista do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao jornal Valor Econômico, há vários pontos interessantes sobre como Lula vê o país, a função do Estado, a economia. Longe de concordar com tudo, o ponto que mais me chamou a atenção até agora é este trecho:

Feliz do país que vai ter uma disputa que pode ter Dilma, Serra, Marina, Heloísa Helena, Aécio. Houve no país um avanço qualitativo nas disputas eleitorais. O Fernando Henrique e eu já fomos um avanço extraordinário. Fico olhando e vejo que não tem um único candidato de direita.
Tudo bem, meu título foi exagerado. Mas será que o Serra e o Aécio não são mesmo de direita?

Bom, Lula se diz "prático" em relação a privatização, que só é contra a desestatização de setores estratégicos. Diz que os empresários que avançaram perceberam que "fazer com que o pobre seja menos pobre é bom para a economia", porque "ele vira consumidor". E ao mesmo tempo que uma aliança nacional entre PT e PSDB é impossível.

Ele também fala de uma consolidação das leis sociais, para institucionalizar programas como o Bolsa Família e outros (imagino que seja Luz para Todos, ProUni, Pronaf), criados ou não nos últimos seis anos. E discute bastante sobre o modelo de Congresso que o país tem. Além de eleições, é claro. Também é interessante.

Mas eu ainda estou me coçando com essa ideia de que a direita não tem candidato.

Silvia Santos vem aí

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Não, não precisa consertar o título, não é erro de digitação: Silvia Santos - com A, mesmo - é como o autor estadunidense Richard Bourne grafou o nome do dono do SBT no livro "Lula of Brazil - The Story So Far" (University of California Press, 2008). O colega Emerson Lopes Silva observa, ainda, que Ricardo Kotscho virou Kotsch. Vamos a um trecho da página 72:

"...Sarney, who was promoting a successor, Silvia Santos, whose candidacy was disqualified only late in the year on the ground that his party was, in reality, moribund."

Tradução aproximada: "...Sarney, que estava promovendo um sucessor, Silvia Santos, cuja candidatura foi desqualificada apenas no fim do ano baseado que seu partido era, na realidade, moribundo."


Ps. E a tal Silvia Santos existe, de fato: de seu primeiro casamento com Cidinha, que morreu de câncer na década de 1970, Silvio teve duas filhas, Cíntia e Silvia. Depois, com Íris, teve mais quatro mulheres: Daniela, Patrícia, Rebeca e Renata. Rá-ráeee! É com você, Lombardi!

Empate justo em Coritiba, com invenção de Mano

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Corinthians e Coritiba ficaram num empate em 1 a 1 num jogo equilibrado no Paraná. Os pessimistas dirão que não ter vencido acaba com as chances corintianas, e os otimistas que empate fora de casa é vitória.

O Timão teve um quinto desfalque pouco antes de entrar em campo: Jorge Henrique sentiu dores na panturrilha e ficou fora do jogo. Com isso, Mano Menezes não pode manter o esquema com três atacantes e resolveu inventar. Colocou Diego de lateral-esquerdo e adiantou Marcelo Oliveira, formando as famosas duas linhas de quatro jogadores, umas das mais tradicionais formas de retranca.



Com essa formação, faltou penetração e criatividade e o time foi dominado pelo Coritiba. Reparem ainda que o meio campo era formado só por volantes: Marcelo Mattos, Elias, Jucilei e Marcelo Oliveira.

Para piorar, Jucilei e Oliveira estiveram em jornadas pouco felizes, sendo que o ídolo de Maurício vacilou na marcação quando Jailton abriu o placar para o Coritiba. Souza ainda mostrou mais uma vez que é, além de fraco, zicado. Meteu uma bola na trave que bateu nas costas do goleiro e foi para fora. Como sempre, se mexeu bem, abriu opções, coisa e tal. Mas gol que é bom, necas.

No segundo tempo, Mano voltou às origens com a troca de Marcelo por Bill. O time melhorou e conseguiu prender mais a bola no ataque – e deu pra perceber que a presença de Jorge Henrique teria ajudado bastante. Criou chances até empatar com Dentinho e seguiu pressionando até o final. No geral, o empate foi justo. Mas isso não quer dizer que tenha ajudado nenhum dos dois times.

De boas notícias, Marcelo Mattos voltou bem e Alessandro jogou um pouco. Marcelo Oliveira foi mal como armador, mas deve colaborar como lateral. E, como salientou o companheiro Júnior aqui do trampo, é interessante ver que, mesmo variando enormemente os jogadores, o time sempre mostra coesão tática e organização coletiva. Isso deve facilitar o encaixe dos reforços e dá esperanças de melhorar o rendimento.

Ronaldo deve voltar contra o Goiás, no domingo, no Pacaembu, quando também pode estrear De Federico. Edu e William devem jogar contra o São Paulo, na outra semana. E não achei em lugar nenhum se a contusão de Jorge Henrique é coisa séria ou não. Espero que ele esteja liberado para domingo.

Som na caixa, manguaça - Volume 43

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

PAGODE DO GAGO
(Composição: Gracia do Salgueiro/ Gaguinho)

Gracia do Salgueiro

Fui a um pagode na casa do gago
E o rango demorou a sair
Acenava pra ele e ele mais que que que
Que que que que que que guenta aí

O pagode foi crescendo
Sob a luz de um lampião
Com cuíca e pandeiro
A moçada batia na mão
A atração da brincadeira
Era a nega do gago sambando
Mas a fome também era negra
Ninguém mais tava aguentando

E o cara da viola
Deu bobeira e caiu pelo chão
O gago pulava, sorria e gritava
Que que que que que toma mais um limão

Toma mais um limão
Que que que que que que você fica bão
Toma mais um limão
Que que que que que que você fica bão

(Do LP "Gracia do Salgueiro", 1987)

Treinador do Goiás renova o quadro de homofobia no futebol brasileiro

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook


Pelo jeito futebol é para cabra macho mesmo! Depois do caso Richarlyson e a estupidez da decisão do juiz Manoel Maximiano Junqueira Filho, onde ele afirma que "Futebol é varonil, não homossexual", a declaração de Jorge Sampaio, diretor Vitória, solicitando que "Mulher apite jogo de de mulher", agora Hélio dos Anjos, treinador do Goiás, renova o quadro de homofobia e preconceitos no esporte mais popular do Brasil. Dos Anjos, que segundo o site do Globo Esporte, anda com a sensibilidade aflorada com a queda de rendimento do Goiás, se irritou na coletiva de imprensa após a a classificação nos pênaltis para as oitavas de final da Copa Sul-Americana, ao bater o Galo após o 1 a 1 nesta quarta-feira, 16. Segundo o treinador, a chegada de Fernandão não teria prejudicado o time, porque "Homem com ciúme é coisa de viado. Não trabalho com homossexual, trabalho com homem". A pergunta partia do argumento de que o atacante teria causado ciúme em alguns jogadores do elenco. O problema teria causado a queda de produção da equipe, que desceu do terceiro para o quinto lugar da tabela do Brasileiro. Ainda segundo o site do Globo Esporte, o treinador reforçou seu ponto de vista, após a procura da reportagem. "O que entendo de inveja de homem para homem é frescuragem, viadagem. Você, como homem, que tem picuinha é frescuragem".

Alguém precisa avisar para o técnico Hélio dos Anjos, que o problema de uma declaração como está é que só fomenta ódio, intolerância e a homofobia em um país que se mata um homossexual a cada dois dias, o que faz com o que o Brasil tenha o infeliz marco de "o país que mais mata homossexual do mundo".
E depois ainda tem gente que ainda é contra a criminalização da homofobia.

quarta-feira, setembro 16, 2009

Se Xadrez é "esporte boêmio", que venha a Virada Manguaça

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Virada Esportiva deste ano mantém a categoria "esportes boêmios" na programação, mas inclui entre eles modalidades tão típicas de bar quanto o xadrez e a bocha. A programação ainda classifica o digníssimo tênis de mesa – chamado na lista de "ping pong" – na mesma categoria.

As 24 horas de esporte estão programadas para o próximo fim de semana, 19 e 20. A programação está aqui, mas não descobri onde está a lista completa das 2.000 atividades incluídas.

Modalidades tradicionais como truco, damas e dominó também têm atividades marcadas. Jogos de tabuleiro, que podem incluir de Ludo a War, passando por outros clássicos pouquíssimo afeitos à mesa de estabelecimentos etílicos. Tranca, objeto de polêmica sobre sua vocação, fica para os comentaristas.

Como a boemia da virada parece excluir ou, no mínimo, sufocar as manifestações manguaças, é o caso de promover uma edição da Virada Manguaça?




Seria uma evolução da fórmula da Virada de Copo, que tinha uma conotação também de se evitar o uso do carro por ébrios, muito antes da lei seca – já que em 2007 a Virada Esportiva ocorreu em 22 de setembro, dia mundial sem carro.

A proposta consistiria em beber com moderação e intervalos de uma hora entre as doses – para não ser alvo de capa de revista semanal – de sábado a domingo. Será que funciona?

Será que alguem bebeu além da conta?

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Estava indo para a biblioteca pública aqui em Dublin, perto das 3 da tarde (11 da manhã no Brasil), quando aconteceu um acidente inacreditável. O Luas, espécie de metrô de superfície, bateu em cheio na lateral de um ônibus em um dos pontos mais centrais da cidade (veja abaixo). Passei um tempo observando os bombeiros cortando as ferragens para retirar as vítimas.


O local fica a uma quadra da escola onde estudo, na O'Connell Street, e a uns 50 metros do extinto cinema onde os Beatles se apresentaram há 45 anos, na Abbey Street (veja foto à direita, de um dia normal). Pelo menos 21 pessoas se feriram, três gravemente - o condutor do trem e duas mulheres que estavam no ônibus. O estranho é que o Luas (trem) passa por esse cruzamento "devagar quase parando", como dizemos no Brasil, e ainda toca um sino avisando sua aproximação. Os veículos e pedestres sempre atravessam por ali com o máximo de cuidado possivel. Para colidir dessa forma, o trem devia estar numa velocidade incomum. Sei lá. Será que algum dos motoristas bebeu além da conta? Ou foi excesso de sobriedade?

terça-feira, setembro 15, 2009

Depois de folga de duas semanas, Corinthians pega o Coritiba

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Depois de quase duas semanas de folga – e de dois estranhos fins de semana sem jogo do Timão – pegamos o Coritiba, nesta quarta, no Paraná. A Fiel torcida tem motivos para prestar muita atenção à partida, que pode ter grande importância para ver quais as pretensões da equipe no Campeonato Brasileiro.

O time aproveitou o tempo parado para fazer uma “mini intertemporada” (o pessoal está ficando criativo) em Itu. Mano Menezes teve tempo para treinar a equipe, definir as melhores alternativas e encaixar os reforços De Federico e Marcelo Mattos.

Destes, o volante tem mais chances de jogar amanhã, enquanto o argentino tem problemas com sua inscrição no BID. Além dele, o time contará com a volta de Alessandro para a lateral direita, o que pode colocar o ídolo do Maurício Jucilei no banco ou no meio campo.

Também tem mais um reforço, o meia atacante Edno, ex-Lusa. Com as contratações e a volta dos inúmeros machucados, Mano Menezes terá um elenco muito mais qualificado para poder montar o time. Fica a curiosidade sobre como vai ser o esquema. O parceiro Blog do Carlão levantou duas hipóteses interessantes. Nos dois cenários, jogadores de bom nível ficam no banco, como Edu e Dentinho. Não é todo time que pode se dar esse luxo.

O time para 2010 está ficando forte. Resta saber se dá tempo de correr atrás do Brasileirão. Se ganhar do Coritiba, o Timão vai ficar a 5 pontos do líder Palmeiras e sacramentará a melhor campanha do segundo turno, de acordo com esse levantamento do jornalista Ledio Carmona. Contando com o fato de que ainda tem confronto direto com dois dos principais candidatos ao título (o próprio Verdão e o São Paulo), pode entrar na briga.

Minc candidato

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Num show a banda Tribo de Jah, na Chapada dos Viadeiros (GO), o ministro do Meio Ambiente Carlos Minc subiu no palco e não teve papas na língua. Falou da preservação da Amazônia e do cerrado, lembrou Bob Marley e Chico Mendes, falou da vitória do Brasil sobre a Argentina por 3 a 1 e defendeu a descriminalização da maconha.

"Vou dar o meu recado: ontem (dia 5) o Brasil meteu 3 a 1 na Argentina. Mas tem outro placar que a gente tá perdendo da Argentina. Os juízes da Argentina descriminalizaram. O usuário não é criminoso. Nesse jogo a gente tá perdendo aqui. Nós vamos virar esse jogo para acabar com a hipocrisia", disse o ministro.

Discurso direto, simples, com bandeiras bem definidas e adequadíssimo ao público – que gostou bastante, aliás: aplausos gerais e gritos lembrando o ministro do pré-sal. Sugiro aos colegas cariocas o lançamento do Minc como candidato a alguma coisa.

"Eu aqui nessa meta..."

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Tenho empreendido uma busca infrutífera nos últimos tempos, e conto com os leitores do Futepoca e com a comunidade manguaça nacional para obter sucesso no projeto. À história:

Faz tempo, bastante tempo mesmo, chutaria algo em torno de 15, 16 anos. Eu estava assistindo a um programa esportivo da TV Cultura que falava sobre a preparação da seleção brasileira de handebol que ia disputar uma grande competição (Olimpíadas? Mundial?). A matéria era boa e explicava como estava sendo realizado o treinamento dos atletas.

Então se iniciou uma apresentação do trabalho específico dos goleiros. Mostraram os dois (ou mais) arqueiros (dá pra usar esse termo também no handebol?) dando seus saltos, pulando nas bolas, fazendo exercícios físicos, aquela coisa. A reportagem - em tom bem humorado - contava que a vida de goleiro do handebol não era nada fácil, e para ilustrar isso mostrou várias boladas que os jogadores levam em diferentes partes do corpo (inclusive "lá", caro leitor do sexo masculino).

Nesse momento, a reportagem se baseou nas cenas dos goleiros treinando enquanto uma musiquinha tocava de fundo. É aí que eu quero chegar. A música em questão era um sambinha bem divertido, divertido mesmo. Falava sobre um tema tão cotidiano quanto espinhoso para os praticantes de pelada Brasil afora - o inevitável revezamento no gol. Sim, porque a não ser que você seja um mau caráter, não importa o quanto você tenha de habilidade com os pés: chegará um momento, durante a partida, em que você terá que atuar como goleiro.

A música contava o quanto é doloroso permanecer embaixo dos paus (no bom sentido) enquanto uma bela partida de futebol desenha-se centímetros adiante. No refrão, a frase mais importante: "dribla o zagueiro, toca de calcanhar... e eu aqui nessa meta, olhando a bola passar... e eu aqui nessa meta, olhando a bola passar...". Trocadilho sensacional!


Acontece que nunca mais ouvi a música nem vi qualquer referência a ela.

"Procura no Google, seu tonto!". Claro que já fiz isso. Mas nada de obter resultado. O site insiste em me dar a seguinte resposta: Você quis dizer: eu aqui "nessa mesa"

E então não chego a lugar nenhum.

Se alguém conhecer a música (ou mesmo se lembrar da reportagem), eu ficarei muito feliz. E será dada uma grande conbtribuição ao repertório futebol-MPBístico - que, se não chega a ser um "Som na caixa, manguaça!", tem também muitas preciosidades.

Pra ilustrar (?) o post, um vídeo que não tem rigorosamente nada a ver com o assunto e eu nem sei direito do que se trata. Mas é que ele apareceu na busca por "futebol" e "samba" no Google. Aparentemente, fala sobre jogadores brasileiros na Turquia. Se alguém sacar direito o que acontece, agradecemos também.

Uefa Champions League tem clássico na primeira rodada

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

A Uefa Champions League começa nesta terça-feira, 15, com oito partidas de quatro grupos, todos às 15h45 de Brasília. Nesta quarta, 16, outras oito, com direito a Inter de Milão e Barcelona em San Siro.

O certo é abolir o trabalho a partir das 15h quando tiver rodada e despachar do boteco com TV mais próximo. Claro que nem todo jogo é bom, mas é preciso reivindicar isso para garantir, pelo menos, o direito de assistir Zlatan Ibrahimović (com acento no "c") contra os italianos de seu ex-time amanhã.

Além disso, o campeão de 2008, Barcelona, tenta repetir o feito do Milan em 1989 e 1990, enquanto os azuis e pretos não ganham nada desde a década de 60.

Hoje tem Milan, Real Madrid, Juventus, Manchester e Porto em campo. Mas é mais fácil olhar a tabela.

Os jogos:

Hoje, 15, às 15h45

GrupoMandante
Visitante
AJuventusxGirondins de Bordeaux
AMaccabiHaifaxBayern München
BVfLWolfsburgxPFCCSKA Moskva
BBeşiktaşxManchesterUnited
CZürichxRealMadrid
COlympiquede MarseillexMilan
DChelseaxPorto
DAtlético de MadridxAPOEL


Amanhã, 16, às 15h45
GrupoMandante
Visitante
ELiverpoolxDebreceni
EOlympiqueLyonnaisxFiorentina
FInternazionaleMilanoxBarcelona
FDynamoKyivxRubinKazan
GStuttgartxRangers
GSevillaxUnireaUrziceni
HOlympiacosxAlkmaar
HStandardde LiègexArsenal


O Papo de Craque fez suas apostas, e o Blog do Torcedor lembra que tem menos brasileiros a cada ano na competição. O Opinião FC foi além e trouxe um especial com informações sobre cada time, com direito a ranking entre favorito, azarão, fase final etc..

Champions 2007/2008 | Champions 2008/2009

segunda-feira, setembro 14, 2009

A gangorra dos atléticos

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Domingo, Galo e Furacão fizeram uma partida bem diferente do primeiro turno, mas com o mesmo resultado, vitória dos mineiros. A diferença entre os turnos foi que os paranaenses se organizaram e têm um time longe de ser brilhante, mas bem arrumado pelo delegado Lopes (incrível), e com jogadores de bom nível, mas bem rodados, com o Paulo Bayer e Alex Mineiro.

Foto: Estado de Minas/Uai



Tardelli em domingo
de contrastes: belo
gol, mas duas
chances incríveis
perdidas no
domingo em que
a torcida voltou





O Galo, por sua vez, ainda vem remontando o time depois de vários jogadores, como Serginho, Márcio Araújo, Aranha e Welton Felipe, se machucarem. Dos novos, Correa entrou bem e ontem fez um lançamento digno de Gérson (reparem, não estou comparando os dois) para o segundo gol, o do Tardelli. Mas é ainda um time em reconstrução, o que explica duas partidas medíocres com vitórias por 2 a 1 de virada (Santo André e Atlético-PR). Não é nada, não é nada, mas são duas vitórias importantes.

Resta saber o que anda acontecendo com Diego Tardelli. Fez um golaço ontem, definiu também no jogo do ABC, mas contra o Atlético-PR errou dois gols que até minha avó de muletas faria. Pior é que parace mais lento, parado em campo. Espero que seja apenas uma fase de falta de confiança, que volte logo a jogar como no começo do campeonato. Agora é esperar as estreias de Carini e Ricardinho, as duas principais contratações do Galo junto com o colombiano Rentería, que ontem fez seu primeiro gol.

No meio da semana, na quarta, ainda tem a definição da vaga contra o Goiás, pela Sul-americana, em que o Galo vai de novo com quase todo o time reserva. Acho bom nem ver o jogo, embora o Goiás ande caindo pelas tabelas.

Cruzeiro e Inter
Só para lembrar a ironia de que quando o outro time de Minas vence e bem ajuda ao Galo, que ficou mais próximo dos líderes. De resto foi um ótimo jogo, em que o Inter sentiu muito a ausência de seus zagueiros titulares. O que volta a trazer a desconfiança de que o melhor elenco, que tem tudo para ganhar o brasileirão, está com uma vontade danada de jogar o título no lixo.

domingo, setembro 13, 2009

Três pontos, o que basta

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Eu já deixei - há tempos - de ter a esperança de ver esse time do Santos encantando no Brasileirão. E acredito que a maior parte da massa peixeira me acompanha nessa constatação. Então, nada mais a dizer sobre o jogo de hoje senão o seguinte: valeu pelos três pontos.

Santos e Santo André fizeram um jogo chato de se assistir, essa é a verdade. O Ramalhão mostrou o porquê da aparentemente irreversível decadência que vive no Campeonato. E o Santos foi aquilo que já sabemos.



Foi o primeiro de seis (no mínimo) jogos que o Santos fez sem a presença de Paulo Henrique Ganso, que jogará o Mundial Sub-20. Em seu lugar, Luxemburgo escalou Neymar. O que não foi o suficiente para abrir o time - o técnico optou pelo esquema com três volantes (Rodrigo Souto, Émerson e Germano) e contava apenas com Madson para fazer a ligação entre o meio-campo e o ataque.

Acontece que o nanico estava em uma jornada para lá de infeliz (o que tem virado rotina, infelizmente. Alguém tem algum palpite para a explicação da má fase de Madson?). Com isso, a ligação acabou por ficar a cargo dos volantes. Émerson fez uma boa partida, e os outros dois, Souto e Germano, foram respectivamente o pior e o melhor em campo. Curioso.

Não apenas pelo gol, mas Germano realmente mereceu aplausos pela sua atuação na peleja. Combateu, deu passes rápidos, arriscou a gol e foi premiado com o único tento da partida.

Já Neymar... fiquei com uma sensação durante o jogo que, acredito, será acompanhada por muitos santistas. Neymar hoje lembrou bastante Robinho no começo de carreira. Alternou momentos de ótimo futebol com outros de firula plena. Em mais de uma oportunidade, poderia ter criado chances concretas de gol se não tivesse optado por uma gracinha absolutamente desnecessária. Foi nítida a irritação de Kléber Pereira, seu companheiro de ataque, em diversos momentos na partida. O Santos ganhou e esses gols acabaram por não fazer falta - mas espero que a orelha do menino seja devidamente puxada pelo professor Luxemburgo.

Palmeiras briga mas perde. Inter também

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

No Barradão o Palmeiras perdeu para o Vitória por 3 a 2. O alviverde só manteve a liderança porque o Inter de Porto Alegre foi derrotado pleno Cruzeiro em pleno Beira-Rio, pelo mesmo placar.

O resumo da rodada é que o São Paulo tem o mesmo número de pontos que o Colorado, 43, um a menos do que o líder Palmeiras. Como a próxima rodada tem o confronto dos Palestras, em Minas Gerais, precisará errar menos do que neste domingo para seguir na ponta. No confronto dos atléticos, deu o mineiro, que é quarto.

Em Salvador, o Vitória saiu na frente com Uellinton, aos 19. Seis minutos depois, Obina sairia contundido para entrada de Robert, autor do gol de empate aos 40 do primeiro tempo. Era o pior momento do jogo para os visitantes, mas o gol saiu. Na segunda etapa, Neto Berola, aos 26, e Derlei, aos 39, ampliaram. O mesmo Robert diminuiu aos 43.

Ortigoza poderia ter empatado nos acréscimos, mas desperdiçou.

A apresentação mostrou limitações de elenco, já que sem Diego Souza, o time perde a principal arma quando atua fora de casa. Cleiton Xavier sozinho não faz milagre (não todo jogo). Pierre não atua mais na temporada, o que também vai sempre significar menos desarmes – não necessariamente menos gente na marcação, afinal o time foi cheio de volantes.

Não é todo jogo que a eficiência é grande. Pelo volume de jogo que se apresentou, a derrota foi merecida. Mas se mostrar erros na zaga como os de Marcos e do restante da defesa nos lances de gol, poderia até ter dominado as ações que sairia com o resultado ruim. Que só não foi pior pela "ajuda" do Inter.

Tem time bobeando no topo da tabela.