Compartilhe no Facebook
A The Economist desta semana publicou um longo perfil do Sir John Maddox, editor da revista britânica Nature, considerada uma das mais influentes do mundo. O jornalista manteve-se no cargo por 22 anos, a partir de 1966. E morreu em 12 de abril deste ano.
"Um sério tributo ao jornalista científico e editor, John Maddox, só pode começar realmente um longo tempo depois do deadline [o prazo], com auxílio de um cigarro e um copo de vinho", começa o texto. "Assim ele notadamente começava a trabalhar seus editoriais", prossegue. Ele também poderia optar por uísque se fosse o caso.
Segundo consta, ele se sentava em uma poltrona e ditava seus textos, de uma tacada só, para sua secretária datilografar em uma máquina de escrever eletrônica.
Apesar das dificuldades com o prazo em tempos de tipos móveis e das preferências etílicas, o perfil ressalta o papel de Maddox para o jornalismo científico mundial. Isso inclui editar textos acadêmicos para que se tornassem mais palatáveis e criar uma rede de especialistas com agilidade para determinar se um artigo deveria ou não ser publicado. Com rapidez, não foi difícil recuperar o terreno então perdido para a estadunidense Science.
Maddox teve ainda um importante papel histórico relacionado à homeopatia. Ele comandou uma equipe de analistas que acompanharam estudos de Jacques Benvenistes em 1988 com pessoas alérgicas (a fonte da alergia era diluída homeopaticamente e produziam reações iguais a se não estivesse diluído). Não se provou muita coisa, mas o papel do editor é considerado chave.
Meu palpite de leigo é que faltou diluir em soluções alcoólicas para acharem alguma resposta. Mas eu devo estar errado.