
Como o (des)governador de São Paulo, José Erra, digo, Serra, não sai mesmo
da moita, o jornal
Estadão, impaciente para dar início à sua incansável militância tucana, chamou o cabra na chincha em pleno
editorial da edição de domingo, intitulado, com indignação indisfarcável, de "O candidato clandestino". Além de citar (e com isso reforçar) "a arrogância de lideranças políticas (José Serra e Fernando Henrique) que pressionam Aécio para aceitar a vice", o texto reconhece, com temor, que "o contraste entre a desenvoltura de longa data da operação Dilma e o tardio despertar da oposição para o imperativo de tirar Serra do lusco-fusco em que escolheu permanecer serviram até agora para debilitar eleitoralmente o governador".
E o
Estadão ainda toca na delicada hipótese de Serra desistir de disputar a Presidência da República para tentar a reeleição em São Paulo, advertindo que "essa hipótese é desonrosa para o governador". O
grand finale é faca no pescoço total: "A esta altura, ou ele
(Serra) disputa o Planalto ou sai da vida pública. Como a sua escolha está feita, já passou da hora de ser coerente com ela. A oposição precisa de um candidato que vá para a batalha pela porta da frente" (parece pai chamando a atenção de filho!).
A pergunta de Carlos Drummond de Andrade nunca foi tão apropriada: - E agora, José?
Acho justo que o jornal defenda seu candidato em editorial. O Estadão, aliás, apoiou Collor e deixou isso claro em 1989. Postura correta, já que tomar posição política não é o problema principal, podemos discordar ou concordar dela e, para o leitor, fica muito clara a linha adotada. O pior é fingir imparcialidade como tentam fazer outros veículos e mentir ou fraudar para corroborar suas posições.
ResponderExcluirConcordo com o Glauco. Acho a coisa mais certa do mundo quando uma publicação diz na lata a quem apóia. É democrático e transparente.
ResponderExcluirAdoraria o dia em que o leitor/ouvinte/espectador chegasse à banca ou mudasse de emissora e tivesse clareza de qual posição cada veículo defende.
ResponderExcluirquem sabe ainda, quem sabe...
Essa eu ouvi há pouco:
ResponderExcluir- Está definido o vice de Serra: Rubens Barrichelo. Porque não gosta de vermelho e nunca chega em primeiro.
rapaz! Marcão, essa foi de doer. Trocadalho passível de pena. Nem que seja só pela reprodução do conteúdo! hehe
ResponderExcluira decisão do serra tá tomada e ele é candidato. o resto é drama pra dar emoção.
ResponderExcluirConcordo sobre os jornais explicitarem seus candidatos em editorial, é mais honesto com o leitor. Mas essa comida de rabo pública foi dolorida, hein? Também não vejo muita saída para o Serra agora além de ser candidato. Se não, vai jogar o partido (e seus apoiadores midiáticos) no mato de maneira vergonhosa. Mas esperemos o anúncio oficial.
ResponderExcluirSobre o jornal ser parcial publicamente, 'militante' mesmo, não resta a menor dúvida de que é melhor. Mas o post não fala sobre isso, e sim sobre a "comida de rabo" feia que o Serra tomou, como bem atentou o Nivaldo. Agora o José não tem pra onde correr, o bicho pegou. E ontem o Ciro garantiu no Programa do Ratinho que vai disputar a Presidência, então tá confirmado que o Serra também não virá disputar em S.Paulo. A campanha começou.
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