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Outro dia eu estava conversando com um amigo que já está há três anos aqui em Dublin e, olhando para o imponente prédio do outro lado do rio Liffey, ele comentou que lá funciona a sede mundial da cervejaria Heineken. "-Como assim?!??", me espantei, uma vez que se trata de uma das marcas mais representativas da Holanda. "-Sei lá, bicho, só sei que a sede fica aqui na capital da Irlanda", emendou o conterrâneo. De fato, pesquisando pelos gugous da vida, confirmei que a holding da cervejaria fica no prédio visto na foto abaixo, mesmo. Se não for pra pagar menos imposto, acho que a escolha recaiu mesmo pela extrema popularidade da Heineken entre os irlandeses.
Às vezes dá a impressão de que ela é até mais consumida aqui do que a sagrada Guinness, mas não encontrei nenhuma pesquisa que pudesse corroborar minha suspeita. Nos pubs, as duas marcas são, de longe, as mais pedidas. Para mim, bêbado velho que comecei a beber Heineken há exatos 20 anos, às vesperas da maldita eleição do Collor (meu cunhado trabalhava na capital paulista e costumava levar cervejas estrangeiras que comecavam a aparecer nos supermercados brazucas para o meu pai - e, por tabela, para mim), a preferência irlandesa muito me apetece. Pena que custe tão caro para meus padrões - cerca de 2,50 o latão de 500ml no supermercado, o que dá uns 6 reais e pouco. Nos pubs, a pint (também meio litro) varia entre 4 e 5 euros, ou 11,5 a 14,5 reais. Por isso sinto saudades da garrafa verde de 650ml que eu pagava 5 contos na avenida Paulista. Quem diria, Dona Maria...
6 comentários:
Esse mundo tá muito pequeno...
Aliás, Marcão, tô vendo que apesar de sua compreensível lamúria com relação ao preço da cerveja, o senhor tá bem alimentado, elegante e gozando de plena saúde. Salve!
Exatamente Maurício!
O bam é que podemos ver que o Marcão esta firme e forte que nem pudim de pinga!
Álcool sustenta, minha gente.
e cerveja é pão liquido.
agora, pensando no manguaça cidadão, seria o caso de um governo garantir a soberania manguaça de um país, valorizando as marcas nacionais? Ou a prioridade seria a qualidade e o gosto da população, quer dizer, o que o povo gosta é o que o povo vai ter direito de beber?
Neste ponto, Anselmo, acho que devemos lembrar o dito de Frank Zappa, um país que não produz sua própria cerveja não é digno de ser chamado de país. Dada a qualidade da cerveja brasileira, a pouca diversidade qualitativa e o baixo grau de exigência, podemos concluir que o Brasil, por este critério, é apenas um esboço de país.
Assim, acho que o governo deve estimular a produção própria e também o incremento da qualidade. Mas aprender com a experiência internacional é bastante salutar, então não vejo problema em se incorporar marcas internacionais à produção nacional. Ou então, pelo menos, a concessão de bolsas manguaças a profissionais que queiram aprimorar sua capacidade de produção e a cidadãos que queiram aprimorar sua capacidade de degustação. Afinal, não haverá melhora na qualidade da produção sem melhorar na qualidade do consumo. E vice-versa.
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