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terça-feira, julho 03, 2007

FHC dos EUA

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Em entrevista à rádio CBN às 13h20 desta terça-feira, 3, o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso falou sobre o atual momento do país. Direto dos Estados Unidos, a conversa foi por telefone, o que implicou em perdas de palavras aqui e ali contidas na transmissão do som.

O tucano se disse surpreso com a quantidade de casos de corrupção tanto no governo atual quanto nos casos que ocorridos (um ou outro, em suas contas) em sua gestão e descobertos só depois.

Sem ser perguntado por Carlos Alberto Sardenberg, disse que jamais será candidato a Presidência da República nem pleiteará cargo caso o PSDB ganhe o Planalto (o que ele espera que aconteça, mas eu não).

Disse que não é possível o Brasil viver só de economia – que vai bem só porque o governo atual continuou o que ele diz ter começado. Aliás, na linha da "continuidade do que começamos", Fernando Henrique Cardoso incluiu as ações da Policia Federal, que foi, sempre segundo esta confiável fonte, reorganizada por ele.

Lamentou que a indignação vá sendo substituída pela desilusão entre os brasileiros, porque essa descrença nas instituições – que já teria ocorrido na Venezuela, no Peru, na Venezuela e no Peru (sic para a repetição), em períodos não discriminados – pode produzir alguma coisa pior (referência compreendida por este limítrofe que escreve como ditaduras, golpes etc.).

E que o contexto brasileiro exige grandeza política, que ficar culpando esta ou aquela pessoa pelo caos de impunidade e insegurança (no mesmo pacote parece entrar escândalos de corrupção, mega-operação no Complexo do Alemão, crise aérea e o que mais aparecer) por que passa o país.

Análise tendenciosa
Consultei um semiólogo de plantão – pouco confiável por seu estado ébrio – que sugeriu que, ao pedir grandeza diante da ameaça de instabilidade das instituições democráticas, o ex-presidente estaria, ainda que inconscientemente, pleiteando a adoção de uma monarquia que teria nele próprio a estirpe de reis. Que o plano incluiria a adoção do nome de Fernando Henrique III, o grande.

Achei exagerado.

2 comentários:

Glauco disse...

O curioso da análise do semiólogo é a capacidade do referido ex-presidente se multiplicar em diversas personalidades e encaranr o FHC I, II e III. Espero que essa capcidade multiplicativa se restrinja ao delírio do manguaça.

Marcão disse...

É incrível o supremo esforço que fazem para recuperar um mínimo de respeito e prestígio para o ex-mandatário - agora que os resultados do governo Lula comprovam, por A mais B, que a gestão tucana foi um desastre social (e pior: premeditado, vide livro do Nassif). Na TV Cultura, o Café Filosófico reuniu outro dia dois ou três "intelectuais" para discutir a "obra" do "sociólogo" Fernando Henrique Cardoso. Essas esmolas fraternais não têm outro sentido que não consolar o - nada pequeno - ego do presidente que falava francês.