Destaques

sexta-feira, outubro 19, 2012

Daniel Craig é o James Bond mais manguaça da série 007

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Da série Estatísticas Nonsense: segundo levantamento publicado no Facebook da The Economist, fazendo-se uma comparação entre cada um dos James Bonds encarnados no cinema por seis atores diferentes, o que mais entornou Martinis (a bebida predileta do agente britânico) foi o atual, Daniel Craig. O gráfico abaixo mostra também quem são os campeões no quesito conquistas amorosas e assassinatos. O mais "afetuoso" foi o Bond vivido pelo ator australiano George Lazenby, que fez um único 007, "A Serviço Secreto de Sua Majestade", já o mais mortal foi Pierce Brosnan.

Confira a diferença considerável entre o consumo alcoólico do Bond de Craig para os demais. Estaria o agente da Rainha descontando o estresse da profissão no copo?


(Via @marinalang)

quinta-feira, outubro 18, 2012

Neymar assina outra obra de arte, mas Santos só empata com Galo

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Um jogo inusitado e com lances inesperados, de todas as formas. O empate de 2 a 2 entre Santos e Atlético-MG, na Vila Belmiro, começou com um gol relâmpago dos donos da casa logo aos 19 segundos, marcado pelo peixe grande Miralles, que pela primeira vez atuava como titular ao lado de Neymar, o presente ausente santista.

Neymar reencontrava Ronaldinho Gaúcho no campo onde ambos protagonizaram uma partida antológica em 2011. O garoto pegou uma bola, foi fominha e perdeu. Em outro lance, fez bela jogada mas forçou, ao invés de passar para seu companheiro de ataque portenho. Dava a impressão de estar cansado, já que chegou ontem pela manhã do amistoso da seleção contra o Japão, na Polônia. Mas...

Na sua ducentésima peleja pelo Alvinegro, o craque pegou a bola e deu um drible de calcanhar, deixou dois marcadores no chão, ficou de frente para o zagueiro, limpou e tocou com precisão por baixo de suas pernas. Alguém manda o Benjor musicar porque foi um gol daqueles que vão faltar adjetivos. Eram 12 do primeiro tempo.

Ao fundo, dois atleticanos tentam levantar após dribles de Neymar
Mas, assim como naquela partida contra o Flamengo, o Alvinegro Praiano facilitou. Primeiro, o sistema defensivo falhou deixando Léo no mano a mano com Serginho, sem cobertura. Ele cruzou para o baixinho Bernard marcar. Aos 26, depois de cobrança de escanteio no qual aconteceu o choque que mandou Rafael Marques, do Atlético-MG para o hospital, os atletas santistas pararam no campo adversário em virtude do lance e o Galo foi para o contra-ataque pegar o Peixe desprevenido. Gol de Jô, depois da defesa de Rafael em chute de Bernard.



Depois da paralisação de onze minutos, que será comentada mais à frente, a partida esfriou, aparentemente pela preocupação dos jogadores com o estado de saúde do zagueiro atleticano, que passou a noite em observação na Santa Casa de Santos e deve ter alta hoje.

Na segunda etapa, jogo equilibrado com chances para ambos os lados. Felipe Anderson foi substituído por Bernardo, que deu outra mobilidade ao time. Os laterais passaram a subir menos e o jogo passou a ter um ritmo bem menos intenso, com o Atlético tentando surpreender nos contra-ataques e os donos da casa pegando mais no meio de campo.

E, quem diria, outra ocorrência médica. Em disputa pelo alto, Henrique “cabeceia” Bernard e o atacante mineiro também se lesiona, convulsionando. A partida ainda teria um outro lance, desta vez na bola, de Neymar que, em meio a três marcadores rivais, inventa uma lambreta e sofre falta, desperdiçada por Bernardo.

O resultado faz a Libertadores ser uma realidade quase impossível para o Santos e mantém a diferença do Galo para o Fluminense que, a essa altura, se torna uma barreira quase intransponível.


Ah, tem que interditar a Vila Belmiro”

Sem dúvida, a Vila Belmiro não é o estádio mais confortável do Brasil. Tampouco é o mais desprovido de condições para sediar uma partida de futebol profissional. No jogo contra o Atlético-MG, o zagueiro Rafael Marques se lesionou após um choque em cabeceio com um companheiro de time. Foi atendido pelos médicos dos dois clubes, ficou desacordado entre um e dois minutos, e a ambulância não pôde entrar no gramado por conta de um degrau que impedia o acesso ao local. O zagueiro foi carregado em maca especial, imobilizado, até o veículo. No total, o atendimento durou oito minutos.

Em nota oficial, o Santos disse que “o estádio passa por vistorias anuais, realizadas por vários órgãos diferentes, e nunca foi constatada esta necessidade anteriormente”, alertando que providenciará o acesso no local. Quem regulamenta a disponibilidade de ambulâncias nos estádios de futebol é o Estatuto do Torcedor e, segundo a nota, “durante a realização de partidas, [o clube] conta sempre com três ambulâncias ao todo (uma a mais do que pede o Estatuto do Torcedor, de acordo com a capacidade do estádio), sendo duas UTI, que ficam nos dois lados do campo, mais uma de remoção. Há também dois postos médicos para pronto atendimento: um no vestiário do visitante e outro no ginásio”.

Claro que o acesso ao gramado tem que ser viabilizado para preservar a segurança e a saúde de atletas, comissão técnica e demais profissionais que trabalham no gramado. Mas espanta (ou não) a indignação seletiva e o pedido de “medidas drásticas” como interdição. Para quem lembra do paradigmático caso Serginho, zagueiro do São Caetano que morreu após sofre parada cardíaca no Morumbi, sabe que o defensor foi levado até a ambulância de maca, assim como não foi usado o desfibrilador. Esses fatos foram criticados à época por leigos e especialistas, mas não lembro de alguém ter pedido a interdição do Morumbi. Como o atleta tinha problemas cardíacos e o São Caetano foi negligente ao colocá-lo em campo, a questão da qualidade do atendimento ficou em segundo plano.

Mas também ninguém pediu a interdição do Engenhão mesmo havendo críticas à demora da ambulância atender ao treinador do Vasco Ricardo Gomes. Disse o diretor do centro médico do estádio, Alex Bousquet, à época: "A gente parte do pressuposto de que a ambulância tenha equipamento de suporte básico completo. O que me chamou a atenção foi a demora da ambulância e a necessidade de os médicos levarem ele ao centro médico para fazer esse suporte”. Ninguém pediu interdição do Engenhão.

No caso da fratura que faz com que o goleiro tcheco Petr Cech jogue com proteção até hoje, ocorrida em outubro de 2006, o treinador José Mourinho falou à época, reclamando do atendimento. “Há algumas coisas que me deixam em uma situação muito emocional. Meu goleiro estava no vestiário por 30 minutos esperando uma ambulância. O futebol inglês deve pensar a respeito disso. É algo muito mais importante que o futebol.”

Convém não fazer a tradicional mistura de alhos e bugalhos: é preciso discutir e aprimorar cada vez mais a presteza do atendimento médico e, se for, preciso, modificar normas e exigir mais rigor na fiscalização de todos os estádios, não só da Vila. Mas pedir a interdição de um local que tem licenças e alvarás regularizados na base do “porque eu acho que o estádio é um lixo”, como fazem muitos jornalistas e/ou torcedores, cheira a demagogia. Contudo, como existem operadores do Direito e cartolas bem afeitos a apelos demagógicos, ainda mais quando vêm da mídia comercial, não duvido nada que a justiça seletiva se faça novamente.

quarta-feira, outubro 17, 2012

Declaração de voto?

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terça-feira, outubro 16, 2012

Empate histórico e desclassificações nas eliminatórias da Copa de 2014

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Mais uma rodada das eliminatórias para a Copa de 2014 e, obviamente, alguns resultados surpreendentes. O que mais chamou a atenção foi a reação incrível da Suécia, que perdia por 4 a 0 da Alemanha, e obteve um empate heroico em Berlim. Após fazer três gols em 14 minutos, o nórdicos empataram a partida aos 48 do segundo tempo. Requintes de crueldade que não tiraram a liderança dos alemães, à frente do grupo C das eliminatórias europeias com 10 pontos em quatro jogos. Os suecos têm sete em três pelejas.



Quem se deu mal foram os portugueses, que empataram em casa com a Irlanda do Norte, por 1 a 1. A seleção de Cristiano Ronaldo está em terceiro lugar no grupo F, com sete pontos em quatro partidas, mesma pontuação de Israel, que supera os lusos em saldo de gols. A Rússia lidera com dez pontos.

A atual campeã do mundo e da Euro, a Espanha, também foi surpreendida em casa pela França. O 1 a 1 obtido em cima da hora pelos franceses quebrou uma fantástica sequência de 25 vitórias seguidas em casa dos espanhóis. Ambos dividem o topo do grupo I com 7 pontos em três partidas, com a Fúria levando vantagem no desempate, dois gols a mais de saldo.

A lógica na Concacaf, disputa acirrada entre os asiáticos

A Concacaf definiu o seu hexagonal final com choro e ranger de dentes para algumas seleções. No Grupo A, a Guatemala enfrentou os EUA fora de casa, precisando de um empate para avançar. Saíram na frente mas sofreram a virada, perdendo por 3 a 1. Ainda assim, tinham chances caso a Jamaica não fosse bem contra a lanterna Antígua e Barbuda. Mas os jamaicanos derrotaram os rivais por 4 a 1 e ficaram com a segunda vaga do grupo por dois gols a mais de saldo.

Quem também ficou de fora com o resultado da última rodada foi o Canadá. Os vizinhos dos EUA sofreram uma goleada maiúscula de 8 a 1 da líder Honduras e terminaram um ponto atrás do Panamá, que jogou com o regulamento embaixo do braço e só precisou empatar com Cuba para garantir sua vaga um ponto a frente do Canadá. No Grupo B, tudo tranquilo: o México já estava classificado e a Costa Rica goleou por singelos 7 a 0 a Guiana, se classificando na segunda colocação.

Na Ásia, impera o equilíbrio. Ao fim do primeiro turno, todas as seleções ainda têm chances de vir ao Brasil. No grupo A, Coreia do Sul e Irã lideram com sete pontos, mas o Uzbequistão tem cinco e Catar e Líbano, quatro cada. As duas melhores equipes se classificam direto e a terceira colocada enfrenta a terceira do grupo B, para ter direito a enfrentar o quinto colocado da América do Sul.

Quem tem a situação mais tranquila no continente é o Japão, que lidera o grupo B com dez pontos, cinco a mais que o segundo colocado, a Austrália. Omã conta com cinco pontos também, a Jordânia vem na sequência com cinco e o Iraque, de Zico, tem dois pontos.

Argentina folgada, Uruguai em queda

Os argentinos conseguiram duas vitórias fundamentais na semana, um 3 a 0 contra o Uruguai e um 2 a 1 contra o Chile, em Santiago. Assim, se isolaram como líderes na primeira rodada do segundo turno, com uma sequência de cinco vitórias e dois empates. O Equador assegurou a segunda colocação depois do empate fora de casa com a Venezuela, três pontos atrás dos portenhos e um à frente da Colômbia, que tem uma partida a menos.

Abaixo dos colombianos, a confusão. Quatro pontos aquém da seleção de Falcão Garcia, Venezuela, Uruguai e Chile (pela ordem de desempate) estão com 12 pontos. Os uruguaios vem na descendente, com as goleadas sofridas contra a Argentina e contra a Bolívia, 4 a 1, e a disputa deve ser acirrada, ainda mais levando-se em conta que os paraguaios também respiraram depois da vitória contra o Peru, por 1 a 0. Bolivianos e peruanos têm oito pontos e o Paraguai, sete.

O Taiti ficou pelo caminho

Não deu pro Taiti... (OFC)
A notícia triste da rodada ficou para uma seleção já garantida na próxima Copa das Confederações. O Taiti vem ao Brasil, mas não para o Mundial. Após perder para a Nova Zelândia por 3 a 0, os campeões do continente continuam sem pontos em quatro jogos. Já os neozelandeses continuam firmes na briga por uma vaga a ser disputada contra o quarto colocado da Concacaf, com 12 pontos em quatro partidas. Se baterem a Nova Caledônia, única equipe que ainda pode tirar sua vaga, se garantem com uma partida de antecipação. Contudo, o aguardado jogo só vai acontecer em março de 2013.

A título de curiosidade, a Nova Caledônia pertence à França, mas é considerada um território ultramarino. Descoberta pelo explorador inglês James Cook, a ilha recebeu o nome de “Caledônia” por ser parecida com a costa escocesa (na visão do “descobridor”, obviamente), já que o termo significa “Escócia” no latim antigo. Se conseguirem a vaga para 2014, o ano será decididamente histórico para os habitantes da ilha, que também definirão no mesmo período se optarão pela independência do local.

segunda-feira, outubro 15, 2012

De Zeca Baleiro e Chico César, sobre futebol, política e cachaça

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Eu detesto Coca Light



Eu detesto George Bush desde a guerra do Kwait
Não quero que tu te vás, mas se tu queres ir, vai-te
Quero adoçar minha sina que viver tá muito diet
Danação é cocaína mesmo quando chamam bright
Gosto de você menina, mas detesto Coca Light

Gosto de sair a noite de tomar um birinight
Jurubeba, tubaína, johnny walker, black white
Me afogo na cangibrina caio no tatibitati
Tomo cinco ou seis salinas feito fosse chocolate
Engulo até gasolina, mas detesto Coca Light

Fazem da boate igreja, da igreja fazem boate
Põe veneno na comida, cicuta com abacate
Eu cuido da minha vida não sou boi que vai pro abate
Podem cortar minha crina, podem partir pro ataque
Podem me esperar na esquina, mas detesto coca light

Deus é o juiz do mundo ele apita nosso embate
Nem Carlos Eugênio Simon nem José Roberto Right
A partida não termina, prorrogação e penálty
A torcida feminina dá um molho ao combate
Aprendo o que a vida ensina, mas detesto coca light

Tolerância Zero, Fome Zero, Coca Zero
No quartel do mundo eu sou o Recruta Zero
Quero quero tanta coisa e só me dão que não quero

domingo, outubro 14, 2012

O "peixe grande" Miralles marca dois e Santos supera o Vasco

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"O maior peixe do rio fica desse tamanho porque nunca é pego", diz uma mulher misteriosa a Edward Bloom, personagem de Ewan McGregor, quando ele se aventura a sair de sua cidade natal na fábula de Tim Burton Peixe Grande e suas histórias maravilhosas. A mensagem era de que, às vezes, você pode ser um peixe grande em um rio menor, mas ser grande em um maior, ou no oceano, exige muito mais destreza e perícia, além de outros tantos atributos como personalidade.

O generoso Miralles homenageia Felipe Anderson (Santos FC)
Ezequiel Miralles é argentino, mas só teve poucas chances em uma equipe grande de seu país, o Racing. Em passagem nada memorável, foi para o Everton, do Chile, e foi parar no Colo Colo, onde finalmente apareceu como um jogador capaz de decidir. Ídolo de um grande sul-americano, chamou a atenção de outros clubes e foi parar em outro grande do continente, o Grêmio. Durante um ano, não conseguiu fazer seu futebol fluir. Pediu para nadar em outras plagas, e foi atendido.

Chegou à Vila Belmiro, lugar por vezes milagrosos, onde se multiplicam meninos... e peixes. Finalmente conseguiu aquilo que os jogadores tantos pedem (embora alguns nem sempre mereçam), uma sequência de partidas. Contra o Vasco, hoje, o argentino fez sua terceira partida seguida como titular, feito obtido graças à ausência de Neymar. Contra o Botafogo, marcou um gol e, contra outro carioca na tarde deste domingo, fez dois.

Miralles fez um pouco antes dos dez da primeira etapa, após assistência de Rosimar Amancio, também conhecido como Bill, o que muitos de forma maldosa julgaram ser um milagre relacionado ao feriado religioso de sexta-feira. A etapa inicial do Santos foi muito boa e o Peixe poderia ter ido para o intervalo com uma vantagem ainda maior. Com dois laterais de ofício novamente no lugar de meias improvisados, houve triangulações dos dois lados do campo, com velocidade na saída de bola e objetividade ofensiva.

Logo no início da etapa final, vem o segundo gol. Felipe Anderson dá a assistência, Bill puxa a marcação e a bola chega limpa para Miralles, de primeira, finalizar como só um atacante com confiança faz. O dois a zero, na prática, determinou o fim do jogo, já que o Santos passa a segurar os laterais e o Vasco, mesmo com mudanças feitas por Marcelo Oliveira para levar o time adiante, tem a posse de bola, mas não chega lá. Os passes errados, em especial na hora da definição, predominam e a falta de assertividade do Vasco e a falta de capricho do Peixe na hora de chegar lá confirmaram a vitória dos donos da casa.

Com 41 pontos, o Santos está a onze da zona da Libertadores e catorze à frente da zona do rebaixamento, ou seja, deve permanecer na intermediária da tabela. Mas o fato de a equipe finalmente conseguir um relativo padrão de jogo, se livrando um pouco da dependência de Neymar, que disputou somente dez das 30 partidas do Peixe no Brasileirão (cadê a CBF para pagar parte do salário?), é animador. E o peixe argentino Miralles cresce, junto com “peixinhos” como Felipe Anderson. Mas o cardume precisa engrossar para 2013... 

sexta-feira, outubro 12, 2012

Outra do Serra: agora a vítima é repórter da TVT

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Depois de chamar um jornalista da Rede Brasil Atual é sem vergonha, agora foi a vez da TVT (TV dos Trabalhadores) ser vítima da intolerância do candidato. A pergunta nem de longe soava ofensiva, mas Serra, como já se sabe, não responde a questões de qualquer veículo que julgue ser antipático a ele (ah, se políticos que são alvo da mídia comercial seguissem essa regra ficariam quase mudos nas coletivas...).




No vídeo acima, vocês podem ver a repórter Michelle Gomes, do Seu Jornal, fazendo a seguinte pergunta: “Esse assunto do mensalão vai ser bastante explorado pelo senhor no segundo turno?”.

Serra olha para o microfone da jornalista e questiona: “O que é TVT?” Michelle repete a questão e explica ao candidato que significa TV dos Trabalhadores. “De onde?”, retruca o tucano. “Sindicato dos Metalúrgicos do ABC”, responde a repórter. E então o candidato dá as costas e vai embora, ignorando de forma pouco educada a jornalista.

A questão que fica é: se Serra trata assim quem pensa de forma diferente dele, é possível crer que possa promover qualquer diálogo sobre questões cruciais para a cidade sem recorrer ao autoritarismo que demonstra a cada entrevista coletiva?

quinta-feira, outubro 11, 2012

O fio de esperança do Palmeiras vai se desmanchando...

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O Palmeiras, mesmo tendo o mando de campo em Araraquara, foi superado pelo Coritiba e permaneceu com 26 pontos, a nove de sair da zona do rebaixamento. Já o Coxa chegou a 35 e ampliou a distância da área do medo depois do triunfo por 1 a 0.


Os dois times fizeram um primeiro tempo daqueles nem um pouco memoráveis. Nenhuma oportunidade de gol, com um resumo bem feito por Marcos Assunção na saída para o vestiário: as equipes estavam mais preocupadas em não tomar gols, além de existir um evidente nervosismo por parte do Palmeiras, que fazia dos passes um exercício de aleatoriedade.

Já no tempo final o Palmeiras começou assustando, e parecia que poderia ganhar. Mas os visitantes foram aproveitando aos poucos as brechas da defesa palmeirense, que aumentavam com o passar do tempo. Os palestrinos perderam o domínio, a pouca calma e a paciência. As entradas de Maikon Leite e Daniel Carvalho – este no lugar de Henrique – davam a medida do desespero. Se são esses que podem salvar a lavoura, melhor rezar.

O Coxa marcou, com Deivid, mas o auxiliar anulou o tento legítimo. E foi depois de uma falha de Corrêa que os paranaenses tiveram um pênalti a seu favor, feito por Maurício Ramos em Everton Ribeiro. Deivid, que atuou quase como um meia avançado fora da área na segunda etapa, marcou. O Palmeiras ainda chegou a ter uma chance em falta desperdiçada pelo eleito Messias Marcos Assunção. E acabou aí.

Para se ter uma ideia da situação do Palmeiras e também dos outros três times que estão na zona do rebaixamento, no Campeonato Brasileiro de 2011, após a 29ª rodada, o primeiro time fora do Z-4 era o Cruzeiro, com 31 pontos, um a menos que o Ceará, e um a mais que a equipe que abria a área do medo, o Atlético-MG. Hoje, o 17º, Sport, está a oito pontos de Bahia, Flamengo e Coritiba, que tem 35 pontos cada um.

Claro que a inspiração para quem está embaixo é o Fluminense de 2009. Na 29ª rodada, o time vencia o Santo André e chegava a 25 pontos, a sete do primeiro fora da zona do rebaixamento, o Botafogo. Depois disso, empatou duas vezes e engatou uma série de seis vitórias e um empate. Ainda há esperanças para quem está embaixo, mas quando o parâmetro é a exceção, e não a regra, tudo vira questão de fé.

quarta-feira, outubro 10, 2012

A metafísica vitória do Santos, sem Neymar, contra o Botafogo

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Foram três bolas que tocaram ou resvalaram a trave, só na primeira etapa. Em outras ocasiões ela também rondou perigosamente a área do Santos, e parecia questão de tempo para o Botafogo marcar no Engenhão, tal a superioridade na maior parte do primeiro tempo.

A partir daí, pense em bordões do futebol do tipo “Quem não faz, toma” (ou “leva”, de acordo com o gosto do freguês). E, você, torcedor, que mesmo ateu, sabe que no futebol existem uns deuses gozadores que adoram brincadeira, lembre de outro chavão, aquele que diz que tem coisas que só acontecem com o Botafogo. Está aí a receita algo metafísica que fez o Santos bater os donos da casa, com um segundo tempo no qual fez dois, mas poderia ter feito pelo menos outros dois. Tudo o que os alvinegros cariocas não fizeram na etapa inicial.


Mas seria injusto colocar só na conta do imponderável a vitória peixeira. Desta vez, Muricy Ramalho tem sua cota de méritos. Trocou Bernardo, perdido taticamente, ainda no fim do primeiro tempo e colocou Henrique em seu lugar. Ganhou o meio de campo e contou com a fragilidade defensiva botafoguense, que marcava em linha e deu muitas oportunidades para os visitantes depois do intervalo.

Miralles fez o segundo (Ricardo Saibun/Santos FC)
André marcou o primeiro, em cobrança de escanteio de Felipe Anderson escorada por Ewerton Páscoa. Mesmo com pouca mobilidade, o centroavante continua fazendo o seu vez ou outra, o que o livra das críticas mais severas da torcida. Seu companheiro de ataque, o argentino Miralles, fez o segundo com uma bela assistência de Felipe Anderson, cuja evolução é notável nas últimas partidas, não se sabe se por conta do “tratamento de choque” do pouco afável técnico ou da saída de Ganso que não lhe faz mais sombra do departamento médico.

Parte da torcida da casa já havia desistido antes da partida, dado o comparecimento de pouco mais de quatro mil pessoas. E quem estava lá já protestava antes da metade da segunda etapa, pedindo a volta de Loco Abreu à equipe. O Botafogo até batalhava em campo, mas as almas já estavam longe dali. Antes a torcida pedisse Garrincha...

O Santos perdia chances, com André, com Miralles, com Felipe Anderson. Até o improvável Patito Rodrigues levou perigo quando entrou. Foi uma das raras vezes que os jogadores santistas pareciam saber o que faziam nesse campeonato. Ainda que tenha sido por pouco mais de 45 minutos. Destaque para Arouca que, mais solto, parecia – ou era – dono do time, conduzindo e organizando o meio de campo, o que não é sua característica. Às vezes a personalidade e a confiança valem mais do que a técnica.

Assim o Santos bateu o Botafogo, a primeira vitória fora de casa sem Neymar. Sim, foi sem Neymar. Porque tem coisas...

terça-feira, outubro 09, 2012

Dez fatos curiosos sobre as eleições de 2012

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Decisão nos pênaltis

Na cidade paulista de Bananal, próxima à divisa com o Rio de Janeiro e famosa por suas cachoeiras e trilhas, dois candidatos conseguiram exatos 1.849 votos cada um, ficando em primeiro lugar na disputa pela prefeitura local. Na impossibilidade de baterem penalidades ou decidirem a sorte do município na moedinha como em pelejas de futebol, o critério adotado para esse tipo de situação é determinar a vitória do candidato mais velho. Isso deu a prefeitura local a Mirian Bruno (PV), que derrotou o candidato Peleco (PSDB).

Também no interior de São Paulo, em Bragança Paulista, a corrida para a prefeitura foi acirrada. Dentro de um universo de 93 mil eleitores que compareceram às urnas, o candidato do PT, Fernão Dias, derrotou Renato Frangini (DEM), por meros 21 votos. O derrotado provavelmente não conseguiu dormir à noite.

Boleiros sem sorte

Muitos ex-jogadores, dirigentes e pessoas ligadas ao futebol tentaram se eleger no último domingo. Em São Paulo, o Corinthians teve diversos representantes como Marcelinho Carioca, Dinei, Vovó da Fiel e o comentarista esportivo Chico Lang. Nenhum deles se elegeu. Segundo Chico Lang, “a Fiel torcida rachou entre eu, Marcelinho Carioca, Dinei e a querida Vovó”. “A Vovó teve 4 mil votos, o Dinei 9 mil, eu 12 mil e o Marcelinho 20 mil. Somados davam a conta certa para um vereador se eleger independente do majoritário, no caso o prefeito”, desabafou em seu blogue. O ex-palmeirense Ademir da Guia também ficou fora, enquanto o são paulino Marco Aurélio Cunha garantiu sua reeleição pelo PSD, recebendo 40.130 votos.

Outros foram mais bem sucedidos que os corintianos. Paulo Rink e Washington, ambos ex-Atlético-PR e também com passagem por diversos clubes, se elegeram vereadores em Curitiba e Caxias do Sul. Tupãzinho, “amuleto” e herói da Fiel no Brasileiro de 1990 também chegou à câmara em Tupã. Sua receita de sucesso, segundo disse ao Uol, incluiu "churrasco e cerveja". “Tive que participar um pouquinho [de churrascos e cervejadas]. Às vezes eu não queria, mas tinha que tomar umas”, afirmou. “Mas foi legal, engordei uns 4 kg. Não tem jeito, tinha que participar disso tudo...churrasco, janta, salgadinhos para 15 ou 20 pessoas, e cerveja.” Também saíram vitoriosos nas urnas Tarciso, ex-meia do Grêmio, eleito em Porto Alegre, e Vandick, ex-atacante do Paysandu, em Belém.

O mais jovem

Vem do Ceará o prefeito mais jovem eleito no Brasil. A cidade de Chaval escolheu Pacheco Neto (PSD), com recém-completados 21 anos (idade mínima para ser diplomado prefeito), para comandar a cidade por quatro anos. Nesse caso, ser jovem não significa necessariamente o “novo”, já que o eleito conta com o apoio da tia e atual prefeita, Janaline Pacheco (PDT), e também é filho de um outro ex-prefeito, Paulo Pacheco, que foi condenado pela Justiça a cinco anos e três meses de prisão por desvio de recursos federais.

A mais jovem

Já na eleição para vereador, a estudante Gislaine Ziliotto recebeu 335 votos e, com 17 anos, chegou à câmara do município de Ipê, na serra gaúcha. A jovem petista faz 18 anos em 1º de janeiro de 2013, a idade mínima para um vereador tomar posse. É filha de um político local e, entre suas bandeiras, está a de construir um distrito industrial para evitar a migração de jovens do município.

Prefeito mais velho

O alcaide mais velho do Brasil vem da terra natal do parceiro Menon. Tião Biazzo (PMDB) tem 89 anos e obteve anteontem seu sexto mandato na cidade de Aguaí (SP). O primeiro mandato do peemedebista foi conquistado em 1960, quando ele tinha 37 anos. Sem dúvida, uma longa carreira...

Muitas eleitoras, uma vereadora 

O eleitorado feminino representa aproximadamente 52% do total de votantes em Belo Horizonte e, dentre os 1.287 candidatos a vereador na cidade, 397 (30,85%) eram mulheres. Mesmo assim, o município elegeu uma vereadora apenas entre as 41 vagas da câmara municipal. Elaine Matozinhos, do PTB, obteve seu terceiro mandato, mas se surpreendeu com o fato de não ter outra vereadora no parlamento local. “Eu tenho que confessar que eu estou ainda meio atordoada com esta história. É uma coisa que nós vamos ter que estudar muito, saber por que, qual a responsabilidade, inclusive dos partidos políticos. Os partidos também têm responsabilidade nisso ai”, disse ao G1.

A internet e a vereadora mais votada das capitais

E veio do PSTU a mais expressiva votação proporcional de um vereador entre as capitais brasileiras. Amanda Gurgel, de Natal, obteve 8,6% dos votos válidos para vereador na capital potiguar e, com sua votação, elegeu mais dois candidatos da coligação que tem também o PSOL.

Para quem não lembra, Amanda é a professora que aparece em um vídeo postado no YouTube que hoje já soma mais de 2,250 milhões de visualizações. Ali, ela fala sobre a atual situação da educação no Rio Grande do Norte, sem papas na língua. O imediato sucesso do vídeo a levou a participar de diversos programas na mídia e o resultado das suas convicções e da sua indignação apareceu nas urnas.

Nem sempre a internet funciona... 

Mas se a internet e as redes sociais originaram a candidatura da vereadora mais votada do país, não funcionaram para a tucana Dani Schwery. Ela ficou famosa primeiro por “exorcizar” um personagem petista neste vídeo, que alcançou até agora pouco mais de 115 mil visualizações (tá certo que o Futepoca conseguiu mais que isso com esse vídeo aqui, mas somos modestos...). Depois, prosseguiu polemizando nas redes sociais. Nesta entrevista, declarou: "O PT faz uma ode à pobreza, e eu não gosto disso. Aí vão falar que eu sou burguesa. Mas não tenho que comprar a ideia que a pobreza é legal. É uma m... É como o corintiano que se chama de maloqueiro. Me revolto com isso".

O discurso repercutiu, mas não se transformou em resultado na urna. A candidata teve 507 votos e foi a quarta menor votação do PSDB em São Paulo.

O pequeno que cresceu

Entre os dez maiores partidos somente PSB e PT cresceram em número de prefeituras conquistadas, sendo que outro destaque foi o estreante PSD, detentor do quarto maior número de alcaides eleitos. O PSOL também elegeu seu primeiro prefeito em Itaocara, interior do Rio de Janeiro, mas, entre os pequenos, quem mais cresceu proporcionalmente em número de eleitos foi o PTdoB, que passou de oito para 26 prefeituras, um aumento de 225%.

Para quem não sabe, o PTdoB é o partido pelo qual se candidatou a Mulher Pera, e que em São Paulo era aliado de Celso Russomanno. A propósito, a modelo não conseguiu se eleger vereadora, fracassando junto com seu candidato a prefeito.

Mesário relaxado

Em Curitiba, um mesário resolveu sair um pouco da sua seção, encostou na porta do colégio e, decidido a relaxar diante do dia estressante que viria, sacou um cigarro de maconha para fumar. O rapaz de 21 anos foi detido por um policial e encaminhado ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral), mas acabou liberado por não ter cometido crime eleitoral. Mais sobre o caso aqui.

quinta-feira, outubro 04, 2012

Utilidade pública em tempos de calor

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Com temperaturas dignas de verão no inverno e dias quentes de primavera, geralmente a gente quer que aquela cerveja comprada no supermercado fique gelada mais rapidamente. Mas, sabe como é, às vezes acabamos deixando tempo demais no congelador (principalmente se você tirar uma sonequinha) e perde-se a gelada.

Contudo, se isso acontecer com você, nem tudo pode estar perdido. A dica veio pelo Twitter da Isis Rosa e faz parte da edição de setembro da Pesquisa Fapesp. Tentem em casa e depois digam o resultado.

Até quando?
Muita gente já passou pela frustração de tirar uma cerveja do congelador e vê-la solidificar-se diante dos olhos. Para evitar que isso aconteça, muitos pegam a garrafa pela ponta ou a põem debaixo de água corrente e, depois disso, dão uma chacoalhada. Para saber o que fazer, basta entender a física por trás do incidente. A cerveja no congelador esfriará aos poucos e, se a geladeira não vibrar, pode atingir uma temperatura mais baixa que a de congelamento, 
o sobrerresfriamento. Estáticas no congelador, as moléculas não têm orientação para passar ao estado sólido. “É como se fosse um batalhão, que para saber como se perfilar precisa estar de frente para o chefe”, compara o físico Luís Carlos de Menezes. 

O que indica o alinhamento para as moléculas é o movimento brusco de retirada do congelador, agravado pelo susto de ter esquecido a cerveja tempo demais. “O gesto, ou o calor da mão, dá essa direção”, explica. Com isso o líquido expande, já que o estado sólido ocupa mais espaço do que o líquido, e muitas vezes a garrafa (ou lata) explode. Para beber uma cerveja bem gelada 
e líquida, o melhor é retirá-la do congelador evitando qualquer sacudidela ou toque de mão aberta e deixá-la numa superfície estável até que chegue 
à temperatura acima da de congelamento.

PS: Para tratar desse problema em formato de garrafa, no saudoso Bar do Vavá uma tática usada, baseada no conhecimento empírico da Física, era segurar com uma mão na ponta da garrafa e circular dois dedos no fundo da dita cuja durante alguns segundos. Se a situação não fosse crítica, funcionava.

Maringoni, sobre o julgamento do Mensalão

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Do jornalista e candidato a vereador pelo PSOL em São Paulo, Gilberto Maringoni, em seu Twitter:


quarta-feira, outubro 03, 2012

Na reta final, voto útil entra em cena em São Paulo

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Voto útil, tático ou estratégico. O nome pode mudar, mas o objetivo desse tipo de escolha é evitar que um candidato do qual o eleitor não gosta vença ou avance para o segundo turno. E essa figura que já determinou vitórias às vezes inesperadas já é, novamente, personagem central em alguns dos confrontos municipais, entre eles, o de São Paulo.

As últimas pesquisas do Ibope e Datafolha mostram Celso Russomanno em queda, mas ainda como um dos favoritos a ir para o segundo turno. Claro que o cenário pode mudar até sábado, mas, por enquanto, o voto útil vai ser assunto.

Haddad buscou, nos últimos dias reforçar a imagem de que seria o único capaz de derrotar um recém-demonizado Russomanno no segundo turno, dada a alta rejeição de José Serra nas pesquisas. O tucano não apelou diretamente para o argumento de tirar o PT do segundo turno para buscar votos, mas continuou com sua cantilena antipetista, posição quase histórica do tucano e reforçada agora.

Chalita pregou em seu último programa eleitoral justamente contra o voto útil. E bateu em Serra mais do que em Haddad e Russomanno, para evitar uma possível migração de votos na reta final, justamente quando sua candidatura ganhou musculatura ao retirar votos do líder das pesquisas. O peemedebista sabe que pode ser o fiel da balança na decisão e quer aumentar seu cacife. Russomanno, por sua vez, confiante de que estará no segundo turno, escolheu seu rival predileto: vem batendo em Haddad para evitar perder votos na periferia para o petista e tentar enfrentar Serra e sua rejeição, que varia entre 40% e 45% de acordo com o instituto de pesquisa, no turno final.

Clássicos do voto útil

Covas: voto útil lhe deu duas vitórias
As eleições definidas no primeiro turno tornavam os movimentos de eleitores na última hora muito mais frequentes. Em 1985, Fernando Henrique Cardoso, então no PMDB, apelou para a tese, tentando tirar votos do terceiro colocado, Eduardo Suplicy, para evitar a vitória de Jânio Quadros, hipótese que causava calafrios a uma já medrosa Regina Duarte. Não deu certo e a prefeitura acabou com o folclórico ex-presidente.

O campeão da rejeição que sempre sofreu com o expediente em São Paulo foi Paulo Maluf. Em 1988, parte dos votos que garantiram a vitória de Luiza Erundina certamente entram nessa conta, assim como sua derrotas no segundo turno em eleições para governador de São Paulo, em 1998, para Mario Covas.

A propósito, Covas foi beneficiado pelo voto útil não só nos segundos turnos de 1994 (conta Francisco Rossi) e em 1998, mas também no primeiro turno de 1998. Ali, dois dias antes da eleição, o Datafolha apontava Paulo Maluf com 31% das intenções de voto, Francisco Rossi com 18%, Covas com 17% e Marta Suplicy com 15%. Para evitar um segundo turno entre Maluf e Rossi, muitos eleitores de Marta votaram em Covas, que terminou menos de 0,5% à frente da petista. Ambos ficaram mais de 5% além da votação de Francisco Rossi, um cenário bem distinto daquele indicado pelas pesquisas.

A Bíblia e o incentivo à cultura, segundo José Serra

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"Os evangélicos têm um papel importante, no Brasil, na leitura porque todos os seus fiéis leem a Bíblia. É uma atividade editorial muito intensa, Isso fomenta a leitura, aumenta a cultura e o preparo da população. Esse é um aspecto em geral pouco citado, mas eu valorizo bastante"

(José Serra, via @ALuizCosta, extraído de artigo de Raymundo Costa para o Valor)

sexta-feira, setembro 28, 2012

José Serra e o (des) respeito à imprensa

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Deu no Terra. É sabido que o candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo, José Serra, nunca foi tido como um árduo defensor do trabalho da imprensa. São notórias as histórias sobre o tucano pedir a cabeça de jornalistas que lhe desagradam, e hoje ocorreu mais um episódio para sua lista.

Diz o portal que, durante visita ao bairro da Mooca, o tucano se desentendeu com um repórter da Rede Brasil Atual. O tucano disse que pretendia criar "o sistema municipal de ensino técnico" para dar uma "chance" a crianças de "famílias humildes", admitindo que esta ideia que lhe veio à cabeça ali, no momento da entrevista. Após tal comentário, o repórter questionou: "Veio à cabeça agora ou está no seu plano de governo?". Serra quis saber o veículo para qual o jornalista trabalhava e, não obtendo resposta, ameaçou deixar a coletiva. Contudo, parou para ouvir a pergunta de outros profissionais, sem ainda responder ao jornalista.



Já no final da entrevista, o repórter da Rede Brasil Atual voltou a perguntar: "Por que você só responde perguntas favoráveis?" Foi então que o tucano perdeu a linha, xingando o profissional. "Não, eu não respondo pergunta de sem vergonha."

A matéria conta ainda que, antes disso, um integrante do programa de humor CQC questionou o tucano também sobre programa de governo. "Que solução você tem para resolver o problema do trânsito em São Paulo se nem programa de governo você apresentou?". "Eu apresentei o programa de governo", respondeu, antes de completar. "Está na televisão, no rádio, no Tribunal Regional Eleitoral."
O documento ao qual fez referência tem dez páginas e, segundo a matéria, se ocupa em atacar candidaturas de adversários, sendo que, na outra parte, resume algumas propostas sem especificações ou projeções de custos.
Seria José Serra o Muricy Ramalho da política ou falta ao treinador santista pedir a cabeça de jornalistas para se igualar ao tucano?

quarta-feira, setembro 26, 2012

O garçom que enfrentou a tropa de choque da polícia

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Um garçom de um bar em Madri que já faz fama em todo o mundo. Ele impediu que a tropa de choque local chegasse até manifestantes que estavam refugiados no bar em que ele trabalha. Ontem, milhares de espanhois protestaram "cercando" a Câmara dos Deputados em Madri, contra as medidas de austeridade do governo espanhol.

Alberto Casillas Asenjo trabalha em um bar que servelanches e fica em frente ao Museu do Prado, perto da Praça Netuno, onde os manifestantes se concentraram. Segundo o Huffington Post, Asenjo conta que um manifestante ferido, sangrando, se refugiou no estabelecimento e ele escutou uma ordem dada pela polícia para que prendessem o rapaz. "Foi então que lhes disse que não iriam passar. Durante todo o dia, o clima da manifestação foi o mais correto. E digo, a título pessoal, que acho que houve um excesso de força policial terrível."

Segundo a matéria, os momentos de tensão se estenderam por meia hora. Em relação ao fato de usuários das redes sociais terem o chamado de "herói", Asenjo comentou: "Herói é cada pessoa que luta por seus direitos".

As imagens abaixo dizem muito:

 
 


Quem disse que democracia também não se faz (ou se exerce) no bar?

Fotos extraídas daqui, daqui e daqui. Via Twitter do Idelber Avelar.

A regra é clara OU Se você pensa que vodca é aquavit

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A matéria é de destilada relevância, mas recebeu nada além de notinhas despercebidas por aí.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) regulamentou a produção de bebidas alcoólicas no país, definindo o que pode ser chamado do quê.

A regra é clara. E foi publicada no Diário Oficial da União.

A partir de agora, se o mosto (sumo) do vegetal fermentado é logo destilado e submetido a outras formas de separar o álcool das impurezas, trata-se de "destiladas retificadas".

É complicado entender, mas o Estado ajuda você
Se o vegetal usado for semente de alcarávia, a produção é aquavit. Se forem cereais em geral, o goró chamar-se-á "corn". Se a base contiver zimbro, o embriagado há de pedir por "genebra" ou gim ou steinhaeger. Vodca é a branquinha extraída de destilados alcoólicos simples de cereais ou pelo álcool etílico potável.

Em todos os casos, provavelmente, será recomendada moderação.

Açúcar pode; caramelo, só na Genebra. Embora seja vista como remédio para dores de amor mal curadas, "é vedada a utilização de recipientes e embalagens tipo flaconetes, sachês, conta-gotas, spray, ampolas, copos-medidas ou outros que caracterizem os produtos similares àqueles de uso farmacêutico, medicamentoso ou terapêutico".

Como boteco também é cultura, aí vai o momento aula de geografia. Aquavit vem de países escandinavos. A mais famosa versão norueguesa jura ser envelhecida em barris armazenados em navios cargueiros que vão e voltam da Austrália, cruzando a linha do Equador por duas vezes. Steinhegger é germânico; genebra e gim, dos Países Baixos. Zimbro é um arbusto rasteiro da família dos ciprestes e cedros, e alcarávia refere-se à planta que produz a semente kümmel, usada como tempero. Para fugir da botânica, consta que o Aquavit é fermentado da batata na Noruega, Dinamarca e Suécia. No Brasil, a exemplo da Suécia e Alemanha, só vale o tal cominho-armênio. A vodca, diminutivo de água em idiomas eslavos, tem regulamentações distintas, mas é produzida tradicionalmente na Rússia, Bielorússia, Polônia, Lituânia e até nos Estados Unidos.

Qualidade

Para qualquer das levanta-defunto produzidas em território brasileiro será permitido imprimir, no rótulo, expressões como "artesanal", "familiar", "caseiro", "natural", "premium", "reserva" etc. Isso quer dizer que não se pode sequer usar esses termos como parte do nome ou da marca dos produtos. Fica liberada se a palavra se for parte da razão social, mas nada de destaque.

Só faltou a instrução proibir de dizer que é bom, mas aí se estaria versando sobre questão de gosto, que não se discute. Mas fica praticamente verdadeira a sentença: "Ministério da Agricultura adverte: vodca nacional não é premium".

Manguaça cidadão

A medida é um importante passo para uma das frentes do Manguaça Cidadão, projeto de política pública lançado, patrocinado e construído colaborativamente pelo Futepoca com a sociedade. Entre outras medidas, consta a garantia de controle de qualidade dos etílicos consumidos pela população. Saber o que se está bebendo porque é líquido (porque se sólido fosse, come-lo-ia) é um direito do consumidor e do cidadão - sóbrio ou bêbado.

Mais importante do que isso é descobrir que o Manguaça Cidadão tem mais capilaridade no Executivo do que sonhava o devaneio mais entorpecido do mais ébrio momento dos membros desde fórum.

Um brinde aos avanços do Manguaça Cidadão
É que o Ministério possui um "coordenador Geral de Vinhos e Bebidas". Segundo a nota do órgão, Helder Moreira Borges considera que a atualização é um avanço, já que as referidas bebidas eram regulamentadas por uma instrução normativa de 38 anos, de 9 de setembro de 1974. Daquele texto, conhaque, grapa, bagaceira e vinagra já haviam recebido revisão em 1983.

Todo esse tempo de defasagem é mais do que o período de envelhecimento de qualquer uísque que este sóbrio autor já tenha degustado. Mas leis e regras, ao contrário de destilados e fermentados em barris de carvalho, não melhoram com o tempo.

segunda-feira, setembro 24, 2012

Santista, faça as contas, fique feliz e deixe o Ganso jogar

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Claro que a longa negociação que envolveu a transferência de Paulo Henrique Ganso para o São Paulo desgastou não apenas as partes envolvidas, mas também o torcedor santista. Até porque não é de hoje que o meia é alvo de especulações. A imprensa já tinha “vendido” o atleta para outro time no ano passado. Ainda que a diretoria do Santos tenha sempre negado ter recebido propostas oficiais por Ganso nesse período de dois anos, com exceção de uma feita pelo Porto, de cerca de US$ 8 milhões, o torcedor tinha conviver com a possibilidade de saída do jogador a cada janela, para diversos times.

Quando questionado, na coletiva de domingo, 23, sobre o que teria sido determinante para que desejasse sair da Vila Belmiro, Ganso desconversou. Disse que há dois anos a relação só se desgastava. De fato, o jogador queria sair desde então do clube. O que não havia, até agora, era uma proposta formal que contemplasse, principalmente, o que o Santos queria para liberar o atleta. Ele queria sair, mas ninguém queria bancar o risco de contratá-lo.

Faz tempo que Ganso está em outra... (Ricardo Saibun/Santos FC)
É quando tem início a novela que durou 32 dias, que revelou bem o modus operandi das partes. Em um domingo, salvo engano no dia 26 de agosto, ouvi pelo rádio uma coletiva quebra-queixo do vice-diretor de futebol do São Paulo, João Paulo de Jesus Lopes, na qual dizia que o clube do Morumbi não iria fazer outra proposta por Ganso. A primeira dava ao clube da Vila aproximadamente R$ 12 milhões. O Santos já havia recusado a proposta oficialmente. Ao mesmo tempo em que negava disposição de fazer outra investida, o cartola não dizia que o Tricolor havia desistido do negócio. Ou seja, obviamente o São Paulo contava com a vontade do atleta de sair e com o constrangimento do Santos por parte da DIS e, diga-se, de boa parte da mídia esportiva que joga junto com o grupo e com o clube paulistano. A ideia era forçar a saída por menos do que aquilo que o clube praiano achava justo.

Mas os santistas fizeram jogo duro. O grupo, dono de 55% dos direitos econômicos de Ganso, mais o próprio atleta poderiam até tentar a liberação na Justiça, mas os problemas decorrentes disso seriam inúmeros. Ainda mais porque o Santos nunca negou ao boleiro o direito de trabalhar. Ao fim, o clube conseguiu quase o dobro do que o São Paulo propôs inicialmente, além de 5% do valor de eventual transação futura (sem prejuízo dos 5% que já tem direito por ser o clube formador). E ainda trocou a penhora de 20% de parte de suas receitas – que iriam ser depositadas judicialmente, não podendo ser utilizadas pelo clube – pela penhora de um dos seus centros de treinamento, o CT Meninos da Vila.

Para se ter uma ideia do quanto o Santos lucra com o negócio, cabe um exercício: imaginem que Ganso estoure, jogue como nunca, não sofra mais com contusões e instabilidade emocional e seja vendido daqui a um tempo pelo valor da sua atual multa rescisória, 60 milhões de euros ou, pela cotação de hoje da moeda, R$ 156,6 milhões de reais. Viriam para os cofres da Vila Belmiro R$ 15,6 milhões. O São Paulo embolsaria R$ 45,12 milhões, o equivalente a 32% do restante, porcentagem que adquiriu ao pagar R$ 16,4 milhões (a outra parte do pagamento feito ao Santos para se chegar aos R$ 23,9 milhões veio da DIS, que subiu sua participação nos direitos econômicos do atleta de 55% para 68%).

Resumindo, fazendo as contas da transação de um Ganso mais que recuperado e valendo mais do que vale Neymar hoje, o Tricolor teria como “lucro”, descontando o investimento feito para levá-lo do Santos, R$ 28,72 milhões. O Alvinegro, somando o que ganhou agora com o que receberá caso a transação para o exterior ocorra nesses termos, R$ 40,3 milhões. Pode-se incluir mais ganhos de marketing e venda de produtos para o São Paulo, mas também é preciso levar em conta o salário pago ao atleta. Em um ano, o Tricolor deve gastar praticamente o que o Santos pagou a Ganso durante todo seu período como profissional.

Ainda assim, a venda de Ganso não envolve só dinheiro. Existe o ganho intangível, que envolve possíveis títulos e futebol bem jogado. Isso o ex-Dez já deu aos santistas, sendo fundamental, em menor ou maior grau, em cinco títulos nos últimos três anos. Mas o fato é que ele já não estava na Vila há muito tempo. Seus belos lances eram lampejos em meio a uma aparente apatia e constantes visitas ao departamento médico.

Fui a um jogo no Pacaembu neste ano no qual ele sequer saudou a torcida quando teve seu nome entoado pela massa. Se o Santos já não poderia tê-lo, que fizesse uma boa negociação. E foi, de fato, das melhores que se podia fazer.

Memória

Sebastían Pinto, presente da DIS
A diretoria do Santos pode ter sido inábil nesse período em que Ganso esteve no clube insatisfeito, mas é bom lembrar que o atleta já se envolveu em confusão com seu “descobridor”, o eterno Giovanni, que diz ter direito a parte dos direitos econômicos do meia, mas nem se anima a ir à Justiça por eles. A DIS, que detém 55% dos direitos, é outro “parceiro” difícil, que já se envolveu em imbróglios em vários outros clubes. E essa é uma “herança maldita” de nosso dileto ex-presidente Marcelo Teixeira, que trouxe o grupo como parceiro preferencial.

Pra quem não lembra, o grupo traria reforços de peso para o time em 2008, mas chegaram Molina, Michael Jackson Quiñones, Sebastían Pinto e Trípodi. Levaram embora o lateral Kléber para o time de coração do dono do grupo, o Internacional, e ainda compraram, a preço de banana, parte dos direitos econômicos de jogadores da base do clube, como Neymar, Ganso, André e Wesley.

No caso do meia, a DIS também gerencia sua carreira, o que não acontece (ainda bem) com Neymar, por exemplo. Daí toda a dificuldade enfrentada pelo clube para lidar com Ganso.

Antes de falar mal da atual gestão, é bom lembrar quem trouxe esse “parceirão” para o Santos...

sábado, setembro 22, 2012

Promessa dramática

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– Ô, rapaz, tirou a barba – abordou-me o palmeirense no corredor da firrrma.

– Tirar é bondade sua. Só aparei, viu? – respondi, deixando claro que os pelos na cara seguem como marca registrada, até no calor do Centro Oeste.

– Mas foi promessa?

– Não. Até pensei em oferecer a barba como promessa caso o Palmeiras não caia, mas desisti. Uma reles penugem dessas seria insuficiente para sensibilizar o imponderável...

– É fato. Só se você prometesse cortar... – pausou meu palestrino interlocutor, causando suspense e me deixando sem respirar – os pelos do saco.

Entre o alívio, por ter me poupado do destino de eunuco de um lado, mas ainda chocado pelo fim escatológico da proposta de promessa, preferi não responder. A tréplica veio de graça:

– Do jeito que nosso time está, precisaria de uma promessa mais dramática.

sexta-feira, setembro 21, 2012

Lula adere ao Fora Mano Menezes

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