
Segue o Guimarães: "Saiu, para surgir com um cesto com as garrafas cheias, e uma gamela, nela despejou tudo, às espumas. Me mandou buscar o cavalo: o alazão canela-clara, bela face. O qual - era de se dar a fé? - já avançou, avispado, de atreitas orelhas, arredondando as ventas, se lambendo: e grosso bebeu o rumor daquilo, gostado, até o fundo; a gente vendo que ele já era manhudo, cevado naquilo! Quando era que tinha sido ensinado, possível? Pois, o cavalo ainda queria mais e mais cerveja". Mais tarde, descobre-se que a maior parte da bebida ia, na verdade, para o irmão do italiano, que ficava trancado em um quarto. Ferido de guerra, esse irmão "não tinha cara", ou, no dizer de Guimarães Rosa, só tinha "um buracão, enorme, cicatrizado antigo, medonho, sem nariz, sem faces". Desnorteado pela morte desse irmão, o italiano convida Reivalino para acabar com as cervejas, antes de partir do local para sempre. "-Irivalini...que esta vida...bisonha. Caspité?". "Aos copos, aos vites e trintas, eu ia por aquela cerveja, toda. Sereno, ele me pediu para levar comigo, no ir-m'embora, o cavalo - alazão bebedor". Para saber o final, recomendo a leitura. É bonito que dói.
O 'obrigatório escritor João Guimarães Rosa'. Perfeito.
ResponderExcluirGuimarães é sensacional.A Terceira Margem do Rio e Famigerado são as minhas favoritas!
ResponderExcluirAbraços
diletra.blogspot.com
Poderia me dizer em qual tempo é contado a estória? Psicológico ou cronologico? Estou fazendo uma analise sobre o conto e não consigo destacar com o tempo.
ResponderExcluir