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Sheik jogou bem, mas não marcou, como de praxe (Alexandre Loureiro/Lance) |
Aí você olha a escalação do Flu e vê que o time estava inteiro remendado, pastando por contusões como a de Deco e ausência dos selecionados Fred e Jean, entre outros problemas. Assiste o jogo e vê a linha fechadinha do Timão na defesa. Muito bem construída, diga-se, retranca de nível europeu. Mas lá na frente, quase nada de criação. Vê também que o zagueiro Gum foi corretamente expulso após um carrinho de intenções assassinas em Emerson. E pensa que o resultado podia ser melhor.
Essa é a sensação do Corinthians nesse momento: não tá ruim, tá até bom, mas podia ser melhor. Indo um pouco mais longe, essa sensação está sempre pairando pela Era Tite, o que é muito estranho para aquela que já deve ser a mais vitoriosa fase do time. Tirando a defesa, o time nunca mostra um grande futebol, nunca encanta, nunca atropela, quase nunca dispara. Tem em sua grande marca a constância, para o bem e para o mal.
Melhor defesa do torneiro com 6 gols sofridos, o Corinthians hoje nega com firmeza as chances de gol do adversário, mas também as suas próprias. O ataque chuta pouco e mal, o meio campo toca a bola mas não abre espaços.
De todo jeito, parece estar perto de engatar o “modo Tite” de disputa de pontos corridos. Ganhar de 1 a 0 em casa, empatar sem gols fora. Nunca arriscar mais do que o necessário. Levamos o campeonato de 2011 nessa toada, poupando forças sempre que possível e só correndo atrás quando era necessário.
Pode dar certo dessa vez de novo, creio. Tite precisa considerar, no entanto, que naquela ocasião tivemos um começo meteórico por conta da atenção dividida de todos os outros concorrentes com Libertadores ou Copa do Brasil. Agora, temos é que tirar uma boa meia dúzia de pontos por conta de um começo vacilante. Vitórias fora serão necessárias nessa recuperação. E nessa situação, jogos como o de ontem entram para a conta de pontos perdidos pelo excesso de zelo e a ineficiência do ataque.
2 comentários:
Se tudo der muito certo, o Corinthians disputa o título tendo arrastado na lona o saco de sua torcida durante longos meses. Acho que pra ter chance mesmo o Tite vai ter que fazer melhor que isso, vai ter que buscar uma curva ascendente. Em 2011, disparamos no início e oscilamos muito todo o resto, mantendo a lógica do melhor aproveitamento com o menor desgaste possível. Por sorte, todos os outros oscilaram também. Um manguaça disse na época que era um campeonato de “pontos parados”. A ver... Vai Corinthians!
A postura deste time nas últimas quatro ou cinco rodadas tem sido tão preguiçosa que deu (ainda dá) preguiça até de vir aqui comentar.
Acho que é uma preguiça contagiosa.
E dentro deste quadro, ainda estou esperando pra ver se conseguirá acordar a tempo de disputar alguma coisa ou se ficará transitando entre a oitava e a décima segunda posição, na melhor das hipóteses.
Ainda há tempo, mas precisa sair deste marasmo.
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