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Depois da carta ao PSDB, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso concedeu duas entrevistas, publicadas hoje na Folha de S.Paulo (só para assinantes) e em O Estado de S. Paulo.
O tom da primeira é de justificação com contornos de heroísmo. A reação à carta "mostra que nós precisamos fazer mais política no Brasil", mostra que ninguém leu a carta, nem os "companheiros" (sic) de partido.
A segunda é bem mais arrogante. Curioso notar que o Estadão fez a entrevista dois dias antes da divulgação da carta. Segundo a imprensa, o tal documento já estava pronto no tal dia 5 de setembro, mas só foi publicado depois. Tão futil e desnecessário que começa pedindo ao repórter que não o chame de "doutor", mas de "presidente", numa rara demonstração de egocentrismo. Chama o Bolsa Família (que até pouco tempo dizia ter criado) de "bolsinha" que faz as pessoas votagem em Lula, diz que política é para atores e que Alckmin tem que achar seu papel (do ponto de vista cênico mesmo).
Das últimas vezes em que o ex-presidente veio à cena política, a intenção de votos do tucano presidenciável Alckmin caiu. Estarão os dois jornais paulistas trabalhando oculta e ironicamente pela eleição de Lula no primeiro turno? Ou querem só comprovar o efeito herbicida-de-chuchu nas palavras do doutor Cardoso? Quanto veneno num post só.
2 comentários:
Se o FHc continuar dando sua cara a tapa, o Lula vai chegar aos 70% fácil, fácil...
Ele é genial. Podia cair em si e perceber que seu tempo na política acabou, bem como seu prestígio. Vai ficar pra história como o presidente que privatizou o país. Triste o fim do príncipe dos sociólogos.
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