Compartilhe no Facebook
André: bem de amigo (Ricardo Saibun/ Santosfc.com.br) |
Um passe de calcanhar
errado que aparentava mais displicência do que técnica. Uma bola
mal dominada, outro passe errado, um carrinho à toa que o torcedor
prevê que vai acontecer quando o jogador começa a correr. Cartão
amarelo. Tudo indicava que a escolha de Muricy em colocar André ao
lado de Neymar era um erro.
Só que Neymar é amigo de
André. E deu um presente ao parceiro, uma assistência precisa para
o avante que, mesmo caindo, finalizou em frente ao goleiro Marcelo,
aos 25. Prometeu retribuir o passe para o companheiro, que está esperando até agora. Neymar, em 14 jogos pelo Paulista, marcou doze gols e fez seis assistências.
Àquela altura, a partida estava movimentada, com domínio
peixeiro, e o time da Vila não sofria pressão do rival, que
precisava ganhar para assegurar seu alugar no G-8 sem depender de
ninguém. Tal vantagem técnica foi consolidada com o segundo tento
alvinegro, do vice-artilheiro da equipe Cícero, em posição pra lá
de irregular, três minutos após o primeiro gol.
Mas, pra variar, o que
se vislumbrava como um jogo fácil, ficou menos simples. O
Penapolense voltou para a segunda etapa explorando os lados do campo.
Galhardo, que já havia sofrido com Silvinho e Rodrigo Biro caindo do
seu lado, ficou mais preso atrás, com Arouca fazendo as vezes do
lado direito do ataque. A mudança só evidenciou como o Santos acaba
jogando com seus atletas estáticos durante boa parte do tempo: quem
ataca, ataca; quem defende, defende; cada um confinado no seu setor. Acontece
com muitas equipes no Brasil, mas tem acontecido demais com o Santos.
E Galhardo, o Nelinho por cinco segundos, acabou desviando uma bola que ia para fora e
marcou o gol que foi atribuído a Guaru. Os visitantes ainda buscaram
a vitória e se arriscaram nos contra-ataques que o Santos não
converteu em gol, com Neymar errando bastante. Perto do fim, o gol do
Mirassol contra o Linense aliviou a equipe de Pintado, que pega o São
Paulo nas quartas de final. Já o Peixe enfrenta o Palmeiras, no dito
“clássico da saudade”.