Destaques

sábado, maio 08, 2010

Botafogo 3 x 3 Santos - se não fossem as bolas paradas...

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Mesmo com um time composto em sua maioria por reservas, o Santos poderia ter saído com a vitória contra o Botafogo no Engenhão.  O 3 a 3 foi motivo de comemoração dos cariocas já que o empate saiu aos 43 do segundo tempo, quando o Peixe dominava a partida e o placar já parecia decidido. Mas existiam as bolas paradas...

Sem Edu Dracena, Pará, Léo, Arouca, Ganso e Robinho, poupados para o confronto com o Grêmio na quarta-feira, o Santos manteve o 4-3-3 da vitória contra o Atlético-MG. Na ausência de Paulo Henrique no comando o jogo, Marquinhos e Wesley fizeram as vezes de armadores/marcadores que conduziam a equipe à frente, com Madson também retornando para trazer a bola ao ataque.

O Santos entrou bem postado, trocando bola no campo botafoguense, mas foi o adversário que marcou primeiro aos 10, depois de um escanteio em que a bola sobrou para o zagueiro Antonio Carlos marcar. O Santos reagiu e virou em três minutos, aos 29, com Neymar, e aos 32, com André, quando a equipe já começava a tomar conta do lento meio de campo botafoguense. Mas, de novo, uma bola parada impediu que o time fosse para o intervalo com a vantagem. Aos 44, falta cobrada em que Leonardo Gaciba atrapalha os marcadores santistas (aliás, como se coloca mal e atrapalha lances o árbitro...) e o zagueiro Antonio Carlos estava lá de novo.



Na segunda etapa, Joel tentou dar mais velocidade ao seu time colocando Edno e Caio, este, no lado esquerdo do Santos jogando em cima de Alex Sandro. Aliás, como falei em texto anterior, coisa que Luxemburgo poderia ter feito na quarta e não fez, já que o lateral reserva peixeiro não mostrou ainda ser um defensor confiável. Não à toa, Wesley foi deslocado para ajudar na marcação naquele setor.

Neymar saiu aos 18 para a entrada de Zé Eduardo, que jogou mal durante boa parte do jogo. Mas fez o terceiro gol aos 35, ratificando a atuação santista que não permitiu ao Botafogo praticamente uma chance de gol sequer na segunda etapa. Mas havia a tal boa parada... Falta a favor dos donos da casa e o incansável (também na arte de reclamar) Herrera conferiu de cabeça.

Mesmo com a natural falta de entrosamento e queda de qualidade na equipe com o predomínio dos reservas,  pode-se tirar algumas conclusões da partida. Primeiro, Maranhão não convenceu de novo na lateral-direita e prejudicou alguns ataques santistas por aquele lado. Já Alex Sandro, ainda que tenha dado um belo passe no primeiro gol e apoie razoavelmente, perdeu bolas importantes no meio e tem dificuldades de posicionamento. Aliás, ele é quem dá condição de jogo para o segundo gol botafoguense. Tem potencial, mas precisa trabalhar bastante... Por enquanto, pelos lados, Pará e Léo são soberanos.

Tendo em vista que o Botafogo é uma equipe bem armada por Joel Santana - a propósito, um dos únicos técnicos do Brasil que falam sobre tática em coletivas -, o resultado não deixa de ser bom, já que muitos vão penar pra enfrentar a equipe. E feliz de quem assistiu, porque viu uma bela partida. Mas se não fossem as bolas paradas...

sexta-feira, maio 07, 2010

Sem "superclubes", Série B tem veteranos como atração

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Vinte clubes vão disputar a partir de hoje as quatro vagas para a Série A de 2010. E, claro, também evitar o descenso para a Série C. Mas, deixando os acacianismos de lado, neste ano o campeonato não conta com nenhuma das equipes que fazem parte das maiores torcidas do país como o Vasco, em 2009, e o Corinthians em 2008.

Nem por isso a disputa deve ser menos interessante, principalmente pelo equilíbrio que deve prevalecer. Times de tradição e torcida apaixonada como o Bahia – fora da elite do futebol desde 2003 – e os recém-rebaixados Sport e Náutico prometem lotar estádios e fazer duelos acirrados. Os paulistas são maioria (seis clubes) e os torcedores lusos estão confiantes na volta da Portuguesa, quinta colocada em 2009.

Durante o certame, jogadores conhecidos do público desfilarão nos gramados. O América-MG, por exemplo, tem três jogadores que já se destacaram no futebol mineiro e com passagens em outros clubes daqui e de fora. O interminável Euller, 39 anos, ex-Filho do Vento, tem a companhia de Fábio Junior, 32, no ataque e de Evanílson, 35, na lateral-direita. Flávio, goleiro de 39 anos campeão brasileiro pelo Atlético-PR em 2001, tem na reserva o ex-Corinthians e Cruzeiro Gléguer, 33. E o santista que acompanhar a partida do time de Mauro Fernandes contra o Bragantino de Marcelo Veiga vai topar com dois ex-zagueiros peixeiros: Preto, 31 anos, do lado das Alterosas, e André Astorga, 29, de passagem recente e apagada na Vila Belmiro, que está na equipe de Bragança junto com outro ex-peixeiro, o atacante Lúcio, 35 primaveras.

No Centro-Oeste, o Brasiliense conta com presenças célebres como Iranildo, 33 anos, em sua terceira passagem pelo time, e Aloisio Chulapa, 35, campeão mundial pelo São Paulo em 2005. O Vila Nova-GO tem o glorioso atacante Roni, 33 anos, ex-Fluminense, Santos, Flamengo, Cruzeiro, Goiás, Atlético-MG, São Paulo etc etc etc. Outros trintões são o ex-gremista Rodrigo Gral, de 33 anos, do Bahia; o multi-lateral Cesar Prates, 35, contratação do Náutico e o lateral-meia Athirson, 33, que ainda vem fazendo bonito na Lusa.

Mas se o quesito for figurinhas carimbadas do futebol brasileiro, o ASA dá uma chance a uma delas: o meia-atacante Ciel, 28 anos, célebre por confusões envolvendo álcool e quetais. Antes de ir para o Fluminense, em 2008, o atleta havia sido afastado quatro vezes no Ceará por ter chegado embriagado aos treinamentos. Depois da rápida passagem pelo clube carioca, foi para o América-RN onde se envolveu em nova querela com uma garota de programa, foi preso e dispensado do clube. Já em Portugal, nova dispensa do Paços de Ferreira, supostamente por outro caso de embriaguez e em 2010 jogou o estadual alagoano pelo Corinthians local. Agora vai?

E fica a recomendação: quem quiser acompanhar a Série B de 2010, acess o Série Brasil e siga no Twitter.

Brasileirão começa com favoritos e favoritos

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A Série A do Brasileirão começa neste sábado, 8 de maio. Por um mês, 20 times da elite do futebol nacional vão se digladiar para, em junho, parar para assistir à Copa do Mundo. (Aliás, por que não começa logo o Mundial, que todo mundo quer ver?)

É bem verdade que o Brasileirão inicia-se mesmo um dia antes, nesta sexta-feira, 7. A Série B também é nacional repete a sina dos últimos nove anos de ver pelo menos um dos 20 times pertencentes ao Clube dos 13 entre os postulantes ao título. Palmeiras, Botafogo-RJ, Atlético-MG, Grêmio, Bahia, Coritiba, Vasco da Gama foram alguns dos que aumentaram as atenções à segundona. Neste ano, é o quase xará da capital paranaense quem representa os supostos grandes clubes.

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Tipos de cerveja 48 - As Abt/Quadrupel

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Abt ou Quadrupel são os termos utilizados para designar cervejas de abadia ou trapistas extremamente fortes. O nome Abt foi usado pela primeira vez para descrever a Westvleteren e a St. Bernardus, ambas produzidas pelo mosteiro de St. Sixtus. Relativamente ao termo Quadrupel, a La Trappe foi a primeira cerveja a fazer uso dessa expressão. Independentemente destas designações serem utilizadas para designar um só estilo, há ligeiras diferenças entre elas. "As Abts são mais escuras e mais ricas, com forte presença de especiarias e frutos. Já as Quads são mais claras tendo, em geral, um sabor menos frutado e complexo. Em comum, têm o fato de possuírem uma forte presença de malte e uma baixa presença de lúpulo", explica o parceiro Bruno Aquino, do Cervejas do Mundo. "De igual modo, o volume alcoólico é alto em ambos os estilos, ultrapassando com frequência os 10% ABV", acrescenta. Exemplos: Westvletern Abt 12, St. Bernardus Abt 12 e La Trappe Quadrupel (foto).

quinta-feira, maio 06, 2010

Corinthians cai, mas a vida continua

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O Corinthians fez um bom primeiro tempo, pressionou o Flamengo e fez dois gols, um deles do contestado Ronaldo, que jogou melhor do que vinha fazendo. Mas tomou um logo no início da segunda etapa e não conseguiu furar a marcação do Flamengo. Esse é o resumo da ópera da desclassificação corintiana na Libertadores 2010.

Mano escalou o time com os três atacantes do ano passado e apertou o Flamengo. Criou uma penca de chances e poderia ter virado o primeiro tempo com vantagem maior. Vi uma estatística de 15 finalizações contra duas dos cariocas no primeiro tempo.

O gol logo no início da etapa complementar quebrou o time, que levou uns bons 10 minutos pra retomar a pressão. Aí, se manifestou o problema desse time: a dificuldade de fazer gols, esse objetivo menor do futebol. São raras as chances criadas em jogadas mais trabalhadas, trocas rápidas de passe, dribles. Muitos chutes de fora da área e cruzamentos.

Todo mundo brigou, correu, se esforçou. Mas não deu. A torcida reconheceu e aplaudiu o time no final. Na saída de campo, Elias e Dentinho choraram junto com milhares de alvinegros.



Brasileirão na fita

Agora, é juntar os cacos e se preparar pro Brasileiro. Corrigir problemas, que não são poucos. Especialmente do meio campo pra frente. Elias jogou muito ontem, de volta a sua posição. Não é meia, não adianta insistir. O problema é que Danilo, pelo jeito, também não. Cumpre um papel de meia, que é o de segurar a bola e cadenciar um pouco o jogo, mas só. Não dá um passe mais inspirado, um drible.

Outro problema de peso (seguindo a moda de manchetes sobre o cara) é Ronaldo. Ontem, jogou bem, participou de umas três ou quatro jogadas perigosas e marcou. Talvez precise do time mais avançado para render, mais gente por perto pra trabalhar junto, mais espaço. Os três atacantes propiciam isso. Enfim, Mano Menezes que se vire.

Sim, Mano fica, Andrés Sanches já avisou que não fará “caça às bruxas”. Já não tenho toda a convicção de outros tempos. O gaúcho é muitas vezes medroso, quando vê um problema que não consegue resolver, pensa logo num volante a mais. Foi o que aconteceu, entendo eu, com a falta de um meia que cumpra bem o papel que antes era de Douglas. Na duvida, sacou um atacante e meteu três volantes no time. Espero que tenha visto que não é por aí e bote de novo o time pra frente.

Mas isso é mal de toda uma geração de treinadores brasileiros. Ainda não vejo nome melhor que o de Menezes para a função. Os consagrados não me animam nada. Se fosse mudar, apostaria em algum cara novo, pra ver se fugimos da mesmice.

E a base?

E seguindo outra moda, essa mais produtiva e interessante, peço pela utilização (ou pelo menos teste) de jogadores da base. O time alvinegro na Copa São Paulo desse ano tinha dois meias interessantes, Jadson e William. De repente, a solução está em casa.

Santos 3 X 1 Atlético-MG - os meninos deixaram o "profexô" zangado...

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Depois das últimas atuações em que o time não mostrou o futebol que fez dele a sensação da temporada, Dorival Júnior resolveu voltar à receita básica com três atacantes. Dessa vez, porém, o sacado foi Marquinhos, que vem caindo de produção, mantendo-se o ascendente Pará na lateral direita e Wesley, que vem chegando bem no ataque, no meio.

O resultado foi um Santos agressivo, que chegou ao gol aos 16 minutos e marcou o segundo aos 43, dominando o meio de campo e sempre levando perigo ao gol de Aranha. Até fazer o seu tento aos 45, o Atlético-MG tinha criado uma boa chance com Tardelli, que mandou uma bola na trave.

Mas se o gol do Galo deu esperanças aos comandados de Luxemburgo, elas se esvaíram aos 4 minutos do segundo tempo quando Wesley fuzilou em assistência de – vejam só – Edu Dracena. A partir daí, o time peixeiro passou a tomar conta do meio de campo, não permitindo a pressão adversária. As oportunidades criadas no segundo tempo foram do Santos, principalmente pela boa marcação feita não somente no meio mas também pelo ataque.

Nesse quesito, aliás, destaque para os dois jogadores que mais desarmaram na partida: Robinho e Ganso, com seis roubadas de bola cada. Paulo Henrique novamente mostrou maturidade, buscando a bola, armando o jogo, chamando faltas como a que resultou na expulsão de Fabiano, genro do “gênio”. E Robinho foi taticamente perfeito, sabendo fazer a cobertura pela esquerda quando necessário e atazanando a assustada zaga mineira com marcação e velocidade. Os dois mostraram ontem, novamente, que merecem estar na Copa.



O “profexô” zangado

Após o final da partida (e antes também), Luxemburgo destravou a língua para criticar os jogadores santistas pelo que ele chamou de “desrespeito”. Logo ele, que outrora chamou Neymar de “filé de borboleta” e que, antes de comandar o Santos, dizia que a arbitragem “o protegia”. Justamente ele que expressou seu “temor” de que o time do Santos amarelasse contra o São Paulo na Vila, citando nominalmente ex-comandados seus, Robinho e Edu Dracena.

Sim, ele mesmo, aquele que em uma entrevista ao Estadão falou que o time do Santos em 2009 era fraco e que era um mérito seu ter tirado a equipe do rebaixamento. Espezinhou publicamente todo um coletivo, sendo que boa parte desse "time ruim" estava em campo ontem. Mas, para Luxemburgo, todas essas declarações não são desrespeitosas. Claro, sob a ótica de sua ética (sic) particular.

O “gênio” seria hostilizado na Vila mesmo sem o cântico puxado por Robinho no domingo onde se dizia que a hora de Vanderlei iria chegar. É natural com ex-técnicos ou ex-atletas que não deixam lembranças boas, ainda mais sendo o treinador um símbolo da gestão passada no clube. Mas quem falou em violência foi o técnico mineiro, algo que não ocorreu em campo e nem na arquibancada. Parecia ter o discurso pronto para a derrota, sempre fazendo as vezes de ilusionista.

Alguém poderia perguntar pra ele, por exemplo, porque suas três substituições foram para mexer no mesmo setor da equipe, o lado esquerdo do Atlético-MG. Em que pese o gol mineiro ter se originado dali, era onde a marcação peixeira era mais forte, com Pará e Wesley. Enquanto isso, o lado oposto do Santos tinha um lateral que substituiu o contundido Léo no fim da primeira etapa, mas que jogou pouco na temporada e ainda não se mostrou confiável. Contudo, nenhum jornalista quer fazer pergunta sobre futebol, preferiram cair no mimimi do técnico. Azar da informação e dos atleticanos que ficam sem ter uma satisfação dos atos do seu treinador.

Retirado do Blog do Juca Kfouri

quarta-feira, maio 05, 2010

Nos pênaltis, Palmeiras não marca e está fora da Copa do Brasil

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Eliminado nas quartas de final, o Palmeiras vai ter de repensar a fase com calma antes do Brasileirão. Nos pênaltis, mesmo com Marcos, o Goleiro, defendendo três cobranças, o time conseguiu perder quatro.

O Atlético-GO venceu no Serra Dourada no tempo regulamentar pelo mesmo placar que o alviverde no Palestra Itália. O mesmo 1 a 0,com gol de Marcão aos 25 minutos do segundo tempo.

Pierre continua na fase sem pontaria nos desarmes e fazendo muito mais faltas do que o necessário – e do que fazia em 2009. Foi expulso por isso. E a vantagem foi aproveitada pelo time da casa.

O Palmeiras ainda tomou pressão e não tomou o segundo por causa de Marcos e da falta de pontaria.

Nos pênaltis, uma calamidade. Ewerthon foi o único palmeirense a marcar, enquanto Danilo, Figueroa, Ivo e Cleiton Xavier perderam, com Márcio brilhando também em três. Marcos, o Goleiro, defendeu três, mas tomou dois. Eliminado.

Tristeza.



A situação, de um lado, fica mais triste com a notícia de que Diego Souza deve mesmo sair do Palmeiras. As ofensas trocadas com a torcida e a falta de disposição do camisa 7 para pedir desculpas empurram o cabra para fora. Ele não vinha jogando bem e sequer foi relacionado para viajar, por contusão.

Dois dos três principais nomes do Palmeiras de 2009 estão mal. Diego e Pierre estão distante em termos de forma física e ritmo de jogo do que foram. Cleiton Xavier oscila, inclusive porque passou alguns jogos contundido.

Vieram reforços, mas demanda trabalho para as coisas poderem ser mais promissoras.

Sem futuro

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Não tenho medo de confessar, para qualquer sãopaulino que me leia, que torci contra meu próprio time na decisão por pênaltis ontem à noite, no Morumbi. Já que é pra passar vexame, que fosse logo contra o Universitário do Peru, em vez de prolongar essa agonia que, com toda a certeza do mundo, resultará em mais uma (e muito justa) eliminação na Copa Libertadores. O São Paulo simplesmente não merece prosseguir, ou melhor, não merece nem estar disputando a competição sulamericana. Digo isso com todas as letras, sem medo dos que (com todo o direito) queiram discordar: esse timinho é o pior e o que dá mais medo e desânimo de assistir desde o desastre de 1990, com Pablo Forlán.

Rogério Ceni segue falhando, embora tenha saído como herói pelas duas cobranças defendidas (foto - Rubens Chiri/SPFC). Alex Silva é violento e estabanado e Miranda ora vai bem, ora dá chutão pra trás. Cicinho é irregular e não marca e Júnior César consegue ser pior. Para substituí-los, os inócuos e improvisados Jean e Jorge Wagner só batem cabeça. Rodrigo Souto não chega aos pés do Arouca por quem foi trocado, Hernanes comprova a cada jogo que não é craque e nem aparece quando precisa, Marlos tenta resolver sozinho e se perde, Jorge Wagner no meio não sabe pra onde vai e a linha de ataque, bem, a linha de ataque simplesmente não faz um gol sequer há três partidas. Precisa dizer mais alguma coisa? Dagoberto, Fernandinho e Washington são o "trio parada dura"...de assistir!

Não tem futuro. Nem o time e nem o técnico Ricardo Gomes. O fato de o São Paulo ter chegado às quartas-de-final só comprova a decadência contínua do nível da Libertadores. O Cruzeiro deve confirmar a vaga hoje, no Uruguai, e literalmente passear contra o São Paulo, assim como fez o Santos nas semifinais do Paulistão. Nós, são paulinos, temos que nos conformar com os seguidos vexames este ano. Se não mudar nada no time e no comando, o Brasileirão será outro show de horrores. E nos restará a sofrível Copa do Brasil em 2011.

terça-feira, maio 04, 2010

'Fiz-me revolucionário!'

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No conto "Lama e folhas", do escritor cearense Moreira Campos (foto), a fina ironia sobre os jovens "revolucionários" que disfarçam com política a manguaça e a vadiagem - e sobre as jovens que caem nesse engodo:

Trancei pernas nas ruas, espreguicei-me nos bancos de avenida, dormi em porões de pensões, enganando os proprietários e fiz-me revolucionário: batia-me pela queda das instituições vigentes e pregava, vagamente, a necessidade de uma nova ordem.
Foi por esse tempo que Marta me conheceu. Sem dúvida, impressionou-se com a minha cabeleira inflamada e pupila conspiradora. Era então uma menina lânguida, com leitura de romances baratos, onde, naturalmente, se apresentam, aureolados, tipos aventureiros e vagabundos. Isso cala na alma ingênua das mulheres. A ficção é uma arte perniciosa. A velha, mulherão enérgico, conhecedora do preço da carne e do aluguel da casa, claro que desejava para a filha algo mais valioso: um ser barrigudo, careca que fosse, mas próspero, capaz de assegurar-lhe estabilidade e acudir a família nos momentos mais aflitivos.


Depois de casado com a pobre moça, vejam o que acontece com o "revolucionário" (e com a sogra que antes o odiava):

À sombra do meu sogro, que conta algumas amizades proveitosas, consegui o lugar de escriturário num Banco. Como empregado, segui este lema: flexionava a espinha diante dos chefes e era autoritário com os humildes. É um meio seguro de vencer-se. Venci: fui de escriturário ao cargo mais vantajoso: o Caixa. Aí, com seis meses, dei um desfalque de quarenta mil cruzeiros. Houve inquérito, demitiram-me, ameaças de prisão. Meu sogro andava acabrunhado, falava em reputação, cabelos brancos, seu círculo de relações e outras surradas hipocrisias. Não fazia muito caso do velho. Seus desejos em casa nem sempre são atendidos, autoridade frágil. Minha sogra apoiava-me em silêncio.
Depois tudo entrou em sossego. E, pagos honorários de advogados, gratificações na polícia, salvei ainda uns trinta mil cruzeiros com que me estabeleci. Ninguém poderá censurar-me: quase todas as fortunas têm, mais ou menos, essa origem.

E começa a quartona

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No mesmo fim de semana em que o Santos conquistava o título da primeira divisão, o Linense festejava o da segunda e Red Bull e XV de Piracicaba davam importantes passos rumo ao acesso na terceira, a bola começou a rolar na quarta divisão do futebol paulista - que, oficialmente, tem o nome de Segunda Divisão, não custa lembrar.

São 46 times atrás de quatro vagas na Série A3 de 2011. É um torneio extenso. Tem uma fase de grupos inicial que dura até agosto e subsequentes níveis de eliminação até os quadrangulares semifinais que decidirão o acesso, e serão jogados em outubro, e a final que indicará quem vai levantar a taça, cuja definição acontece só em 7 de novembro. Ou seja, tem muita bola pra rolar.


Entre os participantes, há equipes célebres, folclóricas e novatas-de-empresário. A participação mais ilustre é a da Internacional de Limeira, campeã paulista de 1986 e que tenta mostrar que ainda merece respeito. O Nacional da capital - treinado por ninguém menos que Vampeta! - também integra a primeira categoria, assim como o Jabaquara de Santos. A parte folclórica fica preenchida com a Matonense (que até poucos anos estava na primeira divisão) e o Radium de Mococa, o time com o nome mais divertido de pronunciar no Brasil (tente, em voz alta). Já quem gosta dos novatos-de-empresário podem se regozijar com a presença de Olé Brasil FC, Primeira Camisa, Desportivo Brasil e outros.

Este colunista declara, desde já, sua torcida para o Palestra de São Bernardo e seu rival mais tradicional, o Esporte Clube São Bernardo - que volta, neste 2010, ao profissionalismo, de onde esteve ausente por muitos anos. O São Bernardo Futebol Clube colocou a cidade na primeira divisão e seus co-irmãos (muito) mais tradicionais bem que poderiam seguir os bons passos.

O site da Federação Paulista tem a tabela e o regulamento da competição, vale dar uma lida. Inclusive, já nesse sábado (8) temos um clássico histórico, Nacional x Jabaquara. Bom programa para o fim de semana.

Coitada da pátria amada...

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Já escrevi aqui sobre a incrível capacidade que o brasileiro tem de esculhambar com propagandas governamentais, e outro dia fiquei sabendo de mais uma. O colega Neto lembra que, em seus tempos de serviço militar, na Baixada Santista, o pessoal gostava de avacalhar justamente a Canção do Exército - e isso em plena ditadura! Certo trecho do hino diz "Porém, se a pátria amada for um dia ultrajada, lutaremos sem temor". Pois o pessoal cantava: "Porém, se a pátria amada precisar da macacada, puta merda, que cagada!". Não à toa, Neto pegou cadeia algumas vezes naquele período...

segunda-feira, maio 03, 2010

Mosquito não é bobo

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E a ciência continua comprovando obviedades: segundo um estudo australiano recente publicado pela PloS One, o banco de dados online da Public Library of Science, pernilongos e outros mosquitos preferem sangue de quem bebe cerveja (o que desmonta a teoria do repelente no meio do mato). Para chegar a essa brilhante conclusão, os pesquisadores reuniram um bando de manguaças de 20 a 43 anos em Burkina Faso, na África, e analisaram a reação dos insetos diante de um grupo que bebeu cerveja e outro que bebeu água - e eu ressalvo que acho um absurdo esse tipo de tortura científica.

Os bêbados foram divididos em tendas com um complexo sistema de tubulação para circulação do ar entre as barracas. Ao final da experiência, os cientistas verificaram que o grupo dos bebedores de cerveja atraiu 47% dos mosquitos que foram colocados na tenda, contra 38% dos que beberam apenas água. "Desconsiderando características individuais de cada voluntário, o consumo de cerveja aumentou consistentemente a atratividade aos mosquitos", escreveram os autores do estudo.

Porém, a campanha anti-manguaça pode ganhar mais um motivo para proibir nosso sagrado direito de biritar: o estudo mostra relação entre álcool e aumento de doenças transmitidas por mosquitos e pernilongos. No caso da África Ocidental, região afetada massivamente pela malária, os cientistas sugerem que o consumo de cerveja seja mais controlado. Para quem insistir em beber, lembre-se que há malárias quem vem para o bem...

Santos campeão ou O dia em que a camisa era a alma de Ganso

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Aprendi a torcer para o Santos, em parte, ouvindo e cultuando histórias de times e partidas contadas pelo meu pai. Afinal, o torcedor de um clube que tem a trajetória do Peixe, das mais ricas do futebol mundial, tem quase como obrigação saber de pelo menos uma parte delas, vivenciar outras tantas e passar adiante esse legado.

E ontem, quando o Alvinegro já jogava com oito em campo, meu pai olhou para aquele camisa 17 santista e exclamou: "O Almir Pernambuquinho encarnou nele!". O controverso e tresloucado jogador que substituiu Pelé na segunda e terceira partidas da decisão do Mundial contra o Milan em 1963. Que não teve medo dos duros italianos e, mais que igualar na "pegada", os igualou no olhar. O atleta que, sem Zito e o Rei em campo, chamou a responsabilidade para si.

Era esse mesmo espírito que guiava o jovem Ganso ontem. Que guiou muitas vezes o esquadrão santista dos anos 60, que se apossou de Giovanni na memorável vitória contra o Fluminense em 95 e que em tantas ocasiões esteve presente na história do time que, como diz seu hino, defende a “bandeira que ensina, lutar com fé e com ardor”. Quando Dorival quis substituí-lo, não foi uma afronta ao técnico quando o garoto disse um rotundo "não". Ali, clamou por justiça e prometeu fazer valer sua presença no gramado.

E assim o fez. Mais do que a habilidade, confrontada sempre contra um mínimo de dois marcadores, o menino de 20 anos, o mais caro do Peixe, mostrou um "algo mais" que ainda não tinha aflorado totalmente. O mesmo "algo mais" que faz com que muitos brasileiros admirem o jeito de jogar dos argentinos ou que explica o fascínio de são-paulinos por uruguaios como os pouco habilidosos Forlán e Lugano. Às vezes, mesmo quando não primam pela técnica, os hermanos sabem que o jogo não se joga só com os pés, mas com a cabeça e com o coração.



E ontem Paulo Henrique reproduziu esses e tantos outros exemplos que fazem do futebol um esporte às vezes de dimensão épica. Aquela camisa alva do Santos era parte da sua alma. Soube dosar como um craque veterano a habilidade para dar um dos passes mais magistrais que já vi em um gol, o segundo do time, com a inteligência de cobrar um escanteio para ninguém (lance mais comum no futsal), ganhando um precioso tempo que sua equipe, em frangalhos, precisava para garantir o título. Segurou a bola, cavou lateral, escanteio e tomou até um safanão quando deu um chapéu que poderia ter provocado uma expulsão no rival. Nada o intimidou, nada o parou. Para Ganso, não foi apenas o jogo da consagração, foi o da convocação. O menino não é mais menino.

*****
Mesmo sem show, os dois gols do Santos foram obras de arte, evidenciando o talento de Neymar e dos ainda oscilantes Robinho e Marquinhos. Mas é preciso ressaltar dois grandes destaques defensivos que souberam segurar, nas finais e durante boa parte do Paulista, o rojão lá atrás: o incansável Arouca e o surpreendente Pará, que parece ter adquirido uma confiança nunca antes demonstrada em sua estada na Vila Belmiro. 

E Dorival Junior? Soube desde o início do seu trabalho reconhecer as características do grupo que tinha em mãos e jogou para frente. Ajudou jogadores a desenvolverem seu potencial, os mesmo que, nas mãos do antecessor, não tiveram como aprimorar o talento que já tinham. Mas lembrou um personagem vivido por Brandão Filho, no extinto humorístico Escolinha do Professor Raimundo, aquele mesmo que respondia bem todas as perguntas para errar barbaramente no final. Ao entrar na partida de ontem com Rodrigo Mancha no lugar do suspenso Wesley chamou o Santo André para o próprio campo e dificultou a saída de bola peixeira. Quando estava com menos jogadores, não tinha mais o que fazer a não ser se defender, mas erraria de novo ao tirar Paulo Henrique. Mesmo assim, o saldo é positivo, só que, a partir de agora, o treinador também deve atuar "mais concentrado"

*****

Claro que os "imparciais" secadores vão falar do gol anulado do Santo André. Mas esquecerão o pênalti não marcado em Arouca no mesmo jogo e em Neymar na partida anterior, que tomou pisão, foi agredido e não houve punição alguma a qualquer atleta do Ramalhão. Aliás, seria a única vez na História que um time que termina uma decisão com oito jogadores teria sido "beneficiado" por uma arbitragem venal... Haja chororô.

domingo, maio 02, 2010

Galo, 40 vezes campeão. Viva Marques

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Os campeonatos estaduais podem valer pouco, ou até valer nada.


Mas as histórias dos jogos são importantes, mais que os títulos.

Quem poderia imaginar um roteiro em que um ídolo no seu último ano de carreira entraria em campo para fazer um gol aos mais de 40 minutos do segundo tempo, de tão emocionado tiraria a camisa, arrancaria o pau da bandeirinha e improvisaria uma bandeira do time que diz amar, com mais de 60 mil pessoas gritando seu nome.

O roteiro de filme de sessão da tarde aconteceu de verdade. A emoção e o choro de Marques e sua comemoração depois do gol ficarão entre as imagens selecionadas por minha retina para o resto da vida. Mais que o 40 título mineiro do Galo.

Título que não foi fácil como se imagina ao ver o resultado de duas vitórias nas finais. O Ipatinga teve chances de complicar, mas mais que um futebol vistoso, o Galo parece ter amadurecido nas mãos de Luxemburgo. Faz o que é necessário para vencer e está bem armado taticamente. Embora, no último domingo, o Ipatinga também tenha colaborado. Precisando ganhar, ficou atrás quase o jogo todo tentando aproveitar algum contra-ataque milagroso. Quase não teve chance de gol e acabou com um merecido vice pela covardia.

Que na quarta venha o Santos. Promessa de jogão entre dois campeões. Não vi a partida deste domingo contra o Santo André porque assistia ao Galo na mesma hora, mas pelos lances parece ter vivido uma partida épica contra um valente Santo André. Daquelas que também valem até mais que o título.

sexta-feira, abril 30, 2010

Ao distribuir camisas do Brasil, Lula escala seleção de presidentes

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O presidente da venezuela Hugo Chávez foi agraciado, em visita ao Brasil na quarta-feira, 28, com uma camisa da seleção brasileira. Com a camisa 6, o mandatário venezuelano foi escalado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na lateral-esquerda.

O criador do PSUV, no poder há 11 anos, foi apenas o mais recente dos presenteados com o brinde. É só vir um presidente visitar o Brasil ou uma comitiva do Executivo nacional chegar a uma nação amiga que o protocolo do Itamaraty não hesita. Saca uma camisa da seleção brasileira e inclue o mimo, qual espelhinho para índio, ao interlocutor.

Foto: Ricardo Stuckert/Pr

A estratégia vem se intensificando e há quase uma seleção escalada com chefes-de-Estado e personalidades internacionais. Para alguns, o uniforme vem autografado pelos 22 preferidos pelo encarregado da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Outros tem até nome atrás. Em um terceiro grupo, estão os sem número. Isso sem falar nos que tentam mas não conseguem a vaga.

No time, jogam ocidentais e orientais – médios ou extremos. Com ajuda dos jornalistas Vitor Nuzzi, Jéssica Santos Souza e do sistema de busca das fotos oficiais do presidente, o Futepoca apresenta a escalação do time se Lula fosse Dunga.

A 41 dias do início da Copa, o xará de anão tem dúvidas em duas ou três dúvidas na convocação. Lula também mantém algumas posições vagas. Vai ver é para manter poder de barganha nas relações bilaterais.


O escrete

Lula pega no gol, porque se ele não distribuiu a 1 de Júlio César a ninguém é para guardar a posição. A maior prova disso foi a entrega em reunião do G-5, entre Brasil, China, Índia, África do Sul e México. O mandatário canarinho parecia mesmo técnico entregando colete em treino coletivo.

Foto: Ricardo Stuckert/Pr


Dai Bingguo, representante do presidente chinês Hu Jintao, ficou com a 2 na ocasião. Na posição de Lúcio, capitão do selecionado de Dunga, endereçou-se a Manmohan Singh, primeiro-ministro da Índia, com a 3. A 4 ficou com o sul-africano Jacob Zuma, enquanto a 5 foi para Felipe Calderón.

Mas nem todos desses têm vida fácil no time de Lula. A lateral-direita tem outros dois candidatos. Nicolas Sarkozy, da França, e Hosni Mubarack, presidente do Egito, também tinham, nas costas, o número disputado entre Maicon e Daniel Alves.

Foto: Ricardo Stuckert/Pr
Quase tão grave fica a situação para o mexicano. Ninguém menos do que Barack Obama, dos Estados Unidos, também tem a 5 na galeria de presentinhos da Casa Branca. Ele não é o cara da seleção de Lula, mas que se segure o Calderón!


Foto: Ricardo Stuckert/Pr
Só sem saber quem é o Gilberto Silva para mostrar
esse sorriso todo ao receber a 5

Foto: Ricardo Stuckert/Pr

Aliás, quem viu coerência em alocar Chávez na lateral-esquerda, por suas posições anti-imperialistas, pode tirar o cavalinho da chuva. A cara de poucos amigos do conservador presidente italiano Silvio Berlusconi é um sinal de que ele também vem para brigar pela meia dúzia.

A 10 é a mais disputada. Michael Sleiman, do Líbano, Jan Peter Balkenende, primeiro-ministro da Holanda, tiveram esse deleite. Até o cantor Bono Vox, votalista do U2, também recebeu a sua. A camisa que já foi de Pelé só é concedida com o nome do presenteado estampado.

A vantagem fica para Balkenende, que retribuiu uma 10 da Holanda com o nome de Lula nas costas. Se politicagem influenciar o brasileiro, a escalação na meia-esquerda da Laranja Mecânica pode ajudar. Bono Vox não entra, porque a seleção é só de chefes-de-estado.

Foto: Ricardo Stuckert/Pr
Lula ou Van Lulen?

O iraniano Mahmoud Ahmadinejad também tem a sua, mas o número não é conhecido. Quando Miguel Jorge, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, foi visitar a nação persa, apenas um fotógrafo compareceu ao troca-troca de agrados. A equipe do Desenvolvimento não pode ser muito retranqueira, mas nunca se sabe quando se trata de alguém que, por mais que se contraponha aos Estados Unidos e a Israel, representa um governo que é fundamentalista religioso.

Na de Nursultan Nazarbayev, presidente do Cazaquistão, também não tinha número. É o segundo polivalente dessa equipe.

Gordon Brown, premiê britânico, bem que tentou. Entregou a 7 de Beckham a Lula, mas não recebeu o troco. Cortado. Pior ainda para o candidato independente à Presidência do Chile, Marco-Enríquez Ominam, que além de não ter sido eleito, tampouco recebeu o manto auriverde.

Falando em quem não está lá, na seleção brasileira de presidentes falta ataque. A 7, 8 a 9, a 11 não foram distribuídas. Talvez seja uma uma questão de contenção de gastos.

Mas se for um 4-4-2, poderia ser escalado assim:

1- Lula

2- Hu Jintao/China (Nicolas Sarkozy/França; Hosni Mubarack/Egito)
3- Manmohan Singh/Índia
4- Jacob Zuma/África do Sul
6- Silvio Berlusconi/Itália (Hugo Chávez/Venezuela)

5- Felipe Calderón/México (Barack Obama/Estados Unidos)
7- Nursultan Nazarbayev/Cazaquistão
8- Mahmoud Ahmadinejad/Iraniano
10- Jan Peter Balkenende/Holanda (Michael Sleiman/Líbano)


9- ???
11- ???

Mesmo improvisando os sem-número no time, falta gente para o ataque. De duas, uma. Vai ver Lula montou um time mais retranqueiro do que o Henrique Meirelles no Banco Central.

Ajude o Lula nessa escalação.

quinta-feira, abril 29, 2010

Sofrido, aos 49, de pênalti, 1 a 0 sobre o Atlético-GO de Geninho

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O Palmeiras venceu. Por 1 a 0. Gol de pênalti, de Cleiton Xavier. Não foi uma atuação genial, só garantiu a vitória pelo menor placar possível. O Atlético-GO do técnico Geninho levou perigo no contra-ataque mas deixou, como é comum fazer na Copa do Brasil, a obrigação de atacar para o time da casa.

O Verdão atacou, criou mais chances, mas como nas partidas anteriores contra o também Atlético, mas do Paraná, ainda falta achar espaço para finalizar quando a bola chega perto da área adversária. A diferença em relação ao que o time apresentava no começo do ano é a capacidade maior de chegar com trocas de passes perto da área.

Os visitantes criaram chances de perigo, com bola na trave e milagre de Marcos, o Goleiro, no segundo tempo. Muito na base de contra-ataques. Mas a defesa anda funcionando razoavelmente, com menos faltas.

Cleiton Xavier, de volta depois de cinco jogos de contusão, foi o dono do meio de campo, ao lado de Lincoln. Jogou bem, deixou claro que é titular.

Robert e Diego Souza ficaram no ataque, mas esses atletas tiveram participações limitadas: não fizeram gol. Ambos foram substituídos.

O primeiro, camisa 20, deu lugar a Ewerthon, que não salvou a pátria. Já Diego Souza, quando saiu para Paulo Henrique entrar, sentiu o que é a turma do amendoim. Após uma sequência de partidas em que não está jogando o que pode nem o que acostumou a torcida a esperar, o camisa 7 levou uma vaia.

O que piora o humor de Diego é que o repatriado da Holanda Paulo Henrique foi quem sofreu o pênalti, aos 48 do segundo tempo, que deu origem ao único gol do jogo. Contornos de ziguezira na vida do meia palmeirense.

Para este torcedor, Diego está, no mínimo, sem ritmo de jogo. Embora eu tenha uma impressão danada de que ele esteja fora de forma.

Marcos Assunção estreiou bem, com direito a uma sequência de cinco escanteios. Com Cleiton Xavier na função de cobrar faltas e escanteios, o time não costumava conseguir esses momentos de mais pressão.

O time continua precisando se acertar mais, mas melhora com os reforços que chegam. Opções importantes para o elenco, pensando no brasileirão.

quarta-feira, abril 28, 2010

Da proxima vez, só com cardiologista do lado

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Galo e Santos fizeram a melhor partida de futebol que vi este ano, por conta das chances para os dois times. Como atleticano, achava e ainda acho o Santos favorito. Basta ganhar de 1 a 0 na Vila na próxima semana.


Mas o Galo, e principalmente Tardelli, autor de três gols, mostraram que o confronto ainda não está definido. No próximo jogo, a única certeza que tenho é que sairão gols, porque os dois times têm ataques melhores que suas defesas.

Luxemburgo deve escalar um time mais recuado que no Mineirão, principalmente porque o Galo cansa mais que o Santos ao final da partida. Pode até dar certo, mas não é uma receita que tem funcionado para quem enfrenta o Peixe.

De concreto, a única coisa que dá para falar ainda no calor do jogo é que só assisto com meu cardiologista do lado, com uma caixa de calmantes ou com várias cervejas na cabeça.

Barcelona está fora da Copa dos Campeões

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O Barcelona foi eliminado da Copa dos Campeões da Europa. O time venceu por apenas 1 a 0 sobre a Internazionale de Milão na partida de volta. Na ida, os italianos aproveitaram o apoio da torcida e venceram por 3 a 1.

O time da casa teve um gol anulado aos 40 do segundo tempo, com uma falta marcada em que a bola bateu na barriga do jogador da representação espanhola. Mas Thiago Mota, volante revelado no Juventus da Mooca, havia sido expulso ainda no primeiro tempo.

No primeiro jogo do feriado futebolístico desta quarta, deu Júlio César sobre Messi.

O melhor time da Europa não tem mais chances de vencer o principal título do Velho Continente.

Por um lado, é triste, porque ressuscita toda a ala retrógrada e reacionária dos fãs do esporte bretão que prefere a retranca a todo custo. Preferir ganhar, tudo bem. Mas optar pela retranca é dureza

Por outro lado, considerando-se que o time que apresenta o melhor futebol da América do Sul, o Santos, não está na Libertadores, pode ser melhor assim. Quem sabe marcam um amistoso entre as equipes?

Som na caixa, manguaça! - Volume 53

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PEITO VAZIO
(Cartola/ Elton Medeiros)

Cartola

Nada consigo fazer
Quando a saudade aperta
Foge-me a inspiração
Sinto a alma deserta
Um vazio se faz em meu peito
E de fato eu sinto em meu peito um vazio
Me faltando as tuas carícias
As noites são longas
E eu sinto mais frio

Procuro afogar no álcool a tua lembrança
Mas noto que é ridícula a minha vingança
Vou seguir os conselhos de amigos
E garanto que não beberei nunca mais
E com o tempo esta imensa saudade
Que sinto se esvai

(Do LP "Cartola", Discos Marcus Pereira, 1976)

Quatro jogos nesta quarta? Feriado já!

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Esta quarta-feira, 28 de abril, abriga quatro jogos que eu quero ver. Quatro confrontos em três competições, um à tarde e três à noite, considerando o horário de Brasília.

Às 15h45, tem Barcelona e Internazionale de Milão pela Copa dos Campeões. Ao que consta, é a primeira partida da competição transmitida pela Globo no meio da tarde. Isso dá a dimensão de quanta gente quer ver Messi, o c#$%#$#@, superar Júlio César e Lúcio – ou vice-versa.

Às 19h30, o Universitário de Lima enfrenta o São Paulo, só na TV a cabo. Com Washington e tudo. É, de longe, a partida menos interessante do dia, mas só porque o dia é incrível. O jogo também é obrigatório aos fãs do ludopédio.

Às 21h50, tem Corinthians e Flamengo pela Libertadores. O clássico de peso, o jogo da rodada (de cerveja) e todas as outras piadas que cabem com a presença de Ronaldo, o obeso, e Adriano, outrora Rei da Cocada Preta.

No mesmo horário, Santos e Atlético-MG se encontram. É a primeira partida de Vanderlei Luxemburgo contra seu ex-time. A sensação do futebol brasileiro quer inserir, goela abaixo no técnico do Galo, um bom futebol para explicar onde foi que ele errou. O um dia estrategista Luxemburgo quer fazer bonito para, à lá Zagallo, garantir a deglutição no sentido contrário.

Eu quero assistir a todos os quatro jogos. Para isso, preciso me concentrar desde já.

Avise o chefe: hoje é feriado.


Daqui três dias, no sábado, é dia 1º de maio, dia do trabalhador – ou do Trabalho, se a gente pensar nesse termo como oposição ao Capital (com K). O que custa antecipar o feriado que, afinal, cai num sábado, para esta quarta?

Feriado já!

Foto: Gustavo Minas/Flickr

terça-feira, abril 27, 2010

Uma provocação ao ditador Getúlio, há 70 anos

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Quando estive no Pacaembu pela primeira vez, em janeiro, nem me lembrei de que o estádio estava prestes a completar 70 anos, o que ocorre hoje. E a comemoração acontece em grande estilo, com o belo time do Santos decidindo o Paulistão em duas partidas no estádio, contra o (ótimo) Santo André. Nem me atrevo a entrar nas histórias épicas do Pacaembu nessas sete décadas, pois isso dá mais que um livro. Anteontem, no bom programa "Grandes Momentos do Esporte", da TV Cultura, Rivellino e o ex-santista Edu relembraram passagens memoráveis de suas carreiras no estádio, com imagens raras.

Mas o que eu gostaria de recuperar nesse post é um fato político ocorrido no dia da inauguração do estádio. Considerado persona non grata no estado de São Paulo, depois de ter sufocado e vencido os paulistas na revolta "constitucionalista" de 1932, o presidente da República na época, Getúlio Vargas (levado ao poder por um golpe militar em 1930 e confirmado como ditador por novo golpe, em 1937), evitava ao máximo confrontar seus desafetos. Para se ter uma ideia da hostilização, a cidade de São Paulo é, talvez, a única capital de estado brasileira que não possui uma grande avenida ou um local importante batizado com o nome de Vargas. Mas o presidente não podia se ausentar da inauguração do Pacaembu e, a contragosto, compareceu (foto à direita).

Como ocorre em toda ditadura, seria impensável que a população vaiasse ou fizesse qualquer gesto ofensivo ao ditador - o que poderia resultar em prisões, pancadaria e até mortes. Getúlio Vargas saudou a multidão sob um silêncio forçado. Porém, a criatividade do povo deu "um tapa com luva de pelica", como se dizia antigamente, no ditador: quando a delegação do São Paulo Futebol Clube deu a volta na pista de atletismo (foto abaixo), a multidão esqueceu o futebol e, numa nítida manifestação de orgulho pelo nome de seu estado e de sua capital, aplaudiu de pé e aos gritos. Consta que Vargas entendeu a provocação, pois as pessoas berravam "São Paulo! São Paulo!" e olhavam em direção à bancada presidencial, mas permaneceu sério e não esboçou reação. Nenhuma delegação de outro clube, naquele dia, foi saudada dessa forma. Um belo exemplo de como, às vezes, a política consegue superar todos os ódios futebolísticos em torno de uma causa comum. Ah, e esta passagem deu origem ao apelido de "o mais querido" para o time do São Paulo.

Time 'do povo'

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Do diretor de marketing do Corinthians, Luis Paulo Rosenberg, ao justificar o descarte de um terreno em Itaquera, na Zona Leste paulistana, para a construção do sonhado estádio do clube (o grifo é nosso):

- Em função do público da região, não nos permite cobrar valores como os praticados hoje no Pacaembu.

(Do Lance! de hoje, coluna "De Prima", página 2)

segunda-feira, abril 26, 2010

Como assim?

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Na página C6 do Estadão de ontem, sobre a preferência do roqueiro Lobão pela cidade de São Paulo, onde mora, uma informação peculiar:

Em 1984, perdeu a mãe, que se suicidou. No enterro, tocou bumbo com a camisa do Botafogo.

São Bernardo, Linense, Noroeste e Guaratinguetá estão na primeira divisão paulista

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Enquanto o título da série A1 do Paulista fica mais perto do Santos, estão definidos os times que ascenderam da A2. São Bernardo, Linense, Noroeste e Guaratinguetá participam da elite paulista do futebol em 2011. A decepção foi o União São João de Araras, que terminou a primeira fase em primeiro, mas pereceu.

Os 20 clubes enfrentaram um primeiro turno em que todos jogaram contra todos uma vez só – a exemplo da A1. Oito passaram para a segunda etapa formando dois grupos para jogos em turno e returno. Aquela história, o primeiro, quarto, quinto e oitavo de um lado, e segundo, terceiro, sexto e sétimo do outro. Sobem quatro, dois líderes de cada grupo.

Curioso é que os classificados de cada grupo se enfrentam, para cumprir tabela e definir quem fica em primeiro e quem fica em segundo de cada chave na próxima rodada. Coincidência curioas.

O Linense não sabia o que era primeira divisão do estadual desde 1957. Foram cinco anos de elite, até cair – e cair, e cair. Agora, em 2010, a equipe de Lins, comandado por Vilson Tadei, terminou a primeira fase em segundo com 40 pontos. Apesar de perder para o São Bernardo, venceu por duas vezes tanto o União Barbarense quanto o Paec.

O time da cidade onde o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva surgiu para o mundo da política também subiu. A região do ABC, além de ter um representante na final da primeira divisão, tem festa com outro clube que sobe. Santo André e São Caetano já tinham equipes entre os 20 melhores do estado. O estádio 1º de Maio abrigou o empate com o Paec que garantiu a vaga para o clube fundado em 2004.

Do outro lado, o Noroeste conseguiu a vaga com um empate contra o São José, no Vale do Paraíba, no estádio Martins Pereira. Com dez pontos, o Norusca volta à A1, de onde caiu em 2009. É o ioiô caipira. Azar dos outros clubes, que vão ter de pagar muito pedágio para enfrentar a equipe bauruense.

Outro que caiu em 2009 e volta agora é o Guaratinguetá. O time goleou o União São João por 4 a 1. Para um time que ficou em primeiro da A1 em 2008, a queda no ano passado foi um golpe. Mas o clube superou e agora tem a Série B do nacional pela frente.

A definição do campeão depende da última rodada. O time de melhor retrospecto no geral entre o primeiro de cada grupo leva o caneco. Linense só precisa de um empate para confirmar o caneco.

Que venha a primeirona!

Em tempo: os mascotes estão no site da Federação Paulista de Futebol.

domingo, abril 25, 2010

Larica Total, a cozinha do manguaça, a culinária de guerrilha

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Há tempos estou para escrever sobre o Larica Total, programa do Canal Brasil que é um colírio para nós, manguaças e invariavelmente lariquentos das horas bizarras e desgustadores de alimentos de origem duvidosa.

O programa é mesmo a cara do companheiro Marcão, que aqui escreve assiduamente, passa pela coluna “pé redondo na cozinha”, do chef Marco Xinef e é o retrato da minha e de muitas outras cozinhas brasileiras, as cozinhas de guerrilha!

Larica Total vem arrebatando corações nos últimos meses, isso porque Paulo de Oliveira, o chef solteirão que cozinha com o que tiver na geladeira e o que o fígado aceitar, fala a nossa lingua, retrata a cozinha do manguaça, a culinária de guerrilha, o cotidiano de nós, que somos trabalhadores deste país.

Justamente por isso o Futepoca deveria propor um episódio para participarmos. E para nossa inspiração, abaixo o ótimo episódio onde Paulo de Oliveira recebe o chef Claude Troisgros. Atenção para a receita de crepe flambado com cachaça e a degustação de vinhos abaixo de 10 reais!

Para os interessados, Larica Total dá seu recado, via Twitter, para o final deste domingo: @laricatotal Hj vou curtir o Santos, tá com um futebol moleque, meu estilo. Depois tem larica total, 20h30m no canal brasil! Cesar Salad!

sexta-feira, abril 23, 2010

Corinthians e Flamengo nas oitavas da Libertadores

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O Corinthians fez mais uma partida segura e sem grandes emoções na noite desta quarta, contra o Independiente de Medellin. Acabou 1 a 0, em gol contra de Valencia após desvio de William em cobrança de lateral de Roberto Carlos.


O gol premiou um bom começo do Corinthians, que abafou o time colombiano e teve uma boa meia dúzia de chances até uns 20 minutos do primeiro tempo. Depois disso, 1 a 0 no placar, a equipe engatou uma marcha lenta e assim foi até o final, num jogo de dar sono.

Sobre o gol, um parenteses. Primeiro, esse é apenas o segundo gol de que me lembro que sai de uma dessas cobranças de lateral direto na área, jogada característica do zagueiro Gralak. O outro gol foi da Seleção Brasileira Feminina, em lateral acrobaticamente cobrado pela jogadora Leah.



Agora o bicho pega

Definidos os confrontos das oitavas de final, o Corinthians tem o Flamengo pela frente. O Clássico das Multidões. Pedreira. Mesmo com o clima bagunçado do time da Gávea, que pode trocar de técnico e de presidente de futebol na mesma semana.

Agora começa de verdade a parte difícil do torneio continental. O parceiro Blog do Carlão fez uma tabelinha simpática (que eu reproduzo aqui) e uma projeção bastante otimista para os alvinegros.


Na minha opinião, o brasileiro com adversário mais difícil nessa fase é o Inter, que pega o argentino Banfield. Sem contar Corinthians e Flamengo, que fazem o grande jogo das oitavas.

Classificados todos os brasileiros, poderemos ter Inter x Estudiantes e São Paulo x Cruzeiro já nas quartas. Dois jogaços.

Na chave de Corinthians e Flamengo, os adversários mais complicados parecem ser o Vélez Sarsfield e o Once Caldas.

E aí, quem arrisca palpitar?

Dourado, Cônsul Cultural do Internacional! Assim não dá...

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Que me desculpem os amigos colorados, mas que história é essa de nomear Marcelo Dourado como Cônsul Cultural do Inter?
Eu que assisti a vitória do Inter por 3 a 0 em cima do Deportivo Quito, pela Libertadores na noite desta quinta-feira, fiquei absolutamente indignada...

Além da polêmica se o tal do Dourado é ou não homofóbico, o que o vencededor do BBB 10 fez ou faz para, na beira do gramado do Beira-Rio, receber o título de Cônsul Cultural?
No mínimo, ter propagado a máxima que homens heterossexuais não contraem o vírus HIV.

Coisa de marketeiro mesmo, que papelão!

quinta-feira, abril 22, 2010

Acorda, Dunga!

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Campanha voluntária de 15 amigos, auto-intitulados "Amantes do Futebol Arte", em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul:



São 10 outdoors espalhados pela cidade, ao custo de R$ 7 mil. E tem tudo pra se alastrar por outras capitais. E aí, Dunga?

Copa do Brasil avança para as quartas

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Praticamente definidos confrontos das quartas-de-final da Copa do Brasil. O melhor jogos deve ser entre Santos e Atlético-MG. Mas pode ter também um Grêmio e Fluminense (ou Lusa) e Vasco e Vitória.

Indefinido ainda está o adversário do Palmeiras, entre Atlético-GO e Santa Cruz. Os goianos têm vantagem depois de vencer em Recife por 2 a 1.

O Fluminense tem tudo para garantir a classificação depois de vencer por 1 a 0 no Canindé a Portuguesa paulistana. Se isso ocorrer, enfrenta o Grêmio, que perdeu para o Avaí por 3 a 2 na Ressacada, mas se classificou por ter vencido por 3 a 1 no Olímpico.

O Vasco confirmou a vaga sobre o Corinthians-PR depois de vencer por 1 a 0 no primeiro jogo em Curitiba.Enfrenta o Vitória, que tampouco precisou muito esforço para confirar a vantagem de 4 a 0 sobre o Goiás de Jorginho, Fernandão e companhia.

O Santos sofreu a segunda derrota para times alviverde na temporada. Foi apenas o terceiro revés contra qualquer time, e desta vez sem os meninos da Vila em campo. Tudo bem, mesmo contra os alviverdes, foram três jogos e o saldo de gols continua com ampla margem pró-Peixe (13 marcados contra sete sofridos). Tudo bem, são poucas as possibilidades de fazer troça dos alvinegros da Baixada neste ano, a gente tem que aproveitar.

O melhor futebol jogado no Brasil atualmente vai enfrentar o time comandado por Vanderlei Luxemburgo. Os mineiros venceram por 2 a 0 o Sport na Ilha do Retiro. Tinha vencido no Mineirão por 1 a 0. Será o primeiro confronto entre o Peixe e seu ex-técnico. Diversão à vista.

Para resumir
Com os mandantes da primeira partida – definidos em sorteio – apresentados primeiro, os confrontos ficaram assim:

Chave de um lado:

Vitória x Vasco
Santa Cruz ou Atlético-GO x Palmeiras

Chave do outro lado: 
Grêmio x Fluminense ou Portuguesa
Santos x Atlético-MG

Gol a 2 minutos do fim garante vaga do Palmeiras na Copa do Brasil

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O Atlético-PR cedeu o empate aos 43 minutos do segundo tempo e deixou a vaga nas quartas-de-final da Copa do Brasil para o Palmeiras, na Arena da Baixada. Os visitantes jogaram bem especialmente no segundo tempo, mas por preciosismo, incompetência e raça rubronegra, saiu perdendo.

Alan Bahia abriu o marcador aos 32 do segundo tempo, em pênalti inexistente de Léo sobre Bruno Mineiro. Lincoln empatou em jogada triangulada entre Márcio Araújo e Ewerthon.

Ufa!

Com um jogador a mais e pênalti perdido, o Palmeiras jogou bem e, comportamento questionável à parte, se classificou. Enfrenta o classificado entre o Atlético-GO e o Santa Cruz, sendo que o time goiano venceu a primeira partida.


A torcida do Atlético-PR foi a campo com o rosto pintado de preto em função da denúncia do zagueiro Manoel contra o ex-atleticano Danilo, por ofensa no primeiro jogo, no Palestra Itália. Ambos correm risco de suspensão pela troca de infâmias (cabeçada versus cusparada e xingamento racista).

O pior é que teve episódio de racismo no fim de semana da torcida do Coritiba contra o mesmo Manoel. Bem triste a sequência.



Sobre o jogo, o goleiro Neto do time da casa foi muito bem e evitou pelo menos três gols do Palmeiras. A começar por penalidade máxima cobrada por Robert com paradinha mal-sucedida. Na falta dentro da área, Bruno Costa tomou o segundo amarelo.

Na segunda etapa, o alviverde voltou melhor, dominou as ações, mas não tirou o zero do placar. Por preciosismo e incompetência.

Diego Souza continua ausente. É claro que ele é bom jogador, tem um domínio e visão de jogo diferenciados, mas não tem conseguido fazer isso render. Jogar como meia-meia faz o atleta render menos do que no ataque desde que chegou ao time, em 2008. Nesta quarta-feira, 21, não resolveu. E estar em campo com dois atacantes funciona melhor.

Quando Ewerthon entrou na vaga de Pierre, o time melhorou. Aliás, ele e Márcio Araújo pareciam os jogadores com a cabeça mais no lugar do time, mesmo depois de sair perdendo. O restante oscilava entre falta de fôlego e de recursos técnicos para lidar com o esférico.

Foi dos dois que saiu a jogada, meio atrapalhada, é verdade, que garantiu a igualdade e a classificação.

Um resultado que coroa a evolução do time mais em termos de disposição do que de técnica. Só precisa chutar contra a meta adversária quando a zaga abre para deixar a vida dos torcedores mais feliz. Bom, tem que acertar os chutes também, mas disso eu reclamo quando aumentar a objetividade.

quarta-feira, abril 21, 2010

4h10min

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Esse foi o tempo que gastei para comprar ingressos para o primeiro jogo da final do Campeonato Paulista, Santo André x Santos, que acontece nesse domingo, no Pacaembu. Entrei às 9h30 na fila que se formava nas bilheterias do Estádio Bruno José Daniel, em Santo André, e saí de lá às 13h40.

Pelo que leio na internet, o problema se repetiu em outros lugares. O UOL conta que o Pacaembu também teve gente que esperou mais de três horas. Amigos relataram de espera de mais de duas horas na Vila. E tenho certeza que o pessoal que chegou bem depois de mim ao Bruno Daniel inveja as quatro horas que permaneci lá - arrisco dizer que eles não levaram menos de seis horas para efetuar suas compras. Menos mal que hoje era feriado. Foi esse o motivo, é claro, que levou muita gente às bilheterias nos diferentes pontos de venda.

Dois registros importantes
O primeiro é que nesse tempo todo que permaneci na fila, vi poucas ou praticamente nenhuma ocorrência de "malandrões" furando fila. E nem cambistas. Essas duas pragas, inerentes aos grandes jogos de futebol, felizmente não estavam presentes no Bruno Daniel.

E o segundo é que a fila que levei quatro horas para concluir, diferentemente do que deve estar achando o leitor, não era das maiores. Não mesmo. Sim, era grande, mas jamais imaginei que ficaria ali por quatro horas. Arrisco dizer que estavam na minha frente, quando cheguei à fila, pouco mais de 65 pessoas. Ou seja: não era um contingente de pessoas que justificasse tamanha espera.

O que houve foi uma injustificável e absurda demora das pessoas nos guichês. Não por culpa dos clientes, que fique claro. A questão é que se fazia - PARA CADA COMPRADOR - um cadastro na hora. Medida correta, para evitar as cada vez mais frequentes fraudes no universo da meia-entrada. Mas que precisa ser otimizada, e em caráter de urgência. Não dá, não faz sentido um torcedor demorar tanto tempo em uma fila não das maiores. É preciso evolução.


O post aborda um tema que tenho destacado com relativa frequência aqui no Futepoca, a questão do desconforto a qual é submetido o torcedor que vai ao estádio. Acho importante ressaltar esse ponto porque rotineiramente ele é relegado a segundo plano - e fala-se da violência como sendo o único e maior mal no mundo do futebol. Estive hoje no estádio por quatro horas e não vi uma cenazinha sequer de violência - e olha que muitos torcedores do Santo André estavam lá, com suas camisas, comprando suas entradas. Mesmo quando não há violência, o desconforto impera. E se não podemos mudar a cabeça das pessoas, podemos mudar o que é oferecido a elas - o que pode fazer com que elas mudem suas atitudes. Tenho convicção que violência e desconforto andam juntos. E dá para corrigir um problema com certa facilidade, e aguardar para que o outro passe por uma melhora gradual.

terça-feira, abril 20, 2010

Deixa ver se eu entendi

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Leiam as afirmações do goleiro (chorão) Rogério Ceni à Rede Bandeirantes:

- Com tanto juiz bom que temos por aqui, tirar um árbitro de uma suspensão para colocar para apitar aqui na Vila Belmiro contra um time leve. Era óbvio que iria chegar aqui e distribuir cartão para todo mundo.

Eu traduziria assim: "Contra um time leve, rápido e técnico, o adversário está autorizado a descer a botina, sem dó. Por isso, é preciso um juiz condescendente, estilo Libertadores, que deixa o pau quebrar e o jogo correr". É isso?

Parágrafo a parágrafo, a matéria de capa de Veja

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A matéria de capa de Veja traz José Serra com a mão no queixo, exibindo um sorriso de dentes clareados e prontos para a corrida eleitoral. Segundo alguns, uma cópia da Times com Barack Obama. Mas há diferenças sérias na chamada de capa. Um aponta quem vai ganhar, outro sugere quem deve ganhar – ambos os casos na opinião do respectivo veículo, frise-se.

Mas melhor criticar lendo do que sem ler. Então, bora ler e comentar, parágrafo-a-parágrafo, a matéria de capa da semanal da editora Abril. Eu até queria ler o artigo de Dilma Rousseff anunciado sobre o cabeçalho, mas é restrito a assinantes.


Leia mais

segunda-feira, abril 19, 2010

Orelhadas de bar (3)

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Quatro da tarde. Sábado. Bar da Graça. Cinco elementos jogam baralho.

- Ô, Valdir, para de tomar conhaque! Vai passar mal.

- Vou nada, rapaz. Aqui é só fortaleza.


Alguém surge com um prato de esfihas, não se sabe de onde. Oferecem, mas declino. A dona do bar aparece com mais uma garrafa de Dreher. Eles alternam com cerveja.

- Sabe que uma vez tomei um porre desse negócio? Quase morri.

- Foi numa pescaria, não foi?

- Não, eu tava no sítio do meu tio. Bebi três garrafas desse conhaque e fiquei passando mal. Não conseguia botar pra fora.

- E aí? Foi parar no hospital?

- Não, eu fui tentar subir no cavalo e caí. Ele me deu um coice na barriga e eu despejei toda a bebida pra fora.


Risadas gerais. Passa um cachorro e jogam um resto de esfiha pra ele. Peço a conta.

Mineiro tem só dois times: Galo e Ipatinga

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Como sempre se diz, o campeonato mineiro tem apenas dois times. Neste ano, Atlético e Ipatinga foram os que restaram para fazer a final. Isso depois de o Galo ganhar a primeira partida e empatar a segunda com o Democrata de Governador Valadares e o Cruzeiro ser eliminado com um empate (em Ipatinga) e uma derrota por 3 a 1 (Mineirão).


Em relação às duas partidas decisivas, o Jogo do Galo foi muito chato. Com a vantagem do empate, Luxemburgo entrou com três zagueiros e dois volantes. Como o Democrata não saiu para o jogo, a partida ficou amarrada. As melhores chances foram do Galo, que abusou de perder gols, mas conseguiu se classificar.

Roubou e não levou
Ontem, o Cruzeiro perdeu de 3 a 1 e poderia ter levado de 6, não fosse a arbitragem. No primeiro tempo anulou um gol e deixou de marcar dois pênalties para o time do Vale do Aço. Num deles, o goleiro Fábio saiu no meio do corpo do jogador, sem bola. Um dos penais mais penais que já vi.

O juiz, aquele que já foi denunciado por trabalhar para o presidente do Conselho Deliberativo do Cruzeiro, nada marcou.

No segundo tempo, mais um impedimento errado com Alessandro sozinho na frente do goleiro. Depois vieram os gols do Ipatinga e a expulsão de um zegueiro do Cruzeiro. Mas, para compensar, o juiz expulsou dois do Ipatinga e marcou um pênalti para o Cruzeiro. Nada adiantou. Quem quiser ver os lances, clique aqui.

Santos 3 X 0 São Paulo - E os meninos engoliram os lobos

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O clássico das semifinais entre Santos e São Paulo começou quente antes mesmo do início da partida. O Tricolor mudou o time, provavelmente por conta da segunda etapa do primeiro jogo no Morumbi, quando a equipe pressionou o Peixe mas não evitou a derrota. Além de Cicinho e Richarlyson nas laterais, Ricardo Gomes sacou Washington e pôs Fernandinho ao lado de Dagoberto no ataque, enquanto Cléber Santana começou como titular.

Dorival Júnior também mexeu para evitar que o São Paulo ganhasse o meio de campo. Colocou Pará na lateral-direita, deslocou Wesley para a meia e tirou André do time. A mudança não só fez com que Wesley jogasse em uma zona do campo onde se sente mais confortável como também sanou a marcação problemática no lado direito da defesa onde Pará, limitado tecnicamente mas eficientíssimo no posicionamento, barrou as investidas tricolores.

Mas nem por isso o Santos abdicou de atacar. As principais chances do primeiro tempo foram alvinegras, sendo uma delas fruto de um primoroso passe de Neymar para Robinho, aos 5 minutos, que desperdiçou por chutar ao invés de passar. Hernanes, principal destaque do adversário no jogo anterior, não conseguia sair da marcação de Arouca e a equipe do Morumbi não chegou a ameaçar o gol peixeiro.



Já no segundo tempo, como a toada seguia a mesma, Ricardo Gomes resolveu mudar e colocou Washington no lugar de Cléber Santana aos 10 minutos. Mas foi o Alvinegro que marcou aos 15, em uma incrível sequência de passes em que a equipe fez a bola rodar pelo campo todo e, pacientemente, achou a oportunidade de gol. Marquinhos viu Neymar livre e cruzou para o atacante que, empurrado por Alex Silva, concluiu quase no chão, com o ombro ou o braço, conforme a interpretação da imagem que nem em slow motion fica clara.

O São Paulo até tentou responder aos 19, quando Washington exigiu pela primeira vez Felipe, que se saiu bem. Contudo, com a partida quase na mão, o Santos mostrou o que já tinha evidenciado na primeira etapa: a equipe tem meninos que parecem moleques peladeiros quando pegam na bola, mas que também são adultos, maduros, apesar dos céticos e dos secadores torcerem para que não fossem. Conseguiram controlar o jogo e quem parecia imaturo era o time do Morumbi, errando jogadas de forma grotesca e fazendo faltas algo desnecessárias, algo violentas.

Foi assim que aos 26 Alex Silva de novo resolveu fazer falta em Neymar dentro da área, pênalti não marcado que renderia a expulsão do defensor. E onze minutos depois, em jogada bem mais duvidosa e cavada, pênalti de Miranda em Neymar. O garoto, que não treme, chamou a responsabilidade e, com nova parada na batida, deslocou Rogério Ceni. O arqueiro desta vez não teve moral para reclamar da cobrança.

Mesmo sem Neymar e Robinho, já no banco, o Peixe conseguiu ampliar com outro jogador que tem sido muito útil quando entra. Madson fintou pela esquerda e cruzou para Paulo Henrique Ganso fazer o dele. Um 3 a 0, a terceira vitória em três clássicos contra o São Paulo, 8 a 3 no total. Será que vão dizer de novo que o adversário era fraco?

*****

Duas personalidades receberam respostas diretas e indiretas de jogadores santistas após o clássico. Primeiro foi o presidente do São Paulo Juvenal Juvêncio, que disse que na primeira partida os meninos estavam “tão apavorados que quase desceram a serra” e depois em entrevista a uma rádio ainda deu seu brilhante parecer de que o Santos era “time médio ou pequeno”, ao comentar a distribuição de cotas de televisão. O cartola demonstrou não apenas despeito e desrespeito como também o desconhecimento de como funciona a distribuição dos recursos obtidos pela venda de direitos televisivos em outros países.

"O São Paulo falou demais. O Santos é grande, muito grande, e merece respeito. Faltou respeito deles. (...) O Santos chegou com méritos, jogando futebol e respeitando o São Paulo", declarou Léo, que teve a companhia de Edu Dracena nas críticas. “Ele [Juvenal] falou muito, só que tirando 20 ou 30 minutos do clássico no Morumbi, o Santos foi superior o tempo todo. Hoje, fomos superiores ao São Paulo durante os 90 minutos. O Juvenal fala o que quer, e a gente não tem que dar resposta a ele.”

Mas outra figura, até pouco tempo recebida com louros e tapete vermelho na Vila Belmiro, também mereceu resposta. Vanderlei Luxemburgo, além de ter falado equivocadamente (pra ser gentil) que lançou Neymar (que ele deixava na reserva ora de Jean, ora de Róbson) e Ganso, durante a semana foi além e resolveu secar deliberadamente o clube que o acolheu quando não conseguiria emprego em lugar nenhum. “Eu não sei se essa molecada do Santos consegue segurar a pressão. (...) Não sei se o Robinho aguenta, se o Edu Dracena, que é o capitão (sic), aguenta", disse o “gênio”.

Impressionante não apenas a análise com ares de torcida, mas a total falta de ética de colocar em dúvida os brios de dois ex-atletas seus, do Cruzeiro de 2003 e do Santos de 2004. "Não vou citar nome de ninguém. Mostramos que nosso time não tremeu, se não jogou no ano passado, esse ano jogou com o Dorival", declarou Léo, fazendo a referência ao ex-técnico santista e acertando em cheio ao não citar sequer seu nome. Ele não merece.

Rede Globo entra de vez na campanha. De Serra

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Essa eu vi hoje no Conversa Afiada, do Paulo Henrique Amorim. Aproveitando o mote de que "o Brasil pode mais", do candidato tucano José Serra, e o conveniente aniversário de 45 anos da emissora (número do PSDB), a Globo perdeu totalmente o pudor e lançou uma inacreditável peça de "propaganda eleitoral". Reparem que eles dizem que querem "mais educação e saúde", o que não tem nada a ver com o aniversário ou com a programação televisiva:



Alguém tem dúvida sobre o chumbo grosso que virá sobre Dilma Rousseff?

Atualização às 17h50
Deu no terra: Globo decide suspender comercial acusado de ser pró-Serra

O vídeo original foi retirado, e a versão foi republicada por outros usuários do Youtube.

Caso saia do ar de novo, a transcrição do texto:

Nova idade com muito mais vontade de querer ainda mais qualidade. Emoção? Mais. Alegria a gente traz. E a diversão, vamos atrás. Mais informação, a gente é capaz. Todos queremos mais. Educação, saúde e, claro, amor e paz. Brasil, muito mais. É a sua escolha que nos satisfaz. É por você que a gente faz sempre mais.
São sete vezes a palavra "mais" em 30 segundos, além de incluir "Brasil, muito mais". Isso dá um "mais" a cada quatro segundos.

domingo, abril 18, 2010

Rita Cadillac, futebol, política e cachaça

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Na sexta-feira, 16, chegou a salas de São Paulo e Rio de Janeiro o documentário Rita Cadillac, lady do povo. Em Belo Horizonte e outras praças, foi na semana anterior. O longa de Toni ventura foi produzido em 2007, teve uma versão preliminar exibida no SBT, e agora recebeu um novo corte para ir às telonas.

Foto: Divulgação


A ex-chacrete foi a única que se manteve no universo das celebridades, como cantora e dançarina, além de algumas pontas como atriz. Ela protagonizou situações incríveis, como shows sensuais para garimpeiros de Serra Pelada na década de 1980, e para detentos do Carandiru nos 1990. Uma mulher, ou uma bunda, em meio a mil ou 50 mil homens.

Todas as resenhas a respeito destacaram a tentativa de se desmistificar ou desconstruir a personagem, mostrar Rita de Cássia Coutinho como alguém diferente de Rita Cadillac.

Toni Ventura, o diretor, conseguiu depoimentos surpreendentes e uma empatia enorme com a protagonista. O resultado são muitas histórias divertidas, algumas assustadoras, e umas poucas sobre futebol, política e cachaça.

Do ludopédio, uma envolve Edson Arantes do Nascimento. Incentivada pela travesti Rogéria, ela teve um caso com Pelé na década de 1970. "Duas noites e foi só", ela revela.

Foto: Reprodução Cartaz
Outra diz respeito ao papel de Rita em Asa Branca, um sonho brasileiro, de 1981, um longa-metragem nacional que tem Edson Celulari no papel do personagem que dá nome ao filme. O diretor Djalma Limongi Batista colocou a ex-chacrete como esposa do presidente do clube, que tem um caso com o herói do filme.

Aliás, é Limongi Batista quem define Rita Cadillac como "lady do povo", embora ela deixe claro que é mais povão do que chique.

De cachaça, valem duas menções. A primeira é a opção de Ventura por começar o documentário com cenas de Rita Cadillac preparando um almoço que parece ser uma feijoada ou alguma versão do clássico culinário nacional, em que despeja uma latinha de Bavária Classic (afe!) no cozido, pretensamente para amolecer a carne.

A segunda relaciona-se com a avó da protagonista, que a criou no Rio de Janeiro. A mãe deixou a recém-nascida com a avó paterna, depois que o pai de Rita havia morrido. A senhora Coutinho "bebia uma garrafa de uísque por dia", o que gera uma empatia imediata com qualquer leitor do Futepoca.

Outro dado sobre a avó agrada mais à ala esquerdinha do Futepoca. Rita revela que a avó era uma militante de esquerda que, durante a ditadura militar, escondia "amigos" em casa. A adolescente Rita recebia orientações expressas de não comentar sobre os visitantes barbudos com ninguém. Sem entender nada à época, só descobriu depois do que se tratava.

A outra referência à política não está no documentário. Em 2008, Rita de Cássia Coutinho candidatou-se pelo PPS em Praia Grante (SP). A candidatura não emplacou, foi uma campanha de R$ 6 mil e poucos votos. Em entrevista, ela se sentiu usada pelo PPS.

Curioso é que o ressentimento que ela demonstrou a respeito do universo político, em debate após uma pré-estreia, em São Paulo, assemelha-se à relação que ela mantém com outro evento. Ao descrever a incursão no cinema pornô, com A primeira vez de Rita Cadillac, ela narra uma experiência mais sofrida do que ela achava que seria para ganhar dinheiro suficiente para comprar um apartamento.

Nem na política, nem no cinema pornô ela pretende repetir a experiência.