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No próximo dia 30 serão completos 46 anos da morte do genial Sérgio Porto, cronista, escritor, radialista e compositor mais conhecido por seu pseudônimo Stanislaw Ponte Preta. Esses dias, tava folheando o primeiro volume de seu clássico "Febeapá - Festival de Besteira que Assola o País", publicado em 1966 (teria ainda mais dois volumes, até 1968), e me deparei com a seguinte pérola:
Era o IV Centenário do Rio e, apesar da penúria, o Governo da Guanabara ia oferecer à plebe ignara o maior bolo do mundo. Sugestão do poeta Carlos Drummond de Andrade, quando soube que o bolo ia ter 5 metros de altura, 5 toneladas, 250 quilos de açúcar, 4 mil ovos e 12 litros de rum: “Bota mais rum”.
Ps.: Outra passagem magistral do livro está na crônica "A conspiração", em que Sérgio Porto resume, com fino humor carioca, como a ditadura militar tratava seus opositores:
O importante é que veio a denúncia de que havia conspiração no domicílio do Coronel. Logo uma viatura [da polícia] partiu para colocar os conspiradores a par de que o regime é de liberdade...
(A íntegra desses e de outros textos pode ser acessada clicando aqui. Evoé, Stanislaw!)