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Quem frequenta estádios brasileiros, como este que vos fala, tem uma rotina irritante de reclamações. Dos preços dos ingressos às acomodações dos torcedores, a constatação que fica é uma só: o torcedor é mal tratado no Brasil.
Mas não fiquemos repetindo o óbvio, não farei um post para dizer o que todo mundo já sabe. Queria dar à discussão um outro prisma.
E, para que cheguemos lá, é preciso partir da seguinte realidade: a situação hoje é feia, mas já foi pior, bem pior. Times como Santos, Cruzeiro e tantos outros têm adotado bem-sucedidos programas de sócio torcedor, em que um cartão magnético dá ao interessado entrada direta no estádio, sem a necessidade de se acotovelar nas filas por ingressos. A venda por internet engatinha, mas já é mais satisfatória do que foi há alguns anos. E dentro dos estádios a acomodação evolui. A Vila Belmiro já tem quase que a totalidade de suas arquibancadas com confortáveis cadeiras, procedimento que se repete em palcos como o Mineirão, cuja foto ilustra o post.
É claro que esse tipo de decisão administrativa é tomada por dirigentes, então são eles os responsáveis pelo conforto (ou ausência deles) nos estádios nacionais.
Mas o que eu questiono é: será que nós, torcedores, jornalistas ou "formadores de opinião" (argh!) também não temos nossa parcelinha de culpa nessa história? Será que em nome de um saudosismo ou de um romantismo injustificado não contribuímos para que os estádios brasileiros sejam um grosseiro retrato do atraso que é o nosso futebol no extra-campo? Será que deveríamos incentivar as melhorias que aparecem, ao invés de ficarmos colocando nelas rótulos como "frescura", "bobagem", "esfria-torcedor" e por aí vai?
14 comentários:
Aqui tem culpa todo mundo!
Concordo em 100% contigo.
Quem reclama por exemplo das cadeirinhas, além de romantico injustificado, colabora com o pensamento "Futebol é coisa pra macho".
As benditas cadeirinhas podem ser um incentivo pra que mulheres e principalmente crianças deêm as caras com mais frequência nas arquibancadas. Ou família é só aquela que pode bancar uma numerada?
Não concordo em alguns pontos. O melhor é deixar um espaço livre pra quem quer ficar de pé, atrás dos gols. Eu gosto de assistir o jogo em pé. Muita gente gosta. Na Alemanha, é obrigatório que o estádio tenha 10% de stëhplatze (arquibancada de concreto com barras de segurança). Na Inglaterra, já existem associações como a Stand Up Sit Down, pelo "direito de ficar em pé" num setor designado pra isso... É realmente louvável que o sócio tenha facilidades em ingressos, estacionamento e acesso ao estádio (sou sócio do Santos e o sistema funciona bem), mas não acho que se deva fazer um estádio 100% encadeirado, simplesmente porque o pessoal não quer isso, não respeita (vide Engenhão, Arena da Baixada), chutam, pulam em cima, quebram as cadeiras. O melhor é deixar um espaço livre pra quem quer ficar de pé, atrás dos gols e no setor de visitantes também.
(cont.) Claro que o estádio de Copa do Mundo tem que ter 100% de cadeiras, pois a FIFA exige (com razão). Mas o jogo de clube é diferente, é mais passional e o povo gosta de assistir em pé. É fácil, basta retirar e guardar algumas cadeiras.
Ficar sentado é coisa de europeu. Bom é a geral, que já não há. Bom é assistir de pé, xingando o juiz. Daqui a pouco vão pedir silencio como se fosse jogo de tenis.
Tem que ter espaço pra todo mundo... Muita gente gosta de ficar sentado sim. Então tem que ter cadeiras pra eles... Mas assistir em pé tbm já é tradição.
André e Fábio, só pra deixar claro meu ponto de vista: eu gosto de ver jogo em pé. É assim que costumo ficar nos estádios. O que enfatizo é que o ficar de pé tem que ser uma OPÇÃO, e não uma NECESSIDADE - que é como tem sido nos estádios brasileiros.
O que temos que ter em mente é que oferecer conforto aos torcedores em nada "esfria" uma partida.
Olavo, realmente existe esse conflito do "SENTAAA!!!"... Por isso mesmo eu acho mais justo (e eficiente) que sejam criados setores bem definidos para sentar ou ficar de pé. Assim não tem briga, arquibancada (sem cadeiras) seriam exclusivamente dedicadas a quem quer pular, com um ingresso mais barato, atrás dos gols.
tem torcedor que reclama de tudo e de qqr coisa. se voltar a ter cerveja no estádio, vai ter torcedor que vai reclamar.
é também saudosismo, mas não só. tem tbem um criticismo crônico, coisa de mala mesmo, prática na qual, reconheço, eu costumo praticar. Mas não com relação a cadeiras e estrutura de estádio...
Pra mim a questão é menos de cadeiras ou não (nisso concordo com o Andre Batos) mas sim a da crescente elitização dos estádios de futebol, com seus setores Visa, Premium, etc. Além de que decisões como a do Inter, que permitem que em jogos de grande apelo como a final da Liber sejam assistidos apenas por sócios, é um grande desrespeito com o torcedor "comum", que cada vez menos tem condições de ir em todas as partidas, tendo que escolher às vezes no máximo um jogo por mês pra ir ver; sem contar que comprar ingresso pela Internet pra grande maioria é uma grande ilusão, que ainda é capaz de fazer com que diminuam as já exíguas bilheterias do próprio estádio.
Enfim, a questão é mais de quem os clubes querem nos estádios, o povão ou aqueles para quem o ingresso não é nem metade do que vai ser gasto e consumido.
Bom ponto, Luis. E aí jogo uma pergunta/provocação: se isso se comprovar como rentável financeiramente, é errado os clubes pensarem nessa elitização?
Luis, o clube precisa de apoio financeiro permanente, e o sócio está disposto a isso. Na hora do vamo-ver, da final, é claro que o sócio tem que ter a preferência no estádio. Isso não é elitização, é critério. Pelo menos no SantosFC ser sócio não custa mais que 1 real por dia. Não é nada "só pra elite".
Olha Olavo, se para os clubes é errado pensar nisso ou não - ou melhor, pensar com certeza eles já pensam, concretizar esse pensamento - não sou eu quem pode dizer, mas que eu sou contra eu sou. O capital já domina praticamente todas as esferas da vida social, a arquibancada e a praticamente extinta geral são ainda uns dos poucos bastiões da democracia (no sentido não vulgarizado da palavra) que temos, e não gostaria de perdê-los; até porque essa grana a mais que entra não retorna na forma de times mais fortes, e sim em bolsos de cartolas mais cheios. Mas enfim, essa realmente é a tendência.
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