Compartilhe no Facebook
Exemplar do grupo que está na "elite" dos dirigentes do futebol |
Dos jogos que valiam alguma coisa na última rodada do Brasileirão, um chamava a atenção. O Atlético-MG, que se safou de qualquer ameaça de rebaixamento quando derrotou o Botafogo na penúltima rodada da competição, tinha a oportunidade de ouro de rebaixar o seu maior rival, o Cruzeiro, uma das cinco equipes da Série A que não conhecem a segunda divisão.
Alexandre Kalil, rei das contratações furadas de medalhões no futebol brasileiro, resolveu mais uma vez abrir a boca. E foi bastante assertivo: “A torcida do Atlético não merece esta vergonha, cansei de prometer, de fazer para jogadores, tinha um bicho que eu tinha prometido, se saísse do rebaixamento, de R$ 1 milhão, este bicho está sendo cancelado, não tem palavra, dei o bicho e acabo de tomar. Fomos desmoralizados”, disse em entrevista à Rádio Itatiaia.
Opa, aí a coisa fica complicada. Se o presidente de um clube insinua, mesmo que tomado pela raiva, ainda que sendo sarcástico, que o seu próprio time entregou o jogo para maior rival, cabe não só aos procuradores da Justiça Desportiva como à própria torcida cobrar do dirigente que ele apresente provas do que fala. Senão, ele só estaria justificando seu planejamento equivocado, que fez com que sua equipe só disputasse a competição para não ser rebaixada. Aliás, quem oferece prêmio para elenco não cair para a segunda divisão está assumindo a própria fraqueza. Se os atletas cumprem o combinado e escapam da degola, do que reclama o presidente?
Com declarações desse nível, Kalil justifica que jogadores de outros clubes, como Cléber Santana, falem coisas como: “Não existe um clássico como esse. Pelo momento do Cruzeiro, o Atlético-MG tem um time melhor, e tomar 6 x 1 em um clássico... Deve ser coisa da federação, certeza, trabalharam para isso. Mas nós ficamos dependendo dos outros.”
Já passou da hora dos cartolas serem minimamente responsáveis. E a torcida (de todos os times) deveria cobrar deles, ao invés de ficar tomando conta da vida particular dos jogadores e reclamando da arbitragem.
E a irônica torcida cruzeirense "homenageou" Cuca, o técnico do Galo, que treinou o rival mineiro nas primeiras cinco rodadas do Brasileirão. Veja aqui.