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sexta-feira, novembro 10, 2006

...e Romário encontrou o paraíso

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No Brasil, não teve torcedor que não tirou sarro da ida de Romário para o portentoso Miami FC, time estreante de uma liga secundária do importantíssimo futebol dos Estados Unidos. Pois para a diretoria do Miami não se tratou de nenhuma piada, pelo contrário. Segundo matéria do Uol Esportes, estão satisfeitíssimos com a passagem de seis meses do Baixinho pelas terras de Tio Sam.

O impacto da presença do veterano nos EUA é comparado ao plano ambicioso feito pela equipe do Cosmos, na década de 70. O Miami FC foi criado no início do ano passado e disputa a United Soccer League (USL), liga independente que rivaliza com a Major League Soccer, a "NBA" do futebol. O time terminou o campeonato em quinto lugar (de doze competidores, com clubes também de Porto Rico e do Canadá). Romário foi o artilheiro da competição, com 19 gols, foi eleito três vezes como o atleta da rodada, e quatro vezes eleito no time da rodada.

A quinta posição alcançada pelo Miami FC na USL foi encarada como uma conquista para um clube, criado no início do ano. O Baixinho, juntamente com o meia Zinho, ex-Flamengo e Palmeiras, foram as principais peças para o sucesso meteórico do time. "Nosso objetivo era contratar uma grande figura do futebol mundial para transformar o Miami em um time conhecido e vencedor. Com a contratação do Romário, demos um passo muito importante para essa meta. A vinda dele representou o feito mais importante da história da USL", orgulha-se Julio Mariz, presidente do Miami FC.

Do alto de seus 40 anos, é claro que Romário recebeu algumas regalias. Avesso a treinamentos, o jogador dizia compensar suas faltas aos coletivos treinando em particular. Além disso, existia um pacto no clube: o Baixinho só seria substituído quando pedisse. Nada que gerasse ciúmes no "estrelado" elenco do MIami. "Mesmo com a fama, o Romário se portava como um jogador comum, procurando ensinar o melhor posicionamento aos atacantes do time. Ele era como um professor para nós e por isso todos gostavam dele. Hoje o Miami já tem seu nome no cenário mundial e conta com propostas para amistosos em vários países", diz o meia do Miami, o brasileiro Diego Walsh.

A maior briga comprada por Romário foi com o centroavante jamaicano Onandi Lowe, líder de sua seleção na Copa do Mundo de 1998, considerado pelo camisa 11 um jogador "desagregador e marrento". Romário interveio e ordenou a saída de Lowe, sendo atendido pela diretoria.

A calmaria do camisa 11 em sua fase na América do Norte tem uma explicação: Miami é a cidade "mais brasileira" dos Estados Unidos, com praias, redes de futevôlei e agitadas baladas noturnas. "O Romário se adaptou muito bem à cidade. Não existe tanta pressão do torcedor, já que as atenções na cidade estão direcionadas ao futebol americano e ao beisebol. Além disso, Romário tinha a praia, futevôlei e toda a família com ele. O Romário gostou muito dessa fase", comentou Walsh.

Agora, imaginem o Romário num time em que não precisa treinar, só sai de campo quando pede, numa cidade com praia, futevôlei e balada à vontade, sem torcidor enchendo o saco e podendo mandar embora qualquer desafeto. Só não entendo porque o Baixinho não ficou por lá mais um pouco.

4 comentários:

Glauco disse...

Ele ficou lá pouco tempo porque, apesar de todas as regalias, não tinha ninguém pra jogar futvôlei com ele. Também, se os caras têm dificuldade até pra jogar futebol normal...

Anselmo disse...

mentira. ele ficou lá pouco tempo porque, quer chegar aos mil gols perseguindo o fantasma do Pelé. E achou que seria ruim para sua biografia encerrar a carreira nos Estados Unidos, igualzinho ao Rei do futebol fez, no Cosmos de NY.

Marcão disse...

Essa história de "mil gols" é a maior balela da gloriosa mídia esportiva nos últimos tempos. Devem estar contando aí até os pontos jogando futevôlei na praia.
Só pra ter uma idéia, a edição especial da Placar de junho de 2005, com os 50 maiores artilheiros brasileiros de todos os tempos, apontava Romário com cerca de 840 gols (detalhando o tanto marcado em cada time, a partir da estréia profissional no Vasco, em agosto de 85).
Buenas, eu não creio - ou pelo menos não ouvi falar - que o Romário (ou qualquer outro jogador do planeta)tenha marcado mais de 140 gols nos últimos 11 meses. Engraçado é que a Placar, até o momento, não tocou no assunto. Já o Lance! embarcou na história dos "mil gols" sem pestanejar.

Anônimo disse...

O Romario nao ficou mais tempo simplesmente porque a equipe da Australia ofereceu bem mais dinheiro pra jogar la.

Glauco estar completamente errado. Tem muitas duplas boas de futevolei em Miami. E que no Brasil ele e estrelha mais em Miami ele e como qualquer um. Numa cidade que quase ningem te conhece, no futevolei ele tinha que espera a vez e tambem sou ficava na quadra se ele ganhava.
No Rio, ele tem os baba ovos dele la. Nao em Miami ....