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O Santos entrou em
campo (debaixo de muita chuva) com o time reserva, sendo que cinco
jogadores fizeram sua estreia com a camisa alvinegra. No caso, com o
terceiro uniforme, a camisa azul. Gerson Magrão e Bernardo já estão
na Vila há tempos, mas só agora puderam jogar. Galhardo e David
Braz, que vieram do Flamengo na negociação com Ibson, e Ewerton
Páscoa, que no fim de semana passado enfrentava o Peixe jogando pelo
Guarani, foram os outros debutantes.
Mesmo com a esperada
falta de entrosamento, o Santos fez rodar a bola e trocou muitos
passes, mantendo a redonda sob seu domínio a maior parte do tempo.
Felipe Anderson exerceu uma nova função, revezando na ala direita
com Galhardo, um expediente que Muricy Ramalho usou bastante no São
Paulo em outros tempos. Tanto um quanto o outro levaram perigo no
apoio na primeira etapa, mas também sofreram com as investidas de
Lulinha por aquele setor.
Bernardo levou perigo
nas cobranças de escanteio. Em duas delas, quase saiu o tento
santista. Borges chamou a atenção pela disposição. Correu,
marcou, desarmou, deu opção ao ataque saindo pelos lados... Mas
quando a bola esteve na zona onde tem o atacante tem conforto, na
área, ele não conseguiu conferir por duas vezes na etapa inicial.
Já na segunda etapa, o
Bahia voltou com mais disposição, pegando mais no meio de campo e
explorando também o lado esquerdo da intermediária peixeira. E
começaram as baixas do visitante. David Braz já havia saído no
primeiro tempo com lesão, e Galhardo também pediu para sair antes
da metade do segundo tempo. Os donos da casa fizeram uma blitz
durante quase dez minutos, logo depois dos 22, mas não furaram a
defesa alvinegra. Na frente, Borges, e principalmente Renteria, não
seguravam a bola na frente e eram presa fácil dos zagueiros da Boa
Terra.
As oportunidades
peixeiras, enfim, surgiram quando a partida também começou a pesar
para os tricolores. E aí apareceu Borges. Por duas vezes ele teve a
chance de dar a vitória ao time B, ambas na cara do goleiro, mas
desperdiçou as duas. Em que pese todo seu esforço na peleja,
mostrou o porquê de estar na reserva.
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Léo, mesmo cansado, aguentou o ritmo da jogo até o fim (Santos FC) |
Ao fim, o zero a zero marcou um rodada de estreia em que os paulistas não venceram. Dadas as circunstâncias, para os visitantes o resultado não foi tão ruim. Mas se Borges tivesse caprichado um pouco mais...
Pra não dizer que não falei de Vélez e Santos
Com algum atraso, um breve comentário sobre a peleja em que a equipe argentina bateu o Santos em Buenos Aires, por 1 a 0. O Alvinegro jogou mal, foi dominado pela marcação portenha e não teve criatividade para criar no ataque. Embora a imprensa hermana tenha exaltado a partida feita por Peruzzi, ele foi só um dos marcadores de Neymar. Como explicou Ricardo Gareca, o garoto recebeu marcação dupla, com rodízio de atletas, e, ainda que não tenha brilhado como de costume, conseguiu cavar algumas faltas, tentou resolver sozinho mas não teve companhia de ninguém ao seu lado, exceção feita a Juan que vez ou outra o apoiava, e de Ganso, em um lance isolado e desperdiçado.
Aliás, o camisa dez peixeiro fez uma das suas piores atuações com o manto. Vez ou outra um craque não estar inspirado faz parte, mas o meia falhou na disposição tática também, e isso compromete o resto do time. Se Neymar é bem marcado, algum espaço sobra para um meia que chega, mas ele não chegou. Para os alvinegros superaram a marcação feita em seu próprio campo, o dez também teria que buscar mais a bola para aliviar a defesa, mas não o fez. Quando Ganso participa da marcação, aliás, também possibilita o avanço com bola de Arouca, que pouco pôde fazer à frente.
O distanciamento da defesa e do meio de campo santista foram fatais, mas o prejuízo não foi maior pela ineficiência ofensiva do Vélez, que marca bem, mas não é um time dos mais imaginativos na frente. O Santos deve penar na Vila Belmiro para superar os argentinos, mas, descansados, os peixeiros devem fazer um papel bem melhor do que o desempenhado na Argentina. Vai ser preciso mais aproximação e marcação mais forte o meio de campo – evitando principalmente as chegadas do volante Cerro – com velocidade de saída para o ataque. Neymar, obviamente, pode decidir, mas Ganso vai ser fundamental.
2 comentários:
"Felipe Anderson exerceu uma nova função, revezando na ala direita com Galhardo." Pra mim essa é uma solução equivocada do Muricy. Sacrifica o Felipe (que é um meia) e não ganha com o apoio deficiente do Galhardo, ainda visivelmente aquém do nível físico do time do Santos nesta altura da temporada. Como o David Braz, vindo do Flamengo, só se poderia esprer isso mesmo: chegou precisando de manutenção. Ambos com o péssimo padrão Flamengo de qualidade.
Gerson Magrão, concordo, "mostrou que pode ser útil no restante da temporada". Jogou bem. Lutou como um leão, deu um passe pro Borges à la Gerson, mas o Borges, como sempre, dormiu. Do Rentería então, nem dá pra falar. Fico a perguntar: e o Dimba? Foi mandado embora?
Bernardo estava incrivelmente tímido. Não à toa. Naquela meia direita, pra ficar só na história recente do Santos, já jogaram figuras lendárias como Giovanni, Diego e, em determinadas circunstâncias, o próprio Elano, que pra mim ainda tem muito crédito a queimar com a camisa alvinegra. Então, Bernardo tem motivos para se sentir tímido. Precisa de tempo pra encontrar seu espaço.
Já Borges, francamente. Grotesco. Não foi por acaso que caiu do time A pro B. O Peixe fez hoje uma partida administrativa, burocrática, com 11 reservas, poucas ambições de vencer... e mesmo assim era pra ter saído com os 3 pontos da linda Salvador, pois teria matado o jogo se tivesse outro camisa 9 que não o Borges Manteiga, mais conhecido como Borges. Caiu do time A pro B e, do B, só tem uma saída: ser vendido logo.
Salve, Edu! Acho que o interessante para o Felipe Anderson, nesse caso, é ele adquirir uma consciência tática que ainda não tem, por ser novo. Como o time estava apenas com um volante "de ofício", foi até uma tentativa válida. Já o Galhardo, com mais condicionamento físico, também vai ser uma opção interessante no elenco, embora apoie muito melhor do que marque, mas também é novo, pode aprender.
A dupla Renteria/Borges foi de dar pesadelo mesmo. O primeiro foi quase inoperante e o segundo se esforçou, mas não pode um camisa nove perder uma chance de ouro, ainda mais duas. O Dimba não pôde viajar porque está contundido.
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