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Quatro e vinte da madrugada. Buteco sujo. Dois amigos, 15 cascos vazios de cerveja e três maços de Derby vermelho amassados.
- Ô, Mortadela, pede a saideira.
- Garçom! Garçom! Pô, foi embora...
- Mas ele falou alguma coisa antes.
- É, mas eu não entendi necas de pitibiribas.
- Necas de pitibiribas?!?? Que treco é esse?!?
- Cê nunca ouviu, Trubija? Cara, essa todo mundo conhece!
- Ah, só se for você, que é tiozão. Eu nunca ouvi isso.
- Pois existe, sim: necas de pitibiribas!
- E o que significa esse negócio?
- Sabe, uma vez eu tive curiosidade de saber. Daí descobri que a expressão surgiu lá em Pirituba, distrito de São Paulo. Antigamente, parece que tinha uma pequena vila no local chamada Pitibiriba. E lá morava uma velha meio caduca que tinha o apelido de Neca. Quando alguém tentava explicar alguma coisa, ela nunca entendia nada. A partir de então, toda vez que alguém se confunde, fala que não tá entendendo Neca de Pitibiriba. Sacou?
- Sinceramente, não entendi chongas...
- O que?!? Chongas?!?!?? Queísso???
- Ah, deixa pra lá! Garçom, apressa a saideira e a conta, pelo amor de Deus!