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O primeiro voto é pra deputado federal. Às vezes a pessoa entrava, e nada de ouvir o barulho do botão “Confirma”. Nisso, outros eleitores começam a chegar. A fila se avoluma. Um burburinho aqui e ali, a insatisfação no rosto de todos. E você não pode ajudar a pessoa na cabine. Um tempo depois e pode se escutar o barulho de confirmação. Agora, vai.
Não. O voto seguinte é para deputado estadual. Cinco números. Trava de novo.
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Depois de alguma demora para dar os três primeiros votos (deputados federal e estadual e senador), o eleitor sai da cabine. Sem finalizar os votos, impossível liberar a urna para o seguinte. A mesária o chama: “o senhor não votou para governador e presidente”. O cidadão, com cara de “te peguei”, vira pra ela e grita: “como você sabe? Como você sabe?”. Volta para a cabine sem tempo de ouvir explicações e vaticina: “sabia que era tudo arranjado”.
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Outra eleitora demora pra votar em deputado federal. Fica na cabine, começa a resmungar e a mesária pergunta se há alguma coisa errada. Ela, revoltada, desabafa: “estou digitando o número do meu deputado e aparece esse careca aqui. Esse careca comprou a urna!”. Algumas tentativas depois e a foto do seu deputado surge. O careca liberou a urna.
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Uma questão: se o presidente do TSE, responsável, entre inúmeras outras tarefas, pela garantia legal do processo eleitoral e da apuração dos votos, diz a um jornalista que prefere que haja segundo turno para a eleição presidencial, pode um mesário dizer ao eleitor que prefere que ela termine no primeiro?
1 comentários:
Pior é que deve ter enfrentado tudo isto sóbrio...
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