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quarta-feira, junho 06, 2012

Santos e Fluminense fazem 1 a 1 com cara de 0 a 0

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Com um time de desfalques de cada lado, 11 do Santos e 11 do Fluminense, não se podia esperar muita coisa da partida disputada na Vila Belmiro. E o primeiro tempo da peleja cumpriu tal expectativa – ou a falta dela. O Peixe saiu na frente em uma incrível falha do visitante, aproveitada pelo improvável Rentería. Ainda que ele tenha roubado a bola e avançado livre para o gol, seu histórico me obrigava a preparar o xingamento pelo tento perdido. Mas ele deu uma cavadinha, quase defendida por Diego Cavalieri, e marcou.

Adriano e uma atuação pra esquecer (Ag. Photocamera)
Depois do gol, um show de horrores de parte a parte, até o volante santista Adriano emplacar uma sequência mais que tenebrosa. Tentou driblar, algo que não é de seu feitio, perdeu a bola no meio de campo e, pra completar, cometeu falta estúpida (bem) fora da área que o árbitro Jailson Macedo Freitas conseguiu enxergar pênalti. Carlinhos, o mais efetivo do Fluminense à frente, empatou.

Após o empate, o jogo ganhou mais movimentação. Do lado alvinegro, a “movimentação possível”, com os lentos Alan Kardec e Rentería atuando em slow motion e Léo e Elano não conseguindo criar na meia. O Flu também não fazia grande papel, tanto que, até os 10 minutos do segundo tempo, o jogão registrava três finalizações de cada lado.

A bem da verdade,o Tricolor teve mais domínio na segunda etapa, chegou a ensaiar uma pressão por volta da metade do tempo final, mas não mostrou poder de definição. A não ser em um lance que resultou em gol após o auxiliar ter invalidado, de forma (muito) incorreta, a jogada. Muricy colocou Felipe Anderson no lugar de Juan, e o lateral esquerdo Geuvânio substituindo Elano. Mexeu taticamente, e pouco adiantou. O sofrimento do espectador continuou.

Victor Andrade, 16 anos, entrou aos 42 e fez sua estreia. Mas também não mudou nada. Em um jogo fraco tecnicamente, que teve até lateral cobrado pra fora, com uma arbitragem igualmente melancólica, o 1 a 1 foi lucro. O mais correto seria um zero a zero.  

sábado, janeiro 21, 2012

Santos B só empata com XV na estreia do Paulista

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O gol de Kardec não bastou

Antes da partida que marcou a abertura oficial do Paulistão 2012 entre XV de Piracicaba e Santos, Corinthians e Mirassol jogavam no Pacaembu. A tônica de comentaristas e jogadores no intervalo da partida, quando a equipe da casa perdia por 1 a 0, era de que havia uma diferença de preparo físico entre os dois times: o do interior, como teve mais tempo para fazer a pré-temporada, estava à frente no quesito. Só quando o Mirassol teve um atleta expulso que o Timão conseguiu a virada.

Vendo a peleja entre XV e Peixe, tal diferença física ficou nítida na segunda etapa. O Santos foi com o time reserva enfrentar o campeão da A-2 em 2011, sendo que os titulares alvinegros do ano passado só se apresentaram ontem. A vantagem conquistada no primeiro tempo, com o gol de Alan Kardec, não bastou para o segundo, quando o Nhô Quim passou a dominar a partida, ainda que sofrendo riscos em contragolpes.

Com Rentería e Kardec, o Santos tinha pouca velocidade e várias vezes o ataque foi quebrado com passes errados. Thiago Alves, ora na direita, ora na esquerda, foi nulo; e os repentes de bom futebol ofensivo vinham de Felipe Anderson, que cansou no segundo tempo. O volante/meia Anderson Carvalho, de 21 anos, foi bem no segundo tempo, quando jogou mais à frente, com Ibson permanecendo na intermediária. É um dos jogadores que pode aproveitar o recesso dos titulares para ganhar confiança e, quem sabe, mais oportunidades no decorrer do ano. Vinicius Simon, que ganhou a vaga de reserva imediato na zaga com a ida de Bruno Aguiar para o Sport, também foi bem.

No entanto, as laterais foram problemáticas para o Santos. Maranhão, na direita, tomou baile do avante Paulinho, e também passou maus bocados com os avanços de Alex Kazumba. A maioria dos ataques do XV foram por ali. Emerson Palmieri, de 17 anos, pela esquerda, foi discreto. Saiu no segundo tempo dando lugar a Crystian, lateral direito improvisado na canhota, que fez o tosco pênalti em André Cunha aos 44, resultando no empate dos donos da casa.

No saldo geral, dá para o torcedor ficar preocupado com os lados do elenco. Danilo, único do time do segundo semestre a ir embora, foi substituído por Fucile, jogador da seleção uruguaia que estava no Porto. Pode dar certo, mas, ainda que o recém-contratado jogue nas duas alas, é preciso ter alguém para substituir o veterano Léo. Em temporada que promete ser puxada, buracos no elenco podem ser fatais...

domingo, outubro 30, 2011

Santos 4 X 1 Atlético-PR - Furacão vira brisa com Neymar

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Mais um post que corre o risco de ser docemente repetitivo. Dessa vez, pude acompanhar in loco no Pacaembu Neymar, o gênio, fazer cinco gols legítimos, mas só quatro validados. E ainda fez mais um, este irregular de fato.

Mas não foram só os gols. Foram passes inteligentíssimos, como o dado para Renteria desperdiçar diante do goleiro Renan, dribles desconcertantes, passes em que a finta de corpo deixou o marcador procurando a bola do lado oposto ao qual ela tinha ido... O repertório que se mostra diferente a cada peleja.

Embora o placar tenha sido dilatado, o jogo só se tornou realmente fácil na segunda etapa. No primeiro tempo, o Peixe sofreu com a quantidade de erros no meio de campo. Alan Kardec recuava para armar, mas não tem o cacoete de meia; Arouca avançava mais, principalmente pela direita, mas também errava bastante. Na esquerda, Durval, mais uma vez no lugar de Léo, conseguiu, junto com  o mais uma vez efetivo Bruno Rodrigo, evitar os avanços de Guérron, mas não conseguia acrescentar nada à frente, justamente no setor do campo que Neymar gosta de atuar. Assim, sem ter com quem jogar , o moleque forçava as jogadas individuais para criar as chances alvinegras.

Precisa legenda? (Foto Santosfc)
Foi um primeiro tempo praticamente sem chances para o Atlético, que chegou com perigo duas vezes. Mas, logo no início do jogo, o Santos teve um pênalti a seu favor e começa a polêmica sobre a arbitragem. O comentarista Leonardo Gaciba diz que Cléber Santana usou o tal “jogo de corpo” em Neymar no lance anotado pelo árbitro. A mim, não pareceu, mas resolvi buscar o próprio Gaciba, em seu blogue encerrado na RBS, em que ele comenta sobre o tal “ombro a ombro”. Diz o ex-árbitro:: “Ainda, como diria Arnaldo Cesar Coelho 'a regra é clara' quando nos explica que este tranco com o ombro, mesmo que a bola esteja em disputa, quando for realizado com força excessiva, é ilegal! (grifo meu) O atleta não pode, simplesmesmente, esquecer-se da bola e jogar-se contra o adversário, só porque o contato será feito com o ombro!”. Cada um interpreta como quer, mas, além de achar que Cléber Santana utilizou a tal “força excessiva”, ainda é possível ver o uso do antebraço “alavancando” o tronco de Neymar.

Ainda no primeiro tempo, outro lance “interpretativo”, o árbitro anulou o que seria o segundo gol do garoto na partida. A bola passou por um impedido Alan Kardec, que não fez menção de participar do lance. Depois de validar o gol de Neymar e do time rubro-negro já se postar no meio de campo para sair com a bola, jogadores do vistante cercaram o auxiliar Fábio Pereira e Francisco Carlos Teixeira voltou atrás e anulou o tento. Naquela conjuntura, o tempo fechou e o time se desorganizou por um instante. Até que, pouco depois, numa tentativa de contra-ataque do Atlético, Neymar voltou para a intermediária, desarmou o ataque paranaense com um chutão e vibrou. A torcida foi junto e incendiou o Pacaembu novamente, mas o segundo tempo estava no fim.

Logo no início da segunda etapa, gol do Atlético-PR. Escanteio cobrado de forma magistral por Paulo Baier, o mais lúcido e perigoso jogador rubro-negro, encontrou Guérron. Mas não demorou dois minutos para o Santos empatar. Cléber Santana fez outro pênalti, empurrando Edu Dracena em cobrança de escanteio. Não recebeu o segundo cartão amarelo, que lhe valeria a expulsão. Neymar não desperdiçou. E, cinco minutos depois, Rentería lançou Neymar; o zagueiro Manoel cai, e o atacante não desperdiça. Pseudopolêmica: ao fazer o movimento de correr pra disputar com o santista, há um suposto choque da perna dele com o joelho do adversário.


O quarto viria em um lance de gala do garoto, que finge que vai abrir na ponta, mas avança na área, deixando a marcação sem rumo. O chute perfeito acaba com o jogo. O Peixe ainda desperdiçaria chances de ampliar e o Atlético colocaria uma bola na trave, em lance irregular no qual Guérron domina com o braço, e outra em cobrança de Paulo Baier já perto do fim do jogo. Mas a noite era de Neymar, que chegou a 96 gols como profissional, não contando os tentos feitos como infantil e juvenil (alô, Romário), sendo 78 pelo Alvinegro em 154 partidas.

quinta-feira, maio 19, 2011

Santos 1 X 1 Once Caldas - Neymar, o médico e o monstro

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Ontem, mais uma vez, Neymar foi o nome do jogo. Não o “nome do jogo” no sentido de que tenha arrebentado e jogado muito, ainda que tenha, sim, jogado bem. Mas tal qual o Dr. Jekyll e Mr Hyde, o médico e o monstro de Louis Stevenson, Neymar foi protagonista, para o bem e para o mal, de praticamente todos os momentos cruciais da partida.

Antes da mais nada, aqui não se usa o termo “monstro” tal qual o errático Renê Simões quis atribuir ao jogador. Aliás, curioso que ele veja tanta venalidade em Neymar e em Jobson veja a “pureza da alma de um Garrincha” (não sei também o que ele entende por “pureza”). No caso dos 90 minutos de ontem, o craque alvinegro começou fazendo aquilo que ele sabe como poucos: finalizou com precisão, sem tomar distância da bola, e, de fora da área, fez um bonito gol contra o Once Caldas. Ali, aos 11 minutos, a equipe já ampliava a vantagem conseguida no jogo anterior, quando venceu os colombianos por 1 a 0 em Manizales. E continuou pressionando.

O Once Caldas não ameaçava e a impressão era que só mesmo um lance fortuito como o do gol de Morais na final do Paulista poderia vazar Rafael. E aconteceu. Após uma troca de passes de Arouca e Neymar no meio de campo, o Once recupera a bola, Adriano quase rouba de Rentería, mas ele segue, sofrendo uma falta mais que desnecessária de Neymar na beirada do campo. Aquele tipo lance pra mostrar à torcida um “algo a mais”, já que o menino nem deveria estar ali.

Na cobrança de falta, a bola desvia, toca em Edu Dracena (ô, abençoado) e sobra limpa para Rentería. Que estaria impedido se não fosse Pará, substituto de Alan Patrick, o contundido da vez na equipe que tem uma baixa por peleja, ao menos, em sua sequência de decisões. Aos 30, empate.

O gol abalou um pouco a equipe e a torcida, claro, mas os colombianos são bons mesmo é no contra-ataque, não é à toa que todas suas vitórias na Libertadores foram fora de casa. E o Alvinegro não deu essa oportunidade limpa em nenhum momento. Tanto que, precisando da vitória, o time visitante finalizou meras seis vezes, levando pouco perigo ao gol peixeiro.

Claro que é fácil falar agora, mas o torcedor sabe que o tal “lance fortuito” pode acontecer mais de uma vez durante um jogo. E esperava pelo segundo gol alvinegro para se tranquilizar. Na segunda etapa, o Santos veio ainda mais determinado a marcar, mas a bola teimava em não entrar. Principalmente quando chegava aos pés de Zé Eduardo, que perdeu uma chance cara a cara de forma tosca, e depois disso ainda atrapalhou outras jogadas ofensivas do time. Saiu e deu lugar a Keirrison, que pelo menos prendeu um pouco mais a bola na frente. Não merecia uma chance não, Muricy?


Tensão e finalmente o santista viu a luz. Neymar dá um drible dentro da área que dá outro sentido à palavra “desconcertante”, e é derrubado por Nuñez. Ele, que ao contrário do que se disse nas transmissões, éo cobrador oficial de pênaltis do Santos chuta... e erra. Sem cavadinha, "sério" do jeito que um monte de jornalista esportivo gosta.

O fato é que a fatura poderia ter sido liquidade e não foi. E um pênalti desperdiçado nesse contexto joga o time e a torcida pra baixo, dando novo alento ao adversário. Mas, novamente, a defesa impediu qualquer lance agudo dos colombianos. Vitória justa de quem procurou mais e jogou melhor nos jogos de ida e de volta. Agora, a maioria dos titulares deve ter um descanso, já que os reservas (e reservas dos reservas) devem encarar a estreia do Santos no Brasileiro, contra o Internacional, sábado, na Vila Belmiro. E o clube aguarda o vencedor de Cerro Porteño e Jaguares para disputar a sua terceira semifinal de Libertadores no século 21. Mais uma pedreira.