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O duelo entre Estudiantes e Barcelona que, no sábado, definiu o Campeonato Mundial de Clubes, passou longe, mas bem longe de ser uma boa partida de futebol. Foi mais algo próximo de uma pelada, como o Manchester x LDU do ano passado.
Assisti o jogo a partir do segundo tempo, então, se a primeira metade da partida foi diferente, por favor acrescentem informações nos comentários. Mas o que eu vi foi um Estudiantes acuado, com má qualidade mesmo, refém de um Barcelona que martelava, martelava e martelava, mas sem a eficiência necessária.
Ganhando de 1x0, o Estudiantes abriu mão completamente de qualquer tentativa de ataque. A análise de Mauro Cézar Pereira, que comentava o jogo pela ESPN, foi precisa: mais do que um "recuo para garantir o resultado", o que acontecia com o Estudiantes era uma imposição determinada pelo adversário. Só o Barcelona jogava.
De certo modo, o jogo de sábado seguiu um roteiro de tantas e tantas partidas que vimos por aí: um time de menor qualidade acha um gol e inicia um bate-rebate desesperado implorando para que o jogo acabe. Seria injusto o Estudiantes levantar a taça. Parabéns, Barcelona!
3 comentários:
Olavo, essa descrição que você fez do jogo não é diferente do que tem acontecido nas outras edições. Com apenas uma partida decidindo o título (mesmo nesse formato, as anteriores são perfumaria) a tônica tem sido há muito tempo os sulamericanos jogarem retrancados, rezando por um contra-ataque ou jogada de bola parada, e os europeus sufocando. Não é de estranha ro modo que jogou o Estudiantes se analisarmos a história recente.
Se fosse melhor de três, como na década de 60, dificilmente a América do Sul levaria uma sequer. Infelizmente.
complicado mesmo. se 3 dos cinco jogadores que concorrem a melhor do mundo jogam no barcelona, seria bem improvável os caras nao levarem.
saírem perdendo já foi emoção o bastante.
E dentro dessa lógica, com a qual estou de acordo, considerando o que se processou exclusivamente dentro das quatro linhas, no aspecto meramente futebolístico, este desfecho foi "justo" e as decisões recentes que deram o título a SPFC e a Inter foram totalmente injustas, pois foram massacres, jogos de defesa contra ataque por noventa e poucos minutos. Só que pouquíssimos ousaram afirmar isso diante dos triunfos brasileiros.
E é extremamente triste que justo dois jogadores sulamericanos tenham protagonizado a jogada do título dos europeus. Estes dois deveriam estar jogando em suas equipes de origem, ou, no máximo, em outras equipes de seus países, mas os europeus (nunca é demais lembrar), seguem levando nossos melhores jogadores graças às riquezas que roubaram daqui por séculos e que, de forma indireta, ainda roubam.
A verdade é que sem africanos e latinoamericanos o futebol da Europa não seria nada, e já passou da hora de tentarmos fechar também as veias abertas do nosso futebol, que constituem uma faceta de nossa condição colônia de fato, até hoje.
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