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Falta de interesse. DE
jogadores, do técnico, mas não de muita gente que compareceu ao
estádio do Bezerrão, no Gama. Muita gente foi ver Neymar, que
apareceu em duas oportunidades: no lance em que achou André, que
serviu Bruno Rodrigo no gol do Santos; e outra vez em uma jogada na
qual conseguiu o drible, mas finalizou para a defesa de Márcio.
Neymar não brilhou, e
o Alvinegro fez uma partida pavorosa, porque só sendo abaixo da
crítica para tomar uma virada do rebaixado Atlético-GO em quatro
minutos, perto do final da partida. Claro que se pode atribuir parte
da responsabilidade ao árbitro Emerson de Almeida Ferreira, que agiu
de modo variado na peleja. Primeiro, não marcando falta em Neymar no
lance que originou o primeiro gol do Dragão. Depois, deu uma
“assistência” (calcanhar, coisa fina) para o ataque goiano, na
jogada que terminou em pênalti para os donos da casa. Obviamente que
a arbitragem não justifica a derrota, mais que merecida, mas é bom
anotar o nome do juizão, que é ruim demais.
Dessa vez, Muricy
Ramalho teve uma parcela de culpa considerável. Não só pela
apatia, semelhante à dos jogadores, mas pela falta de capacidade de
mudar o ânimo da equipe. E a composição da equipe. Quando colocou
Victor Andrade, foi no lugar de André, que jogava mal (para variar),
no entanto preocupava um pouco a zaga adversária. Poderia ter tirado
um dos três volantes do time, já que o meio foi o ponto fraco do
Alvinegro: Arouca, mais à frente, não foi o elemento surpresa que
costuma ser, Henrique foi nulo e Adriano... foi Adriano. Como os
atleticanos não se portaram como
o Cruzeiro, dando espaços para as subidas santistas, era mais
interessante colocar alguém que soubesse tratar melhor a bola no
meio para chegar com um mínimo de qualidade na frente.
Os laterais foram mal
atacando e marcando. Galhardo passou boa parte do segundo semestre no
departamento médico, até se justifica o desempenho, e Gérson
Magrão, hoje meia, foi pífio pela canhota. Noves fora, sobrou
Neymar. Que mesmo jogando abaixo do que pode, é quem busca o jogo.
Nem sempre faz milagre, e poderia receber ajuda de vez em quando dos
companheiros. Hoje, não foi o caso.
Compensa? -
Outro dado que vale para a arbitragem em geral, não apenas para esse
jogo, pôde ser verificado num lance com o garoto Victor Andrade. Ele
sofreu falta do zagueiro Gustavo, que já tinha cartão amarelo.
Carrinho, daquelas infrações bem doídas só de assistir. Mas o
garoto, assim como Neymar, parece antever o lance e ameniza a
brutalidade adversária. Ao invés de ficar no gramado para
evidenciar a falta, se levantou rapidamente e perdeu a bola dois
segundos depois. Não se sabe se o árbitro não viu a falta ou se
deu a vantagem inexistente. O que se sabe é que levantar e buscar a
bola não foi bom negócio para o jogador. Compensa esse procedimento
com o nível de arbitragem que temos por aqui?