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Por Moriti Neto
É de perder a paciência a mania dos são-paulinos de pensar na Libertadores em tempo integral. O que mais escutei ontem, antes do jogo contra o Atlético Paranaense, que venceu por 1 x 0, na Arena da Baixada, foi a cantilena de que, ganhando, o São Paulo daria passo largo rumo à competição continental de 2012. Tenha dó. O torcedor, hoje, tem muito mais preocupações essenciais do que se classificar ao “sonho de consumo”.
Quando vi o time escalado com Rogério, Jean, Xandão, Rodolpho e Cícero; Denílson, Wellington, Carlinhos Paraíba e Lucas; William José e Fernandinho, bateu desânimo até para acompanhar a partida.
Era uma equipe, de novo, sem laterais, com o agravante de Cícero não marcar nada e ter um veloz Guerrón, autor do gol da vitória atleticana, pela frente (ô, Leão, não entendi). Zaga perdida, Xandão é limitadíssimo, e Rodolpho, como o próprio admitiu, está “balançado” por uma oferta da Juventus da Itália que não se concretizou (continue jogando assim, meu filho, que nem o Juventus da Mooca vai te querer). Armação zero (novidade...), com Lucas sem ter com quem jogar. Ataque inoperante, com William José, que não finaliza nem prepara, e Fernandinho, na eterna tentativa de jogada – e só tentativa mesmo – para virar e escapar dos defensores pela esquerda.
Com essa formação, veio o esperado, o repetitivo. O sono coletivo que caracteriza o Tricolor nesta temporada. Um elenco razoável, enaltecido por alguns como ótimo e exageradamente diminuído por outros, que não deu liga. Rogério salvando o time de goleada, Casemiro desperdiçando mais uma oportunidade, conseguindo ser mais sonolento que os demais, Dagoberto, no banco, fora de mais um jogo no campo do clube que o revelou (agora com mais motivos do que nunca), e a prova de que o problema são-paulino não é o treinador; Leão parece tão perdido quanto Carpegiani e Adilson Batista.
Panela velha é que faz comida boa? |
No final, derrota antevista. Outro insucesso do time que jamais empolgou em 2011, que não fez um só jogo irrepreensível no ano, que como a escrita de não ganhar na Arena da Baixada, manteve a regra de não jogar nada no returno do Brasileiro.
Esqueçamos Libertadores. É hora de reaprender a montar verdadeiras equipes e respeitar a Copa do Brasil.
5 comentários:
Minha velha cantilena sobre o time não ter laterais ficou clara quando Leão barrou o (péssimo) Juan. O problema é que Cícero não é lateral e foi pela esquerda que o time tomou o gol do Atlético-PR. Onde está Henrique Miranda? Na direita, sem poder contar com o (limitado) Piris, Leão recorreu à velha solução com o (também limitado) Jean.
Eu sei que o meio de campo do São Paulo é o setor mais carente de jogadores de nível, que Carlinhos Paraíba, Denílson e Rivaldo não conseguem fazer a transição com o ataque e, sem isso, o time não faz gol. Mas, mesmo que tivéssemos qualidade no meio, não consigo imaginar o time vencendo sem laterais minimamente competentes. Com Piris e Juan, ou Cícero e Jean, dá tudo na mesma. Ou seja, derrotas.
Olha, só sei que está muito difícil assistir a jogos do São Paulo, aliás, a jogos do campeonato brasileiro em geral!!
E do que adiantaria se classificar para a Libertadores se não temos o mínimo para copa nenhuma!!
E não... não sou eu que dou azar não viu!!! hahaha O time tá ruim mesmo!
Há controvérsias sobre o pé frio de certas torcedoras, Vivi. Mas isso é assunto pra debater em casa.
o Menon publicou uma lista de dispensa do SP, vcs aprovam?
http://trivela.uol.com.br/blog/menon/sao-paulo-tem-lista-de-dispensa-para-2012/
Vi a lista, Nicolau. A maioria tem que ir mesmo. Alguns, como Xandão, dá até um alívio de saber.
Acho que o Casemiro, com mais papo, diálogo mesmo, dá pra resolver. O cara é bom.
O Henrique e o William José também poderiam ficar, são garotos e tiveram chances mínimas. Foda responsabilizar moleques numa fase tão ruim do time.
O Jean não é ruim como está colocado. É segundo volante, não o cara pra dar o bote, mas parece que está sem clima. Mesmo caso do bom Rodolpho - com a história da Juve, ficou perdido.
O Denílson é um caso especial. Foi revelado pelo São Paulo, mas foi pro Arsenal muito cedo, com 17 anos, passou seis anos lá, acabou sendo formado como futebolista com a concepção inglesa de jogo. Além disso, teve contusões. É bom. Precisa de mais tempo.
De resto, é aquilo mesmo.
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