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sábado, setembro 22, 2007

Reprise

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A imagem é do blog Peixe-Palhaço e a Placar de fevereiro de 1971 mostra que escândalo no Corinthians não é propriamente uma novidade...

terça-feira, junho 05, 2007

Perseguidos pelo que eram ou pelo que representavam

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Antônio Cruz/ABr
José Dirceu, o brasileiro do ano de 2004 eleito pela revista IstoÉ, ex-ministro chefe da Casa Civil teve o mandato de deputado federal cassado. A revogação do mandato ocorreu por que mesmo? "Pelo que represento na história do país, da esquerda, do PT, na campanha do Lula e do governo", explicou qual disco riscado em entrevista à Folha de S.Paulo e a sem número de outros públicos e ouvidos, com variações sobre o mesmo tom, seja no depoimento na comissão de ética, seja em outras falas na imprensa. Ele não publicou livro, porque os originais foram furtados a Fernando Morais.

José Cruz/ABr
José Genoíno, agora, ao lançar sua biografia autorizada, menos de um ano depois de um livro-depoimento, vem para explicar que foi acusado "pelo que era, não pelo que fiz". é que "tudo o que tem está registrado, os empréstimos que assinei são legais. Tanto que todo o meu sigilo foi aberto e não tem nada provado contra mim." Ele não quer se redimir, e só quer ser deputado, nada de cargos aqui nem ali.

A comparação mereceria este texto. Mas a insônia (ah, a insônia) acaba com a vida do jornalista que não se embreagou o suficiente para despencar estatelado.

Agência Câmara
O Antonio Palocci também escreveu livro. Mas falou diferente. Em entrevista ainda inédita, diz que errou e acertou, mas só se percebe se qual parte foi boa e qual ruim bem depois de um tempo. É que ele era só a bola da vez. Mesmo sem dizer onde, ele errou – ou na conduta moral pessoal ou na política econômica ou na disputa de poder.

Mas eles não foram os únicos acusados na crise de 2005/2006.Márcio Thomaz Bastos, então ministro da Justiça, Ricardo Berzoini, presidente do PT, Freud Godoy, ex-assessor da Presidência, Valdebran Padilha, empresário, e Gedimar Passos, advogado, não falaram nada. Foram inocentados no processo eleitoral movido pelo PSDB. Não descobri condenação do catarinense Jorge Lorenzetti, mas sua ligação com a cooperativa UniTrabalho, é motivo quase suficiente para inclui-la na CPI das ONGs, como se ela não existisse (1 e 2).

Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT, foi condenado a devolver o salário de professor do estado de Goiás – pelas minhas contas, isso é quase o caixa 2 inteiro que ele admitiu ter organizado. Luiz Gushiken, ex-ministro da Secretaria de Comunicação de Governo e Gestão Estratégica da Presidência da República (Secom), deve R$ 30 mil em sentença do Tribunal de Contas da União (TCU), por irregularidades em contratos de publicidade, mais especificamente das 930 mil exemplares de revistas de propaganda do governo encaminhados, segundo a defesa, ao PT. Gushken recorreu, ao que consta.

Comparação maldosa; quiçá, gratuita
Vale lembrar que o Paulo César Farias, tesoureiro da campanha de Fernando Collor de Melo (cujas contas foram aprovadas pela Justiça Eleitoral) foi preso por sonegação de imposto de renda em 1993, e não por desvio de verbas públicas (US$ 1 bi pelas contas da PF), caixa 2, tráfico de influência etc. Em tempo, ele foi condenado no ano seguinte por falsidade ideológica, mas conseguiu condicional em 1995.

Eduardo Jorge, ex-secretário da Presidência de Fernando Henrique Cardoso, assistiu inocentado e indenizado (IstoÉ e Veja) a punição de Luiz Francisco de Souza e Guilherme Schelb. Sérgio Mota morreu e virou santo. Luiz Carlos Mendonça de Barros é gestor de investimentos. Pérsio Arida é conselheiro de administração do Itaú, junto de Tereza Grossi.

Alguém aí pode me ajudar apontando quem foi perseguido por ser o que era ou ser por representar o que fora... ou será que pelo que seria se não fosse?

Ou nem errar, erraram?

Maldita insônia.