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quinta-feira, janeiro 10, 2008

"O sangue só corre bem quando tem bebida"

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Tom Jobim, para Vinícius de Moraes: "Mas dá pra agüentar?"

Relendo, depois de muitos e muitos anos, o "Chega de saudade (A história e as histórias da bossa nova)", do Ruy Castro, me deparo com mais atenção no seguinte trecho:
"E Vinícius (de Moraes) precisava ser reconstituído a cada dia. Sua frase de que o melhor amigo do homem não era o cachorro, e sim o uísque, não era blague. 'O uísque é o cachorro engarrafado', ele dizia - a sério. Mas a idéia que a posteridade passou a ter, de que o poeta sempre foi uma extensão do copo, não é exata. Nos anos 40 e 50, ele podia ser até considerado um bebedor moderado, em comparação com os grandes profissionais do (bar) Villarino. Jobim situa a escalada alcoólica de Vinícius (e dele próprio, Tom) em 1960, a partir das férias em Brasília para a escrever a 'Sinfonia da alvorada'. Até então, tratava-se de aquecimento. O próprio Tom às vezes se assustava:
'Mas dá pra agüentar, Vinícius?'
E Vinícius respondia:
'O corpo tem de agüentar. O corpo é o laboratório que tem de destilar esse negócio e transformar o álcool em energia. Porque o sangue só corre bem nas veias quando tem bebida.'
As histórias de suas internações para tratamentos de desintoxicação na Clínica São Vicente, na Gávea, eram verdadeiras, por mais que parecessem folclore. Vinícius realmente recebia a chave da clínica e tinha permissão para sair e voltar à hora que quisesse. 'Não posso ficar sem uma farofinha', dizia à nutricionista Rita, enquanto vestia as calças para cair na farra."

Belo ensinamento do saudoso "poetinha" Vinícius de Moraes: o álcool faz bem para a circulação sanguínea. E a culpa da ressaca é da "farofinha"...

quarta-feira, outubro 10, 2007

Vodca salva a vida de turista italiano

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Mais uma notícia que mostra o absurdo da perseguição promovida pelo ministro José Gomes Temporão. Médicos na Austrália conseguiram salvar a vida de um turista italiano de 24 anos que tentou se suicidar com veneno. Ele ingeriu uma enorme quantidade de etilenoglicol, um componente de aditivos para radiadores de automóveis.

Inconsciente ao chegar no hospital, o italiano ficou sob os cuidados dos médicos Todd Fraser e Pascal Gelperowicz que ministraram álcool farmacêutico no paciente, um antídoto para o etilenoglicol. Contudo, parece que a situação dos hospitais australianos não é lá muito boa e os suprimentos de álcool farmacêutico de Queensland simplesmente evaporaram.

A solução foi bastante criativa. "Rapidamente usamos todos os frascos disponíveis e decidimos que um outro caminho seria fornecer álcool ao paciente por meio de bebidas alcoólicas colocadas em sua sonda nasogástrica", esclareceu Gelperowicz ao jornal The Australian. Os médicos compraram uma caixa de garrafas de vodca e... funcionou! "O paciente recebeu o equivalente a três doses comuns a cada hora, durante três dias, enquanto permaneceu na unidade de terapia intensiva", contou Fraser.

Manguaças das bandas de cá prometem pressionar as ôtoridades para adotarem como política pública o dito procedimento medicinal.

terça-feira, junho 12, 2007

Cerveja é saúde

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Deu na BBC (este post é dedicado ao Marcão). Freiras de três conventos espanhóis da província de León aceitaram beber meio litro de cerveja sem álcool durante 45 dias como parte de um estudo para comprovar os efeitos benéficos da bebida para a saúde. As 50 religiosas, com idade média de 68 anos, foram escolhidas pelos pesquisadores por "seu estilo de vida ordenado, regrado e equilibrado". O estudo da Sociedade Espanhola de Dieta e Ciências da Alimentação (Sedca) e Universidade de Valência, concluiu que o consumo moderado de cerveja - com ou sem álcool - pode diminuir o risco de problemas cardiovasculares e reduzir o colesterol.

O responsável seria o lúpulo, considerado um antioxidante que pode funcionar como remédio. "Em uma dieta adequada, o consumo de cerveja sem álcool pode contribuir para a redução de patologias associadas à idade e, portanto, promover um envelhecimento mais saudável", disse Jesús Román Martínez, um dos responsáveis pelo estudo.

Vejam bem a ressalva do cara: “Em uma dieta adequada”. Traduzindo, sem excessos!


(A matéria da BBC está aqui).

quinta-feira, agosto 31, 2006

Alcoolismo não dá demissão por justa causa

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O alcoolismo, classificado como patologia pela OMS (Organização Mundial de Saúde), não pode servir de argumento para a demissão de um trabalhador por justa causa, segundo o TST (Tribunal Superior do Trabalho). A Segunda Turma do tribunal negou recurso da Eletropaulo, que considerou que há diferenças entre o alcoolismo e a chamada "embriaguez habitual", que está prevista na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) como uma das hipóteses para a demissão por justa causa.

Ao ser demitido por justa causa, um trabalhador recebe menos dinheiro pela rescisão do contrato, perdendo direito à multa de 40% do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), por exemplo. A decisão do TST teve como base o voto do ministro-relator e atual corregedor-geral da Justiça do Trabalho, Luciano de Castilho. "Acredito que, nos dias de hoje, não mais deve se falar em alcoolismo como motivo da ruptura do vínculo de emprego", afirmou ele Castilho. "O alcoolismo é doença catalogada no Código Internacional de Doenças da Organização Mundial de Saúde sob o título de síndrome de dependência do álcool."

Em seu voto, Luciano de Castilho relembrou voto semelhante dado em processo anterior pelo ministro do TST João Oreste Dalazen, que afirmou que "a embriaguez habitual deve ser vista como aquela consciente, em que o empregado recorre ao álcool (ou outra substância tóxica) por livre vontade ou total responsabilidade, o que não ocorre no caso do alcoólatra, em que o consumo da substância é inconsciente, compulsivo, incontrolável". Eles defendem que uma "interpretação nesse sentido se faz necessária, inclusive, porque não seria razoável que o empregado fosse despedido imotivadamente em decorrência de atos causados pela sua doença e praticados inconscientemente, sem qualquer intenção".

No caso do funcionário da Eletropaulo, a Justiça de primeira instância já tinha determinado a anulação da demissão por justa causa e a reintegração do funcionário. Posteriormente, o Tribunal Regional do Trabalho em São Paulo reverteu a decisão porque entendeu que a reintegração ao emprego era inviável. O TRT, no entanto, reconheceu o caráter injusto da dispensa, o que resultou na condenação da Eletropaulo ao pagamento das verbas rescisórias e FGTS acrescido da multa de 40% conforme pedido apresentado pelo próprio trabalhador como alternativa à reintegração.

O TST negou o recurso da Eletropaulo contra essa decisão e também recomendou que para casos de alcoolismo a empresa, "ao invés de optar pela resolução do contrato de emprego, afaste ou mantenha afastado do serviço o empregado portador dessa doença, a fim de que se submeta a tratamento médico visando recuperá-lo".