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A derrota de ontem por 4 a 0 para o Goiás é a maior sofrida pelo Santos em casa na história dos campeonatos brasileiros. Ela iguala o 4 a 0 do Palmeiras em 2004, quando o “gênio” resolveu jogar o clássico com um time misto, preservando a equipe para ser derrotada pelo Once Caldas na Libertadores.
Se isso mostra que o resultado é pra lá de excepcional, também é um sinal de muitas outras coisas. O mais evidente é a pífia, e várias vezes criticada por esse escriba, administração do “rei” Marcelo Teixeira, que se pretende eterno. No século XXI, foi quem teve entre os clubes brasileiros o maior patrimônio em termos de jogadores, arrecadou mais de R$ 200 milhões apenas com atletas da safra de 2002 (embora pudesse ter arrecadado mais, se não fossem a trapalhada na renovação de Diego, as saídas “de graça” de Léo e Renato etc etc etc).
Essa absoluta incompetência deixou seu resultado mais palpável ontem. A “parceria” com Vanderlei Luxemburgo, período em que mais de duas dezenas de atletas, entre eles André Belezinha, Antonio Carlos, Magno, Petkovic e outros “craques”, passaram pela Vila Belmiro onerando os cofres do clube e não deixando qualquer legado razoável, foi o ápice da irresponsabilidade.
Vieram títulos nesse período MT? É verdade, o que serviu para iludir alguns torcedores, que não perceberam ou não quiseram saber o quanto o time deixava de se estruturar mesmo com a dádiva de ter revelado craques que só vieram à tona nas mãos de Leão. Este que, segundo parte da torcida e da diretoria, era o grande culpado da fase ruim do Peixe. Com Cuca, perdemos duas e empatamos uma e, pior que os placares, o modo da equipe jogar demonstrou que as “igrejinhas” feitas por falsos ídolos praianos estão dominando o ambiente. Mas a culpa não era do Leão?
Sobre o jogo
Cuca tentou, mas não conseguiu armar a equipe de forma diferente. Wesley na ponta direita e Molina na esquerda forma inoperantes. Tabata, nulo como de hábito, e Apodi, que treinou durante toda a semana como titular, não pôde estrear por conta de mais uma trapalhada da direção, que não o registrou a tempo. O Goiás, em relação à equipe que começou o Brasileiro, tem dois reforços importantes que fizeram a diferença ontem: Romerito, aquele que foi impedido de jogar as duas partidas da final da Copa do Brasil, e Iarley, inexplicavelmente pouco utilizado no Internacional.
O time do Planalto Central pode sair da zona do rebaixamento nas próximas rodadas, mas não deve ir muito além disso. Já o Santos, para subir na tabela, mais uma vez dependerá fundamentalmente da habilidade e da persistência do seu treinador. Não será fácil, o papel de Cuca deve ser mais de administrador e psicólogo do que propriamente de técnico. E remar contra a corrente, em meio ao mar de incompetência em que ele se encontra, será uma tarefa heróica...