Compartilhe no Facebook
Cada vez que o Ronaldinho Gaúcho dá um showzinho contra times de segunda, como contra o Athletic Bilbao (3 a 0 para o Barça) no domingo, lá vem a babação de sempre, jogadas repetidas à exaustão, o melhor do mundo daqui, o melhor do mundo dali.
Agora, então, que o atacante resolveu fazer um quase strip-tease para mostrar que não está gordo, a babação ganha tons freudianos. Curioso é que ninguém, nessas ocasiões, se lembra de comparar a atuação “de gala” do último domingo com a pífia performance do jogador contra um Liverpool, por exemplo – time que bateu o Barcelona em pleno Camp Nou por 2 a 1 na semana passada, pela Liga dos Campeões. O “show” do último domingo foi contra o Athletic Bilbao, que está na antepenúltima (18ª) colocação na Liga de seu país e tem a terceira pior defesa do campeonato. Contra um time nessa situação, de repente até o Rodrigo Tabata brilha.
Os grandes craques entram nessa galeria justamente por fazer a diferença em grandes e decisivos jogos com freqüência. No caso de Ronaldinho, têm sido casos raros. É um jogador inconstante, que sempre brilha contra os Athletic, contra os Osasuña e os Mallorca da vida, e eventualmente contra um Arsenal, como na final da Champions League 2005/2006. Mas lá se vai quase um ano.
Posso até queimar a língua no futuro, mas esse papo de Ronaldinho Gaúcho já encheu o saco.
10 comentários:
Concordo em gênero, número e grau.
Já deu no saco, mas cabem ressalvas. Ronaldinho não fez shows "só" contra os Osasunas. Arrebentou contra muitos times grandes também. Pela própria seleção, vale lembrar o bom desempenho dele na final da Copa das Confederações contra a Argentina. Ninguém é eleito o melhor do mundo duas vezes à toa.
O que acontece é que antes da Copa conferiram a ele um status que ele não merecia. Ele é um craque, mas não um Deus do futebol. Tá no nível do Ronaldo, e não no de Pelé e Maradona, como quiseram que acreditássemos.
Sim, arrebentou também contra o Real Madrid na temporada 2005/2006 do espanhol, por exemplo, em jogos da Champions League na mesma temporada também. Mas eu não disse que ele "só" arrebenta contra pequenos, e sim que ele sempre arrebenta contra os pequenos e que os "shows" dele em jogos de fato importantes são raros, o que não caracteriza os craques de fato (e de direito).
A final da Copa das Confederações contra a Argentina, que aliás nós vimos juntos, foi outra babação idiota da mídia, que se esqueceu que a Argentina jogou com mais de meio time reserva.
Maretti, o Brasil também. O que não tira o fato de que aquele jogo foi bonito pra caramba.
As escalações dos dois times naquela final foram:
Brasil
Dida; Cicinho (Maicon), Lúcio, Roque Júnior, Gilberto, Emerson, Zé Roberto, Kaká (Renato), Ronaldinho, Robinho (J. Pernambucano) e Adriano
Argentina
Lux; Placente, Coloccini, Heinze, Zanetti, Cambiasso (Aimar), Bernardi, Riquelme, Sorín, Delgado(Galletti) e Figueroa (Tevez)
Outro detalhe é a jogada de "quase gol" do Gaúcho na partida que, de fato, é bastante incomum de ver.
Até a copa de 2002, o Ronaldo Fenômeno-Gordo era desacreditado por muita gente também. A comparação que quero fazer a seguinte: o Gaúcho, pra convencer torcedores como o Maretti (e a minha pessoa também, em alguma medida) precisa arrebentar numa Copa do Mundo ou numa decisão de campeonato. Arrebentar é fugir da marcação, chamar jogo, brigar, fazer gol... Se o cara desaparece se é bem marcado, fica ruim.
Craque que pipoca em decisão, de onde eu venho, não é craque, é pipoqueiro.
Então o Zico não é craque?
O Zico é (era) craque, sim, e dos maiores. Suas atuações magníficas contra QUALQUER time eram REGRA, e não EXCEÇÃO, ao contrário do Gaúcho. Não deixou de ser CRAQUE porque perdeu um pênalti na Copa do Mundo depois de ter perdido a Copa de 1982 (diga-se, mais por culpa do técnico Telê Santana do que de qualquer um daquela constelação de craques da seleção de 82).
Ó, pra acabar com a discussão:
01/03/2007 - 12h02
Ronaldinho é o jogador preferido dos chineses, diz pesquisa
da France Presse
Os torcedores chineses escolheram o brasileiro Ronaldinho, meia-atacante do Barcelona, como seu jogador favorito, segundo uma pesquisa realizada nesta semana.
O melhor jogador do mundo em 2004 e 2005, segundo a Fifa, ganhou com 10,67% dos 29.832 votos da pesquisa, organizada pelo jornal "Titan Sports".
O segundo colocado também foi brasileiro, Kaká, do Milan, com 7,69% dos votos. Em seguida aparecem o inglês David Beckham, do Real Madrid, o francês Thierry Henry, do Arsenal, e o português Cristiano Ronaldo, do Manchester United.
Apesar da aposentadoria após a Copa do Mundo da Alemanha-2006, o francês Zinedine Zidane ficou em oitavo lugar.
Postar um comentário