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As duas formações dos
times que disputavam o clássico paulista da rodada não inspiravam
muita coisa. O São Paulo não contava com Lucas, na seleção, assim
como os donos da casa não tinham Neymar e Arouca, também com Mano
Menezes. O Alvinegro não contava ainda com Ganso, Bruno Rodrigo
(substituto de Dracena, que só volta em 2013), Juan e outros
inúmeros reservas. Não, não seria um grande jogo, ainda mais com a
postura dos dois treinadores.
Em relação à partida
com o Fluminense, Muricy colocou Pato Rodríguez no lugar de Bill, e
manteve dois volantes quase zagueiros, Adriano e Everton Páscoa. Ney
Franco optou pela formação com três defensores de fato, com a
entrada de Paulo Miranda.
O resultado: uma série
de passes errados, principalmente no primeiro tempo, por conta das
opções dos técnicos (sendo que as do santista eram mais limitadas)
e também pelo modo dos times atuarem. No Santos, no primeiro tempo,
os lances ofensivos estavam sob responsabilidade de três
“corredores”: Pato Rodríguez, que jogou mais próximo de André;
Felipe Anderson, perdido na marcação são-paulina, e Bruno Peres, o
ala-lateral que ia à frente, falhando atrás muitas vezes. Atletas
que carregam a bola sugerem que os de trás tenham que dar passes
longos e, além disso, jogador que aposta uma, duas, três vezes uma
corrida, sem se importar em passar a bola, na quarta tentativa não
vai contar com a aproximação de um companheiro. Qualquer peladeiro
sabe disso, mas tem muito atleta profissional não tem essa
consciência.
Assim, os passes à distância faziam ambas as equipes errarem demais. O Santos, tentando lançar um velocista/driblador; o São Paulo, buscando a inspiração de uma bola enfiada para Luis Fabiano. Assim, algumas oportunidades surgiram de parte a parte, mas nada que empolgasse. As duas equipes jogavam com seu meio de campo distante do ataque ou da defesa, sem qualquer compactação. Muricy ainda pode justificar tal postura pelo fato de não poder escalar o mesmo time duas vezes seguidas, e Ney Franco pode dizer que chegou há pouco tempo, está testando alternativas etc e tal. Difícil é o torcedor aturar uma partida com tão poucas oportunidades de gol de lado a lado, um clássico quase vazio de sentido. De emoções também, com a anuência da CBF, que esvaziou o San-São em função de um amistoso portentoso com a perigosa China.
Jogo besta, com um zero a zero sendo final
justo. Fica até difícil escrever.
1 comentários:
Jogo triste. Um dos piores do campeonato. Coisa de 90 passes errados. E olha que as duas camisas representavam uma história de seis libertadores, cinco mundiais e tantos títulos pelo Brasil, além de jogos memoráveis. Esse foi pra esquecer.
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