Essas coisas eu aprendi numa palestra com a pesquisadora de educação Mirian Jorge Warde, professora da PUC-SP. Esse decalque do sistema teve no entanto uma adaptação importante (à qual naturalmente se seguiram muitas outras, pois os estadunidenses foram re-inventando à sua forma e conforme suas necessidades o seu sistema): ela conta que os estadunidenses importaram tudo, menos a cervejaria. Opa! Aí começa a parte interessante da história.
As univ

As informações básicas, aquelas que qualquer um pode encontrar em livros, essas o professor nem aborda, já dá como pressuposto. Os alunos se viram, estudam, e fazem exames no fim do ano, pronto. Mas nas aulas vão ter contato com conhecimento de ponta, aquilo com que seus professores estão lidando naquele momento. Claro que surgem muitas dúvidas e abrem-se muitos caminhos para elucubrações, divagações, explanações... A cervejaria é então o foro adequado para se desenvolver os debates. Adequado sobretudo porque livre, democrático, animado e descompromissado: os manguaças intrigados pela palestra não têm que prestar contas a ninguém, e podem realmente levar ao limite as discussões.
Os estadunidenses, segundo a professora Warde, teriam "incorporado" a cervejaria à sala de aula, deixando sempre um tempo final aos debates. Perderam o principal, claro.
Mas está aí mais um aspecto a ser incorporado no Manguaça Cidadão: implantação de estruturas de excelência e adequadas à discussão científica nos arredores das nossas universidades. Mas nada de copiar a cópia: vamos direto à fonte alemã.
viva o manguaça cidadão.
ResponderExcluirEsse exemplo o Brasil não segue!
ResponderExcluirBrilhante! Deve ser por isso que esses alemães filosofam tanto, rapaz!
ResponderExcluirFantástico, Maurício, nunca tinha ouvido falar disso. Mas ô raça que são esses estadunindenses, ô praga social! Conseguem estragar tudo, até a educação superior! Essa história me lembrou o ator Zé Dumont me contando sobre a visita que fez ao bar onde Marx e Engels escreveram muitos de seus textos. Em termos de manguaça, os alemães sempre estiveram num nível elevado. Espiritual e filosoficamente elevado, eu diria...
ResponderExcluiracho que vou arranjar uma visita pra Alemanha, pra conhecer in loco essa maravilha do ensino superior local.
ResponderExcluirThalita, vale visitar essa Löwenbräu de Munique. É bem visitada por turistas, tem sempre uns ingleses surtando, mas não perdeu o essencial, que é aquela bandinha de tiozinhos tocando trombone, bateria e acordeon e manguaçando no talo, um bom chucrute com salsicha e o tradicional caneco de um litro - o garçon que me atendeu era tailandês, mas as fotos antigas mostram aquelas Frauleine alemãs carregando uns 5 ou 6 canecos em cada mão, com aquele sorrisão de satisfação.
ResponderExcluirAqui na Alemanha há um curso superior de engenharia de cerveja. Os alunos aprendem tudo desde administracao de uma Bräuerei,producao e, principalmente, controle de qualidade.
ResponderExcluirÔ, Chui, deve ser um MBA, o manguaça business administration.
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