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quinta-feira, abril 11, 2013

Flamengo-PI 2 X 2 Santos - crônica de um empate vexatório

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“Mas quando a bola rolou... meu Deus do céu, o que foi isso. O jogo de ontem foi a pior partida do Santos nesse ano. (…) Gramado ruim, retranca excessiva? Esses dois fatores existiram, mas não dá pra atribuir o mau desempenho a eles. Sou mais culpar quem é de direito, os próprios jogadores do Santos.”

Não, esse não é o início de um texto falando sobre a peleja de ontem, um empate algo vexatório do Peixe contra o Flamengo-PI, no qual cedeu a igualdade após estar ganhando por 2 a 0. É um trecho de um post do Olavo em 2010, falando sobre a vitória alvinegra contra o Naviraiense por 1 a 0, resultado que não eliminou a segunda partida. O que aconteceu depois, todos lembram...

Isso seria um motivo para o santista não esquentar tanto a cabeça com o resultado de ontem. Mas é bom recordar que o contexto de 2010 era outro. A partida ruim na ocasião foi uma exceção para uma equipe que começava a se acertar, já fazia boas apresentações e, depois, engataria inúmeras goleadas e grandes partidas até chegar ao título da Copa do Brasil.

Giva, um gol e uma atuação razoável
O jogo de ontem foi ruim, o time foi apático, o meio de campo foi inoperante como poucas vezes neste ano. Foi, de fato, a pior partida do Santos em 2013, com atuações mais que apagadas de Cícero, Montillo e de uma defesa que simplesmente não se acertava, propiciando espaços generosos para um time que não tinha qualidade para aproveitá-los, e mesmo assim chegou ao gol duas vezes.

O primeiro gol piauiense, além da generosa contribuição da defesa que marcou em linha e deixou Lúcio Bala solitário, contou com a uma saída desastrosa do gol de Rafael, lembrando jogadas similares de Fábio Costa. O desacerto resultou em um pênalti no ex-jogador santista, convertido por Édson Di. Desde que foi cortado da seleção olímpica, o goleiro Rafael não tem feito a diferença como fazia em diversas pelejas em 2011 e parte de 2012. Além de saídas ruins pelo alto e por baixo, não tem praticado grandes defesas, fazendo atuações apenas comuns. Já o miolo de zaga... Durval mais uma vez fez uma falta desnecessária, uma trapalhada equivalente à feita contra o São Caetano. Daí veio o tento de empate dos donos da casa.



Salvaram-se poucos. Neymar, com duas assistências, mostrou que, se não fosse ele, a situação poderia ter sido ainda pior. Os jovens Alan Santos e Giva também fizeram o que podiam, o nove peixeiro, por exemplo, havia finalizado mais que todo o time adversário quando saiu para dar lugar ao frequentemente inexpressivo André.

A atuação burocrática do Santos, apático e com jogadores se omitindo assustou mais do que o resultado em si. Apatia, aliás, também do técnico Tata, representante de Muricy na partida, que, tal qual seu superior, só mudou aos 35 do segundo tempo e nem fez todas as substituições a que tinha direito.

Essa é uma diferença para aquele jogo de 2010: aquela equipe tinha vontade de jogar, e de acertar, a estreia no torneio foi um ponto baixo em uma ascensão tática e técnica. Hoje, a partida contra o Flamengo-PI parece só o extremo de uma rotina de jogos ruins. Tomara que seja um ponto de mudança. Mas isso é mais torcida do que análise.

quarta-feira, abril 10, 2013

Quem é o Flamengo do Piauí, adversário do Santos na Copa do Brasil

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Para falar do Flamengo local, que, ao contrário do co-irmão carioca, está bem na luta pelo estadual, é preciso falar dos clubes do Piauí, que não têm tido grande destaque no cenário nacional há algum tempo. Desde 1986, ano da última participação de um time do estado na primeira divisão com o Piauí Esporte Clube, as equipes dali não alcançam chegar sequer à segunda divisão nacional. Assim, a Copa do Brasil se torna o espaço onde conseguem enfrentar os grandes do país.

Desde a criação do torneio, em 1989, dez clubes do Piauí já a disputaram. O Flamengo é quem tem mais participações; com a de 2013, são nove. O Parnahyba, outro representante piauiense em 2013, River, 4 de Julho, Barras, Piauí, Picos, Comercial, Caiçara e Cori-Sabbá são os outros que já disputaram a Copa do Brasil.

O cartel de todos eles é pouco invejável. Em 80 jogos, são 57 derrotas, 11 empates e 12 vitórias. O clube que mais venceu foi justamente o Flamengo, com 6 triunfos. É também o único que conseguiu avançar de fase. Em 2001, chegou até as oitavas de final, vencendo duas vezes o Moto Club do Maranhão por 2 a 1 e desclassificando o Sport com uma vitória por 2 a 0 e uma derrota de 1 a 0. Mas não resistiu ao Corinthians sofrendo duas derrotas, 8 a 1 e 3 a 0. Já em 2002, avançou à segunda fase passando pelo Independente-AP, empate em 1 a 1 fora de casa e vitória por 1 a 0 em seus domínios. A desclassificação aconteceu em uma única partida, derrota por 5 a 0 para o São Paulo.

Jogos entre Flamengo-PI e Santos

Aílton Lira, artilheiro daquele amistoso
Aílton Lira, artilheiro daquele amistoso
Flamengo-PI e Santos se enfrentaram somente uma vez, em um amistoso disputado em 8 de dezembro de 1976, em Teresina. Era o aniversário do clube piauiense e, diante de 10.116 pessoas no mesmo Albertão (estádio Alberto Silva) em que será jogada a partida de quarta-feira, o Peixe venceu por 4 a 2, com dois gols de Aílton Lira, um de Julinho e um de Jorginho Maravilha, com Zé Duarte como treinador.

A única vez em que o Peixe enfrentou uma equipe do Piauí oficialmente foi justamente na última participação de um clube do estado na primeira divisão nacional, em 1986. O Santos foi a Teresina e venceu o Piauí, no Albertão, por 2 a 0, dois gols de Dino Furacão. O atacante, aliás, como lembra este post do Terceiro Tempo, se notabilizou na goleada peixeira sobre o Naútico em setembro, no mesmo Brasileiro de 1986, quando marcou quatro dos cinco gols de um 5 a 0 na Vila Belmiro.

O time piauiense terminou no grupo C daquele confuso Brasileiro com uma vitória, um empate e oito derrotas, Chico Formiga estava à frente do Peixe na ocasião. Em sua última peleja pelo campeonato piauiense, o Flamengo venceu o 4 de julho por 3 a 1, ficando muito perto de assegurar uma vaga para as semifinais da competição e, para o duelo contra o Santos, foram colocados 40 mil ingressos à venda. O jogador mais conhecido do rubro-negro já jogou na Vila Belmiro em 1998 e 1999. Trata-se de Lúcio Bala, atacante de 38 anos que atua pelo 21º clube de sua carreira, e deve estar em campo contra o Peixe na quarta.

Post adaptado do blogue Filho de Peixe. Original aqui.