Destaques

Mostrando postagens com marcador André (Santos). Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador André (Santos). Mostrar todas as postagens

quinta-feira, abril 11, 2013

Mano Brown "vetou" Rafael Moura no Santos e diz que Neymar é "a melhor coisa que aconteceu no Brasil depois da eleição do Lula"

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Claro que sou suspeito por ter participado da conversa, mas a entrevista com Mano Brown para a revista Fórum (aqui e aqui) vale a pena ser lida pela contundência e transparência de suas análises, que vão muito além do que pensam alguns acadêmicos encastelados de nossas universidades. Contudo, fora a política, tema tratado por ele em boa parte do papo, Brown também fala sobre outra questão atinente a este blogue: o futebol.

"Ah, melei mesmo, contrata a Xuxa também" (Foto Guilherme Perez)
Torcedor fanático do Santos, ele conta como "vetou" a contratação do atacante Rafael Moura, vulgo "He-Man" pelo time da Vila. "Inviabilizei a contratação do Rafael Moura, ah, melei mesmo, contrata a Xuxa também, tá de brincadeira [risos]. Aquela reunião [com alguns dirigentes do clube] foi treta, aí eu sugeri: 'Traz o André aí'."

Brown ainda fez outra crítica à forma como o estádio da Vila Belmiro, já há algum tempo, vem sendo modificado pelos dirigentes. "O Santos tá com um complexo de pobreza que eu não compreendo, esse negócio ridículo de colocar vidro no estádio inteiro, não dá pra ouvir as vozes da torcida, diminui a pressão. Os caras ficam batendo nos vidros, ficam parecendo loucos, esse negócio de colocar televisão nos camarotes", criticou. "O setor Visa é vazio o ano inteiro, eu já perguntei ao presidente pra quem que é bom o marketing da torcida vazia, abre a câmera e o estádio está vazio."

Sobre Neymar, o rapper não poupa elogios. "O Neymar é sensacional, melhor coisa que aconteceu no Brasil depois da eleição do Lula", diz. "Só poderia ter nascido no Santos mesmo, é foda, não cabe em outro time, mano."

Confira o resto da entrevista aqui.

quinta-feira, abril 04, 2013

Com dois belos gols de falta, Santos e São Caetano empatam no Pacaembu

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Dava pra ver, pelos primeiros cinco minutos de partida, qual era a proposta de cada um dos times que jogavam no Pacaembu hoje. De um lado, um Santos sem Dracena, Bruno Peres e Arouca procurando o ataque, principalmente pelos lados, e, do outro, um São Cetano em situação agonizante no campeonato com um esquema defensivo, esperando um vacilo do rival para tentar a sorte na partida.

E o vacilo aconteceu cedo. Em uma bola que voltou rebatida do meio de campo, Durval falhou grotescamente deixando o caminho para o gol livre para Jael. O defensor teve que fazer falta e o atacante, ex-Portuguesa e Flamengo, vulgo “o cruel”, fez o tento com uma bela cobrança, ao lado da barreira, mal montada por Rafael.

A partir daí, a toada seguiu a mesma, com o Peixe pressionando e o Azulão recuando. Os mandantes criaram inúmeras chances de gol, com Neymar mais de uma vez, com Giva, chegando com Cícero... E nada de o gol sair. Um domínio inconteste na etapa inicial, com o Alvinegro tento mais de 68% de posse de bola, e doze finalizações contra duas do São Caetano.

O técnico Daniel Martine resolve levar o manual do ferrolho muito a sério e substituiu o meia Éder Marcelo pelo volante Moradei aos 34 minutos. Foi contestado à distância pelo goleiro Fábio e, no intervalo, pelo capitão Eli Sabiá, que disse à imprensa que discordava do treinador. A decisão quase se mostrou errada em cinco minutos, tempo no qual Moradei tomou um cartão amarelo e só não tomou o segundo ao fazer uma falta por trás em Neymar porque o juizão preferiu a advertência verbal.

Na segunda etapa, a pressão deu resultado, com um belo gol de falta anotado por Neymar, aos 7 minutos. O São Caetano até tentou sair mais para o jogo, mas conseguiu no resumo da etapa final mais duas finalizações, enquanto o Peixe, que tentou e criou muitas oportunidades, em especial até os 30 minutos, finalizou mais 15 vezes e não conseguiu a virada.


A troca feita por Muricy no intervalo, de Giva por André, não surtiu o efeito desejado pelo comandante. Apesar de o atacante ter feito uma função diferente, fazendo mais o pivô, muitas vezes seus passes – muitos de calcanhar, o que irritou um pouco o torcedor por serem mal feitos – atrasavam o lance ao invés de aprofundar a jogada.

Apesar do empate em casa, pode-se dizer que o time fez uma boa apresentação. O destaque, pra variar, foi Neymar, que mandou na partida principalmente no segundo tempo, fazendo as vezes de meia e deixando Monitllo, Léo ou Pato Rodríguez na esquerda. Um resultado que não faz muita diferença para o Santos, mas que afunda ainda mais o São Caetano, agora um pouco mais perto do rebaixamento. Próxima parada, Piauí, contra o Flamengo local, pela Copa do Brasil.

sábado, março 16, 2013

Montillo marca de novo, Neymar volta e Santos bate Guarani

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

“Você esteve duas frente à frente do goleiro Renan [e não fez os gols]. Ele levou a melhor?”

“Claro que não, meu time ganhou de 2 a 1.”

Foi assim que um espirituoso Neymar respondeu a uma das perguntas feitas por jornalistas na saída do gramado da Vila Belmiro. Mais de uma vez, também, o craque sugeriu, sorrindo, que “cada um cuidasse da sua vida”, ao comentar um suposto atraso no treino de sexta, não confirmado pelo Santos, mas ventilado por jornalistas ou por alguém com interesse na venda do atleta.

De qualquer forma, Neymar está voltando. Depois de duas semanas sem jogar por conta de suspensão, voltou a apresentar jogadas plásticas, como um chapéu em cima de Ademir Sopa, e também dribles desconcertantes sobre os rivais. Sim, foi egoísta em algumas jogadas, especialmente no final da partida, quando chegou a incomodar os torcedores na Vila Belmiro. E a marcação do Guarani por vezes facilitou o trabalho, como no segundo gol santista, quando Neymar roubou uma bola no meio de campo e passou por dois adversários para dar uma assistência daquelas paternais a André, que marcou.

Neymar poderia ter jogado mais, mas foi melhor do que vinha sendo. Assim como Montillo, que foi o melhor em campo não só pelo primeiro gol (seu segundo pelo time), uma bela finalização após pedalar num contra-ataque armado por Arouca. Ele também o “arco” da equipe, ora tentando bolas longas, ora conduzindo a redonda até o campo adversário. Ainda fez por diversas vezes a cobertura do lado direito, onde Bruno Peres, pra variar, ofereceu verdadeiras vias expressas para o ataque bugrino.

Ricardo Saibun/Divulgação Santos FC
Aliás, foi pelas laterais que o Guarani, após o zagueiro Tiago Pagnussat marcar seu gol em escanteio aos 13 do segundo tempo, forçou as entradas na defesa peixeira. Em dados momentos, a pressão campineira parecia que ia resultar em gol, já que a vontade dos comandados do treinador Branco (sim, o de 1994) parecia superior à dos santistas, que não tinham nenhuma compactação entre ataque e defesa e chegaram a ficar no mano a mano com o ataque adversário algumas vezes. 

Quando a equipe da Vila se postou para aproveitar os contra-ataques e jogar no (s) erro (s) do Guarani, criou chances. Uma, duas, três... Como as que Neymar não aproveitou diante do goleiro Renan, como lembrou o repórter na saída da partida. A propósito, Renan é aquele mesmo, convocado quando estava no Avaí por Mano Menezes em seu primeiro jogo pela seleção, contra os EUA. Contratado pelo Corinthians em 2011, estava no Estoril de Portugal mas ainda pertence o Alvinegro da capital paulista, que paga o salário do arqueiro.


Não foi uma peleja digna de nota, mas valeu por Montillo e pela volta de Neymar, que vai desfalcar o Santos contra o Mirassol, dia 21, e o Palmeiras, dia 24, porque estará na gloriosa seleção canarinha de Felipão. Mas não valeu pela atuação irregular de André, que, apesar de marcar um gol, continua jogando mal e teve que escutar a torcida aplaudindo Giva, que o substituiu aos 24 da etapa final, em seu primeiro lance.

Hoje, o Santos dorme na liderança da competição, embora possa acordar depois do fim de semana na mesma quarta posição em que estava antes do jogo. E seguimos em busca de um futebol melhorzinho...

domingo, março 10, 2013

Montillo finalmente marca e Santos vence em Sorocaba

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Perto do final da partida, Felipe Anderson, que havia entrado no lugar de Montillo, carrega a bola pelo lado direito do ataque. Sem opção de passe, nem do lado, nem à frente, nem atrás, resolve tentar um passe longo no meio do ataque santista. A defesa do Atlético de Sorocaba retoma a posse de bola e Muricy grita com seu pupilo que ele devia ter segurado a bola para gastar o tempo e assegurar a vitória.

O treinador não se incomodou com o fato de o meia-atacante peixeiro estar sozinho. Deveria dar bronca nos colegas dele. Mas não o fez. Pouco depois, Patito Rodríguez, que havia entrado no lugar de Giva, recebeu bola na esquerda. Sozinho, fez algumas firulas, sem ninguém se aproximar dele. E foi o “desobediente” Felipe Anderson que apareceu ao lado, recebeu e, de forma arredia, passou por dois adversários e quase marcou o terceiro gol santista.

Felipe Anderson não é um cracaço, mas se movimentou e apareceu pra receber, atravessando o campo, quando o companheiro tinha a bola. Faltou muito isso para o Alvinegro durante todo esse ano de 2013, e parece que Muricy se incomoda mais se um atleta não segura a bola do que com o fato de que ele não tenha opção de passe. Mesmo tentando compactar o campo com uma linha de impedimento perigosa, na primeira etapa o Peixe permitiu aos donos da casa o ataque fácil no meio da zaga e pelos lados, onde a marcação em geral era feita no mano a mano. Menos culpa dos laterais e muito mais da forma de jogar. O destaque sorocabano era Bruninho, habilidoso e rápido, mas que sumiu no segundo tempo.

Mas se o jogo alvinegro não fluía, foi em dois contra-ataques capitaneados pelos dois meias que caíam pelos lados que os visitantes fizeram dois a zero no tempo inicial. Primeiro, com Montillo, que marcou seu primeiro gol pelo Santos depois de uma jogadaça de Arouca, que saiu de trás, tocou e recebeu de volta de Bruno Peres e cruzou para o portenho fazer. Quase no fim do primeiro tempo, Cícero deu um belo drible no lado canhoto e cruzou com consciência para André, até então apagado, marcar.

O Atlético fez o seu logo no começo do primeiro tempo com Tiago Marques, uam bela cavadinha justamente depois de uma tentativa malsucedida da defesa peixeira de desenhar a tal linha de impedimento. Mas ficou ali. O Santos controlou a partida, dominou a posse de bola e quase chegou ao gol em três ocasiões ao menos. Montillo jogou talvez seu melhor jogo, deu um grande passe para André desperdiçar e acertou outros bons passes. Sem Neymar, que tomou o terceiro cartão amarelo contra o Corinthians, o argentino foi a boa notícia da partida porque, de resto, o Santos mostrou uma falta de contundência que irritou quem esperava um desempenho digno da superioridade que um time tinha sobre outro no papel e nas contas bancárias.


Valeu pela vitória, dirão os mais otimistas. Sinceramente, uma vitória pela diferença mínima contra o Sorocaba, que se ofereceu para ser sacrificado com requintes de crueldade na etapa final, é algum feito que se preze? O torcedor espera mais conjunto, mais futebol bem jogado, e também um pouco mais de ímpeto ofensivo para superar um rival inferior técnica e fisicamente como ocorreu hoje.

quinta-feira, janeiro 31, 2013

Cícero mantém Santos líder no Paulista

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Após a execução – entenda como quiser – do hino nacional pela dupla Hugo e Tiago, aqueles que resistiram puderam assistir à peleja entre Ituano e Santos. A equipe visitante foi ao interior com três mudanças: Arouca e Renê Júnior foram poupados (mas já, professor?) e cederam lugar a Adriano e Miralles. Foi a terceira formação tática distinta de Muricy Ramalho no Paulista, depois de ter usado na segunda etapa do jogo contra o Bragantino o 4-4-2 clássico com Renê Júnior jogando mais à frente do lado de Arouca (ver mais neste post do Blog do Carlão).

Outra alteração foi a entrada do zagueiro Jubal, citado aqui, no lugar de Neto, que tomou um pisão no aquecimento (!). O moleque de 19 anos atuou bem, com a tranquilidade que lhe é característica, mas outros companheiros não atuaram tão bem. Guilherme Santos, como na partida contra o Bragantino, mostrou que tem dificuldades para defender o lado esquerdo. No esquema de Muricy com o losango do meio de campo, é justamente essa área que recebe a cobertura do meia que defende menos, Cícero, que não é mau marcador, mas “pega” menos que Renê Júnior e Arouca. Por ali, o Ituano tentou chegar mais, ainda que não tenha criado chances efetivas, daquelas de fazer o torcedor gritar “uh” durante os 90 minutos.


O Alvinegro também teve dificuldades ofensivas. Neymar não estava inspirado, embora tenha quase feito um gol fantástico no segundo tempo, e Monitllo criou muito pouco. André mais uma vez decepcionou, e foi substituído ainda no intervalo por Felipe Anderson. A mudança deu certo e o Santos tomou conta do jogo durante os primeiros 15 minutos do segundo tempo, período em que saiu o belo gol de Cícero, uma finalização de longa distância que deu um efeito inusitado na bola. O meia fez seu terceiro gol no Paulista e é um dos artilheiros da competição. Foi o suficiente para o Peixe levar o jogo em banho maria, com os donos da casa té tentando uma pressão infrutífera a partir dos 30 minutos. Mas faltou futebol.

quinta-feira, janeiro 24, 2013

Neymar brilha e Renê Júnior rouba a cena em vitória do Santos

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Em uma partida na qual Neymar brilhou mais uma vez, marcando, dando assistências e fazendo lances vistosos, o Santos mostrou mais entrosamento e alguns jogadores começaram a se mostrar mais adaptados à camisa alvinegra. Cícero combinou com o Onze peixeiro no primeiro tempo, deu e recebeu passe, assim como Montillo, que deu um presente para o ainda hesitante André não marcar.

Neymar: um chapéu diferenciado (Reprodução)
Mas o destaque dos 3 a 0 do Peixe sobre o Botafogo não foi um dos homens de frente, e sim o volante Renê Júnior, que também causou ótima impressão em suas outras duas partidas. Mesmo quando a equipe se arriscou à frente e abriu a retaguarda, ele não permitiu que os botafoguenses ameaçassem a zaga santista. No jogo, seus números são excelentes: foram 12 desarmes e 52 passes certos, sem nenhum errado. Teve seu nome gritado em sua primeira peleja na Vila, e deixa a situação de Adriano, que ainda não renovou seu contrato, um pouco mais difícil.

Mais uma vez apagado, André deu lugar ao argentino Miralles no segundo tempo e, também mais uma vez, o reserva marcou. Muricy insiste com o garoto não somente para dar ritmo de jogo a ele, mas também porque é um atleta querido pelos companheiros. Rafael puxou aplausos para o nove quando este foi substituído e a torcida, até então impaciente, atendeu ao apelo. Mas a paciência, do torcedor e do técnico, tem limites... 

Abaixo, os gols e o inusitado chapéu de Neymar no centroavante botafoguense Nunes.



sábado, novembro 10, 2012

Faltou interesse, futebol, e Santos toma virada do Atlético-GO

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook


Falta de interesse. DE jogadores, do técnico, mas não de muita gente que compareceu ao estádio do Bezerrão, no Gama. Muita gente foi ver Neymar, que apareceu em duas oportunidades: no lance em que achou André, que serviu Bruno Rodrigo no gol do Santos; e outra vez em uma jogada na qual conseguiu o drible, mas finalizou para a defesa de Márcio.


Neymar não brilhou, e o Alvinegro fez uma partida pavorosa, porque só sendo abaixo da crítica para tomar uma virada do rebaixado Atlético-GO em quatro minutos, perto do final da partida. Claro que se pode atribuir parte da responsabilidade ao árbitro Emerson de Almeida Ferreira, que agiu de modo variado na peleja. Primeiro, não marcando falta em Neymar no lance que originou o primeiro gol do Dragão. Depois, deu uma “assistência” (calcanhar, coisa fina) para o ataque goiano, na jogada que terminou em pênalti para os donos da casa. Obviamente que a arbitragem não justifica a derrota, mais que merecida, mas é bom anotar o nome do juizão, que é ruim demais.

Dessa vez, Muricy Ramalho teve uma parcela de culpa considerável. Não só pela apatia, semelhante à dos jogadores, mas pela falta de capacidade de mudar o ânimo da equipe. E a composição da equipe. Quando colocou Victor Andrade, foi no lugar de André, que jogava mal (para variar), no entanto preocupava um pouco a zaga adversária. Poderia ter tirado um dos três volantes do time, já que o meio foi o ponto fraco do Alvinegro: Arouca, mais à frente, não foi o elemento surpresa que costuma ser, Henrique foi nulo e Adriano... foi Adriano. Como os atleticanos não se portaram como o Cruzeiro, dando espaços para as subidas santistas, era mais interessante colocar alguém que soubesse tratar melhor a bola no meio para chegar com um mínimo de qualidade na frente.

Os laterais foram mal atacando e marcando. Galhardo passou boa parte do segundo semestre no departamento médico, até se justifica o desempenho, e Gérson Magrão, hoje meia, foi pífio pela canhota. Noves fora, sobrou Neymar. Que mesmo jogando abaixo do que pode, é quem busca o jogo. Nem sempre faz milagre, e poderia receber ajuda de vez em quando dos companheiros. Hoje, não foi o caso.

Compensa? - Outro dado que vale para a arbitragem em geral, não apenas para esse jogo, pôde ser verificado num lance com o garoto Victor Andrade. Ele sofreu falta do zagueiro Gustavo, que já tinha cartão amarelo. Carrinho, daquelas infrações bem doídas só de assistir. Mas o garoto, assim como Neymar, parece antever o lance e ameniza a brutalidade adversária. Ao invés de ficar no gramado para evidenciar a falta, se levantou rapidamente e perdeu a bola dois segundos depois. Não se sabe se o árbitro não viu a falta ou se deu a vantagem inexistente. O que se sabe é que levantar e buscar a bola não foi bom negócio para o jogador. Compensa esse procedimento com o nível de arbitragem que temos por aqui?

sexta-feira, outubro 26, 2012

Em espetáculo bizonho, Santos empata com Náutico na Vila

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook


Além de ser excelente com a bola nos pés (ou na cabeça, na canela, no joelho...), Neymar também está um pouco acima da média quando concede uma entrevista pós-jogo. Aguenta inclusive várias perguntas pouco amistosas e a repetição ad nauseam da questão eterna sobre transferência para fora do Brasil. Se fosse certo candidato a prefeito, talvez mandasse o repórter perguntar para o árbitro, o Muricy, o Laor, o adversário, mas o garoto aprendeu a ter paciência. E a refletir diante dos microfones.

Ainda no gramado, depois do tenebroso embate entre Santos e Náutico na liberada Vila Belmiro, o atacante deu o diagnóstico da partida, pelo lado alvinegro. Sobre ter reclamado no primeiro tempo com os colegas de time, que não se mexiam para receber a bola, declarou: “Eu peço para os companheiros jogarem, não para ficarem olhando para minha cara esperando eu jogar. É só correr um pouco para confundir a zaga”.


Era o que o torcedor, na Vila diante da TV, queria que os santistas fizessem. Que se movimentassem um pouquinho só. Mas André, no meio dos zagueiros, lembrava os últimos dias de Ronaldo no Corinthians, ainda que a diferença de idade e de “integridade” física não justificasse a imobilidade do moleque. Patito até corria, mas não sabia pra onde, enquanto Felipe Anderson falhava sempre que se esperava algo dele, parece tremer diante da pressão da torcida, do técnico, dos colegas... Miralles, contundido, foi ausência sentida.

Só, somente só (Santosfc)
Um time lento, que viveu de lampejos de Neymar e, pasmem, de subidas do zagueiro Bruno Rodrigo ao ataque no tempo derradeiro, mais eficiente que seus parceiros de frente. Na primeira etapa, o Náutico conseguiu encaixar contra-ataques e, em uma jogada grotesca de Gerson Magrão (que estava cobrindo o lateral do outro lado, diga-se), teve um pênalti a seu favor. Talvez pelo ímpeto saltitante do arqueiro Rafael, o atacante Kieza conseguiu ser tão bizonho quanto o lance que originou a penalidade, mandando pra fora a bola. É, a partida não merecia um gol...

No segundo tempo, o Santos melhorou e os visitantes foram recuando e praticando o tradicional antijogo, tolerado pela arbitragem brasileira. Um, dois, três, quatro, cinco jogadores caíram no gramado no terço final do segundo tempo, nada que quase qualquer outra equipe daqui não fizesse em situação semelhante. O jogo teve 50 faltas e várias não marcadas, o que pode mostrar que o problema dos árbitros brasileiros talvez não seja o de “marcar qualquer faltinha”, mas sim de tolerar sequências de faltas, às vezes de um mesmo atleta, sem punição. Todos ficam à vontade para bater, de forma sutil ou de forma viril.

Jogo tétrico, o jeito para o santista é esperar 2013.

quarta-feira, outubro 10, 2012

A metafísica vitória do Santos, sem Neymar, contra o Botafogo

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook


Foram três bolas que tocaram ou resvalaram a trave, só na primeira etapa. Em outras ocasiões ela também rondou perigosamente a área do Santos, e parecia questão de tempo para o Botafogo marcar no Engenhão, tal a superioridade na maior parte do primeiro tempo.

A partir daí, pense em bordões do futebol do tipo “Quem não faz, toma” (ou “leva”, de acordo com o gosto do freguês). E, você, torcedor, que mesmo ateu, sabe que no futebol existem uns deuses gozadores que adoram brincadeira, lembre de outro chavão, aquele que diz que tem coisas que só acontecem com o Botafogo. Está aí a receita algo metafísica que fez o Santos bater os donos da casa, com um segundo tempo no qual fez dois, mas poderia ter feito pelo menos outros dois. Tudo o que os alvinegros cariocas não fizeram na etapa inicial.


Mas seria injusto colocar só na conta do imponderável a vitória peixeira. Desta vez, Muricy Ramalho tem sua cota de méritos. Trocou Bernardo, perdido taticamente, ainda no fim do primeiro tempo e colocou Henrique em seu lugar. Ganhou o meio de campo e contou com a fragilidade defensiva botafoguense, que marcava em linha e deu muitas oportunidades para os visitantes depois do intervalo.

Miralles fez o segundo (Ricardo Saibun/Santos FC)
André marcou o primeiro, em cobrança de escanteio de Felipe Anderson escorada por Ewerton Páscoa. Mesmo com pouca mobilidade, o centroavante continua fazendo o seu vez ou outra, o que o livra das críticas mais severas da torcida. Seu companheiro de ataque, o argentino Miralles, fez o segundo com uma bela assistência de Felipe Anderson, cuja evolução é notável nas últimas partidas, não se sabe se por conta do “tratamento de choque” do pouco afável técnico ou da saída de Ganso que não lhe faz mais sombra do departamento médico.

Parte da torcida da casa já havia desistido antes da partida, dado o comparecimento de pouco mais de quatro mil pessoas. E quem estava lá já protestava antes da metade da segunda etapa, pedindo a volta de Loco Abreu à equipe. O Botafogo até batalhava em campo, mas as almas já estavam longe dali. Antes a torcida pedisse Garrincha...

O Santos perdia chances, com André, com Miralles, com Felipe Anderson. Até o improvável Patito Rodrigues levou perigo quando entrou. Foi uma das raras vezes que os jogadores santistas pareciam saber o que faziam nesse campeonato. Ainda que tenha sido por pouco mais de 45 minutos. Destaque para Arouca que, mais solto, parecia – ou era – dono do time, conduzindo e organizando o meio de campo, o que não é sua característica. Às vezes a personalidade e a confiança valem mais do que a técnica.

Assim o Santos bateu o Botafogo, a primeira vitória fora de casa sem Neymar. Sim, foi sem Neymar. Porque tem coisas...

domingo, agosto 19, 2012

Santos 3 X 2 Corinthians - para refrescar a memória do Fenômeno

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook


Esse aí era o tuíte do ex-atacante do Corinthians entre 2009 e 2011 após o clássico em que o Santos venceu o Corinthians na Vila Belmiro, hoje. Procurei, mas não achei nenhuma reclamação do empresário em duas partidas de 2010 envolvendo as duas equipes, a não ser o queixume em relação a uma peleja do campeonato paulista, quando reclamou que alguns meninos santistas estariam “fazendo gracinha”. Hoje, ele ganha dinheiro com a imagem de um desses meninos e talvez pudesse até ganhar mais alguma coisa, caso a transferência do garoto para o Real Madrid tivesse dado certo.

Mas as duas partidas das quais Ronaldo não reclamou naquele ano foram um Corinthians 4 X 2 Santos, no Pacaembu, e um Santos 2 X 3 Corinthians, na Vila. Na primeira, Marquinhos fez o tento que seria o de empate para o time praiano (aqui e aqui). Já no segundo jogo, um impedido Danilo fez o passe para Paulo André marcar o gol da vitória corintiana (aqui e aqui). Também não lembro de nenhum repórter se portar indignado “exigindo” atitudes do treinador da equipe prejudicada, como vi hoje com um sentimento de vergonha alheia na coletiva dada por Tite.

Erros acontecem, é justo o prejudicado se mostrar indignado. Mas parte da mídia esportiva e do meio futebolístico levam a coisa ao limite tão desnecessário quanto o empurrão de Guilherme em Neymar no final do jogo. Mais “equilibridade”, Tite.

*************

A partida em si foi um jogo movimentado, rápido, que mostrou coisas novas e nem tanto. Em relação ao Corinthians, uma equipe concentrada, que no início dos dois tempos marca no campo adversário e depois joga no erro do rival. Forte nas bolas paradas à frente, já o Santos pena no mesmo tipo de lance atrás, o que não é novidade. Novo é o time da capital tomar gol desse jeito, assim como o Peixe fazer. 

Meninos curtem a casa (Ricardo Saibun/Santosfc.com.br)
Também é nova a movimentação santista no ataque, com Patito Rodriguez no lugar de Henrique e Adriano assumindo uma função praticamente de terceiro zagueiro. Embora na etapa inicial isso tenha criado um buraco no meio de campo no qual o Timão deitou e rolou, no segundo, a equipe foi um pouco mais compacta, dificultando as ações adversárias, com Ganso voltando mais e particpando mais da partida, o que fez pouco na etapa inicial.

Pelo lado peixeiro, bela atuação do goleiro Rafael, que foi bem em duas finalizações de Romarinho, e de Neymar, que fez uma senhora jogada no primeiro gol do Santos, deu assistências e cobrou o escanteio do gol da vitória de Bruno Rodrigo. André já se mostra à vontade na casa que foi sempre sua e Patito cai nas graças da torcida pelo estilo impetuoso de atuar, sem tremer em seu clássico de estreia. Bons augúrios pelos lados da Baixada.

quinta-feira, agosto 16, 2012

Santos vence a primeira fora de casa. Milagre de São Neymar

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Logo depois de disputar o amistoso pela seleção brasileira contra a Suécia (valeu, Mano), o atacante Neymar retornou, de jatinho fretado, para o Brasil. Após 14 horas de viagem, chegou às dez, pela manhã, desta quinta. Querendo jogar. A decisão de entrar em campo hoje foi do craque alvinegro, segundo a diretoria do Santos. O atleta e seus patrocinadores, não o clube, bancaram sua viagem de volta.

Sou contra um jogador atuar com tão pouco tempo de descanso. Mas parece que o menino queria esquecer as Olimpíadas, chegar logo no lugar em que se sente à vontade. Sua “casa móvel”. Ver seus amigos, reencontrar André, o filho pródigo. E quem não gosta de chegar em casa depois de uma situação estressante? E há quem julgue e condene o garoto até por gostar do seu lar.

Perdeu um gol incrível, aos 29 da primeira etapa. Pensei: “tá vendo, não é pra ele estar jogando, nem deu pra se adaptar ao fuso horário”. Logo depois, o volante Túlio, notório carniceiro, deu um carrinho sem bola no Onze. Cartão vermelho que equilibrou o jogo, pois o lateral Juan tinha sido expulso aos 9, depois de uma falha coletiva impressionante do Santos na qual o atleta (desta vez) foi dos que teve menos culpa. De resto, Rafael, na sua reestreia após a contusão da seleção brasileira (valeu, Mano), fez pelo menos duas defesas importantes.

Na etapa final, o gol do Figueirense parecia querer confirmar o medonho retrospecto peixeiro fora de casa, aos 3 minutos. No entanto, Neymar, em jogada rápida e depois de passar por dois marcadores, fez o primeiro tento do Santos no Brasileirão fora de casa. Sua rapidez daria o ar da graça em outras jogadas e a defesa do Figueirense foi sendo minada até ruir em jogada individual de Bruno Peres. A defesa catarinense se preocupou com Ganso e Mirales, enquanto o lateral marcou o gol (requintado) da virada.
Boas recordações para o santista. Farão igual? (Twitter)

E Ganso, apagado na partida, também fez o seu depois de fazer um belo passe para o santo Neymar, que devolveu com sobras o presente para o meia alvinegro. Rafael chegou a evitar um segundo gol dos donos da casa, mas o Peixe, agudo, também foi algumas vezes à frente ameaçando a meta do Figueirense. 

Depois do apito final, o torcedor teve esperanças de, talvez, chegar a uma Libertadores em 2013. Com Neymar jogando livre e não confinado a um quinhão do gramado (viu, Mano?) o Santos é uma outra equipe, mas as novas peças da equipe podem permitir a Muricy fazer uma equipe que jogue um pouco mais bonito do que as formações que vinham atuando ao longo do Brasileiro.