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“Tristeza por perder
um jogo que estava na mão.” Era assim, entre lágrimas, que a
espetacular goleira Chana, do handebol feminino brasileiro, resumiu a
derrota para a Noruega que tirou a seleção da competição olímpica
nas quartas de final. Na mesma entrevista concedida à Sportv, a
arqueira não parecia consolada com a campanha realizada na primeira
fase, quando o Brasil terminou em primeiro no seu grupo. “Não vim
aqui pra fazer boa campanha, mas pra ganhar medalha.”
E, de fato, o país
parecia ter chances vivas de conseguir um lugar no pódio. Desde o
Mundial que a seleção treinada pelo dinamarquês Morten Soubak (à direita) vem
jogando em pé de igualdade com as grandes equipes do planeta. Virou
o primeiro tempo hoje vencendo por quatro gols de diferença e, no
início da segunda etapa, vencia por seis. Mas veio o apagão. A
seleção errou tudo o que podia, claro, em função da forte
marcação da Noruega que, apesar de ter terminado em quarto lugar no
seu grupo, é a atual campeã olímpica e mundial. De qualquer forma,
passar dez minutos sem marcar uma vez sequer é fatal.
Ainda quando a Noruega
não tinha passado a frente no placar, Chana, que havia defendido
três tiros de sete metros na partida, viu outro tiro bater na sua
trave. Mas nem isso fez a seleção reagir. A ansiedade continuava
alta. Enquanto o Brasil tinha extrema dificuldades para arremessar,
sempre o fazendo de longe e “consagrando” a arqueira adversária,
as rivais tinham extrema facilidade em fazer gols no contra-ataque. A
diferença ali era nítida e o desfecho, para quem assistia,
inevitável.
De bom, fica a
esperança para 2016. Uma seleção em qualquer esporte coletivo só
consegue chegar e se consolidar no topo enfrentando os grandes com
mais frequência, jogando no mesmo patamar, e assustando o rival.
Isso o Brasil já faz. A medalha poderia ter vindo agora, mas quem
sabe o melhor não ficou para uma conquista em casa...