Destaques

segunda-feira, agosto 28, 2006

A despedida de um campeão

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook




O Aberto dos Estados Unidos deste ano marca a despedida de Andre Agassi do circuito. Ele entra na quadra daqui a pouco, para estrear na competição contra o romeno Andrei Pavel. Os duelos de titãs entre Agassi e Pete Sampras nos anos 90 foram das coisas mais belas que já vi no esporte e, se passei a gostar de tênis, foi por causa daqueles embates antológicos. Só depois, em 1997, o espetacular estilo de Gustavo Kuerten me apresentou ao tênis brasileiro, já que não vi Maria Esther Bueno jogar.

Vencer Agassi é, ou era, uma das tarefas mais difíceis já vistas no tênis. Seu estilo nunca foi, digamos, o tênis-espetáculo do próprio Guga, do australiano Patrick Rafter – este um dos últimos grandes a exibir o agressivo estilo saque-e-voleio, o mesmo do inigualável Sampras (superior a Rafter em todos os fundamentos) com seu jogo que aliava técnica, potência e estilo. O trono, ao que parece, vai ficar com o suíço Roger Federer, seguido não muito de longe pelo espanhol Rafael Nadal.

Agassi é o sétimo maior vencedor da história do tênis, com 60 títulos de simples, o primeiro dos quais, em 1987, em Itaparica (BA), quando o tenista tinha 17 anos. O que mais vezes venceu foi o norte-americano Jimmy Connors, com 109 taças. Agassi nunca deu show, a não ser por sua própria capacidade descomunal de demolir qualquer tipo de adversário, sempre do fundo da quadra, com uma devolução mortal e o talento para colocar a bola na quadra adversária quase matematicamente. Agassi tinha golpes menos potentes do que Sampras, mas otimizava essa menor potência com a precisão sistemática, pertinaz, enervante que cedo ou tarde minava o adversário.

O último título importante de Andre Agassi foi o Masters Series de Cincinnati, em 2004 (os Masters Series só perdem em importância para os Grand Slam), embora tenha vencido depois o ATP de Los Angeles em 2005, título hierarquicamente inferior. Agassi já foi acusado, como pelo chileno Marcelo Ríos, de usar drogas para se manter nas quadras. É impossível. Ninguém que usa doping conseguiria chegar aos 36 anos (o norte-americano nasceu em 29 de abril de 1970) mantendo-se entre os top de um dos esportes que mais exigem fisicamente de um atleta.

Andre Agassi conseguiu a proeza de ganhar os quatro Grand Slams: Australian Open (quatro vezes), US Open (duas vezes), Wimbledon e Roland Garros (uma vez cada). Esse feito nem Sampras (que nunca venceu a “maldição” de Roland Garros, disputado no saibro) obteve.

Independentemente de se gostar ou não do estilo de Agassi, mais conservador do que o de outros já citados aqui, é inegável que, sem ele, o tênis vai ficar mais pobre daqui para a frente.

Maiores vencedores (títulos)

1. Jimmy Connors EUA 109.
2.Ivan Lendl EUA 94.
3.John McEnroe EUA 77.
4.Pete Sampras EUA 64.
5.Bjorn Borg SUE e Guillermo Villas ARG 62
7. André Agassi EUA 60
8. Ilie Nastase ROM 57
9. Boris Becker ALE 49
10. Rod Laver AUS 47
11. Thomas Muster AUT 44
12. Stefan Edberg SUE 41
13. Roger Federer SUI 40
14. Stan Smith EUA 39
24. Lleyton Hewitt AUS 25
33. Gustavo Kuerten BRA 20

Fonte: Globo Esporte

*em negrito, os que ainda estão na ativa

4 comentários:

Anônimo disse...

es una lastima, gracias por el post!!!

Nicolau disse...

Excelente post, Edu. Mas, com o óbvio e declarado motivo de ser chato, pergunto: isso é futebol, política ou cachaça?

Edu Maretti disse...

suspeito que seja cachaça,brother,cachaça da boa (ou pelo menos os efeitos dela)...

Anônimo disse...

Check it ou homes installing cement fiber siding if your building homes go to Http://siding11.com/side.pl?y=helper. butt if you want to learn to install siding then..... What are you waiting for..