Destaques

terça-feira, outubro 06, 2009

Quem aposta em Mário Sérgio?

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O Internacional fechou a contratação de Mário Sérgio Pontes de Paiva para substituir o cada vez mais apagado Tite, que fez um trabalho pra lá de decepcionante no clube. O campeão do primeiro turno faz a segunda pior campanha no returno, só perdendo para o imbatível Fluminense no quesito. O Colorado tentou tirar Vanderlei Luxemburgo do Santos (o que não aconteceu, para tristeza deste que escreve), o que demonstra uma certa desorientação da diretoria, já que ele e o xerife têm características bastante distintas.

O primeiro desafio do treinador é resolver problemas de relacionamento, como destacou Gerson Sicca. Em entrevista, Mário Sérgio disse: “Eu não estou preocupado com a parte tática. Já vi muitas coisas dentro do futebol e o que eu acho é simples: no futebol tem que se resolver problemas de relacionamento, deixando o grupo sem nenhuma peça negativa, já está se dando um salto muito grande. A parte tática é apenas uma definição de padrão dependendo das características dos jogadores. Tem que haver uma mobilização entre os jogadores de dar o máximo”. Ou seja, mesmo tendo um elenco invejável, o ex-treinador se perdeu na relação com o grupo em algum momento. A pergunta é: Mário Sérgio é o cara que vai consegui recuperar o tal elã?

Sua primeira como experiência como treinador foi no Vitória, em 1988. foram 5 amistosos e 26 jogos oficiais pelo campeonato baiano, com 13 vitórias, 8 empates e 5 derrotas Tornou-se comentarista de televisão onde mostrou extremo conhecimento sobre futebol (quem não lembra de suas observações precedidas por Sílvio Luiz com seu bordão “conhece, porque já esteve lá”?). Seu sucesso na Band fez o Corinthians apostar no xerife como treinador em 1993. Fez a melhor campanha da primeira fase do Brasileirão daquele ano mas o Timão precisaria vencer um grupo de quatro equipes nas semifinais, com Vitória, Flamengo e Santos. Com uma única derrota para o clube baiano de Dida, Roberto Cavalo, Vampeta e Alex Alves; o Alvinegro ficou de fora da final vencida pelo Palmeiras. Mário Sérgio já tinha impressa a marca de retranqueiro.

De lá pra cá, foi comentarista de novo, teve passagens São Paulo, Atlético-MG, Atlético-PR, Vitória, São Caetano (não necessariamente nessa ordem), foi diretor de futebol do Grêmio e ressurgiu na vitrine do futebol com a campanha do Figueirense vice-campeão da Copa do Brasil em 2007. Porém, no Brasileiro e com o mesmo Figueirense, iniciou uma verdadeira via crucis com uma sucessão espetacular de insucessos.

Foi demitido do Figueira depois de um período em que obteve uma vitória, cinco empates e quatro derrotas. Assumiu o Botafogo depois da eliminação da equipe da Sul-americana contra o River, perdeu três jogos e viu Cuca voltar ao comando alvinegro. Foi para o Atlético-PR em 2008, onde estreou com goleada sobre o Ipatinga mas amargou quatro revezes seguidos não resistiu. Fecharia o ano como treinador do Figueirense, com uma campanha de cinco derrotas, quatro empates e uma vitória somente, sendo demitido a três rodadas do fim do campeonato contribuindo de forma decisiva para o rebaixamento do time catarinense. Faça as contas. Nesse período, em quatro trabalhos diferentes, três vitórias, nove empates e incríveis 16 derrotas.

O alento (ou não) para a torcida colorada é sua mais recente passagem, na Lusa. Entrou no lugar de Estevam Soares e obteve cinco vitórias, três empates e duas derrotas no Paulistão. Mas foi eliminado da Copa do Brasil pelo Icasa e desentendimentos com o meia Felype Gabriel com a diretoria selaram sua demissão. Mas deixou a Lusa em sexto lugar, em condições de disputar a classificação para a fase final do campeonato. Se melhorar um pouco o aproveitamento de 60% que Mario Sérgio teve na Portuguesa durante o Paulista, o Inter obteria a vaga da Libertadores, já que o time tem hoje 54% e o Goiás, quarto colocado, tem 56%. E, a bem da verdade, o Inter tem muito mais time do que os que o xerife teve em mãos nos últimos anos e essa é sua grande chance de voltar ao primeiro escalão dos técnicos brasileiros.

E aí, alguem aposta nele?

segunda-feira, outubro 05, 2009

Brasileiro econômico

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Estudo recente conduzido pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) mostrou que cada brasileiro caminha, em média, 1.440 km ao ano - incluindo aí as atividades normais, as caminhadas e corridas a título de exercício e, principalmente, as saídas para o bar ou para buscar cerveja no supermercado e, depois, as seguidas visitas ao mictório. Pois então: paralelamente, outro estudo, feito pela Associação Médica Brasileira (AMB), apontou que o brasileiro consome, em média, 86 litros de cerveja por ano.

Ou seja, o brasileiro faz 16,7 km por litro.

(Fonte: Fundação Luciano Tasso/ FLT)

domingo, outubro 04, 2009

De virada, Palmeiras vence o time de Luxemburgo

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Em uma partida com lampejos de grande jogo e muito tempo de pelada de segunda categoria, o Palmeiras venceu o Santos na Vila Belmiro. Ou melhor, venceu o time de Vanderlei Luxemburgo por 3 a 1.

Quando o primeiro tempo terminou sem gols, não estava bom, mas nem tão ruim comparado ao que se vislumbrava quando o time da casa abriu o placar. O gol santista amadureceu com jogadas construídas por Madson, até que Luizinho marcou da entrada da área, aos 9. Depois, Kléber Pereira não alcançou uma bola por pouco. Mas, do meu ponto de vista, tudo melhorou. E muito.

O empate veio com Diego Souza, aos 18. A virada, aos 27 com Robert, que entrou na vaga de Obina. Depois, aos 31, Vagner Love aproveitou a sobra de um belo contra-ataque puxado por Cleiton Xavier que enfiou para Robert, com direito a grande bobeada da defesa.

No final da partida, o árbitro ainda foi protagonista de uma lambança. Neymar foi derrubado a um palmo da área. Primeiro, deu pênalti. Diante da reclamação dos jogadores palmeirenses, consultou o bandeira para marcar falta fora da área.

Os jogadores de frente do Palmeiras foram bem, mas apenas em alguns momentos. Bastou. Diego e Vagner Love foram decisivos. Figueroa cruzou para o gol de empate e mandou avisar que Wendel não volta, porque ele é o lateral capaz de fazer os chuveirinnhos que Muricy Ramalho tanto preza.

Com o futebol que apresentou até tomar o gol, o time fica longe de ter pinta de campeão. Depois de ficar atrás no marcador, acordou e foi objetivo ao extremo. Reação de gente grande. Mas também são coisas de clássico.

O mais curioso é ter a sensação de que, tão importante quanto manter os cinco pontos de vantagem na liderança do campeonato, é muito bom ter vencido Luxemburgo.

P.S.: O que aconteceu com o Goiás que tomou de 3 do Botafogo? E com o Grêmio, que empatou em 3 a 3 com o Sport no Olímpico?

As piores capas de disco - seleção internacional

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Depois das capas inacreditáveis de duplas sertanejas, mostramos abaixo três exemplos do nível que o mau gosto e a bizarrice podem atingir quando algum manguaça criativo decide ter uma ideia genial. Escolham a pior:

Alternativa A


Alternativa B


Alternativa C

sábado, outubro 03, 2009

Um senso de humor 'especial'

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Pra quem se assustou com o Serra Belzebu, um trecho macabro do perfil que a revista Piauí traçou sobre o tucano:

"Para Regina Faria, viúva do ex-assessor da presidência Vilmar Faria, Serra tem um senso de humor especial. Quando ela e o marido dividiram com ele um apartamento no Chile, Serra gostava, por exemplo, de dar sustos. Tanto que, quando ela estava grávida de sete meses, ele colocou uma cobra de papel na porta do banheiro. 'Quando entrei, a cobra caiu em cima de mim e eu tomei um tombo', contou."

Em sua defesa, Serra disse que não se lembrava que Regina estivesse grávida na ocasião. Cruz credo, pé de pato, mangalô três vezes!!!

Alvoreceu ou anoiteceu? Tanto faz

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Paulo Donizetti

Aposto uma Germana que em seu maxixe "Memórias conjugais" Paulinho da Viola refere-se ao "casal" João Bosco e Aldir Blanc. Depois de formar uma das duplas mais eternas da MPB, passaram quase duas décadas rompidos. Uma frase "lapidar" da música explica o que teria feito o rubro-negro João largar do vascaíno Aldir:
"Tenho asas, meu amor, preciso abri-las
Ao seu lado não sou muito criativa..."
Pois vale a pena (re)ver o reencontro dos dois no CD "Vida Noturna" (2005), no qual Aldir resolveu ele mesmo gravar suas poesias acompanhado de vários convidados. O velho chapa João Bosco está na boêmia "Me dá a penúltima".

O samba é bem batucado na gravação original de 1975 (do LP "Tiro de Misericórdia"). Aqui, ganhou uma levada mais leve, conduzido pela voz mais serena do Aldir. Vale gastar os três minutos.



Me dá a penúltima

João Bosco a Aldir Blanc
Eu gosto quando alvorece
porque parece que está anoitecendo
e gosto quando anoitece, que só vendo
porque penso que alvorece
e então parece que eu pude
mais uma vez, outra noite,
reviver a juventude.
Todo boêmio é feliz
porque quanto mais triste
mais se ilude.
Esse é o segredo de quem, como eu, vive na boêmia:
colocar no mesmo barco realidade e poesia.
Rindo da própria agonia, vivendo em paz ou sem paz,
pra mim tanto faz
se é noite ou se é dia.

Paulo Donizetti de Souza é parmerista por influência da nonna, dona Marcelina (1918-2007), uma sábia. Jornalista, apreciador da plataforma temática do site, não é candidato a nada, seu negócio é madrugada e seu peito é do contra.

sexta-feira, outubro 02, 2009

E o Rio vai ser sede olímpica em 2016

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O Rio de Janeiro será sede dos Jogos Olímpicos de 2016. Chicago, considerada a principal adversária do Rio, saiu na primeira votação, sendo a menos votada. Tóquio foi eliminada na votação seguinte e o Rio de Janeiro superou Madri na grande final. Uma lavada: 66 a 32.

E aí, isso é bom ou ruim para nós?


Pude participar junto com o companheiro Maurício da elaboração do dossiê da pré-candidatura de São Paulo às Olimpíadas de 2012, que acabou derrotado pelo Rio (só uma candidatura oficial por país é permitida). Menos que a competição em si, a parte mais fascinante do projeto paulista – paulista mesmo, não paulistana, já que, como a postulação carioca, envolvia outros municípios da Grande São Paulo, além de Santos e São Sebastião - era a possibilidade de ver a cidade totalmente reformulada. Ali, se podia vislumbrar um Tietê navegável, o trem expresso do aeroporto de Guarulhos, um sistema de transportes remodelado e integrado com uma ampliação brutal do atendimento do transporte coletivo, em especial o metrô, e muitas outras mudanças positivas.

Isso tudo, além das instalações esportivas, fazia parte do chamado legado olímpico, aquilo que permanece depois que o evento acaba e se torna benefício permanente para a população local. E esse ganho para a cidade e para o país é determinante para a escolha do Comitê Olímpico Internacional: vale mais escolher um lugar em que seja possível realizar avanços em função dos Jogos, analisando-se a viabilidade dessas melhorias acontecerem de fato, do que optar por um local pronto e acabado. É bom para o marketing do Comitê e preserva a imagem do dito “espírito olímpico”.

Isto posto, vem duas questões interligadas que fundamentam boa parte das críticas aos Jogos no Rio. Primeiro, porque não se investem esses recursos para transformar as cidades mesmo sem os Jogos? Segundo, o país tem outras prioridades e deveria investir recursos em áreas como Educação, Saúde, programas sociais etc. e não aplicar recursos nas Olimpíadas.

É necessário considerar que os Jogos Olímpicos servem como um grande catalizador de investimentos. A realização de um evento com divulgação planetária facilita bastante a atração de parceiros para execução de projetos, além de ser mais fácil a obtenção de recursos de instituições e bancos nacionais e internacionais. Afinal, todo mundo tem interesse em ter seu nome associado às Olimpíadas.

E não são investimentos sem retorno. Segundo estudo da Fundação Instituto de Administração (FIA), a escolha do Rio como cidade-sede da Olimpíada de 2016 deve gerar mais de 2 milhões de empregos no Brasil até 2027. Os quase R$ 30 bilhões de recursos aplicados assegurariam 120 mil empregos por ano até a realização dos Jogos e mais 130 mil empregos anuais até 2027. Há também outros ganhos econômicos como no valor médio da massa salarial, aproximadamente 8% acima em relação ao que era antes dos Jogos em função da qualificação da mão-de-obra necessária. No total, cada US$ 1 investido, outros US$ 3,26 adicionais devem ser gerados até 2027.

Possibilidade de transformação

Ainda assim, os críticos podem perguntar: de que legado se fala se depois do Pan tudo ficou a mesma coisa no Rio? Primeiro, a comparação de um evento com o outro é absolutamente descabida. Apesar de ter sido legal ver os Jogos Pan-americanos no Brasil, é inegável seu caráter de competição esportiva de segunda categoria, já que na maioria das modalidades os países sequer enviam seus principais atletas. Já os Jogos Olímpicos são a principal disputa para quase todos os atletas, exceção feita ao futebol masculino, com uma capacidade de atrair atenção e investimentos, e necessidade de infraestrutura infinitamente maior, por isso os legados são incomparáveis.

Barcelona é o exemplo mais completo de uma cidade – e um país – que conseguiu usufruir de todas as vantagens de sediar uma Olimpíada. A transformação foi total, não somente em termos de modelo urbano como também foi decisiva para que hoje seja um dos destinos turísticos mais importantes do mundo. Região estagnada nos anos 80, é consenso de que não seria a mesma sem o evento de 1992. Seul também pode ter avanços como a despoluição do rio que corta a capital sul-coreana, e mesmo Atenas, que teve prejuízos com os Jogos principalmente em função das ameaças de terrorismo, apresenta atualmente uma infraestrutura de transporte totalmente nova e muito maior do que a que havia antes.

As condições estão dadas e as possibilidades de se obterem avanços permanentes em função do evento é enorme e impossível de ser desprezada. Inclusive os chamados ganhos intangíveis, que dizem respeito à autoestima da população (o afastamento definitivo do “complexo de vira-latas”) e o esporte ainda mais incorporado ao cotidiano dos brasileiros.

Mas, acima de tudo, é preciso garantir o controle social da organização dos Jogos, para evitar os inúmero problemas que envolvem esse tipo de evento, desde desvio de dinheiro (como em qualquer outro grande negócio em qualquer parte do planeta) e de finalidade assim como a exclusão e expulsão de pobres de áreas urbanas.

Está na hora da sociedade brasileira mostrar que é madura para fiscalizar a ação de políticos e dirigentes esportivos, exigindo a contrapartida já que um montante considerável de recursos públicos estará em jogo.

Mas agora, na minha opinião, é hora de comemorar o reconhecimento do Brasil frente ao mundo. Sim, podemos. Porque crescemos.

*****

Inegável que o projeto é bem acabado, o Rio e a mais bela das candidatas etc. Mas a força política do país, visto hoje de uma forma bem distinta do que há alguns anos foi decisiva, já que é preciso passar segurança jurídica e econômica para se constituir em sede olímpica. E nisso, o governo e a figura de Lula foram fundamentais. Nem Obama segurou "o cara".

São Paulo x Náutico: diversão e expulsões

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Por Moriti Neto

Não que Náutico e São Paulo tenham feito uma partida de gala, na noite da última quarta-feira, no estádio dos Aflitos, em Recife. Mas que que foi um jogo agitado, isso foi. Há um bom tempo não me divertia tanto com o futebol. E foram vários os motivos, além do óbvio, que foi a vitória do Tricolor.

Bem, um pênalti defendido por Bosco no início, um gol do adversário abrindo o placar, cinco expulsões, contando com o técnico Geninho, do Timbu, boa parte da contenda com dois atletas a menos e uma virada improvável fora de casa já seriam motivos suficientes para bom entretenimento. No entanto o que realmente pautou a diversão foi o fato de as equipes atuarem com homens a menos, deixando o campo “maior”. Num campeonato em que a marcação e as bolas paradas têm sido dominantes é interessante ver confrontos abertos, ainda que sejam causados por expulsões.

O jogo
Beirando a zona do rebaixamento, o horrendo time do Náutico sufocou o São Paulo no primeiro tempo inteiro. Aos seis minutos, Júnior Cesar fez pênalti em Patrick, mas na cobrança Bosco pulou no canto certo e defendeu o chute de Bruno Mineiro, que aos 13 não desperdiçou a nova chance que teve e abriu o placar.

Pouco tempo depois o São Paulo teve Junior Cesar, que levou cartão amarelo no lance do pênalti, expulso por reclamação. Com um a mais, os donos da casa dominaram as ações, arriscando em chutes de longe, mas sem direção.

Na segunda etapa, veio o empate são-paulino: Hernanes, em cobrança de falta que desviou na zaga adversária, aos 14. E Ricardo Gomes resolveu arriscar. Tirou o zagueiro Renato Silva e colocou Hugo. Depois, substituiu Marlos pelo garoto Oscar. E as trocas surtiram efeito. Mesmo com dez em campo, o São Paulo era melhor. Só que Richarlysson foi expulso após fazer uma falta e receber o segundo amarelo (o primeiro ele tomou por reclamação). Rodrigo entrou no lugar de Borges para recompor o setor defensivo e parecia que o caldo iria entornar.

Só que o Náutico também teve sua cota de expulsões. O zagueiro Cláudio Luiz foi o primeiro a ir para o chuveiro mais cedo. E, aos 43, não viu Hugo, numa cacetada, marcar o gol da virada. E com passe de quem? Oscar. Ou seja, Ricardo Gomes, mais uma vez, deu sorte nas substituições (precisa mexer mais rápido no time nos clássicos, meu filho!). Os anfitriões ainda tiveram o meia Michel expulso e, aí, o time pernambucano, que parece louquinho para cair de divisão, não teve mais o que fazer.

Enfim, a vitória foi suada, com muita emoção e, curiosamente, o São Paulo passou a jogar melhor quando precisou de mais aplicação em campo por causa das expulsões.

Ah, não podia esquecer. Digna de nota, a atuação de Bosco, que após a polêmica no gol sofrido contra o Corinthians, fora a sempre pesada missão de substituir Rogério Ceni, defendeu demais e salvou o Tricolor Paulista. No final de semana, vale torcer pelo Santos.

Moriti Neto é o sampaulino postiço deste blogue, em substituição aos viajantes Thalita e Marcão

Mães de maio, Salve geral e os crimes

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Nesta sexta-feira, 2, a Associação de Amparo a Mães e Familiares Vítimas de Violência promete um protesto contra o filme Salva Geral, cuja estreia está marcada para o mesmo dia. Por tratar dos crimes de maio de 2006, o longa-metragem de Sérgio Rezende realizado pela Globo Filmes nasce polêmico e ambicionando o Oscar.

Reprodução do site


Como ainda não assisti, não sei se o filme exagera ou erra ou pisa na bola ao tentar narrar a história das "mulheres por trás" do mundo do crime. É claro que a polêmica e o protesto só fazem atrair mais atenção à produção, a exemplo do que Cidade de Deus – que também teve participação da Globo Filmes – provocou.

O primeiro dado é que o filme remete aos ataques do PCC. As ações da facção criminosa que se autointitula Primeiro Comando da Capital ou Partido do Crime realmente ocorreram em maio, mas foram sucedidas de cinco dias de execuções de moradores da periferia de São Paulo. A maior parte de jovens negros. Foram 493 mortes, muitas registradas como auto de resistência, prática usada com frequência, segundo organizações e pesquisadores de direitos humanos, para justificar execuções sumárias cometidas por policiais.

As mães de maio, que também é uma alusão às da Praça de Maio, garantem que não foram procuradas para contar suas histórias no longa lançado hoje. Muito diferente de um outro, um documentário, que pelo menos até pouco tempo, nem dinheiro para se finalizado tinha. Nem nome, nem data para estreiar. Dirigido pela jornalista Ali Rocha, foram colhidas entrevistas com mães de jovens assassinados para contarem o que aconteceu.

À época dos crimes de maio, Cláudio Lembo era governador, porque Geraldo Alckmin havia se afastado do cargo para disputar a Presidência da República (este link é obrigatório).

No manifesto que convoca a manifestação, elas lembram que dia 2 de outubro, há 17 anos, foi a data do massacre do Carandiru, quando 111 presos foram executados em operação policial. A Casa de Detenção passava por uma rebelião e, sob ordens do coronel Ubiratan Guimarães, a força policial entrou no Pavilhão 9. O caso também foi incluído em um filme (nem vou dizer a qual produtora estava vinculado).

Ao apontar ainda outros casos, o manifesto conclui pedindo o fim do "genocídio contra a classe pobre, a população indígena descendente e negra do Brasil".

Por outro lado, pode ser interessante o filme trazer o debate e refrescar a memória. Mas, mesmo sem assistir, é bem compreensível que pessoas que viveram o lado mais trágico de uma carnificina sintam-se mal ao saberem que outra história virou espetáculo e produto cultural – enquadrado na Lei Rouanet.


Mesmo assim, eu queria saber a opinião de quem já assistiu. E de quem não assistiu também.

quinta-feira, outubro 01, 2009

Cancelamento do Enem, êta história mal contada

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Foi cancelado hoje o exame do Enem por conta de um suposto vazamento que teria ocorrido. Alguém teria ligado para a redação de O Estado de S.Paulo e oferecido as duas versões da prova em troca do pagamento de R$ 500 mil.


Estranho, por que alguém que quer vazar uma coisa dessas ligaria para um jornal? Seria para que esperasse o resultado e depois divulgasse a fraude?

Se é assim, louve-se a postura do jornal, que avisou ao ministro da Educação antecipadamente para que pudesse cancelar o exame. Mas mais uma vez a pergunta, por que alguém que tem isso em mãos vai oferecer a um jornal? Não sabe que jornal não paga por matérias, ainda mais esses valores? Ou paga e eu estou sendo muito ingênuo.

Uma segunda questão, a gráfica que imprimiu, a Plural, pertence ao Grupo Folha. Não dá para ser leviano e acusar a ninguém sem provas de nada, mas que essa história está muito estranha está...

Não acredito numa conspiração do chamado PIG a esse ponto, mas repito a pergunta, será que estou sendo ingênuo demais????

Rio olímpico, será que consigo ser contra os do contra?

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Nesta sexta-feira, 2 de outubro, o Comitê Olímpico Internacional se reúne em Copenhagen para definir a sede dos jogos de 2016. Nas incursões anteriores, para o evento de 2004 e 2012, o Rio de Janeiro não havia chegado tão perto de ser escolhido como agora.

De um lado, tem a turma que promove a história. Além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu ministro dos Esportes, Orlando Silva, há o governador do Rio, Sérgio Cabral, e o prefeito carioca, Eduardo Paes. Tem também o humilde Pelé e seus tropeços, mais o carisma de Paulo Coelho junto às esposas dos integrantes do COI.

Tudo para contrapôr à presença de Barack e Michelle Obama, no corpo a corpo por Chicago. A opção de apostar no boca-de-urna vem da estratégia londrina que arrebatou a Olimpíada de 2012 com Tony Blair, então primeiro-ministro, como cabo eleitoral.

Estratégias à parte, a mídia esportiva cai em peso contra a empreitada (1, 2, 3, e só não amplio a lista por preguiça) assim como alguns ex-atletas também, como Magic Paula. ONGs de direitos humanos do Rio de Janeiro, escoladas com o "legado" do Pan-Americano no Complexo do Alemão, estão apreensivas. Outra crítica é que o Brasil teria outras prioridades e, se pode fazer investimento para melhorar as coisas, não precisa esperar os jogos olímpicos para isso.

Fiquei pensando em como ser contra os do contra, sem ser necessariamente a favor dos primeiros. Sediar os jogos por ufanismo, não comove. "Porque é legal", pode ser mais interessante, mas acho que se pode melhorar na argumentação. Pensar no turismo pode funcionar também, mas depende de ter investimento... Os investimentos em infraestrutura podem ser bons, mas sem controle e preocupação com os impactos sociais, rende um monte de problemas para além de acusações de desvio de verbas e desperdício de dinheiro público.

Considerar a possibilidade de recuperação de áreas degradadas no Rio pode ser interessante, em vista de turismo e do que isso representa para a atividade econômica de uma região. Mas "revitalização" costuma vir acompanhada de políticas de seleção de moradores, seja por vias diretas de repressão, seja por indiretas, de expulsão por valorização decorrente de especulação imobiliária.

Em resumo, não consegui achar a fórmula. Alguém tem uma pista?

terça-feira, setembro 29, 2009

Reinaldo Azevedo para chanceler de Honduras

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Desde a leitura de O Alienista, do Machado de Assis, tomo um cuidado danado antes de tachar qualquer um de louco. Quem leu a história sabe que Simão Bacamarte funda um hospício e começa a internar todos a quem considera loucos, praticamente toda a cidade. Ao final, acaba com um único paciente, ele mesmo.


Pois não é que contra a condenação do mundo inteiro, da Organização dos Estados Americanos, OEA, da ONU, da União Europeia, o tal do Reinaldo Azevedo decide provar por A + B que o golpista em Honduras é o presidente deposto, que o golpe foi constitucional etc. Tudo isso com base em seu "amplo" conhecimento da Constituição hondurenha.

Faltou dizer que Estado de sítio, fim das liberdades individuais, fechamento de rádios e TVs, exército na rua batendo na população são medidas para "preservar" a democracia.

Seus delírios e o séquito de seguidores que repete suas bobagens são conhecidos. Também a sua desonestidade intelectual e incapacidade de conviver com o contraditório, pois não aceita nenhum comentário contrário ao que escreve em seu blog.

Mas, hoje, estrapolou. O gênio fez um texto em que baseado nos seus conhecimentos da Convenção de Viena, da Constituição Brasileira, do raio que o parta, afirmou que nenhum jurista conseguirá provar que ele não tem razão ao pedir o impeachment do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e, por que não, do presidente Lula. Clique aqui se tiver estômago.

Fora a megalomania de achar que sabe tudo sobre tudo, desfiar preconceitos o tempo todo, nunca se ater à verdade factual, agora o sabichão da Veja diz que só ele conhece direito e Relações Internacionais, contra a opinião do mundo inteiro. Chega a pedir, inclusive, que a OAB encampe sua campanha, já que lá não tem ninguém que entenda de direito para ter uma ideia tão genial.

Simão Bacamarte era honesto, internou-se e morreu em seu hospício. De Reinaldo não dá para esperar nenhum ato de honestidade, nem intelectual. Então, camaradas, o que acham de o presentear com o cargo de chanceler do governo de Micheletti. Aquele que vai provar para o mundo que o golpe não é um golpe. Será que o "governo de facto" aceita?

Motivo para beber não faltou...

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Que o Milton Nascimento gostava de uma birita desde os primeiros tempos como músico, todo mundo sabe. Mas, no início dos anos 1970, o saudável hábito de molhar a palavra evoluiu para um quadro perigoso de alcoolismo, que quase comprometeu sua carreira profissional. O livro "Os sonhos não envelhecem: Histórias do Clube da Esquina", escrito pelo compositor Márcio Borges (Geração Editorial, 2002), narra um triste episódio em que Milton desabou de costas no palco, destruindo a bateria da banda, antes mesmo de terminar a primeira música. O show, no Rio de Janeiro, teve que ser cancelado. Na época, Milton costumava se isolar em Vitória, no Espírito Santo, para pegar uma praia e encharcar todas. Mas, pelo o que parece, conseguiu (felizmente) vencer o alcoolismo doentio e destrutivo.

Pois hoje, assistindo o documentário "Brasil, Brasil - Tropicalia Revolution", da BBC de Londres, no Youtube, vi um interessante depoimento do genial músico, cantor e compositor mineiro. Ele relembra sua participação na famosa Passeata dos 100 mil, o maior protesto popular contra a ditadura, quando foi fotografado pelos repressores na linha de frente (na foto acima, aparece à direita, de braços cruzados), e passou a sofrer ameaças. "O telefone tocou e era uma pessoa da ditadura dizendo que eu estava proibido de ir a São Paulo, principalmente na rua tal, que era onde morava minha esposa, na época, e meu filho. Porque, se eu fosse, eles iam raptar meu filho. Sem volta. Eles iam matar meu filho", revelou Milton.

Naquele tempo, ele era casado com a paulistana Káritas, com quem teve o filho Pablo. "Mas eu não liguei praquilo, fui (a São Paulo) mais umas três vezes. Então, quando eu cheguei em casa no Rio, outra vez, o cara (telefonou de novo e) falou assim, 'olha, essa foi a última vez, é o último aviso - se a gente te ver de novo aqui, ele vai sumir pra nunca mais'. Aí foi o mais horrível que aconteceu na minha vida, as pessoas não entendiam por que que eu bebia tanto, por que que eu não ia a São Paulo, e eu não podia falar nada. Nem pra minha mãe, eu não podia falar nada", desabafou Milton, no documentário da BBC. O artista, lógico, não quis pagar pra ver e passou muito tempo sem ver o próprio filho. Alguém imagina uma situação dessas? Pois é, tempos brabos. E tem gente que tem a cara de pau de tratar o período de "ditabranda"...

Serra, tire o cercadinho da Sé e mande o povo pro bar!

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O governo do José Serra trouxe mais uma inovação para melhorar o transporte público e a qualidade de vida em São Paulo. A medida restringe a entrada de passageiros para o embarque na estação Sé no horário de pico. A medida foi chamada de “cercadinho para pobres” por Paulo Henrique Amorim, já que muda o local de espera da plataforma para uma área mais distante.

Ainda assim, para o jornal Folha de S.Paulo, trata-se de uma tentativa de "melhorar embarque do metrô". Na linha-fina, antes de qualquer ressalva, vem: "Passageiros dizem que embarque foi mais tranquilo". Imagino que a assessoria de imprensa do governo mudaria pouca coisa na matéria.

A própria Folha explica melhor a ação no segundo parágrafo da matéria. Trata-se de uma restrição de uma hora e meia ao acesso da população aos trens, com intenção e organizar o embarque e evitar o empurra-empurra (opa!).

No primeiro dia, a genial ação, prevista para durar das 17h30 às 19h, teve de ser interrompida às 18h15, segundo o jornal dos Frias “porque uma multidão já se aglomerava perante a barreira montada no acesso à plataforma sem conseguir embarcar”. O secretário de Transportes Metropolitanos José Luiz Portella culpou a chuva pela interrupção prematura. (Veja imagens da estaçaõ Sé ontem aqui e aqui, não reproduzidas para não violar leis de copyright).

Mais não falo sobre a medida serrista, pois não faria melhor do que fez o PHA no post (aqui). Mas ouso, humildemente contribuir para o debate. Se a idéia para melhorar o conforto dos passageiros não é botar mais trens na linha, diminuir os intervalos entre eles ou construir mais estações, se a idéia é fazer o povo esperar mais um pouco, a solução já foi dada neste blog desde priscas eras: Manguaça Cidadão!

O governo deveria firmar convênios com os bares dos arredores das estações de metro mais movimentadas, permitindo aos trabalhadores passar o período de espera não no tal cercadinho, mas confortavelmente desfrutando de uma boa breja, subsidiada pelo Estado, dentro do programa Boteco Popular. Se não é pra resolver, pelo menos paga uma cerveja, pô!

Astronautas levam fermento para fazer cerveja no espaço

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Do espaço vem mais uma manifestação de apoio e sustentação ao Manguaça Cidadão. A Agência Espacial Europeia (ESA, de European Space Agency) manda fermento de pão e de cerveja para a Estação Espacial Internacional (ISS).

O objetivo é saber se é possível a fermentação produzir proteína em ambientes de gravidade zero. O material será encaminhado pelo foguete russo Soyuz TMA-16. Antes que alguém queira atribuir a primazia dos conterrâneos de Boris Yeltsin à decisão, registre-se que a nave vai com um astronauta estadunidense e o canadense fundador do Cirque du Soleil Guy Laliberté.

Montagem: Futepoca

É só uma experiência, então, ainda não é isso. Mas chegam lá

Segundo consta, se tudo correr bem, os astronautas vão poder cozinhar e produzir sua própria cerveja em missões espaciais. Não há informações a respeito da possibilidade de assar o pão em forno a lenha nem se os copos usados para degustar a cerveja serão adequados.

A ESA garante que o álcool não seria danoso para os astronautas, mas ajudaria em sua saúde. Tomara que nenhuma blitz de polícia intergalática pare o pessoal da Soyuz para checar documentos. Ou, se parar, que não carreguem consigo bafômetros.

De alguma forma que é difícil de imaginar, os resultados podem ajudar a pensar novas formas de se produzir cerveja e pão para conservação mais longa.

segunda-feira, setembro 28, 2009

Os Santos ajudaram

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Tardelli e Fabão, dois personagens determinantes do jogo. Um pelos dois gols. Outro pela má atuação e o pênalti cometido

Foto: Estado de Minas\Uai



Chegar às últimas doze rodadas do Brasileirão com chances de lutar pelo campeonato ou por uma vaga na Libertadores é algo que nem os atleticanos acreditavam no começo do campeonato. Mas o jogo de ontem contra o Santos mostrou que o time voltou a uma boa fase e que está bem arrumado. Foi a melhor partida desde a vitória por 2 a 0 contra o São Paulo no Mineirão, ainda no primeiro turno.

Mais que o resultado, o importante foi o domínio quase o tempo todo, com poucas chances para o time da Baixada. A rigor, o Santos jogou bem os últimos 10 minutos do primeiro tempo e o começo do segundo. Passou por 10 minutos de pânico no início da partida e voltou a cair de rendimento depois do pênalti do Fabão e o gol de Tardelli.

Mas a destacar a falta de opções de Luxemburgo. Ele entrou com três volantes-volantes, até por falta de meias de ligação. No meio do jogo, trocou Emérson e Rodrigo Mancha por Pará e Germano, mas a história da partida não mudou. Depois do terceiro gol colocou o menino Neymar, mas o jogo já estava decidido. Com esse time e essas opções, em que se destaca o fraco sistema defensivo, será difícil o Peixe almejar algo mais neste campeonato.

No lado do Galo a confirmação do certo das contratações do goleiro Carini e do volante Corrêa. Um deu traquilidade à defesa. Outro a cada jogo melhora, com marcação e assistências. Junto com o retorno de Márcio Araújo e Éder Luís, o time adquiriu uma cara muito boa. Pode não ganhar nada, mas é o melhor time dos últimos anos do Galo. Até porque na reserva tinha Coelho, Ricardinho e Rentería, por exemplo. Falta ainda a volta do volante Serginho, a estreia do zagueiro paraguaio Benitez e a escalação de Ricardinho em toda uma partida quando entrar em forma.

Para meu modesto objetivo desde o começo do campeonato, fugir do rebaixamento, só falta um ponto. Depois dá para sonhar um pouquinho mais...

Som na caixa, manguaça - Volume 44

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O PATRÃO MANDOU
(Composição: Paulinho Soares)

Paulinho Soares

O patrão mandou cantar com a língua enrolada
Everybody, macacada! Everybody, macacada!
E também mandou servir uísque na feijoada
Do you like this, macacada? Do you like this, macacada?
E ainda mandou tirar nosso samba da parada
Very good, macacada! Very good, macacada!

Não sei o que é que o patrão tem debaixo da cartola
Que a gente não se solta, ta grudado feito cola
No fim das contas, o patrão manda e desmanda
E ainda faz do Rei Pelé mais um garoto-propaganda

O patrão mandou cantar com a língua enrolada
Everybody, macacada! Everybody, macacada!
E também mandou servir uísque na feijoada
Do you like this, macacada? Do you like this, macacada?
E ainda mandou tirar nosso samba da parada
Very good, macacada! Very good, macacada!

O patrão é fogo! Ele é quem dá as cartas, banca o jogo
Tá metendo sempre o bico no fubá, qual tico-tico
No troca-troca, o patrão que é mais rico
Já levou o Rivellino e vem depois buscar o Zico

O patrão mandou cantar com a língua enrolada
Everybody, macacada! Everybody, macacada!
E também mandou servir uísque na feijoada
Do you like this, macacada? Do you like this, macacada?
E ainda mandou tirar nosso samba da parada
Very good, macacada! Very good, macacada!

(Do LP "Paulinho Soares", Continental, 1978)

Ps.: Vejam o artista - que faleceu em 2004, aos 60 anos - e os anárquicos Trapalhões zombando da nossa macaquice estadunidense:

domingo, setembro 27, 2009

Beneficiado, São Paulo cava um pontinho

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O Corinthians se armou para jogar na sobra e aproveitar os erros do São Paulo: três zagueiros, três volantes, um meia e três atacantes, mas com Dentinho e Jorge Henrique voltando bastante para compor a marcação. De fato, aproveitou esses erros. Já o São Paulo se postou para jogar com certa ofensividade (embora bastante comedida): três zagueiros, quatro volantes, um meia (estou considerando Hernanes meia), um ala e dois atacantes. E se salvou nos erros da arbitragem.

É curioso agora ver são-paulinos reclamando que no gol do Timão o árbitro Ricardo Marques Ribeiro autorizou a entrada do Dentinho (que estava fora) em posição vantajosa. O Dentinho entrou lá do lado esquerdo do ataque quando a bola estava com Richarlysson do lado oposto. Aconteceu que o volante tricolor resolveu inverter pro Jean justamente neste momento. Aí foi de fato surpreendido pelo Dentinho. Se não houve erro de critério ou de "bom senso" – por assim dizer – do árbitro, ao contrário, ele tomou até o cuidado de seguir a prática usual de que o jogador entra quando a bola está no lado oposto do campo, mesmo se tivesse feito o contrário não teria havido nada de ilegal. Nada na regra diz que o jogador tem que entrar quando a bola estiver nesta ou noutra parte do campo. Mas não foi isso que determinou o gol.

Realmente não deve ser fácil para o zagueiro André Dias jogar sentindo nas costas a ampla sombra de Ronaldo. Com o Fênomeno no cangote, ele deve ter sentido um arrepio, se desestabilizou, perdeu o rumo e pôs frouxamente o pé na bola, apenas o suficiente para tirá-la do goleiro, deixando todo o espaço aberto para a penetração do admirado adversário, que se adiantou e, sem perdão, pôs pra dentro. Um gol de presente, que foi aceito e convertido.

O primeiro tempo foi marcado pelo domínio de bola do São Paulo. Hernanes jogou um bolão em toda a primeira parte do jogo, meteu bolas, driblou e num lance de agilidade e entrosamento – um drible em Jucilei seguido de boa troca de passes –, chutou de fora da área uma bola na trave. Logo depois desse lance, dois impedimentos equivocados: o primeiro de Dagoberto, pouco depois um de Dentinho, em boa jogada de Defederico. O primeiro tempo termina com pressão corintiana.

O segundo tempo foi palco dos maiores descalabros, que poderiam efetivamente ter determinado o jogo em favor do Corinthians. Dois lances foram determinantes.

Primeiro, um pênalti não marcado em Defederico. Numa bela jogada do Ronaldo, fazendo as vezes de armador, colocou Defederico dentro da grande área, ele driblou um zagueiro e ao chutar tomou uma solada do zagueiro são-paulino que doeu até o meu tornozelo. Para o Arnaldo César Coelho, isso é lance normal de jogo, não houve nada, argentino deve ser mesmo fresco, ou qualquer outra coisa que justifique ele ter passado uns 5 minutos se revirando no canto do campo. Quando eu jogava no antigo Clube do Mé, ali na bola da ponte Cidade Jardim (hoje Clube do Povo, que é o clube do povo do Itaim Bibi, se me perdoam a digressão), solada era considerada não só falta como jogada desleal, com direito a fechar o tempo e nego ameaçar entrar na porrada. Perdoava-se um cara muito grosso dar uma solada, não sem as devidas "advertências verbais", mas alguém com uma mínima noção jamais daria uma solada sem intenção de causar dano ao seu adversário. Mas para o Arnaldo não foi nada. Admito até que o juiz não tenha visto, mas ver da TV, com replays e tudo e achar que não foi nada pra mim já é demais.

O segundo lance foi a marcação da falta do Ronaldo em lance que o Dentinho acabou concluindo em gol. O Gordo recebe a bola, o zagueiro chega junto e ambos vão disputando terreno no braço, os dois vão se empurrando, procurando impedir o avanço do outro com o braço estendido no peito do adversário. Mas segurar o Gordo não é fácil, sempre foi difícil derrubá-lo, e o zagueiro acabou caindo, a bola sobrou pro Dentinho na cara do gol e ele concluiu. O juiz marcou falta de Ronaldo e o gol não valeu. Este sim um erro decisivo e difícil de aceitar como erro.

Pra completar, o gol de empate do Washington foi impedido, num lance que eu mesmo não tive tanta certeza assim. Um erro compreensível (o Arnaldo César Coelho tinha muita certeza), mas que não deixa de ser um erro. Aí tirou a camisa, tomou amarelo. No finalzinho do jogo, por reclamação, foi expulso, num exagero do juiz (a não ser que ele tenha dito alguma coisa braba que nós não sabemos aqui). Mas isso não definiu nada.



O começo do fim da turbulência


O Corinthians esteve melhor na segunda etapa. Criou chances, sobretudo pela boa atuação de Ronaldo e Dentinho. O retorno de William também tem um peso. Ele volta a criar uma referência de segurança na zaga, a linha de impedimento volta a funcionar (só do Borges foram pelo menos três), de novo sente-se que é difícil fazer gol no Corinthians. No gol de Washington, se o atacante estava pouco impedido, havia outros dois são-paulinos completamente debaixo da saia.

Defederico fez uma boa estreia, sem muito brilho, mas mostrando que sabe driblar e criar jogadas; criou pelo menos uma boa (o impedimento equivocado de Dentinho) e acertou os passes. Apesar de isso provavelmente exigir a saída do qualificado Jucilei, o jovem craque do elenco segundo eu mesmo, quero ver como é que vai ser a interação de Defederico e Elias.

O time começa a montar elenco. A situação não é de forma alguma a mesma de um mês atrás. Agora podemos de fato ver o início de uma preparação de elenco para a próxima temporada. 12 pontos atrás do líder Palmeiras, só uma arrancada prodigiosa poderia colocar o Corinthians em situação de disputar o título. Mas é possível vislumbrar o fim da turbulência e a construção do time forte que estamos esperando para a próxima temporada. Se algum dos tantos boatos em torno de Riquelme ou Ronaldinho Gaúcho se confirma, Defederico se torna um excelente reserva, e o Timão passa a ter, de fato, o melhor elenco do Brasil.

Arthur's Day e a Guinness Storehouse

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Quinta-feira, 24 de setembro, os bêbados saíram às ruas de Dublin para comemorar os 250 anos da cervejaria Guinness, o chamado Arthur's Day (em homenagem ao fundador). Verdadeiras hordas de manguaças invadiram o Temple Bar, região que concentra a maior parte dos pubs e night clubs (foto abaixo). Eu fui lá conferir e, pra não passar em branco, tomei uma Red Ale de fabricação própria no pub Porterhouse, seguida - óbvio - de uma Guinness no recomendável pub Sinè. Nunca vi tantos copos, garrafas e latas espalhados por toda a cidade. Neguinho andando torto, catando frango, aos montes.


No dia seguinte, sexta, ocorreu a chamada Cultural Night, evento anual em que, das 17h as 23h, vários pontos turísticos e atrações tem entrada gratuita, como a biblioteca da universidade Trinity, o castelo de Dublin, as catedrais de Saint Patrick e Christ Church, museus, galerias, enfim, muita coisa legal. Eu fui direto para a Guinness Storehouse, uma visita que planejava há tempos mas nao estava disposto a pagar os 11 euros do bilhete para estudantes. O lugar é fantástico, mostra toda a história, o processo de fabricação, os maquinários antigos e atuais, os ingredientes, os barris, tudo de forma interativa, com vídeos, telões, painéis (é possivel, inclusive, fabricar sua propria Guinness para beber, no local). Mas o grand finale foi reservado para a cobertura do prédio, que tem a visão panorâmica mais bonita de Dublin. Lá, copos de Guinness na faixa me esperavam - na verdade, recebi apenas um ticket (foto ao lado), mas minha amiga italiana Chiara declinou da cerveja e me presenteou o dela. Vejam abaixo algumas imagens do local.

Caldeira antiga no primeiro andar

Cascata no segundo andar do prédio

Barris que antes estocavam a cerveja

Visitantes e o telão no quarto andar

No quinto andar, painel interativo

Pub na cobertura, com visão panorâmica

Um manguaça na cadeira do Arthur Guinness

sábado, setembro 26, 2009

Palmeiras sofre contra o Atlético-PR, mas mantém liderança

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Com um 2 a 1 apertado, o Palmeiras venceu o Atlético-PR no Palestra Itália. O zagueiro Danilo foi o nome do jogo, por ter dado o passe para um e feito o outro gol. No de empate, a bola desviou no cidadão.

Segundo consta, ele não poderia atuar na noite deste sábado por uma cláusula contratual inserida na transferência dele do rubronegro paranaense para o time paulistano. Uma multa de R$ 100 mil seria cobrada pelo descumprimento.

O lateral paraguaio Figueroa abriu o placar aos 42 do primeiro tempo, o zagueiro Chico empatou aos 17 do segundo. O camisa 23 fez o gol da vitória, sete minutos depois.



Robert, apagado contra o Cruzeiro, deu lugar a Obina. Figueroa jogou no lugar de Wendel machucado. Marcão foi para a vaga do suspenso Armero e Cleiton Xavier, punido com o terceiro amarelo no último jogo, deu lugar a Jumar. Edmilson, recuperado, voltou, mas Maurício Ramos foi substituído por contusão.

Seja pelos remendos, seja por ainda ter buracos esporádicos na defesa, Marcos, o Goleiro, teve trabalho, tanto na primeira quanto na segunda etapa. Os visitantes perderam pelo menos duas chances claras de virar a partida. O meia Marcinho foi bem, mas Paulo Baier ficou mais apagado.

O Palmeiras criou oportunidades, mas não mostrou futebol de líder de campeonato nem muito menos o de um campeão. Mas o episídio dos R$ 100 mil para escalar Danilo seguido de seu protagonismo na partida é sorte de time vencedor.

Isso significa que o time dorme com seis pontos de vantagem sobre o segundo colocado São Paulo, que pega o Corinthians neste domingo, 27.

Nota
Se não houve erros de arbitragem a serem comentadas nesta partida do Palmeiras, diferente do que ocorreu na última, o Cruzeiro venceu o Barueri com gol de Gilberto, impedido. Um erro (ou dois ou quatro) não justifica e muito menos compensa o outro. É só uma ironia. Ou, dependendo do grau da teoria da conspiração, prova inconteste de que a própria teoria está confirmada.

Muito sóbrio, Fernando Henrique não fumou e não gostou

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Vão me acusar de ser assinante da revista, mas isso não é importante.

Foto: Antonio Cruz/ABr
Fernando Henrique Cardoso vem defendendo o fim da guerra às drogas. A revista Veja da semana passada trouxe uma entrevista ("FHC sobre THC") toda dedicada à questão. Ele não tem um discurso articulado sobre o tema para responder, por exemplo, como ele defende a descriminalização do usuário mas não do comércio -- o que não necessariamente evitaria o tráfico.

Mas o ponto alto da entrevista é quando a jornalista Thaís Oyama pergunta:

Como o senhor lidou com o assunto na adolescência de seus filhos?
A adolescência deles foi bem diferente da minha. Na minha, não havia essas questões. Eu não fumei nem cigarro e só vim a tomar álcool depois de casado. Meu pai era militar, puritano, eu não tive experiência pessoal com isso...

Mas o senhor já declarou que fumou maconha uma vez em Nova York e não gostou.
Eu não fumei uma vez, eu senti o cheiro do cigarro uma vez em Nova York...

Não tragou.
Eu não sei tragar nem cigarro! Mas depois de falar isso quase me liquidaram, dizendo que eu era maconheiro. Eu sou muito sóbrio com essas coisas, não fumo cigarro, nunca vi cocaína na minha vida.

Então, está registrado. Se Bill Clinton fumou, tragou e não gostou, Barack Obama fumou mas não opinou, Fernando Henrique não fumou e não gostou. A história de que ele "fumou mas não tragou" foi desmentida pelo próprio.

E vale chamar a atenção para o fato de que Fernando Henrique precisou ir a Nova York para ser alvo de uma baforada de um baseado.

Comecei o texto escrevendo sobre o que não era importante e fiquei pensando agora se esse post é importante, embora o debate sobre o fracasso da guerra às drogas seja.

A entrevista toda foi dedicada à questão, mas quando questionado se seu posicionamento prejudicaria seu partido, o PSDB, ele avisou: "Mas eu não estou nessa eleição. Não sou candidato e não estou opinando como líder político. Estou falando como intelectual."

sexta-feira, setembro 25, 2009

Banda larga universal, redes abertas e experiências

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A manhã foi de conferências, a tarde de grupos de trabalho na 1ª Conferência de Comunicação para Cultura em Chã Grande (PE). O evento é parte da preparação para as conferências nacionais de Comunicação, em novembro deste ano, e de Cultura, em março de 2010.

Um dos pontos mais defendidos e repetidos é a universalização da banda larga, forma de assegurar o acesso a canais de distribuição de conteúdo e cultura digital.

Foi ainda apresentado o mapeamento de Pontos de Mídia Livre. com destaque para as seguintes iniciativas:

- TV Ovo - transmissão dentro do ônibus em Santa Maria (RS)
Conheça o blogue e o fotolog.

- Rede de Servidores Livres - ambiente de hospedagem e manutenção de iniciativas de mídia livre na web.
Conheça.

- Rádio Favela FM - Belo Horizonte, que é referência entre rádios comunitárias.
Conheça.

- Caravana Carbono Neutro - a WebTV voltada à região amazônica, com 24 horas de programação.
Conheça.

- Rádio Atitude, de Ceilândia (DF) - Jovens atendidos por Ponto de Cultura produzem programas informativos e musicais sobre temas da cidade satélite.
Conheça.

- Viva Favela - formação de produtores de conteúdo multimídia para a internet para jovens do subúrbio do Rio de Janeiro, buscando uma linguagem jornalística.
Conheça.

Tarde
Durante a tarde, grupos de trabalho se espalharam entre o solário e o campo de futebol do hotel Highlander. Circulamos por alguns grupos, mas como a discussão ocorreu na quinta-feira, 24, foi difícil tomar pé. Alguns grupos terminaram a discussão em uma hora e meia, outros gastaram quatro horas. No sábado, tem mais conferência de manhã e a sistematização das propostas acontece à tarde.

A internet sem fio do hotel funciona melhor ou pior dependendo da concorrência de notebooks disputando-a.

***
Em tempo, o hotel está sem cerveja. A Pitú preciso de limão para a função de digestivo pós-almoço. Como o campo de futebol está ocupado por tendas dedicadas aos grupos de trabalho e a piscina está coberta (também tá bem mais frio do que todo mundo imaginava), só resta a mesa de bilhar como atividade esportiva.

Futepoca acompanha Conferência Livre de Comunicação e Cultura

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O Futepoca participa, desta sexta a sábado, a 1ª Conferência Livre de Comunicação para Cultura em Chã Grande (PE), a 90 quilômetros de Recife (PE). Como Ponto de Mídia Livre, o blogue foi convidado a participar. Acompanhe a cobertura da Brunna pelo Twitter, na medida em que a conexão sem fio funcionar.

quinta-feira, setembro 24, 2009

Suada, vitória confirma rodada excelente para o Palmeiras

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Com 2 a 1 em pleno Mineirão contra o Cruzeiro permitiu ao Palmeiras se recuperar do tropeço na última rodada, quando perdeu para o Vitória no Barradão. São Paulo e Inter, segundo e terceiro colocados, tropeçaram no fim de semana, o que permitiu que o Palmeiras voltasse a abrir três pontos de vantagem.

Recusei a opção de chamar a rodada de perfeita para o Palmeiras por dois motivos. Primeiro, porque todos os pontos são importantes, e os fora de casa ainda mais. Assim, quando a disputa não é direta entre concorrentes ao caneco, os três pontos contra o Vitória valem tanto quanto os contra o Cruzeiro. Além disso, a mudança de horários dos jogos deixou a rodada manca. Que isso pode ter favorecido o time, é possível tanto afirmar quanto negar. Mas é muito ruim para o campeonato.







Os cruzeirenses reclamaram de pelo menos dois pênaltis não marcados pelo árbitro paranaense Evandro Rogério Roman. Um, sobre Kléber, na minha opinião foi um escorregão. Outro, sobre Fabrício, foi uma entrada acintosa de Jumar, erro craço da arbitragem. Um terceiro, que aparentemente não teve tanta reclamação, foi no fim do jogo, do estreante Figueroa.

Aliás, o ex-palmeirense Kléber, que foi centro de polêmica por participar de festa da torcida alviverde e declarar nutrir simpatia pelo clube, mostrou que seus cotovelos ainda são os mesmos. Ele acertou Wendel em um lance que, se não envolvesse o Kléber, talvez eu achasse que tivesse sido involuntário.

O Cruzeiro saiu na frente e levou a virada. Pressionou durante a maior parte do segundo tempo e não marcou pela atuação da defesa, de Marcos, o Goleiro que nesta partida não vacilou, a trave e a falta de pontaria dos mineiros.

Diego Souza, de falta, e Vagner Love, em contra-ataque mortal, foram os destaques do alviverde na frente. Cleiton Xavier mantém função vital de marcar, lançar atacantes – como no segundo gol – e bater faltas. Atrás, Souza esteve bem e Jumar mostrou que, por mais esforço que faça, é inferior ao contundido Edmílson. Do Pierre, todo torcedor continuará a sentir falta da eficiência no desarme.

Marcão bobeou no gol cruzeireinse de Thiago Ribeiro. Outras falhas bem menos graves foram remediadas pela cobertura e por um sistema defensivo fechado. Retranca mesmo, intensificada com a entrada de Maurício no lugar de Robert, deixando o time com um atacante mais Diego adiantado, Cleiton Xavier e três volantes no meio além de três zagueiros. Funcionou para evitar gols, mesmo depois da expulsão de Armero.

A raça apresentada anima. E o time já mostra que adquiriu uma característica de times montados por Muricy Ramalho no São Paulo. A produção ofensiva é, em geral, a mínima necessária. O time jogou como líder? Jogou como líder treinado por Muricy. Quando ganha, está ótimo.

quarta-feira, setembro 23, 2009

Assim como na ditadura chilena, estádio em Honduras foi convertido em prisão

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O estádio Chochi Sosa, em Tegucigalpa está sendo usado como prisão em Honduras. É o que denuncia os jornalistas, ativistas, blogueiros etc.

São fotos, reportagens, transmissão de rádio, tudo via internet, denunciando ao mundo o quanto, em pleno século XXI, a comunidade internacional é complacente com um golpe de estado.




Estádio Chochi Sosa, em Tegucigalpa, usado atualmente como prisão em Honduras. Outras imagens podem ser vistas aqui.



A última é que o estádio de beisebol na capital de Honduras está sendo utilizado como lugar de detenção dos partidários do presidente hondurenho Manuel Zelaya, atualmente abrigado e cercado dentro da embaixada brasileira em Honduras. Segundo o jornal argentino Página 12, a estimativa é que entre 150 e 200 pessoas estejam detidas lá. A mesma matéria faz o paralelo com o "curioso destino que tem este cenário na América Latina", e fala sobre a cerimonia de posse de Zelaya, em 27 de janeiro de 2006, no estádio nacional de futebol de Tegucigalpa. Já o estádio que atualmente está sendo usado como "prisão" era empregado para festivais musicais.

Outro exemplo ocorreu na ditadura chilena de Augusto Pinochet, que tinha, no estádio Nacional, prisão e centro de tortura. Aliás, vale a pena ler o post do companheiro Glauco, que narra a vitória do Santos sobre o Chile, enquanto no andar debaixo estava acontecendo sessões de torturas.

Ainda outro exemplo de uso dos estádios para a vergonhosa prática, foi o Cilindro de Montevidéu, um estádio de basquetebol que a ditadura uruguaia transformou em prisão.

Links interessantes para acompanhar e se solidarizar com a situação de Honduras
Habla Honduras
Blogueros y Corresponsales de la Revolución
Especial golpe de Estado em Honduras - Telesur
Agregador de notícias sobre #Honduras
Blogue Islamia

terça-feira, setembro 22, 2009

Seleção de candidatos a 2010 promete...

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Já não é novidade alguma jogadores e ex-jogadores se embrenharem na política brasileira para “ajudar os mais necessitados”. E a cada ano essa seleção de candidatos promete mais emoção.


O ex-jogador Dinei, candidato a vereador em 2008 pelo PDT-SP, tinha o slogan “Nunca vou te abandonar. Corintiano vota em corintiano. Fui!” Ah! E o gritinho ridículo “Auip!!!!”



Para 2010, a lista já começa a ficar longa, mas vale a escalação. O ex-jogador de futebol Edmundo, vulgo “O Animal”, está em vias de ser o futuro candidato a uma cadeira de deputado estadual pelo PP. Particularmente gostaria de ver seu temperamento, que lhe dá o apelido, em atuação no plenário. Já o presidente do Corinthians, Andrés Sanches, se filou ao PT de São Paulo, mas ainda não sabemos qual cargo pretende disputar nas eleições de 2010. O presidente afastado do Flamengo, Márcio Braga, também promete ser candidato ao Senado, segundo a coluna Painel da "Folha de São Paulo". Quanto ao político e ainda jogador, Túlio Maravilha, a ideia é sair candidato a governador de Goiás. Já ao atual técnico dos Santos, Vanderlei Luxemburgo, cogita ingressar na política, como senador por Tocantins.

E hoje Romário, de 43 anos, se filiou ao PSDB, ou melhor ao PSB. A gafe foi cometida pelo próprio Romário, que em entrevista na manhã desta terça-feira, 22, errou o nome do próprio partido.

“Pode acontecer de eu ser candidato, mas meu objetivo é ajudar as crianças e o esporte (...). Se conseguir ser eleito, poderia ajudar as pessoas carentes... para ter votos tenho que fazer projetos. Sou de falar e cumprir”, afirmou Romário. Ainda vale lembrar que, há oito anos, ele chegou a se filiar ao PP por influência do ex-presidente do Vasco e ex-deputado federal Eurico Miranda, mas não se candidatou a nenhum cargo político.

Ingressos nesta futura seleção, e não necessariamente jogadores, ainda constam o ex-boxeador Popó, que deve sair candidato a deputado federal pela Bahia nas eleições de 2010, o ex-baterista do Rappa Marcelo Yuka, que deve aderir ao PcdoB, a ex-prostituta e fundadora da Daspu, Gabriela Leite (PV), os ex-jogadores Müller, Marcelinho e Vampeta na disputa para a Câmara, os cantores Luiz Carlos, do grupo Raça Negra, e Teodoro, da dupla sertaneja Teodoro & Sampaio, e o ex-pugilista Adilson Maguila Rodrigue concorrerão a cadeiras na política brasileira, todos pelo PTB.

É 2010 promete....

Movimento compara antitabagismo a "eugenia"

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O Brasil adota políticas de combate ao fumo que ganham destaque internacional pelo rigor. As restrições à publicidade e as fotos no verso de maços de cigarro foram algumas delas. A onda mais recente é a das leis que proíbem o consumo de cigarro e afins em lugares fechados (ou quase fechados), modalidade inaugurada por Rondônia em outubro e que avança depois do destaque de mídia conquistado pelo governo de São Paulo por adotar a medida.

Diante do que consideram ser uma caçada comparável a práticas nazistas, grupos de fumantes se organizam na internet para se defender. Trata-se, em sua visão, de políticas contra quem fuma, e não contra o cigarro. Um deles é o Fumantes Unidos, no ar desde 2008, criado por Fabrício Rocha.

O braziliense é jornalista e publicitário e apresenta o programa Participação Polular na TV Câmara. Em entrevista por telefone ao Futepoca, ele explica os objetivos do site e do grupo, que é o reconhecimento ao direito de escolha do cidadão.

"Os fumantes sabem dos riscos que correm, não há falta de informação atualmente", sustenta. "As pessoas fumam porque veem vantagens em fumar, é uma escolha", resume.

Ele lamenta a forma como são combatidos comportamentos fora do modelo "máquina de trabalho e consumo" que se assemelha "com a busca pela raça ariana na Alemanha nazista", para usar termos do manifesto do grupo.

Em sua visão, os obesos também são alvo desse tipo de campanha, conforme alerta a Organização Internacional do Trabalho (OIT). No site, há uma seção dedicada exclusivamente à "arte de fumar".

A postura é polêmica e o site mantém até um "Leia antes de criticar", para antecipar respostas a críticas.

Confira os principais trechos da entrevista.

Futepoca – Qual foi a origem do Fumantes Unidos?
É uma organização informal, não uma ONG com estrutura jurídica. Em 2007, eu tinha participado de uma audiência pública da Anvisa sobre a criação de fumódromos. Fui o único a apresentar contraproposta, que se tornou parte de um dossiê que encaminhei a diferentes políticos. Nesse material, estavam apresentados contra-argumentos a ONGs e projetos antitabagistas.
Esse levantamento inspirou a criar o site, a exemplo do que acontece em alguns lugares do mundo. Aos poucos, ele ganhou visibilidade das pessoas, da mídia, rendeu convite para um debate na MTV.

Futepoca – Quantos colaboradores a página possui?
Há um grupo de colaboradores mais ou menos regulares. São em torno de 40 os que já produziram artigos e notícias. Não estou contando comentários de apoio. Recebemos muitas mensagens de apoio e de protesto de todo o país mas, ultimamente, a maioria vem de São Paulo. Se bem que agora tem outros estados que também aprovaram leis, tentando pegar carona na mídia que o (José) Serra teve com a lei.


Futepoca – A rigor, a rigor, o primeiro estado a aplicá-la foi Rondônia.
Os outros estados viram que o tema dá mídia e querem isso também.

Futepoca – No manifesto do movimento, há uma comparação forte do antitabagismo com o Nazismo e a eugenia de forma mais ampla, que vai além da questão do fumo e inclui a apresentação e outros hábitos. Não é exagerada a comparação?
No governo Nazista, Hitler era um antitabagista declarado. O regime fez várias campanhas que apresentavam o fumante como um fraco, inferior assim como os judeus. A intenção era afirmar a superioridade ariana apontando outros grupos e pessoas como inferiores. E havia o contexto de guerra, já que Roosevelt, Churchil – fumante inveterado que sempre aparecia com o charuto na boca – e Stálin eram todos fumantes.
Atualmente o preconceito é mais velado, de certo modo, mas há uma demonização e ridicularização dos fumantes. Aliás, a primeira coisa que se faz em uma ação como essa é chamar o "alvo" de doentes. Até pouco tempo, os homossexuais eram vistos como doentes. O mesmo ocorre com os obesos. Agora a OMS quer considerar os fumantes como doentes, viciados, descontrolados mesmo. São esteriótipos construídos de forma parecida com os dos nazistas.

Futepoca – Por quê?
Os fumantes sabem dos riscos que correm, não há falta de informação atualmente. As pessoas fumam porque veem vantagens em fumar, é uma escolha.

Futepoca – E qual à consequência disso?
O que é preocupante da eugenia é que o mundo vai ficando muito chato. Proibimos tudo. Parece haver uma busca para se criar restrição, suprimir prazeres às pessoas, tirar o livre arbítrio de se avaliar o que é bom ou ruim. Com isso se cometem absurdos legislativos como a lei seca, que fere o princípio da desproporcionalidade ao taxar como criminoso um pai de família que bebe uma batida de limão para acompanhar a feijoada no sábado. Não foi a lei seca que diminuiu os acidentes de trânsito, mas a mídia fazendo alarmismo. E a obesidade é a próxima bola da vez.

Futepoca – Qualquer pessoa que se oponha a projetos antitabagistas é logo acusado de ser financiado pela indústria do fumo. Como você se relaciona com essas críticas? Antes: o site é financiado pela indústria tabagista?
Fiquei surpreso recentemente quando fiz uma pesquisa com o nome do site no Google e encontrei um documento da Aliança de Controle do Tabagismo (ACTBR). Parecia uma coisa de órgãos como a CIA, sobre como falar com fumantes, o que é falado no mundo contra as campanhas de combate ao cigarro. Na parte em que falava do Brasil, citou o site e reconheceu que "não havia qualquer evidência disso". Já ocorreu de sermos procurados, mas não aceitamos apoio em dinheiro, para poder manter independência editorial.

Futepoca – Por que o site mantém uma seção com links para quem quer parar de fumar?
O propósito do site é atender a fumantes. Com o combate que se faz aos fumantes, em vez de se combater o cigarro, com quem ele vai se congregar? Que serviço existe? O fumante assume o risco abertamente, mas ele pode querer parar. O FumantesUnidos busca oferecer apoio se essa for a opção consciente, mas com certeza há outras fontes mais bem preparadas para isso. É inerente à pessoa escolher, não se pode impor, é até ilegal.
E temos ainda a preocupação de dar informações de saúde, porque é recomendável que a pessoa adote mais cuidados do que outras pessoas, porque ela está mais exposta. As doenças atribuídas ao fumo são, na verdade, causados pelo acúmulo de fatores, como poluição, hábitos, genética. É um dos fatores que pode levar a doenças, mas há outros sobre os quais não se fala. O mais comum é se atribuir milhões de mortes só a um fator.

Futepoca – O site é mantido por um certo ativismo. Isso já lhe trouxe algum problema no trabalho ou na vida pessoal?
Uma vez, no último mês, o tema do programa era a lei antitabagista de São Paulo. Como apresentador, eu não poderia participar, porque são pessoas com quem debate constantemente. Eu poderia adotar uma postura de "pôr lenha na fogueira" e usar o debate para favorecer uma das posições, mas por uma questão ética eu disse à TV que não poderia participar. O pessoal da produção entendeu bem, ficou satisfeito com a postura e não houve problema.

segunda-feira, setembro 21, 2009

Covardia são-paulina tira gostinho de liderança

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Por Moriti Neto

Após um primeiro tempo meia boca e um segundo horrível, o Tricolor do Morumbi, na tarde de domingo, no estádio Santa Cruz, em Ribeirão Preto, se absteve de jogar e parecia acomodado com o placar mínimo conquistado no começo da partida contra o Santo André. Enfim, voltou do interior paulista com um resultado frustrante: 1 a 1.

O jogo

Nos 45 minutos inciais, o São Paulo foi melhorzinho que o adversário e fez 1 a 0, com Jean, aos 8min. Em contra-ataques, teve duas chances de ampliar, ambas com Dagoberto. Já o Ramalhão, conseguiu somente uma oportunidade, em falta cobrada por Marcelinho Carioca. Ah, sim. Logo no início do jogo, Miranda deu um carrinho dentro da área são-paulina, tocou na bola e em seguida atingiu o veterano volante Fernando, gerando o lance polêmico da peleja. Pênalti? Eu não marcaria.

No segundo tempo, a partida foi medonha. Ricardo Gomes teve que substituir Richarlysson, machucado. Zé Luís entrou para compor a meia cancha e o São Paulo perdeu espaço. Borges também saiu e Washington adentrou o campo para fazer o velha troca do “seis por meia dúzia”, ou seja, a inoperância pela ineficiência. E, aos 27, Pablo Escobar fez o gol da equipe do ABC, que ocorreu nem tanto por mérito, mas porque o Tricolor pediu para tomar o empate de um time fraco, que luta para não ser rebaixado e que não jogava sequer em seu campo, aliás, como era de se esperar, a maioria esmagadora do público presente ao estádio foi são-paulina.

Marlos chegou a entrar para tentar dar velocidade ao ataque, mas os atletas tricolores não tiraram nem mesmo um grito de “uuuuu” dos torcedores. Total falta de criatividade e ousadia. Resumindo: com todas as condições de assumir a liderança provisória do Brasileirão, o time foi covarde, ficou longe de uma atuação de campeão e saiu de campo depois de um empate ridículo contra um adversário igualmente ridículo e de quem não conseguiu ganhar neste ano (foram dois empates e uma derrota).

No “Gangorrão 2009”, a coisa só não decepcionou mais porque o Inter perdeu do Vitória no sábado e o Palmeiras, que também não está jogando com exuberância, pega o Cruzeiro, na próxima quarta, em Belo Horizonte, numa partida que deve ser dura para o Alviverde.

Moriti Neto é torcedor do São Paulo e escreve sobre o Tricolor Paulista no Futepoca. Qualquer são-paulinismo exacerbado não é de responsabilidade de quem publica, hehe...

Medonho

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É fácil definir o jogo que Santos e Botafogo fizeram ontem na Vila.



Vila vazia (menos de 7 mil pagantes), um time na zona do rebaixamento e outro que só não está lá porque tem gente mais disposta a isso, futebol fraco, todos esses elementos estiveram presentes no duelo de ontem.

Eu até diria mais: Santos e Botafogo tiveram a proeza de fazer os dois piores jogos desse Campeonato Brasileiro. Ao menos os dois piores que assisti. O da ida (que acabou 2x0 para os cariocas) foi até mais medíocre que o de ontem. Mas ambos merecem todas as reprovações possíveis.

Como destaques de ontem, posso citar o goleiro Felipe e o lateral-esquerdo Léo. Fabão meteu uma bola na trave que certamente o renderá alguns minutos de entrevista nos programas esportivos; espero que nestes perguntem para ele sobre as três ou quatro bolas que ele entregou ao ataque botafoguense - que só não foram convertidas em gol por um misto de incompetência dos adversários e méritos do bom Felipe.

Falando no goleiro, foi estranho, bem estranho, ver Sérgio com a camisa do Santos, fazendo aquecimento atrás do banco de reservas. Repito: é a contratação mais inexplicável da história do Peixe.

Terminamos a rodada em 12º lugar - é a última posição que dá vaga à Copa Sul-Americana. Estamos com 36 pontos, 11 acima da zona do rebaixamento. Aliás, a queda não chega a ser um temor; considero que Fluminense e Santo André já estão 'caídos' e que as outras duas vagas ficarão com dois entre o trio Náutico, Sport e Botafogo. O que me faz pensar que 2009 não trará nem aquele gostinho de escapar do rebaixamento no final.

Rodada incompleta

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Mesmo não sendo a primeira vez, não consigo me acostumar à canetada da Globo que passa uma das partidas da rodada para a quarta-feira seguinte só para ter um jogo para exibir para São Paulo. Dezoito times jogam no final de semana e dois aguardam a programação da "onipotente". Sem contar que muda os horários das partidas a hora que quer.


Por exemplo, Atlético e Santos, no próximo domingo, estava marcado para as 16h, com ingressos já sendo vendidos. Por conta dos interesses da emissora, para transmitir no SporTV, passou para as 18h30. Os clubes assinaram contrato dando esse poder à emissora, é verdade. Mas que enche, enche.

Nesta rodada, então, que a maioria dos líderes derrapou, o Palmeiras pôde assistir a tudo de camarote. Com os resultados na mão, tem motivação extra para ganhar do Cruzeiro e abrir pontos para São Paulo, Inter, Goiás e Galo. Se vai conseguir, não sei, mas que é incentivo extra é.

Náutico e Galo
Nunca vi um time perder tantas oportunidades de se aproximar dos líderes como o Galo este ano. Pegou um Náutico desfalcado, desesperado pelo rebaixamento, com o "gênio" Geninho no banco e mesmo assim não saiu do 0 a 0. Teve até mais chances, mas não soube fazer gols. E aqui continua a pergunta, o que está acontecendo com Tardelli, lento e perdendo jogadas que antes não perdia?

Roth também tem sua parcela grande de culpa. No segundo tempo, com o empate, tirou um atacante, Rentería, e pôs um meia, Renan Oliveira. Depois tirou Tardelli para colocar Éder Luís. em nenhum momento pôs em campo a dupla que, junta, já fez 21 gols no Brasileirão. Vai entender...

De bom, a estreia do goleiro Carini. Confundiu-se um pouco com a zaga no início da partida, mas depois deu tranquilidade à defesa, principalmente nas bolas cruzadas. Como goleiro é que nem juiz, não se pode elogiar nunca, vamos ver as próximas partidas. Aliás, com a provável estreia de Ricardinho e a volta de Márcio Araújo, O Galo estará praticamente com força total para encarar o Peixe. É a hora de ver se esse time melhorou mesmo e se tem chances de disputar algo ainda em 2009.

domingo, setembro 20, 2009

Matadouro de esperanças

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O Corinthians, hoje, cria e mata esperanças com a copiosidade e a determinação que uma granja alimenta e mata seus frangos. A escala é industrial e a o ritmo é desconcertante. Já tive minhas esperanças depois da vitória na Copa do Brasil, perdi-as completamente depois do desmanche, ressuscitei algumas do cinzeiro e, agora, depois que tomamos mais uma goleada na orelha, fica difícil continuar a acreditar em alguma coisa. Comentei uma vez que não sei torcer em campeonato de pontos corridos, que pede frieza e regularidade em vez de autossuperação e explosão. Mas o Corinthians, do jeito que oscila, deixa o torcedor completamente desnorteado, que nem aqueles pintos de granja industrial que vão seguindo pela esteira rolante, sem fazer a menor ideia do que está acontecendo com eles. Fica difícil situar o coração em meio a tanta mudança.

Hoje, pode-se afirmar com tranquilidade, pra dizer o mínimo, que tomar de 4 a 1 pro Goiás em casa é algo que não cabe ao perfil de um campeão. Isso já estava claro, mas como o Timão vai fazer 80% do campeonato com metade do time na enfermaria, e tendo passado 90% do tempo sem um time definido, se isso deveria provocar a certeza da impossibilidade de vencer, também deixa uma pulga atrás da orelha, ainda mais quando os adversários tropeçam: afinal, se juntar todos os jogadores que supostamente formam o elenco até que o time não está tão mal assim. Mas isso é pura virtualidade, pois os jogadores nunca voltam todos.



Mano Menezes admitiu erro tático como a principal causa da derrota. Ele está é muito tranquilo com a tal vaga garantida na Libertadores do ano que vem. Eu de minha parte acho que, sem deixar de planejar os campeonatos seguintes, é preciso jogar pra ganhar o campeonato que se está no momento. Usar um campeonato como preparação pra outro é complicado, pois é como se o próprio não tivesse qualquer valor. Como se o Brasileiro só interessasse para se chegar à Libertadores... Se perder no ano que vem, o fiasco será ainda maior.