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Dava pra ver, pelos
primeiros cinco minutos de partida, qual era a proposta de cada um
dos times que jogavam no Pacaembu hoje. De um lado, um Santos sem
Dracena, Bruno Peres e Arouca procurando o ataque, principalmente
pelos lados, e, do outro, um São Cetano em situação agonizante no
campeonato com um esquema defensivo, esperando um vacilo do rival
para tentar a sorte na partida.
E o vacilo aconteceu
cedo. Em uma bola que voltou rebatida do meio de campo, Durval falhou
grotescamente deixando o caminho para o gol livre para Jael. O
defensor teve que fazer falta e o atacante, ex-Portuguesa e Flamengo,
vulgo “o cruel”, fez o tento com uma bela cobrança, ao lado da
barreira, mal montada por Rafael.
A partir daí, a toada
seguiu a mesma, com o Peixe pressionando e o Azulão recuando. Os
mandantes criaram inúmeras chances de gol, com Neymar mais de uma
vez, com Giva, chegando com Cícero... E nada de o gol sair. Um
domínio inconteste na etapa inicial, com o Alvinegro tento mais de
68% de posse de bola, e doze finalizações contra duas do São
Caetano.
O técnico Daniel
Martine resolve levar o manual do ferrolho muito a sério e
substituiu o meia Éder Marcelo pelo volante Moradei aos 34 minutos.
Foi contestado à distância pelo goleiro Fábio e, no intervalo,
pelo capitão Eli Sabiá, que disse à imprensa que discordava do
treinador. A decisão quase se mostrou errada em cinco minutos, tempo
no qual Moradei tomou um cartão amarelo e só não tomou o segundo
ao fazer uma falta por trás em Neymar porque o juizão preferiu a
advertência verbal.
Na segunda etapa, a
pressão deu resultado, com um belo gol de falta anotado por Neymar,
aos 7 minutos. O São Caetano até tentou sair mais para o jogo, mas
conseguiu no resumo da etapa final mais duas finalizações, enquanto
o Peixe, que tentou e criou muitas oportunidades, em especial até os
30 minutos, finalizou mais 15 vezes e não conseguiu a virada.
A troca feita por
Muricy no intervalo, de Giva por André, não surtiu o efeito
desejado pelo comandante. Apesar de o atacante ter feito uma função
diferente, fazendo mais o pivô, muitas vezes seus passes – muitos
de calcanhar, o que irritou um pouco o torcedor por serem mal feitos
– atrasavam o lance ao invés de aprofundar a jogada.
Apesar do empate em
casa, pode-se dizer que o time fez uma boa apresentação. O
destaque, pra variar, foi Neymar, que mandou na partida
principalmente no segundo tempo, fazendo as vezes de meia e deixando
Monitllo, Léo ou Pato Rodríguez na esquerda. Um resultado que não
faz muita diferença para o Santos, mas que afunda ainda mais o São
Caetano, agora um pouco mais perto do rebaixamento. Próxima parada,
Piauí, contra o Flamengo local, pela Copa do Brasil.
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