o Futepoca que já criticou o mimetismo midiático em outras ocasiões. Agora seria o que?
Lendo as matérias, a da Folha traz uma declaração de Lula a respeito: "Não muda o tratado. O Brasil tem constantes reuniões com o Paraguai. São muitos os temas, não é só a questão de Itaipu, é a nossa fronteira, que é muito grande, envolve vários Estados. Temos muito para continuar conversando com o Paraguai". A declaração de Amorim está no penúltimo parágrafo: "O que devemos fazer é [ajudar] o Paraguai a obter o máximo de benefícios em função da sociedade que eles têm conosco. Vamos continuar discutindo normalmente. Como eles podem obter uma remuneração adequada para a sua energia, isso é justo. Agora, a maneira de fazer, vamos ver."
A do Estado abre com declaração do Celso Amorim, ministro das relações exteriores, dizendo que "é justo" o Paraguai querer negociar e que o Brasil vai aceitar abrir o processo de negociação formal, mas que a idéia é "fazer isso, como disseram Amorim e o presidente Lula, sem reescrever o Tratado de Itaipu". Em seguida, a matéria manda ver na aspa de Lula: "'Não muda o contrato', disse Lula. 'Em Itaipu, temos um tratado e ele vai se manter.'" Amorim disse que tbem vai se discutir o financimento de linhas de transmissão no Paraguai.
Fosse no bar, ao ver o copo pela metade, um dos jornais teria visto o copo meio cheio e o outro meio vazio. Mas eu nao arriscaria dizer qual é qual.
No fundo, o tratado não ser revisto e a tarifa poder ser negociada quer dizer que nada tá definido. me lembro de uma piada de servidor público que dizia que a melhor forma de não se descobrir nada era criar uma comissão corregedora ou de outra natureza para apurar qualquer coisa.
Discutir formalmente com o governo vizinho é uma medida normal. O que vai dar... bom, nem Lula, nem Amorim, nem Lugo sabem. Aliás, o Lugo só assume em agosto.
O Amorim e o Lula fizeram o que sabem melhor: ensaboaram. Os jornais deram do jeito que seus editores quiseram. Na prática, o Brasil deverá negociar direito como Paraguai e ceder dentro das possibilidades, como no caso do gás da Bolívia. Nada de muito trágico, quero crer, nem que merecesse manchete dos dois jornais.
5 comentários:
o Futepoca que já criticou o mimetismo midiático em outras ocasiões. Agora seria o que?
Lendo as matérias, a da Folha traz uma declaração de Lula a respeito: "Não muda o tratado. O Brasil tem constantes reuniões com o Paraguai. São muitos os temas, não é só a questão de Itaipu, é a nossa fronteira, que é muito grande, envolve vários Estados. Temos muito para continuar conversando com o Paraguai". A declaração de Amorim está no penúltimo parágrafo: "O que devemos fazer é [ajudar] o Paraguai a obter o máximo de benefícios em função da sociedade que eles têm conosco. Vamos continuar discutindo normalmente. Como eles podem obter uma remuneração adequada para a sua energia, isso é justo. Agora, a maneira de fazer, vamos ver."
A do Estado abre com declaração do Celso Amorim, ministro das relações exteriores, dizendo que "é justo" o Paraguai querer negociar e que o Brasil vai aceitar abrir o processo de negociação formal, mas que a idéia é "fazer isso, como disseram Amorim e o presidente Lula, sem reescrever o Tratado de Itaipu". Em seguida, a matéria manda ver na aspa de Lula: "'Não muda o contrato', disse Lula. 'Em Itaipu, temos um tratado e ele vai se manter.'" Amorim disse que tbem vai se discutir o financimento de linhas de transmissão no Paraguai.
Fosse no bar, ao ver o copo pela metade, um dos jornais teria visto o copo meio cheio e o outro meio vazio. Mas eu nao arriscaria dizer qual é qual.
No fundo, o tratado não ser revisto e a tarifa poder ser negociada quer dizer que nada tá definido. me lembro de uma piada de servidor público que dizia que a melhor forma de não se descobrir nada era criar uma comissão corregedora ou de outra natureza para apurar qualquer coisa.
Discutir formalmente com o governo vizinho é uma medida normal. O que vai dar... bom, nem Lula, nem Amorim, nem Lugo sabem. Aliás, o Lugo só assume em agosto.
Seria "o-foco-que-interessa midiático"?
pô, anselmo, vc foi preciso demais! acabou com a especulação criativa! abaixo a crítica de qualidade!
O Amorim e o Lula fizeram o que sabem melhor: ensaboaram. Os jornais deram do jeito que seus editores quiseram. Na prática, o Brasil deverá negociar direito como Paraguai e ceder dentro das possibilidades, como no caso do gás da Bolívia. Nada de muito trágico, quero crer, nem que merecesse manchete dos dois jornais.
gostei do "o-foco-que-interessa midiático".
Postar um comentário