Um mês depois de fazer aprovar no Congresso francês uma lei que proíbe o open bar e dificulta a venda de bebida alcóolica a menores de 16 anos, a juventude do partido do presidente Nicolas Sarkozy decidiu que era hora de se mobilizar. Com promessa de presença de vários políticos, DJs e bebida, os simpatizantes da UMP no segundo grau organizaram uma noitada especial que prometia.
A notícia circulou a partir do Sandrine Blanchard, que até propôs o lema da balada: "Bebam, jovens, bebam e filiem-se". Não chegou a tanto, mas nem a lei foi empecilho, já que era necessário ter mais de 16 para participar da festa e se filiar.
Lei seca para adolescentes
Em março, o congresso aprovou a Lei Bachelot, que leva o nome do ministra da Saúde do governo Sarkozy, (que deu exemplo). Roselyne Bachelot propôs a proibição da venda de bebidas alcoólicas a menores de 16 anos. Pelo texto, também fica interditada a possibilidade de oferecer gratuitamente goró para a molecada. É o fim do open bar, segundo alguns.
Em relação ao cigarro, os jovens fumantes só terão trégua a partir dos 18, dois anos depois do que valia até então. O argumento é o mais interessante: "às vezes é difícil de fazer distinção entre um jovem de 15 anos e meio e um de dezesseis anos". Na conta deles, a diferença dos 17 e meio para os 18 é bem mais fácil de se cumprir. Então tá.
O governo não conseguiu restringir como queria o comércio de bebida nas lojas de conveniência de postos de gasolina para o público em geral. Atualmente, compra-se etílicos das 6h às 22h, enquanto o governo queria reduzir para o período de dez horas, das 8h às 18h.
A publicidade de bebida, porém, permanece autorizada na internet por lá, desde que em sites não destinados à juventude. A decisão é contrária a decisão judicial anterior, que proibia até sites oficiais das marcas de bebida.
Enquanto no Brasil a venda de bebida e tabaco a menores é proibida pelo menos desde o Estatuto da Criança e do Adolescente, outros países europeus correm para "reduzir as consequências do consumo indevido do álcool". No caso dos anúncios, o tema é mais complexo quando envolve a criançada.
Em relação à distribuição de bebida em eventos políticos, só há restrições relacionadas ao período eleitoral, mas inclui shows e até fornecimento de comida gratuitamente, independentemente da idade. Já pensou se algum partido brasileiro organiza uma balada para conseguir filiados?
Na balada do PSDB era capaz de ter xuxu sem sal e Kronembier...
ResponderExcluirAchei interessante o fato de as bebidas alcóolicas nas lojas de conveniência serem vendidas durante a manhã, coisa que é proibida em bares por aqui. Não que eu já tneha pedido bebida de manhã em algum lugar, mas é que tem os avisos afixados, né.
ResponderExcluirNão vem com historinha, Glauco. Sei que você já tentou virar uma branquinha no Moskão de manhã e foi vetado pelas regras.
ResponderExcluirQuanto à possibilidade das baladas, vale lembrar que nos EUA, parte do dinheiro que financiou a campanha de Obama veio de festas, destinadas a arrecadar dinheiro do público jovem.
Não vem com historinha, Glauco. Sei que você já tentou virar uma branquinha no Moskão de manhã e foi vetado pelas regras.
ResponderExcluirQuanto à possibilidade das baladas, vale lembrar que nos EUA, parte do dinheiro que financiou a campanha de Obama veio de festas, destinadas a arrecadar dinheiro do público jovem.
no caso, o objetivo não era arrecadar grana, mas filiados.
ResponderExcluiroutra diferença é que Obama não defendeu (até agora) leis de restrição ao álcool, ao passo que o partido de sarkozy sim.