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Um belo lançamento de Ronaldo e corte perfeito de Jorge Henrique, que deixou o goleiro pra trás e completou, deixaram o Corinthians na frente no Mineirão contra o Cruzeiro. Logo em seguida, em ataque rápido, Morais deixou Ronaldo na cara do gol, ele chutou e o Leonardo Silva deu uma de goleiro. Pênalti e expulsão. Ronaldo foi caminhando em passo de gordo, bem lentamente, e ainda quis dar paradinha – quer dizer, parar o devagar-quase-parando. Não deu certo, o goleiro Fábio esperou, e pegou bem fácil o chute fraquinho do Gordo. Depois disso, o Corinthians se segurou. Continuou atacando, chegando próximo, mas sem muito volume. O Cruzeiro com dez chegou muito mais, teve lances de perigo e, pela razão mesma de estar jogando em casa e atrás no placar, foi muito mais atrás do empate.
No contra-ataque, Ronaldo marcou, lá pelos 30 min do segundo tempo, aproveitando a assistência de Jucilei. No vídeo a seguir, o gol do Gordo:
Aos 38, Chicão fez pênalti em Kléber. Um pênalti bem tosquinho, por sinal. Ele foi no corpo, numa bola que bastaria se esforçar para fechar o caminho do gol. Nem pegou, mas o Kléber valorizou, com direito a pirueta, e a marcação foi, afinal, justa. O próprio Kléber completou. Para se redimir, aos 47 minutos, Chicão tirou uma bola na linha do gol, e depois Felipe prensou “no peito” com o Kléber, que já estava ali de novo pra completar. Resultado final é Cruzeiro 1 x Corinthians 2, na primeira vitória fora de casa do Timão no Brasileirão 2009, sobre o vice-campeão da Libertadores. Com a vitória do Barueri sobre o Náutico e os demais resultados, mantém-se na 6ª posição na tabela.
O Corinthians jogou com dois atacantes posicionados em linha, e em muitos momentos Morais fucionou como um terceiro atacante. Em três oportunidades, aliás, os três ficaram impedidos juntos, mostrando que estão unidos até nisso. Nesta partida, assim como na anterior, o setor que funcionou melhor é o meio-campo. Isso é importante, pois mostra que o time pode ser mais criativo que destrutivo, se quiser, sem o foco principal na defesa, como acontecia no início da temporada. Cristian e Elias são as duas principais figuras de articulação.
Os reservas que entraram também não fizeram feio não, o que é muito importante num campeonato de pontos corridos. Jucilei entrou muito bem, deu várias enfiadas de bola, tem qualidade este menino. Diogo pela lateral fez alguma coisa, embora ainda não substitua a garra e a “presença constante” de Alessandro, e Diego também não esteve mal no lugar do capitão William. Morais não parte tanto pra cima quanto Dentinho, mas deu alguns bons passes.
No estilo Mano Menezes, miudinho, o Timão está consolidando um bom elenco, inclusive com reservas. O time ainda precisa segurar o jogo mais na frente, por uma parte maior do tempo de jogo e tem condições de fazer isso. Quando faz isso, consegue chegar ao gol, não necessariamente no contra-ataque. Quer dizer, hoje o time tem condições de jogar pra frente, sobretudo porque o time inteiro (exceto o Gordo) marca também, então o apoio pode ser mais dinâmico. Com a bola no pé, é um time que cadencia o jogo e acerta mais do que erra os passes. Com a volta da zaga titular completa, Dentinho e Douglas, o time fica bala. Cabe à diretoria garantir a estabilidade do elenco e trazer alguns reforços para a próxima temporada, mas que não cheguem como “a salvação”, como costuma acontecer, mas sim peças para dar um talento extra a um esquema que está funcionando.
13 comentários:
impressionante a matada de bola do jorge henrique. e o que acontece com o cruzeiro e o inter? foi a derrota nas decisões que fez tanto mal ou a decadÊncia era anterior e as derrotas já indicavam isso?
Acho engraçado essa histório de sempre chamar o Ronaldo de Gordo e seus respectivos sinônimos, mas falar que o cara é devagar-quase-parando já é um absurdo. O cara não está na melhor forma, mas pergunte para os zagueiros de Santos, São Paulo, Fluminense e Internacional se eles o acham lento..
Marcelo, acho que o "devagar quase parando" do Maurício foi só em relação ao penalti, que o Ronaldo bateu muito, mas muito mal. Sobre o jogo, vi o segundo tempo e o Corinthians conseguiu me deixar irritado. Foi jogando devagar, sem pressionar de verdade, deixou muito espaço para o Cruzeiro. Parecia que tinha 3, 4 gols de vantagem, o que não seria impossível se o time tivesse demonstrado um pouco mais de gana.
Sobre o elenco, o Mano Menezes está mesmo fazendo um trabalho interessante. Ficou claro nos últimos jogos que ele vem aproveitando sempre que pode para testar os reservas, dar ritmo. Ontem, além dos 4 desfalques já de saída, no segundo tempo aonda entraram Marcelinho, Marcinho e Jadson. Destaque para Jucilei, que parece muito bom de bola - a arrancada para o segundo gol foi excelente. Para contratar, um zagueiro, um lateral-esquerdo e um atacante.
Não é por nada não, mas ontem a Band tinha uma imagem frontal do lance do pênalti que o Ronaldo perdeu e a bola bate na coxa e na barriga do Leonardo, nem rela na mão. Mas como o árbitro e a Globo vaticinaram que não foi assim...
De fato, pra quem jogou com um a mais desde os 28 do primeito tempo, a partida foi bem equilibrada. E se ao invés do Jucilei fosse o Elias que estivesse com aquela bola que resultou no gol do Ronaldo, certamente teria mandado outro chute pras arquibancadas do Mineirão como fez três vezes ontem.
O Cruzeiro só perdeu porque o juiz estava ao lado das "galinhas". Os erros foram grotescos.
É isso mesmo, Jogando pro música, só me referia ao pênalti.
Quanto ao pênalti, já estou me acostumando com o Glauco nunca vendo pênalti a favor do Corinthians. É normal. E também o seu jeito blazê quando os erros são a favor do seu time.
Caro Maurício, questão de opinião. Você até viu pênalti legítimo apitado pelo Castrilli naquele jogo com a Lusa, deveria ser mais tolerante com a opinião alheia... Mas procure a imagem da Band e depois comente.
Ah, sim, esqueci de perguntar: o gol anulado do Jonathan, no fim do primeiro tempo, alguém viu falta? (nesse caso, aliás, vou ter que cutucar: é melhor ser blazê do que simplesmente ignorar um lance duvidoso na descrição da partida).
Vi mesmo o pênalti do Castrilli, e foi falta no Chicão.
Eu não garanto o penalti do Chicão no Kléber e acho que a bola bateu no braço do cara, pela trajetória que ela faz depois do contato. Se fosse só coxa e peito, ela teria espirrado para o outro lado - e isso pela imagem da Band, discordando do Godoi. Mas me parecem dois lances discutíveis. E confesso que, por motivos de trampo (sim, trampo aos domingos...), não vi o gol anulado do Cruzeiro. Assim que ver, comento.
Um comentário: é impressão minha ou aumentou e muito o número de partidas cujo resultado é questionado por conta da arbitragem? Os árbitros estão muito pior ou os torcedores e comentaristas mais paranóicos?
Na minha opinião, Nivaldo, o cara entrou no corpo do Chicão exatamente no momento em que ele fazia o corte, aí a bola espirrou pra trás e o Jonathan completou depois do apito do juiz. Nem achei que fosse um lance polêmico.
No jogo contra o Grêmio Ronaldo concluiu a gol de cabeça depois da jogada ser parada pelo apito do árbitro e levou amarelo.
Ontem o jogador do Cruzeiro fez o mesmo e não foi sequer advertido verbalmente.
Sem contar que o Kléber nem poderia mais estar em campo aos 39 do segundo tempo, no lance do pênalti por ele cavado, quando se jogou na área depois de usar o corpo sobre Chicão, pois ele tentou cavar outro momentos antes num lance também com o Chicão que já valeria o segundo cartão amarelo e, logicamente, o vermelho.
Mais uma vez tentaram operar o Corinthians por meio do apito. Está complicado vencer equipe adversária e trio de arbitragem a cada rodada.
Desculpem os amigos, fiquei dois dias fora, em razão de uma viagem inesperada. Mas só pra completar, é preciso dizer que a tal "câmara frontal" não foi nenhuma exclusividade da Band. Eu vi a transmissão pela Globo e ela passou uma câmara frontal, não sei se era a mesma, mas a que eu vi (não só eu, mas todos os espectadores da Globo) era bem frontal, acredito que em condições bem semelhantes da câmera que o Glauco viu. Foi essa câmera que eliminou todas as dúvidas. O Leonardo Silva deu uma manchete. Não há qualquer dúvida (na minha modesta opinião).
E também quero reiterar que respeito muito opiniões divergentes. Mas é que quando a opinião começa a se repetir indefinidamente, independente das condições, eu começo a desconfiar que outras questões estejam interferindo. Só isso.
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