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O Corinthians empatou com o Palmeiras num jogo com alguns bons momentos, mas em que as duas equipes pecaram pela falta de ousadia. Como o lado palmeirense foi debatido com mais detalhes pelo companheiro Anselmo, foco no Timão.
Adilson Batista, em sua estreia, mudou um pouco e esquema de jogo do time. Utilizou o meio de campo em losango que usou no Cruzeiro. Lá, eram Fabrício mais recuado, Marquinhos Paraná mais pela direita, Ramires mais pela esquerda. Aqui, foram Ralph na proteção da zaga, Elias pela direita, Jucilei do outro lado. Bruno César ficou mais livre e centralizado para armar os ataques.
Funcionou no começo, e o time dominou as ações e acuou o Palmeiras. Isso culminou com a bela jogada do gol de Jorge Henrique. Começou com toque de calcanhar de Bruno César e terminou com gol de letra. Sim, estava impedido, isso não questiono. Mas que foi bonito, foi.
Aqui creio que terminam minhas concordâncias com o Anselmo em termos de arbitragem. Paulo César foi mal na partida, com vários erros dos dois lados. Mas acho que o pênalti de Jucilei pedido pelo nobre parmerista (como dizia meu avô) foi mais um desses agarra-agarra de área. Ou pelo menos acho que o juiz poderia interpretar assim, como de fato interpretou.
E se á pra falar de pênaltis não marcados, os alvinegros podem reclamar de dois, ambos do lateral Armero. O moço entrou em campo com vontade de jogar vôlei e botou a mão da bola em duas oportunidades. Uma num cruzamento, em que subiu tal qual o Ken de Street Fighter num legítimo “roiuguen” (era assim que a gente chamava). Na outra, cortou um passe de Elias.
Voltando para o que realmente interessa, depois do gol, o Corinthians cometeu mais uma vez seu pecado mais comum: recuou demais. Meu tio Benedito, o Ditão, com quem vi a partida, disse que é assim mesmo, que o adversário pressiona e que não tem jeito de não recuar. Como ele fala com a autoridade de jogador e técnico de times de bairro lá em Mauá, diminuo o tom de minhas críticas.
Mas nessa, Ralph vacilou numa linha de impedimento e saiu o gol do Palmeiras. Júlio César, diga-se, fez bela defesa na cabeçada.
Diga-se também que a jogada foi pela direita do ataque de verde, onde o treinador mosqueteiro escalou o zagueiro Leandro Castan, por conta da suspensão de Roberto Carlos. Ficamos sem saída de bola por ali e com marcação falha, já que Castan é muito lento para a função. Seria melhor ter colocado o garoto Dodô, especialista na função.
Outro erro de Adilson ocorrei nas trocas no segundo tempo. O Palmeiras havia encontrado um jeito de marcar Bruno César e o camisa 10 não conseguia se desvencilhar. Adilson, então, colocou Defederico no aquecimento. Achei que ia mexer em dois problemas, sacando Leandro Castan, deslocando Ralph ou Jucilei para a lateral e colocando o argentino para ajudar a criação. Mas o professor (chamado “Pardal” em sua passagem pr Minas) tirou Bruno César. O baixinho Matias ficou ainda mais espremido pelos volantes e pouco fez.
Ainda bem que Felipão decidiu colaborar com o empate e sacou Lincon, cabeça pensante do time palmeirense. O Corinthians ainda melhorou e pressionou no fim, muito por conta da boa atuação de Jucilei, que passou a jogar meio que como um ala pela esquerda. O problema aí é que a maioria das jogadas terminava em cruzamentos para a área – com Jorge Henrique, Defederico e Iarley no ataque. Souza só entrou aos 40 minutos, mas aí já tínhamos um empate meia boca.
Ficou claro que Roberto Carlos faz muita falta ao time. Dentinho também teria ajudado bastante. O ataque sente muita falta de um centroavante, alguém para incomodar permanentemente a zaga. Imaginem o time do Palmeiras sem Kleber para ver do que estou falando. Com Ronaldo eternamente quebrado, temos Souza – e isso é um problema. Mas acho que não tem jeito, tem que ser ele.
Não gostei muito da estreia de Adilson. Errou na escalação de Leandro Castan, mas muito por carência do elenco. Mas gostaria muito de uma explicação sobre a substituição de Bruno César. Claro que com o tempo ele vai colocar sua cara no time, coisa e tal, e ainda tenho esperança de que é possível sair um bom trabalho. Espero não perder muitos pontos até lá.
6 comentários:
taí. erros dos técnicos de fato ajudaram.
Complementando, vi uma resposta do Adilson ao G1 sobre a substituição de Bruno Cesar por Defederico:
"Tirei um meia e coloquei outro. Não estávamos bem nos primeiros 30 minutos com o posicionamento. Depois, o Palmeiras começou a fazer linha de três, e tivemos dificuldades. Achei que o Defederico seria mais agressivo e de penetração. Mas isso não aconteceu - justificou o treinador."
Bom, gostei dele ter respondido a pergunta. Mas não sei de onde tirou que o argentino ganharia a briga contra a volantada palmeirense. Ainda acho que o melhor era colocar os dois em campo, para confundir a marcação.
Mas o problema mais grave era mesmo no comando do ataque, falta um centroavante.
Bruno Bonfim é imaturo, mascarado, tem uma série de defeitos, mas não merecia a expulsão contra o Guarani, em que o jogador bugrino fez teatro. Realmente, fez muita falta contra o Palmeiras.
E o gol do Palmeiras foi sim irregular. O problema é que criou-se uma crença de que tudo que o detestável Arnaldo César Coelho disser a respeito de impedimentos, penalidades e cartões, vira verdade mais que absoluta.
Quanto ao gol de JH, não tinha como o bandeira ver a olho nu, já que o (lindo) contra-ataque foi executado na velocidade da luz.
O Birner diz que o S.Paulo perdeu a oportunidade de contratar Adilson Batista. Eu digo: ainda bem!
Caso clássico de "tá ruim, mas tá bom". O empate não foi o melhor dos resultados, o time não jogou bem na maior parte dos 90 minutos, mas conquistou um ponto sem o mando de campo (ser "visitante" no Pacaembu é algo que me dói o coração).
Agora é ganhar do Flamengo em casa, torcer para um tropeço do Fluminense, e ficar na ponta da tabela até dezembro (falando assim, até parece que é fácil...).
Marcão, quando eu vi que o São Paulo podia demitir o Ricardo Gomes, pensei: Que pena...
Mas quando falaram de Dunga e Luxemburgo para entrar no lugar dele, fique até mais animado, hehe!
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