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segunda-feira, março 25, 2013

Brasil empata de novo em jogo fraco

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Fred marcou mais um (Foto: Mowa Press)
Pouco a falar sobre o jogo da Seleção Brasileira nesta segunda, frente à Rússia. Mais uma partida fraca, sem demonstrar organização coletiva e nem a qualidade individual dos principais jogadores.  A Rússia apertou no começo, mas depois passou o jogo recuada e explorando os contra-ataques. Nesse período, o que posso ver de positivo no desempenho brasileiro: o time tocou bem a bola, manteve a posse e o controle do jogo. Legal, mas isso não resultou em quase nenhuma jogada realmente perigosa, só uns chuveirinhos meio esquisitos.

Felipão testou no primeiro tempo uma novidade que usou contra a Itália. Um tipo de 4-4-2 à inglesa, com Oscar e Kaká nas extremas e Neymar de segundo atacante, posição que, se a coisa funcionasse, lhe daria muita liberdade para circular pelo ataque todo e aproveitar seu considerável potencial. Mas os problemas impedem que isso aconteça: se for pra jogar assim, os volantes, especialmente Hernanes, precisam chegar mais para armar o jogo, o que não fizeram. E os dois meias precisam se movimentar mais, não só ficar parados nas pontas (o que, segundo o repórter da SporTV, foi recomendação do Felipão, vai entender...). Do jeito que foi, fica um buraco no meio da armação que Neymar tentou o tempo todo voltar pra preencher. O esquema parece o do Corinthians e, se for mantido, Paulinho, Ralph e Renato Augusto passam a ser nomes interessantes em futuras convocações – atendendo parcialmente a sugestão de Pelé.

No segundo tempo, Felipão mudou para um 4-2-3-1, com Kaká centralizado e Hulk no lugar de Oscar. E depois do gol da Rússia, tirou Kaká, o único meia, e botou um segundo centroavante, abrindo um tipo de 4-2-4 bem feliponesco, em que Neymar ficou esquecido na ponta direita e o super-herói verde jogou na esquerda - o que não deixa de ser, digamos, curioso, já que Neymar achou seu espaço no Santos jogando na ponta esquerda e Hulk teve seus melhores momentos no Porto na ponta direita.

Não sei se foi o desespero, a mudança do treinador ou uma descarga de concentração, mas Marcelo e Hulk passaram a jogar muito bem, trocando passes e construindo pela esquerda todas as jogadas. Até que saiu o gol de Fred, em bela tabela entre os dois.


Em termos de nomes, ninguém foi esplêndido. Marcelo fez jogadas muito boas nessa etapa final e Hulk entrou bem. Mas como não tinha jogado nada no outro amistoso, não sei o quanto isso conta em sua moral com o chefe. Thiago Silva voltou bem, dando qualidade na saída de bola.

Mas o fato é que o que temos de time está na defesa – mesmo que Daniel Alves não esteja acertando muito. Do meio pra frente, Neymar tem vaga, mas não tem jogado bem, e Fred vai consolidando seu nome. Oscar, que tinha muita moral com Mano Menezes, foi substituído nos dois jogos. Pode ser porque o treinador já o conhece, pode ser porque não gosta dele.

E sem definir os nomes não adianta falar muito de esquema, já que seleção (e time também, mas é diferente) tem que ter o esquema tático que melhor acomode os melhores jogadores. Feito isso, arranja-se o resto. Pergunto: quem são hoje estes jogadores brasileiros que deveriam servir de referência para a montagem do time? Pois é, já foi mais fácil.

terça-feira, maio 22, 2012

Rússia proíbe álcool para atletas nas Olimpíadas de Londres

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Nas Olimpíadas de Inverno, realizadas em Vancouver, em 2010, os russos pretendiam ganhar entre 30 e 50 medalhas, mas levaram pra casa apenas 15. Para não repetir o feito nos Jogos de Londres, o Comitê Olímpico russo já elegeu seu bode expiatório: a bebida alcoólica. De acordo com o jornal Kommersant, de ontem, a delegação do país está proibida de chegar perto de qualquer canjibrina na Inglaterra. Mesmo os brindes comemorativos após as vitórias estão proibidos.

O porta-voz do vice-primeiro-ministro do país, Dmitri Kozal, declarou a outro jornal local, o Olia Djous, que "os valores olímpicos não são compatíveis com o álcool". O Kommersant lembra que, na competição disputada no Canadá, alguns atletas teriam passado um pouco do tolerável em relação ao álcool. "Os resultados foram péssimos, mas as festas foram as mais barulhentas", relata o periódico, citando uma noitada na qual foram usadas duas imitações de bombas de gasolina que não forneciam o combustível fóssil. Uma servia vodca e, a outra, uísque.

Precedentes históricos

Pela sua íntima relação com o álcool, em especial com a vodca, os russos têm mesmo motivo para se preocupar. Como consta nesse texto de Felipe Van Deursen, o destilado também foi considerado culpado pela derrota do país na Guerra Russo-Japonesa, em 1905, sendo que generais japoneses, em lapso de modéstia, atribuíram algumas das suas vitórias ao excesso etílico dos soldados rivais.

Carregamento etílico na Rússia czarista
Já na Primeira Guerra Mundial, em 1914, o czar Nicolau II decretou a primeira lei seca da história, e os militares russos conseguiram se aprontar para o combate na metade do tempo esperado. Mas, como a vodca era um dos principais pilares econômicos do país, o governo passou a arrecadar um terço a menos em impostos, veio a hiperinflação, o contrabando de bebida ilegal que era mais prejudicial à saúde, além de as pessoas terem ficado desprotegidas diante do frio que assola boa parte da Rússia no inverno. O czarismo caiu, não só por causa da vodca, obviamente, mas ela parece ter ajudado...

O alcoolismo preocupa as autoridades do país, que tem como meta diminuir o consumo médio anual de álcool por pessoa – hoje em 15 litros – em 72% até o ano 2020. Mesmo sendo uma preocupação do poder público, a relação dúbia do governo em relação à bebida continua, tanto que o Kremlin lançou há pouco mais de dois meses sua própria marca de vodca, para ser servida em eventos oficiais. Haja garganta.

segunda-feira, março 28, 2011

Os gols de Rogério Ceni que a Fifa não reconhece

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Como não poderia deixar de ser, o gol marcado pelo goleiro sãopaulino Rogério Ceni ontem, contra o Corinthians, está na boca do povo. Aqui na InFernet, comemorações e provocações brotam aos milhares, em blogues, no Twitter, no Facebook. E nas ruas, principalmente aqui na capital paulista, não se fala de outra coisa. A maior polêmica é se o gol marcado foi, de fato, o 100º na carreira do goleiro. Ontem, o site do Corinthians tentou minimizar o feito, publicando, em seu texto sobre o jogo: "O Alvinegro procurava encontrar seu espaço dentro de campo, quando, de falta, o goleiro adversário marcou, aos 08 min. Foi o 98º gol de sua carreira segundo a Fifa, principal entidade do futebol mundial" (nem o nome do goleiro quiseram escrever - rs).

Hoje, quando almoçava com minha filha no bairro Pinheiros, e a televisão ligada no Globo Esporte só falava de Rogério Ceni, um rapaz bem gordo e forte, com o escudo do Corinthians tatuado na canela, comentava em altos brados (mesmo sem perguntar se alguém tinha algum interesse no assunto): "Ele marcou dois gols em amistoso, jogo-treino, coisa que disputaram com timecos lá no Acre, em Pernambuco. Ninguém viu isso, é tudo farsa, e agora querem contar só pra dizer que marcou o 100º contra o Timão!". Bom, que a Fifa realmente não reconhece dois dos 100 gols marcados pelo capitão do São Paulo, é fato. A entidade só contabiliza gols em competições oficiais.

Porém, as duas partidas em questão foram confrontos profissionais, com arbitragem, súmula e público presente no estádio. A primeira ocorreu no início de 1998, no Morumbi: um amistoso entre o São Paulo e um combinado Santos/Flamengo, para marcar o retorno de Raí ao Tricolor (ele jogou a partida, mas só voltaria em maio daquele ano). Confiram a ficha técnica e o gol de Rogério Ceni, o 4º de sua carreira:

SÃO PAULO 1 x 1 SANTOS/FLAMENGO
Competição: Amistoso
Data: 25 de janeiro de 1998
Estádio: Morumbi
Público: 22.869
Árbitro: Alfredo Loebeling
SÃO PAULO - Rogério Ceni; Zé Carlos, Edmílson, Márcio Santos e Marcelinho Paraíba; Capitão (Sidney), Gallo (Alexandre), Fabiano (Carlos Miguel) e Raí (Adriano Gerlim); Marquinhos (França) e Denílson. Técnico: Darío Pereyra.
SANTOS/FLAMENGO - Zetti (Clemer); Anderson Lima, Argel, Júnior Baiano (Jamir) e Athirson (Ronaldão); Narciso (Caíco), Marcos Assunção, Palhinha (Jorginho) e Zé Roberto; Lúcio e Muller (Cleisson). Técnico: Emerson Leão.
Gols: Anderson Lima (48 minutos) e Rogério Ceni (66).



Dois anos depois, no mesmo Morumbi, o São Paulo organizou e disputou um torneio triangular de pré-temporada, com o Avaí, de Santa Catarina, e o Uralan, da Rússia. Depois de vencer o time catarinense, o Tricolor conquistou o torneio goleando os estrangeiros (em jogo apitado pelo mesmo Loebeling da partida contra o combinado Santos/Flamengo). E Rogério Ceni fez, naquela ocasião, o seu 12º gol:

SÃO PAULO 5 x 1 URALAN ELISTA (Rússia)
Competição: Torneio Constantino Cury
Data: 17 de janeiro de 2000
Estádio: Morumbi
Público: Não informado
Árbitro: Alfredo Loebeling
SÃO PAULO - Rogério Ceni; Paulão (Rogério Pinheiro), Edmílson e Wilson; Luiz Paulo (Alexandre), Raí (Carlos Miguel), Vágner (Sidney), Marcelinho Paraíba e Ricardinho; Evair (Souza) e França. Técnico: Levir Culpi.
URALAN ELISTA - Lutsenko; Oleg Tereshchenko, Zub (Millah), Sergey Shishkin e Mikhail Zharinov; Gaidamasciuk (Alexinikan), Artur Voskanyan, Yevgeny Ovshinov (Vidas Danchenko) e Cassiano (Pavel Dalaloyan); Brener (Régis) e Dmitry Semochko. Técnicos: Slava Alexiev e Alexandr Averianov.
Gols: Edmílson (29), França (37), Semotchco (47), Raí (54), Rogério Ceni (79) e Souza (90).

quinta-feira, dezembro 02, 2010

Depois do Brasil, América fica 12 anos sem Copa

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A Fifa anunciou hoje, na Suíça, os países que vão sediar as Copas de 2018 e 2022: Rússia e Qatar, respectivamente. Com isso, após a Copa no Brasil, em 2014, o continente americano ficará sem a competição mais importante do futebol até, pelo menos, 2026. E isso porque, entre a Copa dos Estados Unidos e a que será realizada aqui em nosso país, daqui a quatro anos, foram duas décadas de mundiais longe das Américas - os estadunindenses, aliás, foram um dos candidatos à Copa de 2022, que será a primeira no Oriente Médio.

Essa "seca" americana de 20 anos sem mundiais só havia ocorrido antes entre a primeira Copa, no Uruguai, em 1930, e a primeira no Brasil, em 1950. Depois dos 12 anos de intervalo até a Copa no Chile, em 1962, começou um período em que as Américas não passavam mais que oito anos sem o mundial: foi o que levou até 1970, quando o México sediou a primeira Copa na América Central; mais oito anos e ela foi a vez da Argentina; outros oito anos para que retornasse ao México, em 1986, e depois aos Estados Unidos, em 1994.

segunda-feira, junho 23, 2008

Nenhum favorito passou

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Contando que não havia favoritos entre Alemanha e Portugal (forcei a barra?), nenhuma das seleções que constava como favorita nos jogos das quartas-de-final da Eurocopa chegou às semis (ou meias-finais, respeitando o léxico de nosso maior comentarista de Eurocopa, o Ricardo). Além de Portugal, a Croácia, a Holanda e a Itália deram adeus ao torneio europeu antes do planejado, em partidas emocionantes.
A Alemanha ganhou por 3 a 2 de Portugal (para minha tristeza). A Turquia levou o jogo para a prorrogação, tomou um gol aos 14 minutos do segundo tempo e empatou no último segundo, com um gol que até agora não sei de onde eles tiraram. Nos pênaltis, os croatas falharam.
A Rússia, da "nova" sensação Arshavin (que tem 27 anos, apesar da cara de 12), demoliu a Holanda com um 3 a 1 incontestável, que veio apenas na prorrogação. E a Espanha, quem diria, jogou melhor e VENCEU a Itália, nos pênaltis.
Agora, a Alemanha pega a Turquia - na quarta-feira - e a Rússia joga com a Espanha - na quinta. Quem passa?

quarta-feira, junho 18, 2008

Euro - prognósticos do Além-Mar

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Atendendo à sugestão do Fredi, vai aqui como post o comentário do assíduo leitor lusitano Ricardo sobre os prognósticos para a próxima fase da Euro (ainda sem a definição do segundo colocado do grupo 4).

Portugal X Alemanha
Um 4-4-2 clássico alemão contra um 4-3-3 orgânico português. A Alemanha, ao contrário de outras Alemanhas do passado, é deficiente em termos defensivos. Tem um excelente lateral (Lahm) que ataca como poucos, mas que abre muitas vezes o jogo atrás; do outro lado, Friedrich, é um jogador regular mas sem capacidade para enfrentar um Ronaldo numa tarde de inspiração. Os centrais, Metzelder e Mertesacker, são razoáveis. Depois uma linha de 4: Frings atrás, Fritz à direita e Schweinsteiger à esquerda; no centro, pensador de jogo, capitão e jogador de transições, Ballack. Na frente, um ataque poderoso: Podolski e Klose. É uma equipe que procura explorar os espaços adversários entre a linha de defesa e a linha dos médios, procura servir rapidamente ou o ala ou os avançados e é forte nas segundas bolas - com Ballack, vindo de trás, em plano de evidência.

Portugal joga com um quarteto defensivo de qualidade: um lateral mais ofensivo, Bosingwa, um mais de equilíbrios, Paulo Ferreira, e dois grandes centrais: Pepe e Ricardo Carvalho. No miolo, Petit assegura a primeira fase de construção e procura sempre bloquear o médio mais ofensivo adversário; como médio de transição, Moutinho, jogador de alta rotação, defende e ataca sempre com uma qualidade de passe e visão de jogo muito fortes; Deco é o pensador, um jogador que descobre espaços onde eles parecem não existir, com uma capacidade de guardar a bola, decidir os vários momentos do jogo e muito forte no último passe. Nas alas, Simão de um lado, mais vertical, dá mais consistência ao meio-campo no processo defensivo e, ofensivamente, é forte nos cruzamentos e remates, e Ronaldo, do outro, melhor jogador do mundo, desequilibrador, forte, veloz, bom cabeceador, bom rematador, capaz de decidir um jogo de um momento para o outro (por vezes desequilibra a equipe nas transições defensivas; é preciso algum cuidado por parte de Moutinho). Na frente, o elo mais fraco: Nuno Gomes, um avançado que faz mais assistências do que marca, posiciona-se bem, sabe tabelar com qualidade com os companheiros mas falta-lhe explosão e repentismo na hora de atirar para gol - no entanto, tem feito um bom Euro e deverá ser opção a titular.

Este jogo, na minha opinião, está mais dependente de... Scolari do que de outra coisa qualquer: espero que o seleccionador brasileiro não queira adaptar o nosso jogo ao dos alemães, mudando um elemento (Petit ou Moutinho) por Meira, um trinco (volante) mais defensivo que procurará colar-se a um dos avançados alemães para a Alemanha não aparecer na frente com igualdade numérica. Esta opção é errada, quanto a mim. Primeiro, porque faz abdicar a rotina excelente que o nosso meio-campo tem, partindo as duas linhas (defensiva e de meio) e a forma apoiada como sabemos jogar e é a nossa gênese e depois porque isso, mentalmente, daria aos alemães a ideia de que nos sujeitamos ao seu jogo, o que, olhando para a qualidade de uma e de outra equipe, é um erro crasso. Portugal é melhor, tem melhores jogadores e deve impor o seu jogo. Se o fizer, estará muito mais perto de estar nas meias-finais.
Prognóstico: Portugal ganha :)


Croácia X Turquia
Um jogo entre uma equipe muito bem orientada pelo mais novo treinador do Euro (Slaven Bilic, atenção a ele, muito promissor este homem), com jogadores com qualidade técnica acima da média. Na linha da frente, Modric, mas também Srna, Rakitic e Kranjcar, jovens e com muita vontade de vencer, contra outra que dá tudo em campo, menos virtuosa, mas muito agressiva na forma como encara os jogos. Parece-me que a capacidade desequilibradora dos croatas, aproveitando as debilidades dos turcos nas transições defensivas, poderá fazer a diferença.
Prognóstico: Croácia ganha.


Espanha X Itália
A Espanha, ao contrário da opinião generalizada, não me tem agradado. Funciona com um meio-campo preso de movimentos e algo descompensado - Senna no meio, Iniesta, mais interior, na direita, Silva, mais vertical, na esquerda, e Xavi procurando servir os dois grandes avançados: David Villa e Fernando Toores. O poder ofensivo destes dois é inquestionável, mas pergunto-me se o meio-campo espanhol saberá ter capacidade de movimentações para a teia que o meio-campo italiano geralmente monta. Duvido muito. A juntar isto, está uma defesa muito débil - na esquerda, o melhor até agora, Capdevila, na direita, um central que passou para defesa-direito, Ramos, e centrais que não se completam bem, Marchena e Puyol.

Na equipe italiana, haverá uma baixa de peso (Gattuso, responsável pela luta a meio-campo) e uma baixa FUNDAMENTAL (Andrea Pirlo, o cérebro da equipa), os dois suspensos para este jogo. Têm um dos melhores guarda-redes do mundo, se não é mesmo o melhor, Buffon; uma defesa experiente: na esquerda, Grosso, à direita, Zambrotta, um central veterano (Panucci) e Chiellini, mais novo e de qualidade. No meio, talvez Ambrosini substitua Gattuso, como médio de combate, e De Rossi apareça com Aquilani, compondo o trio de meio-campo. Depois, mais à frente, Perrota (ou Camoranesi) e Cassano no apoio ao avançado Luca Toni. É uma equipe experiente e vem de uma qualificação muito difícil. A Itália é a Itália e quando chega a esta fase eliminatória é uma equipe que sabe gerir muito bem os vários momentos do jogo e pode aproveitar, de forma eficaz, o fraco posicionamento defensivo da equipa espanhola.
Prognóstico: Itália ganha.


Holanda X Rússia ou Suécia
Como não se sabe qual das duas será a equipe que defrontará a Holanda, é melhor não fazer grandes análises. A Rússia precisa ganhar; a Suécia está confortavelmente a precisar de apenas um empate. Como se viu no jogo contra Espanha, a Suécia não tem problemas em entregar o jogo aos adversários e esperar por eles, para depois aproveitar alguns espaços. Nesse jogo, estiveram mal os suecos e mereceram perder no último minuto, mas é uma equipe difícil de bater. Se a Rússia aproveitar a qualidade dos seus jogadores e tiver paciência, poderá ganhar o jogo. Aposto na Rússia. E, caso passem, aposto na Holanda para ir às meias-finais.

terça-feira, junho 17, 2008

Euro - atualização

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E hoje se definiu o destino do grupo da morte da Eurocopa. A Holanda, que já estava garantida como primeira do grupo, não teve dó e mesmo com os reservas, sapecou 2 a 0 na Romênia. Já no embate que valia, entre França e Itália, não houve revanche da final da Copa do Mundo. A Itália venceu - dessa vez sem pênaltis - e eliminou os azuis.

Agora, a Itália pega a Espanha, já definida como 1º lugar do grupo D, nas quartas. Já a Holanda espera de camarote o vencedor do jogo entre Rússia e Suécia. Aposto na Suécia. E depois na Holanda, claro.

Os outros confrontos das quartas-de-final já estão definidos. Portugal pega a Alemanha e a surpreendente Turquia (que eliminou a República Checa numa virada que valia um post se eu não estivesse no plantão) pega a Croácia.

Palpites para a próxima fase?

sexta-feira, maio 02, 2008

Os stalinistas conquistarão a Europa

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O futebol europeu registrou ontem uma de suas principais zebras da temporada. Pelas semifinais da Copa da Uefa, o russo Zenit enfiou uma impressionante goleada por 4x0 no Bayern de Munique e classificou-se para a decisão do segundo torneio de clubes mais importante do continente. Vai enfrentar os escoceses do Rangers, que despacharam a Fiorentina.


A classificação de ontem consolida um processo de expansão do Zenit. O time é antigo, foi fundado em 1925, mas nos tempos da URSS esteve longe de ser um dos mais gloriosos. Faturou apenas um "Sovieticão" e uma Copa local. Com o término da União Soviética, penou nos primeiros anos - indo até para a Segunda Divisão em 1992 - e depois ressurgiu. Hoje, é o atual campeão russo.

E por que o uso das palavra "stalinistas" no título, perguntam os leitores? Pelo seguinte: em 1936, 11 anos após a fundação, o Zenit foi rebatizado para Stalinets, numa homenagem ao glorioso Joséf Stálin. A denominação durou apenas quatro anos, mas foi o suficiente para que o Zenit carregasse essa referência a Stálin como um de seus três apelidos - os outros são "sem-abrigo" e "time dos sacos". Em texto que escrevi para a Trivela em 2006 (acesse aqui), falo sobre a origem desses codinomes.

Rangers
Mas para os devotos de Stálin conquistarem a Europa, terão que vencer os bravos escoceses do Rangers. O time volta a uma decisão continental depois de 36 anos: em 1972, conquistou seu único título continental. A antiga Recopa - e curiosamente, ganhando de outro clube russo, o Dínamo de Moscou.

terça-feira, abril 22, 2008

Loiras russas formam seu próprio partido

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Elas são 20% da população do seu país, mas sofrem com piadinhas sobre sua suposta pouca inteligência, além de toda sorte de preconceitos. Agora, as loiras russas tentam combater a intolerância se unindo em torno de um partido político, o Partido das Loiras.


"Uma loira nunca passa despercebida. Sempre chama a atenção. Além disso, é o elo mais fraco. Tanto homens como mulheres as ridicularizam e ninguém as leva a sério. Façam o que façam, são sempre bonitas e tolas", denuncia Marina Voloshinova (foto), secretária-geral da agremiação, em entrevista à agência EFE.
O mais curioso é que a dirigente do Partido das Loiras é... morena. "Pintei meu cabelo uma vez, mas não ficou muito bom. Para ser membro não é preciso ser loira. Mas é necessária a recomendação de outros dois membros e superar um período de teste, no qual o aspirante deve demonstrar um compromisso ativo com o partido", justifica.
Como seu próprio exemplo indica, para fazer parte do partido não é preciso ser loira, nem mesmo mulher, já que, dos cinco mil integrantes, um terço são homens (não se sabe se os mesmos têm segundas intenções). "Ser uma loira é um estado mental. Você pode ser loira por fora ou interiormente. Trata-se de ser otimista e não levar a vida tão a sério", filosofa.

Programa político
Um dos objetivos do partido é conseguir loiras famosas para ajudar a divulgar suas diretrizes políticas. Estão na lista de convidadas a tenista Maria Sharapova (à esquerda) e Ksenia Sobchak, apresentadora de televisão conhecida como a "Paris Hilton russa" (à direita)."Esperamos receber o apoio delas, nos seria de grande ajuda para combater os preconceitos. Para os homens russos, é mais fácil tratar as loiras mal, do que de igual pra igual. Isso demonstra que são mais fracos que as mulheres", argumenta Voloshinova.


Mas já existem alguns pontos do programa que será esmiuçado no primeiro congresso partidário, dia 31 de maio, que deve definir também a plataforma eleitoral para uma candidatura presidencial em 2012. "Um dos principais pontos de nosso programa é promover a pequena empresa. As mulheres russas são mais ativas que os homens na hora de abrir lojas ou pequenos negócios. No entanto, na Rússia, as grandes corporações sempre são a prioridade", sustenta, destacando também a necessidade de incentivar que as mulheres com filhos possam estudar. Ela prega também a promoção de valores como a não-violência, o respeito à tradição e a tolerância.

Será que no Brasil haveria espaço para um partido desses? E quem seriam as líderes?

segunda-feira, março 17, 2008

Russos lançam "vodka feminina"

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O já bastante movimentado mercado de vodkas na Rússia ganhou um novo produto em dezembro e ele já começa a preocupar especialistas na área de saúde. Damskaya é o nome da bebida destinada ao público feminino, produzida pela empresa Deyros. De acordo com o criador, Igor Volodin, em depoimento ao jornal espanhol El Pais, trata-se de uma vodka "mais inofensiva que chocolate", que sepresenta como como "ideal para acompanhar uma salada e depois de uma sessão na academia para manter a linha".

No entanto, os dados sobre alcoolismo na Rússia são alarmantes. Segundo o Instituto Moscovita Serbsky de Psiquiatria Social e Forense, dados oficiais mostram que o país tem 2,5 milhões de alcóolatras, mas a entidade acredita que a cifra real deva superar sete vezes essa marca. Já Yuri Sorokin, psicólogo de un centro de reabilitaçãopara alcoólatras e drogadictos, aproximadamente 60% de seus pacientes que têm problemas com bebida são mulheres.

Mesmo assim, dentro do jogo do "mercado", algo que a Rússia parece ainda ter dificuldades para se adaptar, o fabricante da bebida se defende sofísticamente. "As russas precisam dispor de sua própria bebida. Em Moscou há táxis rosas só para mulheres, cigarros menores, mas não havia vodka. Há mais gente com diabetes do que alcoólatras neste país e mesmo assim proibiram anúncios de chocolate?", questiona Volodin, impávido.

Homens

Segundo pesquisadores, 43% das mortes de homens em idade economicamente ativa na Rússia decorrem do consumo exagerado de bebidas alcoólicas, incluindo aí extratos de ervas vendidos em farmácias, loção pós-barba e produtos para limpeza, que são de fácil acesso e contêm até 97% de álcool. O que mata, nestes casos, não são os produtos tóxicos, mas sim o alto teor alcoólico dos produtos.
Também por isso, a expectativa média de vida dos homens russos é pra lá de baixa: 59 anos, cinco a menos que o estado brasileiro onde os homens vivem menos, Alagoas (a expectativa de vida do homem brasileiro é de 68,5 anos). A mortalidade dos homens em idade para trabalhar é 3,5 vezes maior do que a do mesmo grupo na Grã-Bretanha.