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sexta-feira, março 09, 2007

Sobre o Goiás e o bom Rodrigo Tabata

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Se a premiação da CBF no final do ano tivesse uma categoria do tipo “Melhor Olheiro” ou “Melhor Revelador de Atletas”, o Goiás Esporte Clube bem que merecia um prêmio. De dez anos para cá, é impressionante a quantidade de atletas que revelou ou recuperou para o futebol, principalmente laterais, meio-campistas e atacantes. Atualmente, não tenho dúvidas de que, quando o Goiás promove um atleta de sua base ou contrata um jogador obscuro de algum clube idem, todos os técnicos e olheiros dos grandes clubes do país já ficam ouriçados, tentando prever o que vai sair dali.
O São Paulo virou consumidor assumido: depois da inacreditável recuperação do Goiás no Brasileirão de 2003 (saiu de penúltimo, no início do 2º turno, para 9º na classificação final), o tricolor paulista trouxe o treinador Cuca e os jogadores Fabão, Danilo e Grafite. Não contente, ainda traria Josué, André Dias e Jadílson - sem esquecer que Aloísio, Leandro e Alex Dias também tiveram boas passagens pelo clube goiano. E o São Paulo também tinha interesse em dois outros ex-Goiás que escaparam para os rivais: Paulo Baier e Rodrigo Tabata, que foram para o Palmeiras e o Santos, respectivamente.
O primeiro não conseguiu despontar no alviverde e saiu pela porta dos fundos, incomodado com pagamentos em atraso. Mas o segundo, com certeza, tem feito muitos santistas felizes. Tabata pode ser um cara muito contestado, mas eu fui um dos que lamentaram quando não acertou com o São Paulo. Ele não é craque, mas é muito útil – e “brigador”, como se dizia antigamente. Ontem, contra o Rio Branco, o Santos sustentava um magro 1 a 0 no placar, no início do segundo tempo, e o time do interior pressionava. Foi então que, em duas cobranças de falta perfeitas, Rodrigo Tabata aumentou para 3 a 0 e liquidou a fatura. É isso o que eu digo: quando é necessário, o cara comparece. É um jogador útil, perfeito para compor elenco.
Nascido em Araçatuba (SP) em 1980, Rodrigo Barbosa Tabata começou a carreira no Paulista de Jundiaí, em 1999, quando venceu a Copa do Estado de São Paulo. No ano seguinte, jogou pelo São Bento de Sorocaba e depois perambulou por Santo André, Ferroviária, Inter de Limeira, Treze da Paraíba, Grêmio, Ceará, XV de Piracicaba, Campinense (PB) e América de Natal, antes de ser resgatado pelo Goiás, em 2004 (foto). Depois de fazer um excelente Campeonato Brasileiro em 2005, garantiu contrato com o Santos no ano seguinte. Para o alvinegro, em minha modesta opinião, foi uma ótima contratação.

2 comentários:

Glauco disse...

Tabata, melhor do que o Kazu.

Anônimo disse...

Vai por mim, Marcão: não, não foi uma grande contratação do Santos. Ou melhor, me corrigindo: foi sim um grande negócio, porque o cara parecia que seria um bom jogador e tava sendo cobiçado por tudo quanto é time.

Mas a verdade é que no Santos não tá jogando bem. Simples. Ontem resolveu, fez golaços, mas ainda é muito pouco com base em toda a sua passagem pela Vila.

Não é unanimidade na torcida do Santos. E eu, hoje, o defino apenas como um bom reserva.