Compartilhe no Facebook
PS.: Vendo as jogadas de Cantona, pensei no que seria aquela França de 1998 com ele no ataque...
Imagem: Reprodução da Agenda Cultural da Periferia
É no terrão mesmo que rolam os verdadeiros campeonatos brasileiros. O futebol de várzea alimenta os sonhos da molecada, que joga nas ruas pensando em um dia vestir a camisa do time do coração, da seleção brasileira ou só do time do bairro mesmo. É o palco das festas no finais de semana de muito marmanjo e garante emoção e diversão nos espaços da periferia brasileira.
A várzea não é só o lugar onde a grama não resiste à chuva, é o samba, a poesia, hip-hop, o churrasco, a cervejada e, claro, o cenário de muitas histórias do futebol. E ao menos as da periferia paulistana estão agora presentes no documentário independente “Várzea – a bola rolada na beira do coração”, do poeta e arte-educador Akins Kinte. O documentário estreia no dia 8 de fevereiro na galeria Olido, centro da metrópole chuvosa, e contará com um circuito de exibição periférica, que pode ser conferido aqui.
Se eu estivesse pelas terras alagadas, certamente iria! A dica tá dada..
Até o dia 05 de novembro, São Paulo abriga a 33ª Mostra Internacional de Cinema e seus 424 filmes.
Além da overdose cinematográfica (já tradicional), a inovação deste ano fica para o primeiro Festival Online do mundo. A ideia é disponibilizar na internet 25 filmes, que integram a programação da Mostra, para o público assistir gratuitamente.
Entre os títulos que procurava para assistir, fica a recomendação dos filmes “Futebol Brasileiro”, longa produzido por uma japonesa, “Á Margem do Lixo”, a terceira parte de uma tetralogia do Evaldo Mocarzel, "Momentos de Jerusalém", que são sete documentários feitos por sete jovens diretores palestinos e israelitas e “Nós que ainda estamos vivas”, que narra o julgamento realizado em 15 de março de 2007 contra os militares argentinos responsáveis pelo genocídio durante os anos 1970. A lista completa dos filmes que estão disponíveis para ver gratuitamente está aqui.
O tema boleiro também pode ser conferido nas seguintes películas: À Procura de Eric, do Ken Loach, e que foi produzido e protagonizado pelo jogador de futebol francês Eric Cantona, conhecido por suas jogadas brilhantes e pavio curto. Além do documentário "Maradona". Então para os ébrios da vez, fica a dica!
Ontem fui assistir “Guidable - A Verdadeira História do Ratos de Porão”, de Fernando Rick e Marcelo Appezzato. O documentário traz entrevistas, gravações e imagens inéditas do grupo punk (ou hardcore) paulistano. Os diretores tiveram acesso a toda produção documentada pela banda, em seus 29 anos de carreira, além de contar com o depoimento de quase todos integrantes e ex-integrantes, o que contribuiu para a documentação de boas histórias.
O resultado são 120 minutos de cenas regadas a todo tipo de componente etílico e otras cositas más. Algumas cenas são bem pesadas, como a dos integrantes usando crack em latas de cerveja, mas outras são de certa forma até engraçadas. E uma delas é o guitarrista (até hoje) Jão contando a primeira turnê do grupo na Europa, em 1989.
Entre outras presepadas, como fazer a turnê de trem, ele narra o retorno da banda ao Brasil. Na hora de embarcar, o grupo acaba ultrapassando o limite de bagagens, e sem grana tem que optar em deixar algumas coisas no aeroporto (em Berlim ou Amsterdam) e entre souvenires, coleção de latinhas vazias (de refrigerante é que não era...), “baquetas recheadas” e mais um monte de tranqueira adquirida ou roubada na Europa, eles optam em deixar para traz os objetos mais pesados, isso é, a guitarra, o baixo...
Isso mesmo, os instrumentos musicais ficaram para trás e o que embarcou foi todos os tipos de “lembranças”, como a coleção de latinhas vazias!!!
Isso que é prioridade... Ah, o título do post é uma frase da música “Crise Geral”, do Ratos.
***
Guidable - A Verdadeira História do Ratos de Porão integra a programação do Cineclube do Sindicato dos Bancários do Distrito Federal, que neste mês incluí dois outros documentários musicais, Loki – Arnaldo Baptista, de Paulo Henrique Fontenelle e A vida até parece uma festa, de Branco Mello e Oscar Rodrigues Alvesroteiro.