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POR MORITI NETO
O melhor para o são-paulino na
vitória diante do Corinthians, além do óbvio de vencer o maior rival com time
reserva, foi ver Ganso jogar bem. Entre
outras questões levantadas pelo companheiro Nicolau após o último post sobre oTricolor, estava uma pergunta a respeito do que este escriba espera do armador.
Disse a ele das óbvias dúvidas sobre condição física e tal, mas posso estender o
comentário aqui.
Em campo, como se viu no clássico
de domingo, um jogador como Paulo Henrique Ganso passa muita segurança ao time
e preocupa o adversário. A qualidade fica impressa não só nas assistências que
o meia deu a Douglas e Maicon, mas na calma e clareza com que toca a bola.
Quando o time tinha a posse e bom passe, ele era o diferencial, o homem capaz
de sair do elementar. Nos momentos em que a equipe saía jogando torto, com a
redonda regurgitando aqui e ali, o maestro ajeitava as coisas.
Aliás, Ganso contribuiu com a
mudança de postura do São Paulo mesmo antes de atuar. Creio não ser coincidência o aumento de rendimento
logo depois da chegada dele. A autoestima, a confiança dos jogadores, da
comissão técnica, inclusive da torcida, deram sinais de subir.
Foi no dia 21 de setembro que a
longa negociação entre Ganso, São Paulo e Santos teve o término oficial. Nessa
data, o atleta assinou contrato com o Tricolor. Dali para frente, o time jogou
18 vezes, com oito vitórias, dois empates e duas derrotas no Brasileiro, mais
dois triunfos e quatro partidas empatadas na Sul-Americana. Além disso, o
período marcou as melhores apresentações do ano, melhor campanha do segundo
turno no nacional e passagem à decisão da competição continental. Não é
pouco.
Claro que Paulo Henrique foi só
um dos ingredientes na boa mistura que dá resultados na equipe de Ney Franco,
como escrevi no texto passado,
mas jogador fora de série é assim mesmo. A contratação sacode as estruturas,
mexe com o imaginário coletivo, coloca o clube em evidência, deixa rivais
precavidos. Também faz com que o elenco se agite, para o bem e o mal. Esperando
que Ganso não seja um Ricardinho,
fico com a primeira opção.
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